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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu ontem sonhei com a Ashley Graham






Estávamos na Roma Antiga e eu ali exposto para venda na banca de um mercador de escravos.

Ela chegou, imponente e fresca, acompanhada pelas suas virgens vestais, à procura de mais um motivo causador de ciúme ao seu marido, o centurião Cassius, sempre ausente e mais preocupado com o sucesso das campanhas em África do que com ela.

Mirou-me de alto a baixo, impressionada pela minha imponente musculatura ganha numa vida inteira de lutas e trabalho árduo e eu soube que o meu destino ia mudar. As extensas cicatrizes na minha couraça e o tom de pele bronzeado encarregaram-se de fechar o negócio pelo melhor valor possível, bem mais alto que o de mercado e o estimado no “Escravos hoje – o anuário de preços de escravos de todo o mundo”.

Depois levou-me para a sua “domicilliae” e enfiou-me numa “piscinae” onde me deu-me um banho de leite de cabra enquanto eu bebia taças de vinho e comia fruta fresca do “Pingo Doçae”. Levou-me para os seus aposentos e quando vi a fofa cama de 15x8m entrei em trepidação. Caí no colchão e quando as suas formas voluptuosas se preparavam para me abalroar… a minha filha Alice deu-me um pontapé no olho direito e acordei.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Passerelle XL

Morrer e ir para o céu deve ser coisa do género...

Dizem-me, leio, vejo em todo o lado que as modelos XL estão na berra.

Perguntem-me lá o que é que eu acho disso?

O que é que eu acho disso? Porra! Acho o MÁXIMO! O Máximo e não é o poeta popular que reside aqui connosco na aldeia. É o Máximo, máximo, por ser bom demais!

Eu nunca compreendi de onde é que surgiu aquela ideia das manequins terem de ser estupidamente escanzeladas. Costumava ver as imagens dos desfiles e ficava pasmado com a cena… Parecia um freak show! As grandes griffes faziam gala em escolher como ideal de mulher, umas cachopinhas subnutridas com carinhas de bonecas mas sem mamas, sem ancas, sem fibra, sem alma, sem vida! Como se fossem marionetes! Ai c’a nervos!

Vê-las jingar pelo catwalk, todas desengonçadas, em trote ébrio, a tentar dar passo firme… era confrangedor. Mas quem é que quereria ser assim? Namorar, casar, viver com alguém assim? Nunca percebi… Era demais para mim…

Rei morto, rei posto et voilá! Uma nova era se abre aos nossos olhos e eu estou gajo para encomendar já uns bilhetitos para a próxima ModaLisboa.

Substância, meus queridos e minhas queridas amigas. É tudo uma questão de substância! De matéria, vamos lá!

Nomes como Crystal Renn, Ashley Graham ou Tara Lynn vão brilhar nos tempos mais próximos.

Não tenhamos dúvidas: o futuro é das mulheres roliças, charmosas, curvilíneas, conscientes do seu poder, e… isso sim, sempre bonitas! que só a essas são permitidas cargas e quilos em excesso.

Agora também é preciso que se diga: cheínhas mas nada de bombardeiros, porta-aviões e blindados do género. Depende da altura, como é óbvio, mas tudo o que passe das 6 arrobas já é de arrear e as Vénus primitivas deixaram de ser usar… na pré-história! Cheias mas não a transbordar que no meio… continua a estar a virtude. Essa não muda de lugar!

Digam-me cá os valentões que me lêem… sejamos sinceros… o que é que nos parece mais apelativo? Uma beldade de 30 quilos com as pernocas a tilintar, daquelas que passam por entre as gotinhas de chuva, das que parece que estão sempre esfomeadas e cheias de frio ou um mulherão assim como estes da foto, todas elas sadias, encaloradas, tesudas, cheínhas de espaço e conforto e curvas e refegos para um macho se aconchegar? Ah… elementar, meus caros…

Não brinquem comigo! É outra loiça!

Foi quase preciso chegar aos 40 para o mundo me dar razão. Tarde mas ainda a tempo! E mais vale tarde… isso mesmo! do que nunca!

A moda está de parabéns porque percebeu que nestes tempos de crise mundial, quem mostra as coxas rechonchudas por baixo da mini-saia só revela bonança. Que a vida imite a moda e as deixe passar…

É um regalo… (um doce e lânguido regalo…)

Vou ali assinar a Vogue e já venho!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A moda


As pessoas olham para a minha t-shirt e riem-se…

Será do que diz?

Será da cor?

Não percebo…

E depois dizem que eu sou provocante...
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PS: Às vezes rir, é mesmo o melhor remédio e o único caminho que nos resta para a sanidade.