quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Auschwiz foi libertado… há, faz hoje, 70 anos. Para que a memória nunca morra.




- Olha Alice, faz hoje muitos, muitos anos que os homens bons libertaram meninos e meninas, e os pais e as mães, e os avôs e as avós todos juntos de uns campos muito maus onde as pessoas eram presas e perseguidas só porque acreditavam num deus diferente, e eram de outra cor que a dos meninos que o homem mau queria que eram só os louros e de olhos azuis chamados de uma raça ariana. Esse homem muito mau, era terrível e matou mais que mil, matou muitos miles de pessoas e provocou uma guerra muito grande no mundo chamada a 2ª guerra mundial, entre todos os países do mundo à briga.


- E como é que se chamava esse homem?



- Esse homem era o Hitler e era mau como as cobras. Queres ver ele a falar, o mau? Tu não percebes o que ele diz porque era estrangeiro, mas podes ver pelo ar com que dizia as coisas que estava muito zangado com o mundo inteiro. Olha só como era mau.



- Ó pai, eu não percebo o que ele diz mas para mim ele era só um bebezão. E tinha aquele bigode?

- Tinha aquele bigode que ainda hoje as pessoas se lembram que era o do mauzão.


- E quem é que soltou os meninos?

- Olha, juntaram-se uma série de senhores de muitos países e correram com ele. Os russos, que hoje são tidos como pessoas também muito difíceis, foram bons nessa altura e ajudaram a correr com ele.

Churchill(UK), Roosevelt (EUA) e Estaline (URSS), ou a tríade da esperança

- E esse homem era de que país?

- Era da Alemanha, filha. Por isso é que as pessoas hoje não perdoam e não gostam dos alemães.

- Era austríaco.

- Ó Leonor, não apertes. Descansa a cabecinha. Vê o que estás a ver…

- Então? Se era a verdade, essa é a minha matéria favorita.

- Tá bem, mas se perguntares, toda a gente diz que o gajo era alemão. E eu também.


Olha só ali na reportagem da televisão o que eles faziam. Metiam as pessoas naqueles campos com arames farpados que davam choques; deixavam-nos morrer à fome, batiam-lhes, roubavam-lhes o ouro todos porque esses homens e mulheres eram judeus e só queriam ganhar dinheiro; arrancavam-lhes os dentes de ouro que tinham na boca como aquele dente da Ti Bia, lembraste?, e mandavam fazer coisas com o ouro. Esses nazis eram muita maus.





- E como eram esses judeus?

- Ó filha, olha ali. Eram normais, como tu e eu. Só que para o mauzarrão tinham uma cor diferente e só queriam roubar os deles.

- E há cá algum?

- Aqui as pessoas como nós são católicas e acreditam em Deus e em nosso senhor e nos santinhos nossos amigos. Mas os judeus acreditam também em Deus mas de um a forma diferente. Olha, estás a ver o Vaz Guedes? Lá o meu amigo da piscina? O que gosta de ti e é coleguinha da mãe?

- Sim.

- Esse é judeu. E não é diferente da gente, pois não? É amigo, estás a ver?




Olha só aqui os meninos com tanta fome. Olha os cães, olha eles aos gritos…

- Pedro… ela tem de ir dormir. Anda já com a mãe. Isso a esta hora…

- Eu sei, mas deu agora nas notícias e ela tem de saber para ser esperta. Não é Alice?

- Sim. Como é que se chamava o homem, pai?

- Hitler.

- Ui, ui. Era feio. E ele para mim era só um bebezão


https://www.publico.pt/multimedia/video/faz-hoje-70-anos-desde-a-libertacao-de-auschwitz-201512791070

https://www.publico.pt/mundo/noticia/nos-70-anos-da-libertacao-de-auschwitz-1683396

domingo, 24 de janeiro de 2016

Carta de amor a um mano emigrado. Parabéns Broki!

Deve haver vidas mais baratas. Mas não devem valer nada.

O meu mano faz hoje, dia 25, 36 anos. Eu gosto muito do meu irmão. Vai fazer hoje, 25 de Janeiro, 36 anos. Tantos a mais que 80, que foi o ano em que aterrou na terra. Eu tenho uma cena com o meu irmão que não se explica. Sente-se. Viemos da mesma forma (mãe) e tivemos a mesma semente (pai). Deve ser por isso.

Até me parece impossível como é que há irmãos que não se falam. Irmãos que se zangam. Irmãos que brigam por causa de casas, terrenos e outras merdas sem jeito nenhum porque isso são coisas terrenas. Coisas que ficam. Quando um gajo nasce vem despido e marcha com a mesma bagagem. Ou acaba com a mesma bagagem. Se as pessoas viventes pensassem nem que fosse um minuto nisto todos os dias, o mundo era bem melhor para se viver.

Mas vamos ao Broki que hoje é quem interessa. Broki é a alcunha como nos tratamos e não tem uma definição concreta. Mistura brother e friend e dá esta palavra sei lá como, mas dá. Para a gente resulta, que é o que interessa.

Por falar em alcunhas, roubou-me o nome. Quando chegou a Portalegre, anos mais tarde que eu, começou a dizer que era o Sabi. Sem sr. (sénior à frente). Ao ponto de os putos da sua idade, quando me conheciam, diziam: "Ai, tu és o irmão do Sabi!"
"Não, bebé! EU SOU o Sabi. O único. O original. O autêntico. Há para aí uma imitação mas é pechisbeque. Tem só um banho de ouro. Não é maçiço." Tansos! 

Isto pode parecer ridículo e treta mas ainda me lembro bem quando os meus pais deixaram a Beirã nesse primeiro mês de 80, para o homem ir desaguar ao hospital novo, a Portalegre. Foram no Renault 5, dar-me um beijo à escola primária e eu ia tão contente que esbarrei com a porta e a ia levando-a à frente. 

Eu não me acho bonito. Palavra. Tenho uma penca enoooorme e uma queixada que quase chega aos pés mas o meu irmão é um homem bonito. Mais bonito que eu. E elegante. Que o gajo sempre foi magro e parece uma top model, a boneca. O “pronto a vestir” como o batizou o Fernando Andrade, por andar sempre boneco.

Quando vivemos juntos, tivemos uma coabitação… nada pacífica. Que se levava, apenas. 6 anos de diferença eram muitos anos, sobretudo quando um já quer ser gaiatão, aos 14, 15; e o outro nem sequer tem 10, estando os pais todo o dia fora a trabalhar no escritório, das 9h às 6h.

O meu irmão sempre foi muito próximo do meu pai. Mais próximo que eu e não foi por vontade minha, nem dele. Calhou assim. Eu sempre puxei mais à mãe, (com quem chocava, e choco ainda agora mais do que queria, por sermos tão iguais) e ainda hoje acredito que o meu pai, que me teve a mim quando era mais novo, tentou evitar no meu irmão, os erros que tinha cometido comigo.
Exemplo? Com ele aprendi que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros, mas se eu tivesse um filho que quisesse ser de um clube diferente do meu Benfica, eu tentaria por todas as formas e mais alguma, tentá-lo convencer do erro que cometia. Eu sempre fui do Benfica desde que me lembro porque quando comecei a despertar para a bola, o Benfica tinha o Chalana, o Shéu Han, o Humberto Coelho, o Néné, o Manuel Galrinho Bento na baliza e ganhava quase sempre. OS putos querem ser é daquele que ganha. Por isso é que lamentavelmente temos hoje tantos do Porto.
Eu quis ser do Benfica, o meu pai deixou-me ser do Benfica e nunca sequer me chateou, mas com o meu irmão já não deixou que esse deslize acontecesse. O puto é lagartão como o velho era e os seus filhos já são sócios (!), por Deus. Casos irremediáveis e perdidos para sempre.

Certo dia, (não resisto a contar esta outra vez), quando os meus pais ficaram desempregados, escreveu, através do meu primo Carlos de Almada, uma carta a dizer que tinha pouco guito mas queria ser sócio e os gajos mandaram-lhe um cartão de sócio correspondente. Uma coisa de nível e aquela merda foi das primeiras vezes que vi um cartão em que a foto não era colada mas estava mesmo impressa no próprio cartão. O puto andava com aquela cena com um empenho que parecia que tinha ali um diamante em bruto. Certo dia enviaram-lhe uma nova quota e apanhei o gajo a lamentar-se em casa que a cola da vinheta velha não tinha saído bem, e ele não queria colara a vinheta nova com cola velha a conspurcar o emblema. Eu, Benfiquista, 6 anos mais velho, a saber que os pais estavam fora, disse-lhe: “ah, Miguel, não stresses. Dá-lhe com um bocadinho de acetona e a cola sai toda…”
Bem dito…
- E então? Saiu?, perguntei.
- Está a sair toda…
Saiu, saiu. A cola e metade da fotografia que desapareceu assim que o algodão lhe passou por cima!
Levou-me a tarde a chorar. Baba e ranho e só parava para, entre gemidos e a respiração ofegante, me desejar todo o mal do mundo e mais algum.
Muito bom.
Mas eu não sabia. Eu só queria ajudar.

Depois eu fui estudar, o cartão que passava ao puto era pouco ou nenhum; e ele, quando fez 18 e terminou o 12º, foi estudar para o Algarve. Para o Algarve?!?!? Uma loucura. Se revivesse tudo outra vez, nunca o deixaria ter feito tal asneira. Por causa dessa porra é que nunca mais o tive. Andou por lá, levou o curso na boa e conseguiu emprego lá num banco. Depois namorava uma cachopinha de cá que lá trabalhava, olha, juntaram-se, casaram-se, tiveram piquenos (duas pilas) e já está.

Assim o quero sempre recordar de cada vez que me lembro dele: com duas babosas a sair do palco dos sonhos. (Pastelaria Caldeira)
Toca o telemóvel e a foto é esta.

O meu irmão é um crânio a informática. O homem Domina e onde eu sou nhurro e atado, o gajo desfila. Se tem um iphone topo de gama e vê os canais todos à pala e mais algum, caraças. Jogos de bola, filmes para adultos, (ele também já é), domina tudo o que é programas e outras cenas da net. O gajo poderia ter sido um engenheiro de informática do melhor e andar por aí a passear pelo mundo mas é um bancário que vai de Vespa para sucursal. Muito nível. Ganha o dele, é honesto mas poderia ganhar muito mais.

Se eu cá o tivesse, ria-me milhões porque o gajo é muito divertido. Herdámos esta cena do meu pai, do nosso grande pai, João Sobreiro que era tal e qual como a gente, ou agente é que é tal e qual como ele (e os amigos que eram dele também, sabem que é verdade). É que as pessoas dizem que eu também sou engraçado, que se riem com as minhas parvoeiras e eu também me rio.

Se eu cá o tivesse, tinha-o comigo para ir beber a imperial de fecho do dia, acompanhada do tal cigarro. Daria mais conforto à minha mãe que está sozinha e só vê os netos MaCjête de temporada a temporada. Íamos correr juntos, que o gajo também já corre mas é calão; íamos à piscina no Verão, estávamos mais próximos e a falta dele é mesmo uma grande lacuna que se prolonga pela vida fora. A minha vida é muito menos feliz por não o ter cá. 

Nunca discutimos. Já nunca discutimos e era quase sempre por causa da merda da bola. Ficam para os anais da história as discussões entre os manos nos jogos assistidos no bar-cervejaria Saúl; quando nos brigávamos, zangávamos, discutíamos e saíamos zangados. Agora eu estive quase a baicar e já não entro nessas. Gosto que ganhe o meu Benfica mas não fico doente quando perde, como ficava. Quando estava recém casado e morava em Marvão, uma vez a ver um jogo em casa, o Nuno Gomes falha-me um golo e eu dei uma palmada em cima da mesa que parti o vidro da camila. O vidro mudou-se e a Fernanda Cristina viu com quem tinha casado.

O meu irmão vem cá só de quando em quando. Pudera, quase que emigrou para Marrocos. Vê-se de lá. O gasóleo está caro, o desgaste na mula ainda é algum e o palerma diz que por vezes vem à briga com o sono. A mulher não conduz. Depois é desligado. O meu pai também era. Vive muito na cena dele. Não liga, liga pouco e diz sempre que ele é que é o que liga mais. Eu curtia que passássemos horas no skipe a dizer as nossas cenas mas acho que o gajo não tem pachorra para mim. É um batoteiro do catano. A minha tia Maria, que infelizmente já acabou, o garante de memória e o último bastião da família Sobreiro, dizia sempre que falávamos nisto que houve um antecedente nosso que também era assim, batoteiro. Eu sempre tive muito mais jeito para as mulheres, pelo que não me importo nada de não saber jogar ao truco.

O Miguel é o puto mas em muitas coisas é o mais velho. Eu sou rebelde demais, impetuoso demais, expansivo demais o gajo… a minha mãe dizia que eu era o bom e ele era mais sacaninha. Eh, eh. Eu acho que é esperto. O gajo é muita esperto. Só não foi quando foi morar lá para tão longe.

E depois é torto. Nunca quer ir beber uma ao bar do Zézé Camarinha que eu adoro, em Portimão. Ainda nunca lá o vi, no bar dele mas até tenho o livro. E o do Paulo Futre, meus dois livros de cabeceira. Só mais uma para terminar que já vou longo e estou aqui há muito tempo. Eu adoro o Paulo Futre. É o máximo! Foi dos jogadores mais fabulosos que vi jogar. Quando enchia o estádio da Luz com aquela louca cabeleira esvoaçante, estarrecia os defesas adversários e enchia o meu coração de júbilo. Adoro o gajo ser sportinguista e dizê-lo sempre a peito cheio, mesmo depois de ter jogado nos 3 grandes. Adoro a cena do gajo quando falou nos charters de chineses que viriam para ver o sporting jogar caso cotratassem uns; adoro a cena do gajo andar a vender um estimulador sexual e a fazer spots em carros cheios de gajas. Eu queria o livro, o meu irmão sabia e foi comprá-lo para me oferecer. Trouxe um autografado.
- Como é que conseguiste, man?
- Ah, estava lá um em exposição na FNAC autografado, eu consegui vê-lo e dei a volta ao bacano e trouxe-o.
- Demais!
Hoje certamente valerá milhões.

Mas agora que penso nisso, não me espantaria nada se o gajo tivesse falsificado a assinatura. Era uma boa partida ao bacano da acetona. :P


Parabéns puto!


E o prezadent é...

E a terminar o período de plena reflexão pura e dura, mesmo à beirinha das urnas, estamos no momento ideal para o autoproclamado Professor Tio Sabi (se os islâmicos também autoproclamam um estado que só arma m****, eu também me posso autoproclamar como professor da rapaziada toda) esclarecer sobre as eleições, rever os candidatos um a um; encontrar a resposta e o caminho para quem anda na net a esta hora, desembestado e à procura em quem vai votar.

Isto está mais que visto que vai dar Marcelo. A grande dúvida é se limpa isto à primeira. A ver vamos. Realmente, assim me parece que vai ser, eu que não ouço notícias, nem vejo telejornais. Apenas ouço a Rádio Portalegre, dia sim, dia não; e compro o Borda D’Àgua religiosamente todo o santo ano.


A esquerda realizou a mirabolante proeza de lançar mais que um candidato, o que, traduzido, só pode ser entendido como um tiro de canhão nos pés. A direita soube agradecer. “Limparam-nos o governo a nós, só porque não tivemos maioria absoluta, andaram a fazer concubinatos e fizeram-nos a caminha, mas agora vão-se amolar.”

Isto vai dar uma grande abada. Só não sei se será já amanhã. Mas como o nosso professor é muito católico e o dia é dominical. Quem sabe.

O sistema eleitoral a duas voltas (português europeu)  é um sistema de votação utilizado para a escolha de um único vencedor, ao qual se exige ter mais de metade dos votos válidos (50%+1). No primeiro turno, os eleitores votam em um dos candidatos que se apresentaram na eleição. Porém, se nenhum desses candidatos obtiver mais da metade dos votos, então os que têm menos de uma certa proporção, ou, o que é mais comum, todos os candidatos com exceção dos dois mais votados, são eliminados da votação, e aí vem o segundo turno que é feita apenas entre os candidatos que não foram eliminados na primeira volta. Deste modo, é distinto do sistema eleitoral a uma volta (ou uninominal maioritário), onde é eleito o mais votado independentemente da percentagem de votos recebidos.
Este sistema é muito utilizado em todo o mundo para a eleição por sufrágio universal de presidentes (ou títulos equivalentes). Por vezes encontra-se este sistema aplicado a eleições legislativas.
Este sistema foi introduzido em Portugal pela Constituição de 1976 apenas para as eleições presidenciais.


O ANTES
A fasquia não estava muito alta. O tio Aníbal de Boliqueime, era um senhor que tinha o cadastro de primeiro ministro durante uma década e estava mais que bem apresentado. Enquanto presidente da república, pôs-se mal com os protestos num dia de Portugal (sentiu-se a abalar e foi levado em ombros) e atribuía os votos favoráveis da TROIKA à senhora de Fátima, por terem sido avaliados no mesmo dia.

OS CANDIDATOS (para saber onde meter a cruz)
Diziam que não apareciam? Olhem quantos. O Cavaco disse que não mas aquilo deve ganhar-se bem.


1.Henrique Neto – Independente - É um self made man. Sabe-a toda e fez-se por si, como industrial. Mas, com quase 80, já tem idade para passar as tardes no Jardim da Estrela a jogar à malha e a beber tintos, em vez de andar a maçar a cabecita com esta esturgia. Ele que se deixe estar.



2.Sampaio da Nóvoa  – Independente – Homem de letras e das faculdades, meteu-se nisto com força. Vai fazer grande mossa no PS, porque há muita rapaziada que vai com ele em vez da candidata que diz que ela é que é do partido. O açoriano presadent do PS, que o diga.




3.Cândido Ferreira – Independente – É médico mas um gajo com maus fígados. Diz mal de toda a gente. Desconfio que nem a porteira lá do prédio vai votar nele. As assinaturas deveriam ser falsas.




4.Edgar Silva – Homem do PC. Homem forte, de coragem, em quem se confia. Enquanto padre, partiu certamente o coraçãozinho de muita beata. É deputado na Madeira e tem um currículo de trabalho junto dos mais carenciados que fala por si. Não é para estas guerras. Vai ser carne para canhão.



5.Jorge Sequeira – Independente. De longe o meu favorito, o meu santo, o meu amori. Disse à Marisa que aquela de uma para todos era… obra! É grande! Psicólogo, investigador, orador motivacional e professor universitário… é muito jogo.




6. Vitorino Silva (Tino de Rans) – Independente. Um gajo que é presidente da junta de Rans, calceteiro e tem coragem de se candidatar à presidência da república, dispensa mais apresentações. Está a ter de volta os seus 5 minutos de fama. Ouvi-o no debate em que os apanhei a todos juntos. Há quem diga que é um homem do povo. Eu digo que é um bornal.




7. Marisa Matias - BE e MAS. Socióloga, eurodeputada pelo BE e vice-presidente do Partido da Esquerda Europeia. A Marisa tem estilo, tem pinta, é inteligente, interventiva, acerta no que diz e é uma mulher… cativante. Mas nada mais.



8. Maria de Belém  – Independente. Pode ser uma pessoa extremamente competente mas, para mim, não tem perfil. Um anão dificilmente será considerado um bom candidato à presidência da República. Pode vir um coro de críticos que sou isto e aquilo e o outro mas eu digo sempre a verdade. Não te, perfil. Só a voz. Se tivesse que fazer visita às tropas, aposto que tremia toda.



9. Marcelo Rebelo de Sousa. PPD/PSD, CDS-PP e PPM. É uma figura pública por ser comentador da TV há pargas de anos e ser um gajo que sabe muito de política. Dorme pouco e lê muito, quase que de só folhear um livro. Tenho por máxima de vida pedir a amigos que conheçam muito de um assunto, um parecer, uma opinião que para mim tem força de lei. Este gajo será um bom fiel da balança na condução do país na corda bamba de esquerda. 



10.Paulo Morais – Já foi vice-presidente da Câmara do Porto e veio-se de lá embora por não pactuar como o modus operandi e muitas cenas. Tem uma história igual
a minha, ou a minha é que se parece à dele, que é mais velho. Gosto de acompanhar as suas crónicas mas é obcecado com a corrupção.


  
O voto é secreto mas eu vou fazer um sacrifício para o empurrar para lá por tudo aquilo que disse.

Isto porque o meu eterno candidato, o grande Manuel João Vieira, de quem recebi hoje na compra da revista Blitz, um fantástico cd gravado no MAXIM, com 4 bandas! não conseguiu reunir as assinaturas. Caso fosse eleito, demitia-se. 









Espero que o nosso próximo fale assim:


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Junta-te aos bons...



Tenho de começar o texto por dizer que adoro o meu presidente. De todos os que tive no meu Benfica, nenhum outro teve tanta visão, conseguiu mudar tanto o clube e a sua projeção. Os campeonatos e os títulos conseguidos são fruto de uma equipa que está a ser produzida com cabeça, tronco, não tanto dinheiro assim e membros, de qualidade. A Benfica TV e o projeto do Seixal, são dois exemplos da sua capacidade empreendedora. Podem-lhe chamar Kadaffi dos pneus, orelhas e todo o que quiserem mas para mim, o homem é número 1. Com ele, estou tranquilo.

Mas o velhinho do norte, se afastarmos as manigâncias e tudo o que tem de mau, tem uma postura e um perfil que invejo.

Quando todos falavam nos nomes de ex-glórias portistas para assumirem o comando da equipa principal, que faz ele? Vai buscar um grande treinador às arábias, um dos últimos que meteu o Szuborten a jogar à bola. Um que os levou à disputa de uma competição europeia no estádio de Alvalade que o bornal do puto não ia ver, até que o desembestei à última da hora para que não perdesse a oportunidade, que poderia não se repetir. Não sei se cheguei a emprestar o dinheiro, se o dei, mas a verdade é que foi e… a coisa correu mal mas, disso aí, não creio que alguém tivesse culpa. Coisas que acontecem.

Pinto da Costa dá uma chapada de luva branca à gorda, indo buscar alguém da sua gente, que creio que se afirmou sportinguista.

Olhem, eu gosto do José Peseiro. Acho-o sensato, calmo, com nível. Oxalá não lhe espetem já a tal injeção detrás da nuca que o embeste, como a todos os outros antes. Aquilo tem de ser cheia de raiva, inveja, provincianismo, maldade. Oxalá se escape.

Oxalá traga qualidade, de jogo, de orientador de homens e embeleze o campeonato. Agora que a histérica foi mascar chicletes debaixo da ponte de Portimão, espero que o José seja uma mais valia para o nosso futebol.

Não deve haver coisa mais triste que ganhar sempre. Talvez só perder, sempre, mas é a glória dos nossos adversários que engrandece ainda mais o nosso triunfo.

O velho Pintinho voltou a surpreender-me.

Ainda há muito campeonato.

Let the bulls inn.



terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Adeus camaleão...


A morte de um pai, ou de uma mãe, é uma perda irreparável que deixa um vazio na nossa vida irreparável, um buraco sem fim num amor que acaba, um vazio nos afetos que não pode ser mitigada por outro ser ou força alguma.

Para além desta falha, que nos deixa mancos para o resto da vida, há uma outra que fica a pairar sobre a nossa cabeça e sobre a de quem criamos: e a seguir? E nós, que seguimos e não queremos por nada que a ordem não seja esta, quando iremos?

A perda de um mito que nos habituamos a admirar ao longo da nossa vida, causa em mim o mesmo efeito.


Citando Woody Allen, com quem fisicamente já me identificaram muito noutros tempos pela caixa de óculos (bullying no liceu?!?), “Deus morreu, Marx também, e eu próprio não me sinto lá assim muito bem».



Sabi dixit: “Lemmy morreu, Reed foi de canoa, Bowie também e eu não me estou a sentir assim mesmo nadinha bem.”

 Ian Fraser Kilmister (24-12-1945 / 28-12-2015)

Lewis Allan "LouReed (02-03-1942 / 27-10-2013)

David Robert Jones (8- 01-1947 / 10-01-2016)

O mais completo e complexo artista pop que o mundo jamais conheceu, deixou-nos hoje, ainda antes de fazer os 70 anos. Pouco mais que 30 que eu.

O camaleão, o homem que também era mosaico, como eu, mas ele por ter sido vítima do compasso de um colega que lhe atingiu a iris, leva consigo a aura que marcou o século XX e fez dele um artista único e inimitável.


A notícia da morte marcou o meu dia e o do mundo inteiro, que o recorda e chora com dor.

Também o Tio Sabi o quer recordar…

Quando o começou a ouvir, nos mágicos 80s, há mais de 30 anos atrás…




Numa parceria fabulosa com o espírito rock’n’roll, na alegria contagiante da música… A música, para mim, é isto!


Em fabulosos casamentos pop que já não se fazem…

  
Já homem, ouvindo-o como nunca antes, na mágica odisseia espacial, dias antes de eu aterrar neste mundo,


E naquela que será sempre A música



We could be it. Even for one day. Thank you for remembering us of that

Farewell, Mr. Jones. Thank you for all.

May you rest in peace. You surelly deserved it!

Well done!


Good bye!
Your servant: Mr. Sabi

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Uma desgraça nunca vem só... (E hoje foram 3!)



Andava eu nas voltas da vida quando me lembrei de ligar o rádio para ouvir o relato. Só para espreitar. Havia por lá um guarda-redes que estava a fazer uma atuação de levantar o estádio, capaz de bloquear todas as inúmeras tentativas de golo do Seporten. Curva aqui, rotunda ali, mais um golo para atestar e ao intervalo, o Braga já estava a provar que tinha ido buscar jogadores que valiam a pena onde estavam, por acaso ao símbolo que defrontava hoje. Afinal, o Fonseca sabe de bola. Estava eu prestes a chegar à casa do meu compadre quando a desgraça deles era a alegria imensa minha. 2 a 0 para o Braga em Alvalade. Em Alvalade!


Mesmo na hora do intervalo. Mesmo a tempo de ver o resto à lareira, na televisão do esporte que sempre dormiu na minha casa até eu quase me ter desgraçado na Vespa e depois a Troika tudo levou.

Que não. Afinal também não a tinha. Que a tinha cortado por agora que o campeonato não convida. “Ó pá, que porra e estás mesmo a meter-te a jeito para eu te desinquietar e ires comigo para ao café do Planalto por vermos o resto do partido, é que aquilo está a ser uma desbunda de gozo e humilhação que o Braga está a enrolá-los em casa com a casa de banháxia cheínha de lagartos a fazerem beiça. Vamos encher a barriga!”

A gente abanca-se mesmo a tempo de ver a segunda parte toda que isto vai ser um regalo. Nem da propósito chega o Sr. Fernando Areias e isto compõe-se. O sítio é público e nestas merdas é preciso ter cuidado não vá estar para lá um lagarto de orgulho ferido com uma fusca no casaco e um gajo ser afiambrado, o que agora, não dava jeito nenhum. Mas prontos, portantos, a gente sempre se manifesta. Com algum cuidado mas nunca se consegue tapar o sol com uma peneira. O que é, é.

Vai-se a ver e enquanto lá estive, só deu Seporten. Nem o Fonseca mexeu na equipa, nem as tranças do Alan sambaram, nem nada! Só deu Seporten.


É certo que houve um penalty por uma bola no braço fora da área (FORA DA ÁREA, INDICADA PELO FISCAL DE LINHA!!!!! NUM ERRO GROSSEIRO que desbloqueou o jogo, o barbaças tem razão e depois, dali, foi tudo a varrer. Também é verdade que o magrebino que marcou mesmo no final deveria ter visto um cartão que o metesse fora pela cotovelada que deu mas… ficou e marcou e o que conta é isso. O Maradona também deu à Argentina um campeonato do mundo em 86, quando ganhou aos bifes com um golo com o braço ou com a “mão de Deus, como lhe chamou por causa das Malvinas; e o que que contou foi que a Argentina foi campeã do mundo. E já está!


Só deu Seporten, Gelson e Jasus. É que este filho da puta desceu ao mundo, ao contrário do verdadeiro, só para me assombrar. Dava cabo de mim no Benfica porque não fazia aquilo que eu queria, foi para o Seporten para gáudio da quantidade verdadeiramente assombrosa de lagartos que pululam na minha vida. (Olhós a picar no facebook... o menino Artur Costa e o mano e afins.)



Mexeu, deu a reviravolta do jogo e nem sequer perdeu 3, nem 2 pontos, nenhum foi e somou mais uma vitória que o aproximam cada vez mais do títalo.

Não há nada a fazer. Jogar, ganhar, lutar até ao final mas isto está difícil. Para já com a porra do nevoeiro que nem sequer me deixou ver o joguinho que o mano, lagarto, me proporcionou em caselas, abençoada net, abençoado ele. O nevoeiro que nos impediu de jogar hoje na Madhjêira, é o mesmo que me está a impedir de ver o caminho para o títalo com bons olhos.

Tenho um Jasus metido no olho, que entrou pela viseira que não me deixa ver nada.


Ó Sabi: o teu cú hoje ficou assim... :P

Tenho dito.