segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Mordaz - O meu lugar sempre foi este


Conheci o Francisco Segurado Silva de forma que já nem me recordo bem. Sei que foi há uns anos atrás, creio que quando se apaixonou por Marvão, e decidiu comprar uma casa por aqui, mas o grande trambolhão se passou na minha vida, sobre o qual se passaram  9 anos, no último dia do mês passado, fez com que essa memória dos últimos anos, tenha algumas pontas soltas, como esta, que não consigo bem encaixar.


Do que sim me recordo muito bem é da tremenda boa impressão que o seu espírito curioso e inquieto criou em mim. O Francisco é uma daquelas almas que parecem sempre que estão com um olho no burro e o outro no cigano, não por estar sempre à defesa, antes pelo contrário, mas porque cogita sempre a uma velocidade que nos deixa surpreendidos.


Não tendo cá família, apaixonou-se pela nossa terra e decidiu comprar uma casa para vir descansar para junto de nós. Sou capaz de ter trocado impressões com ele nas finanças, onde trabalho, aquando da transação, e fomo-nos sempre mantendo alinhados, até mais pelas redes sociais.

 

Segundo me contou, o Francisco trabalha em artes gráficas, digitais e segundo creio também já esteve ligado à publicidade. Quando se deu esta história da pandemia dos nossos tempos modernos, o coronavírus/covid 19, como lhe chama o senhor Bruno Aleixo, e ficou tudo fechado em casa, a “tripar” da cabeça na maré de confinamento, o bom do Chico lembrou-se de criar uma revista, a Mordaz.


https://mordaz.pt/edicoes-da-mordaz/


Esta revista, que tem uma apresentação deliciosa e absolutamente profissional, é criada com parcos recursos, numa base de colaborações, e tem um carater amador- profissional, se é que me consigo fazer entender.

 

Nomes conhecidos das letras e do mainstream, que colaboram numa base de amizade e entendimento com o cérebro criador do projeto, ajudam a dar corpo ao sonho. Neste contexto, foi com alguma surpresa que ouvi o seu desafio para juntar à turma, e me lançara um tema específico: o trabalho, sobre o qual poderia me poderia esticar, claro que embora estando bem consciente do universo onde este produto estaria disponível.

 







A Mordaz, “uma revista totalmente independente, a sua produção não custou um cêntimo”, como vem bem explícito no cabeçalho, tem disponíveis as edições:

 

Nº 1 – Março 2020 - Covid ou Golias, o combate de uma geração

 

Nº 2 – 10 de Abril - Pacotes de auxílio (Amor e Verdade)

 

Nº 3 - 25 Abril - Temática Salgueiro Maia - 25 de Abril - Revolução

 

Nº 4 - a primeira revista de Maio a sair em Julho – Trabalho, que na sua página 32, tem esta prosa da lavra do vosso escriba:


O Meu Lugar Sempre Foi Este

Nesta sociedade em que vivemos, ter um trabalho é uma necessidade que se assume vital, por dois motivos essenciais: o ser capaz de tornar-nos uma peça funcional na engrenagem, logo, válida; e também porque legitima a nossa existência, garantindo-nos os recursos fundamentais para conseguirmos dar resposta à logística de cada um. O nosso, pode não ser aquele com que sonhámos um dia, mas cabe-nos a nós, conseguir dar-lhe o melhor sentido, justificando-o, para que o possamos aceitar da melhor forma possível.

Escreve-vos um licenciado em Comunicação Social no I.S.C.S.P., muito bem segundo classificado no final do curso entre os seus pares que, por força maior das contrariedades da vida, nunca teve possibilidades de tentar carreira numa capital onde fervilhavam as oportunidades naturais do boom das televisões privadas, e tentou encontrar o seu caminho regressando ao Alentejo natal. Hoje, apesar de tudo, sou um feliz funcionário da Autoridade Tributária e Aduaneira na capital do meu concelho, Marvão, situada a 6 quilómetros da terra de onde sou natural. Aqui, encontrei o meu lugar, que afinal, sempre foi este. Sim, eu sou tão português que acredito que o destino está traçado à nascença.

Numa região sem oportunidades já naquela altura, quando regressei, no início do milénio, concorri ao maior concurso da função pública em Portugal até essa data, que reuniu cerca de 80.0000 candidatos para guarnecerem pouco mais de dois milhares de vagas, de uma Direção Geral das Contribuições e Impostos desfalcada pelas aposentações, e natural desgaste de quadros. Pediam uma prova de cultura geral, com português, história, lógica e conhecimentos diversos. Depois da seleção neste pré-acesso, quando pensava já estar dentro, tive de me esfalfar nas exigentes provas específicas, sobre cada imposto, com muito custo e dedicação. Só assim consegui ficar no meu concelho, que sempre foi o meu grande objetivo, onde atingi o generalato, não existindo hoje, cargo ou promoção que dali já seja capaz de me mover.

A paixão pela escrita, muito mais que um hobby, antes um escape, uma forma de viver, quase tão importante como respirar; manifesta-se no blogue que criei há 13 anos atrás, “Vendo o mundo de binóculos do alto de Marvão”, que conta com mais de meio milhão de visualizações, e onde, ajudado pelo mural do facebook, onde divulgo os textos e pensamentos, respiro o dia a dia e o imediato. Os dois, acabam por me preencher enquanto homem, ser pensante, humano completo.

Quem entra naquele serviço local, encontrará um funcionário que procura sempre a competência e eficiência, máximas que sempre tive como orientadoras na vida, mas quem não me conheça destas lides literárias (1.406 publicações até há data, só neste espaço) desconhecerá que tem pela frente não um mangas de alpaca submisso qualquer, que idolatra e se esgota nas atualizações dos códigozinhos, decorados com recortes feitos a régua e esquadro; mas o alter ego convencional do Tio Sabi (alcunha de sabichão com que os colegas o batizaram no ciclo preparatório, como bulllying pela sua esperteza e fome de saber), um agitador de província que se realiza quando consegue chegar aos outros, e recebe um comentário de quem não sonhava sequer que o lesse.

Coisas da vida: se quando andei a caminho de Lisboa, de automotora, para aprender a ser jornalista profissional, me tivessem dito que o meu estrelato acabaria por ficar a escassos quilómetros da minha casa de sempre, para trabalhar nas finanças da minha sede de concelho… o mais certo teria sido ter-me atirado sem pestanejar, para debaixo do 15, que cruzava a rua junqueira sob carris, e me deixava no Palácio Burney, a caminho de Belém.

A vida poderia ser sempre outra se… mas os ses, quando não se concretizam, e não se “arrumam” numa estante racional da nossa vida, ficam sempre por aí a pairar, e nada mais fazem que deixar num suspense inóspito, assombrar, incomodar.

Mas eu sei que estas deambulações literárias só são possíveis, geralmente quando já tudo dorme, em casa, porque, lá está, existe um trabalho por detrás que as suporta, e permite estes devaneios. Um homem quando não trabalha… e está dependente de subsídios, subvenções familiares, heranças, apoios diversos… acaba por sucumbir perante a sua inoperância.  


A edição atual, Nº 5 – Culpa e Castigo, está disponível aqui: https://mordaz.pt/wp-content/uploads/2020/08/005_MORDAZ_DUPLAS.pdf


Olhem, espreitem, leiam e caso queiram, apesar das muitíssimas propostas gratuitas para ocupar o tempo nos dias que correm, sigam.

 

Abraço a todos!


Abrir a Mordaz nº 4, clicando aqui.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O regresso de Judas




Como se esta terrível época que ‘ora cessou,

Não fosse já suficientemente má que chegasse,

Ainda precisávamos de uma notícia destas,

Para que o meu coração rebentasse.

 

Depois do bom, íntegro, coerente, bem falante Vitória,

E da inesperada lufada de ar fresco (que vingou) do Lage,

Eu nem queria acreditar nas notícias,

Que davam como certo, o regresso deste Bocage.

 

De tanto treinador no mundo,

Até com valioso passado benfiquista, que poderiam ir buscar,

Voltaram a meter as mãos na merda,

Para um machado de guerra irem desenterrar.

 

Eu já fui muito do Jesus, confesso,

Quando o fomos buscar ao Braga, no final de década passada,

E montou um “rolo compressor”,

Que levava tudo à frente, e cilindrava “com nota artística”.

 

Mas os anos foram passando,

Os erros na bola, nos gestos, no pretuguês,

Foram destruindo a imagem,

E o fascínio que tinha pelo maltêz.

 

Nesses 6 anos (2009-2015), para as super equipas que tiveste,

Apenas 3 campeonatos, uma taça, uma supertaça, e as tacinhas da liga,

Não são motivos suficientes, quanto a mim,

para te idolatrarem e irem buscar, outra vez.



Saviolas, Aimares, Javi Garcias, Davides Luízes,

Luisões, Preud Hommes, Micolis,

Com a melhor fruta pudeste contar,

Mas nem mesmo assim nos conseguiste levar ao altar.

 

O sonho da tal prova europeia,

Que nos faria voltar a ser respeitados (no continente do futebol),

Caiu perante Chelsea (12/13) e Sevilha (13/14),

Deixou-nos antes tristes, adormecidos, esquecidos.

 

E repara bem que já nem falo,

Nos valores das nossas escolas, que deixaste voar (Bernardos Silvas e afins),

Para incentivares grande contratações,

Onde certamente deves ter estado a mamar.

 

Os outros, os pobres, antes de ti,

Tiveram de jogar com o que tinham,

Inventando laterais e avançados,

Desenrascando-se, e mesmo assim… venciam.

 

Mas para ti, o bom do Vieira,

Sonhando já com as eleições,

Promete equipas de sonho,

Para arrasar todas as competições.

 

Pois eu cá não me esqueço,

Que de ti, nunca gostei, apenas aceitei,

E se na brinca, reinava,

Era porque cumprias, e eu aí, tolerava.

 

Mas de tudo nunca jamais hei-de esquecer,

Quando no final do contrato,

Aceitaste ir para o Szeborten,

Só para gozares o prato.

 

Se és profissional e te pagavam,

Apesar da coerência não o aconselhar,

Que poderíamos nós fazer, senão aceitarmos,

O futuro que o Deus Mendes te iria reservar.

 

Mas a imagem de ti a cantares,

o hino, no estádio, para a bancada cheia de lagartos,

É uma visão de horror, que me há-de sempre acompanhar,

Nos anos mais próximos, estou certo.

 

Essa imagem, e a de joelhos, em pleno estádio do dragão,

Depois de perderes o jogo, o tino, e o campeonato,

Hão-de sempre acompanhar-me,

Por mais que viva, estou bem certo.

 

Hoje, entre o Kadafi e o maestro,

Chamaste a pedir união,

Mas sabes bem que isso é coisa impossível,

Porque há outros, como eu, que ainda têm coração.

 

Com o que te pagam e o que te darão,

Quero que metas a equipa a jogar, e possamos ter prazer,

Mas já sabes que de amor por ti,

Nunca me hás-de ver morrer.

 

Gostava muito de ti,

Enquanto humorista do facebook (JJ Bóce)

Mas espero que me faças agora rir mais,

De prazer, e não de outra coisa que fosse.

 

O Benfica é a grande paixão futebolística, de toda a minha vida,

Dali não mudo, esteja quem estiver,

Mesmo apesar que regressos tão maus quanto o teu,

Possam eventualmente acontecer.

 

O teu maior mérito recentemente,

é teres calado com bofetada de luva branca,

Quem sempre apostou que se saísses daqui,

Nada irias conseguir, de certeza.

 

Pelo contrário, foste ensinar os brasileiros,

A jogarem à bola na terra do seu coração,

Ajudaste o flamengo a vencer copa,

E saíste de andôr sobre a multidão.

 

Boa sorte para nós,

Espero que cumpras o que prometeste,

Faz-me calar, dobrar, torcer,

Afinal, foi para isso que vieste.




ACAAAAAAARRRRRDDDIIIITTTAAAAARRREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

sábado, 1 de agosto de 2020

Deitar a toalha ao chão, e uma tertúlia (no facebook) à volta do gesto



Tão verdade, bom Sá (mágico!).


Ruizinho... já borraste a pintura toda!

Vai tomar no rabo! Foste!



Antonio Garraio Achei de bradar às nuvens, também. Talvez o comentário mais infeliz que ouvi a políticos em muito tempo. Até me arrepia pensar que há malta (muita malta!!!) que põe a cruzinha à frente do nome destas abéculas. A fragilidade da espécie “bicho homem” está aqui bem patente.


Pedro Sobreiro Antonio Garraio Podes crer, meu caro Garraio. Este Rio, dececionou-me de uma forma avassaladora. Depois da postura tremenda que teve quando ganhou a câmara do Porto, recuperando a alma e a aura do pequenote gigante Sá Carneiro, quando chegou a enfrentar o próprio Papa do Norte (a quem colocou entraves a que fossem celebrar o título para a varanda da câmara, porque aquilo não era baldio, e haviam concessões a fazer, e autorizações a pedir...) esbardalha-se agora contra a falésia, como se fosse uma avioneta completamente desgovernada, daquelas que passeiam tarjas publicitárias pelo areal.

"Se o Chega evoluir para um plano mais moderado, é possível conversar"?!?!?!?!?
COMÁSSIM?!?!?!?!?!?

Se o Hitler ajudar uma velhinha a atravessar a estrada, talvez já possa ir para o céu?

Esse André Ventura, que é muito inteligente e nada parvo (o seu percurso académico e político, comprovam-no bem), é um facínora e um mamão, que se farta de ganhar dinheiro nos escritórios de advocacia onde trabalha, à custa dos projetos que faz para a Assembleia da República, e não só mas também, e sobretudo, sabe manipular os instintos mais animalescos da raça tuga (mesmo assim), por forma a conseguir dominá-la e levá-la onde quer (contra pretos, ciganos e gays, por exemplo).
O Hitler também foi eleito democraticamente, da primeira vez.

Que o Rio diga que "ah, se te portares bem, e se ladrares baixinho, talvez te deixe sentar aqui ao pé de mim. É que os teus... dão-me jeito...", é a morte política de um homem, e a condenação do PSD ao degredo, onde vai andar mais uns anos, à procura do D. Sebastião que todos sabemos que não irá aparecer, enquanto o espetáculo rosa estiver em palco, em S. Bento.

Enquanto isso, D. Costa rebola-se na passarelle, porque assim, quanto a mim, já nem de outro da esquerda precisa para Troikas, porque eu acho que do PSD ainda deve de haver muita gente infeligente, que se recusará a meter a cruz ali, com aquela carraça ao lado.

Obrigado pelo comentário, meu amigo, porque te reconheço parco nestas andanças, e mais prudentemente recolhido! 😁👍


Antonio Garraio Pedro Sobreiro eu raramente vejo entrevistas ou qq coisa que tenha que ver com política (pela minha saúde), mas por acaso, vi esta entrevista quase toda, já tarde, em diferido. As calinadas batiam umas nas outras, qual delas mais absurda que a anterior. É digna de estudo, desde o namoro com os Xenófobos ( e compreendo perfeitamente que o João Bugalhão não veja isso com maus olhos, ele já se posicionou nessa zona anteriormente), passando pela defesa do fim dos debates quinzenais (grande oportunidade para a oposição serrazinar e desgasta.


Pedro Sobreiro Antonio Garraio 👍👏👏 como te compreendo... 😁


João Bugalhão Mas se for o Dr. Costa a fazer acordos com os camaradas do Stalin e do camarada Mao (foram mortos reacionários não fez mal), é giro! até lhe chamam, carinhosamente, "geringonça". Viva a ética do Costa & companhia. Ai estes dois pesos e "muitas" medidas desta cultura esquerdalha. Nota: Nunca fui apoiante de Rui Rio... https://malomil.blogspot.com/.../gulag-mais-um-dia-de...


Pedro Sobreiro João Bugalhão Os extremos, meu João, são sempre horrendos, sejam eles de esquerda, ou de direita.
Sei há muito da realidade dos gulags, e de que esses campos de extermínio à esquerda, eram tão maus quanto os campos de concentração, cujos destroços já pude visitar, nem sei se infelizmente ou felizmente.

Mas ao julgares a parte pelo todo, estás a ser injusto, e a deitar por terra tudo aquilo que são os méritos do governo de esquerda orquestrado por este homem, a nível de redução do défice, reorganização das contas públicas, aumento das exportações, limpeza do nome de Portugal no mundo...

E não falamos de pandemia, porque isso é inédito, inesperado, e baralha tudo.

Cada um é como cada qual, e este é como a p... que o par..., não é?

Um abraço!


João Bugalhão Pedro Sobreiro , "Sei há muito da realidade dos gulags, e de que esses campos de extermínio à esquerda, eram tão maus quanto os campos de concentração, cujos destroços já pude visitar, nem sei se infelizmente ou felizmente." . Se assim é, porque te referiste apenas a "Hitler"? Ouve menos SIC notícias e lê menos espresso e pensa mais pela tua cabeça... Quanto ao "deus" costa, lamento mas não passa de um aldrabão e vendedor da banha da cobra...


Pedro Sobreiro João Bugalhão Ahahah... és tão engraçado... 🤣😂🤣😂🤣🤭 A forma como categorizas, classificas e julgas os outros, os conhecimentos que têm, bem como a forma como os obtêm, só te faz... grande!, o único a pensar só pela sua cabeça, incólume, sem defeitos! 😘

Olha, segue o guru, e junta-te ao Mr. Ventura, tb... 😁



Antonio Garraio João Bugalhão quando só te resta este tipo de retórica, é sinal inequívoco do que a tua retórica vale.


Pedro Sobreiro Antonio Garraio 👍👏👏🤭😁


João Bugalhão Antonio Garraio , é muito mais que retórica, algumas das coisas que refiro são factos, olvidados por uma certa "coltura" educacional dos últimos tempos e formatada por uma cs deficiente. Quanto à valia de retoricas: a minha vale sempre pouco quando comparada com a "tua"!!!! Mas isto, camarada, é como a outra coisa..., cada um tem a sua!!!


Joaquim Barbas Pedro, quem tinha razão era o Sr Prof Dr Marcelo José das Neves Alves Caetano, um dia este lindíssimo País ficaria nas mãos de escroques, infelizmente o homem não se enganou numa única vírgula. Aquele Abraço.


Pedro Sobreiro Joaquim Barbas Meu querido, agradeço como teu Amigo, e por seres um Homem que prezo muito, o teu comentário. Mas esse tal Marcelo Caetano que elogias, apesar de ser uma sumidade em Direito, era também o delfim favorito do Prof. Oliveira Salazar, o tal ditador que ofuscou todo o nosso século XX, entre os anos 30 e 60, desde que subiu ao poder enquanto ministro das finanças, após a revolução de 1926; até que caiu da cadeira em 68.

Falando de pulhas, eles, embora diferentes, não eram melhores e cerciaram a população portuguesa de alimentação, educação, e sobretudo e mais importante de tudo o resto, de liberdade, que para mim, é o maior valor que um homem pode ter na vida: poder escolher onde quer estar, com quem quer estar, casar, viver, e dizer o que lhe dá na real gana, desde que respeite o seu próximo.

Por isso, das mãos de malfeitores, sempre o nosso país esteve refém, ainda muito antes destes, quando os reis exploraram até ao limite, as riquezas das colónias, estivessem elas em África (Angola, Moçambique), Ásia (Índia), ou América (Brasil).

Passas daqui para os nossos tempos, para o BPN, e os milhares de milhões de buraco que o Banco de Portugal não controlou... e concordarás comigo que o comentário mais acertado a fazer sobre estes maduros descendentes de Viriato, é aquele atribuído a um dos primeiros governadores romanos na península, que enviou por carta ao Imperador: "há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!»

Perante isto... que fazer?

Grande abraço!


Herminio Felizardo Joaquim Barbas Prefiro uma democracia onde há escroques, do que uma ditadura onde não havia nem liberdade, nem os mais elementares direitos de opinião, sem os quais, este pequeno debate, nem sequer, poderia existir. Estoques no tempo do Marcelo, o Caetano, também os havia e não eram poucos.


Herminio Felizardo Escroques, corrijo!


Pedro Sobreiro Herminio Felizardo Corriges?!? Mas... 🤨 se estava bem... Ah... no final! 😁👏👏👏👏🤭 👍Grande abraço, meu velho amigo! 🤗  



Ainda (e sempre) o ódio


Lendo as notícias de dia 29, recordo com tristeza que Bruno Candé, ator, de 39 anos, pai de 3 filhos, foi assassinado no sábado, dia 25/7, em Moscavide, por volta das 13 horas, por um homem de 76, que antes o brindou antes com "preto, vai para a tua terra!", "volta para a sanzala!", ou "vou violar a tua mãe!".


Este é o nosso país, em que um homenzinho que combateu por ele no ultramar, nos 60 se início dos 70s, se acha no direito de tratar os de cor diferente da sua, menos homens que ele, e que, achando-se superior, se encontra no direito de ofender a sua mãe, a cadela que o auxiliava após o grave acidente que sofreu de bicicleta (que o deixou com graves sequelas físicas), e ainda por cima, de lhe tirar a sangue frio, o bem mais precioso que tinha, a sua própria vida.


Este é o país que temos, e merecemos!


Certamente passará por lá o resto da vida, mas até acho que consigo imaginar os elogios com que será recebido por uma certa comunidade.


Lá comerá, terá teto, roupa lavada, assistência, e ócio que eu lhe pagarei com os meus impostos.

Às vezes tenho tanta pena de viver numa sociedade que se diz desenvolvida (onde?!?!?), e num Estado de direito (mais torto que isto?)


O medo das más utilizações e aproveitamentos, faz-me temer o regresso da ancestral "Lei de Talião", do "olho por olho, dente por dente". Mas raios! Como me custa pensar que talvez assim, pudéssemos afastar estas mentes criminosas de vez!


O "quem mata, morrerá", pelo menos, seria inibidor, e um travão à loucura reinante.


O Bruno era católico. Paz à sua alma. Que esteja em paz...