terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A marcha de revolta das panteras vermelhas (SLB-5 / Boavista-1)


Queridos amigos benfiquistas:

Escrevo-vos neste momento de grande alegria, porque me sinto mesmo inchado, e gostaria de tornar pública esta minha felicidade. Faço-o sem qualquer tipo de receio de gozo pelos mafarricos do costume. Quero é que vocês, que sabem quem são, vão ao cócó, e metam os títulos, e as taças na anilha! Uns, porque os outros... tadinhos, de verde, nem isso têm para enfiar.

Encontro-me assim não pelo volumoso resultado de hoje, mas porque para mim, o meu Benfica (que eu nunca achei de rastos, diga-se de passagem, apenas mal, isso sim), reergueu-se, e reencontrou-se com esse puto, para mim desconhecido, Bruno Lage. Nesse caminhar face à plena forma, deu hoje, um passo de gigante. E tantos que foram os motivos:

- Os tantos, tão bonitos e elaborados golos: dessa maravilha de arte do puto maravilha Félix feita cruzamento para o cirurgicamente bem colocado Esferovite, à bomba estratosférica do D'artagnan espanhol Grimaldo (com ele, quem tem saudades dessa merda de laterais como o vendido maxi pereira, escrito com minúsculas, porque não merece mais. Joga do outro lado mas não faz mal. O nosso agora joga a anos-luz dele!)



- O voltarmos a ter um Mister que dá indicações táticas para os jogadores dentro do campo, meu Deus!!!! Desde a cabra do chiclete que eu não via o coach de caderninho na mão, a explicar onde, e como os queria!!! Bruno Lage RULES!!! (e sim, minhas cabras desgraçadas adversárias, eu sei o que estou a dizer!!!! Assumo, digo, redigo, e sublinho. Como sempre disse que sempre gostei do Vitória, por tudo o que fez, conseguiu, e fez brilhar. Só que o seu tempo chegou ao fim, e isso, até à mim me custa a aceitar...  Agora, nova era se iniciou. E eu nunca gostei do Jasus! Apenas o tolerei e gozei, tansos que dizem o contrário!



- O Rui Costa, esse menino de ouro, esse Homem que me mete de joelhos seja lá onde for só para lhe beijar os pés, de volta ao banco, para dar força aos jogadores, para os afagar, para estimular, para lhes dar carinho, para os empurrar para a frente!

- A garra dos jogadores!!! Esse Félix que me tira do sério, mas também um Pizzi que hoje esteve imperial, o Gedson a crescer, um Rafa casa vez mais elétrico, o suíço Esferovite que regressou aos golos que tão bem sabe fazer, a alegria que me deu ao vê-lo dar lugar ao Ferreyra, e o Vlachodimos elástico que defendeu um penálti!!! Bom dimáis!




- Os adeptos, meu Deus, os sócios e simpatizantes, que aplaudem e motivam, mesmo quando eles falham, como quando um cada vez maior Gabriel quase entregou o ouro ao bandido, num atraso mal medido.


Eu sei que agora vou levar com os lagartos duas vezes no período de 4 dias, já ao domingo para a liga, e depois para 1ª mão da meia da taça de Portugal, mas não tenho medo absolutamente nenhum, é isso é tão bom. Desejo que sejam bons jogos, limpos, disciplinarmente corretos, e que ganhe o melhor nesses 90 minutos. Já vi que têm um bom treinador, um excelente lote de jogadores, e sinceramente, qualquer um dos dois poderá sair melhor. Oxalá sejamos nós.

Futebol, desporto, são componentes da vida. Nunca devem ser rastilho para ódio, ou violência! Por muito que se ganhe, não se ganha objetivamente nada.

Não sei se deu para perceber, mas eu hoje estou mesmo muito feliz! Adorei ver como a equipa joga, como luta pela bola, como não deixava os de xadrez tocarem na bugalinha, a forma como fazia as transições rápidas para o ataque, como recuperava a bola... tãããããããããão booooooommmmmmm.

CARRRRRRRRRREEEEGGGGAAAAAAAA BEEEEENNNNNNFFFFFFFIIIICCCAAAAA


#rumoao37


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Sem taça, mas com muito ganho









Bom, ninguém gosta de perder, como todos sabem. Quando é ao futebol, trata-se apenas de uma chatice. Daqui a um mês já não me lembro disto. Não perdi dinheiro, nem posição na vida, nem ninguém de que gosto. É um perder assim… de esguelha.

Mas ainda assim, não fico nada bem disposto de perder. Contra o porto, de todo em todo. Porque estes são aqueles que gosto menos, quanto mais não seja por os líderes da seita fazerem do clube, uma intifada contra o sul, e eu ter de levar com pessoas de que gosto a torcerem por eles, os tansos. Se o Benfica fosse um clube que defendesse a hegemonia da capital contra o interior, depressa mandava aquilo às urtigas!

Perdemos 3 a 1 hoje na meia final da Taça da Liga Allianz, uma competição que para mim, sempre achei de somenos importância. Já lá temos umas quantas no museu Cosme Damião, e não me luz sobremaneira.

Tenho por máxima de vida, tentar tirar o melhor, mesmo do pior que me acontece.

E esse pior foi, como já disse, ter perdido. O melhor foi que gostei muito de ver a minha equipa jogar e hoje tive a certeza que o Bruno Lage, é o mister! Conhecedor, comedido, cerebral, estratega, tentou. Não mastigou, não esmoreceu, antes tentou. Adoro ouvi-lo falar do 4-3-3, do 4-4-2, de trocar alas e extremos, de subir e baixar linhas, de pressão alta e ataques pelos lados. Não percebo muito mas acho que compreendo, e adoro.


Esses parvalhões que adoram denegrir-me, que se dizem meus amigos (o tanas!), que me criticam dizendo que adorava o Jasus, e agora me farto de dizer mal dele (quando Deus sabe que nunca gramei o homem enquanto treinador, antes o tolerei, e gozei com o espécimen raro), não me largam o pincel. Agora também me atiram à cara o Rui Vitória. Epá, eu sempre gostei do Rui, acho que tem tarimba, nível, e conhecimentos, mas agora estava um pouco desgastado, até com os jogadores, e compreendo que tenha saído.

Mas o Bruno, ó Vieira (o importante que estou! Devo estar quase a ser internado. É cartas para o Marcelo, recados ao Orelhas dos pneus, o meu maior presidente, enfim… poderia dar-me para pior), tem tudo para ficar. Percebe montes o assunto, conhece as camadas jovens onde andou a trabalhar tanto tempo, e pode fazer render e brilhar ainda mais o filão do Seixal. Este, deixa-o ficar mais tempo! Não te irás arrepender, certamente.


A paixão em querer agradar aos adeptos, à massa associativa, ao público; a vontade manifestada hoje depois do jogo, em querer logo treinar, para corrigir os erros cometidos…
Adoro ele!

O Porto ganhou. Certo. Parabéns. Foram melhores.

Mas… (queriam que fosse tudo assim  de borla, ahahahah…) beneficiaram do lance do jogo, que decidiu a partida, que marcou a queda a pique do Benfica, e o ressurgir do Porto: o segundo golo do Benfica, limpinho, limpinho, que nos voltava a meter na luta, mas que foi anulado por… UM PINTELHO!!!


Acalmemo-nos. Eu sou a favor do vídeo árbitro, já o escrevi diversas vezes. Porque, e essa é a grande virtude, o vídeo árbitro repõe a verdade desportiva. Quando ela funciona! Mas quem é que me diz a mim, que os caramelos marmanjos que olharam para o lance, na sala de pânico cheia de televisões, foram capazes de vislumbrar um fora de jogo naquele lance do golo do PIzzi?!?!?!? ONDE?!?!?!?



Pois isto foi um tremendo balde de água fria. Uma cena da mulher muita linda que faz virar os rostos, capta o olhar daqueles com que se cruza, e faz cair a beiça quando dá um sonoro traque que se ouve da outra ponta da calçada. Não se faz!

Nem o Xistra, nem os mirones dentro da sala cheia de televisões viu o que toda a gente viu.



É assim.

Depois o Benfica teve de ir atrás do prejuízo, do resultado, e ao esticar, abriu, e eles aí, foram letais. Ganharam. Parabéns. Bom proveito, que daqui para a frente, este que aqui está, torcerá sempre para que caiam com estrondo.

Os rivais aceitam-se. Afinal, não se pode ganhar sempre. Os inimigos… evitam-se, e só lhe podemos desejar o dobro do que pedem para nós, porque o amor… com amor se paga.

Sejam bracarenses ou lagartos, salvem-me de ver aquele espetáculo hediondo, de os ver a urrar de novo.


Dois apontamentos finais:

1.
ESFEROVITE: VAITÁ MERDA!!! ESTES GOLOS NÃO SE PODEM FALHAR!!! VAIS AO CASTIGO!!!!! (JOÃO FÉLIX, ISTO É PARA TI TAMBÉM!!!!





2.
Ò puto Conceição, de olhos lassos pelo jogador que era seu, ter desaparecido num acidente do estrangeiro: de nada te vale dizer que respeitas a instituição Benfica, se ao caraterizares o jogo, dizes que pegaste o boi pelos cornos! Obrigadinho pela educação, mas deverias era de ir apanhar os cornos do teu paiizinho, ó meu grande filho da puta!

METE A TAÇA NAS NALGAS!!!!!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Ó Tio Marcelo, desculpa lá mas… (mais) esta não! (carta aberta ao Presi)



Desculpa lá o nível informal mas… embora aceite que não te lembres, já fomos próximos, como podes comprovar pela foto abaixo. E não! Não é montagem. Deixei mesmo que te pudessem fotografar a meu lado.


Fica descansado que não vou dar com a boca no trombone, e contar como foi a noite louca em Espanha que tivemos depois daquele festival de música que fingiste adorar, mas te aborreceu quase até ao adormecimento. Cá pra mim, amigo é amigo, e o nosso pacto gravado a sangue fica para sempre. Sabes que sou teu camba, mas, desculpa lá, cá pra mim, agora bateste no fundo. Esta dos camionistas… foi demais!
  




Meu querido Senhor, sei que sabes que sempre te admirei horrores: pela inteligência, pela célebre reputação de notável Professor com P maiúsculo, pelas ínfimas horas de sono que precisas para estares com as pilhas sempre em alta voltagem, pelo teu nível de ténis, por teres atravessado o Tejo a nado, quando usavas aquela perinha farfalhuda, que te dava um ar fantástico de detetive fora de horas, enfim, tanta coisa.


Entraste para a presidência com suplesse. Não foi necessária uma manobra tão hábil como a do primo Costa, que teve de engolir os comunas ainda vivos, a estrebucharem, e tem os bloquistas ainda a picarem-lhe por dentro das cuecas como se fossem pulgas. Foste mais elegante, mais frio e cínico, se quiseres. Deixaste o pobre do Passos Coelho cuspir… pensando ele que para o lado, mas sabendo tu que lhe cairia a escarreta em cima, quando insinuava que não serias a melhor escolha, porque estavas certo do teu valor.

Na sociedade em que vivemos, quem entra em casa todos os dias pela porta da televisão, sabe que está próximo do coração, e é considerado quase como se fosse da família. Tu, bem falante, extremamente inteligente, comunicador único com uma bagagem e uma projeção notável (os muitos anos a dar aulas notam-se bem) foste a jogo já com as faixas de campeão penduradas do pescoço.


Cerebral, não fechaste a porta ao PS, não foste chocar direto a eles, e deixaste que o Sampaio da Nóvoa ficasse meio a levitar no limbo, com a Maria de Belém, a pobre, essa bonequita fugida das Crónica Feminina nos anos 70, a sorrir amarelo para as tantas dívidas que teria sozinha de saldar, por sua conta e risco. Assim, pudeste ser deles também. Assim… ganhaste.



Ao ganhar, tens feito uma legislatura que já se esperava. Muito pensante, muito resguardada nos juízes do Ratton, aos quais recorres com frequência, para te safares do Knock-out nas cordas quando se ouve o gongo da Constituição. Tens sido muito de massa cinzenta e… cor-de-rosa, também.


Aqui começa o meu descrédito. Tantas vezes em que me apetecia ir detrás de ti, e sussurrar-te, amigo, “Marci, olhó nível!!!!”
Eu sei que és cristão, como eu sou; eu sei que o bem, a procura da felicidade (muitas vezes dos outros) te move, eu sei que só queres o melhor. Mas era mesmo preciso aqueles beijinhos nos rostos enrugados por muitas décadas de trabalho e sofrimento, massacrados pelo flagelo dos fogos, molhados por lágrimas de dor?


Era mesmo preciso ligares para a Cristina Ferreira, a desejar-lhe sucesso no seu novo programa, num canal que não o de origem? E onde é que esteve nesse então, o Marcelo da massa cinzenta, o dos neurónios que pensava sempre em tudo, o precavido? Nunca pensaste no ricochete que essa boa ação teria na letal concorrência? Que incauto foste, que pouco… pensador.



Gosto de imaginar como seria o teu comentário à Judite de Sousa, se visses um outro qualquer, no teu lugar agora, a cometer tamanha desfaçatez.


A de hoje então, fez-me estremecer, e pegar no teclado: enfiares-te num camião para constatares, com os teus próprios olhos, como é dura a vida dos camionistas?!?!?!?
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH (respirar) AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH(respirar) AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
AI eu, ai eu… FALECI!!!!!!!!


E melhor que isso, propores que vais propor “a quem de direito”, como tu disseste, a que sejam considerados como uma profissão de desgaste rápido?!?!!?

https://tvi24.iol.pt/politica/marcelo-rebelo-de-sousa/marcelo-diz-que-se-deve-reconsiderar-idade-da-reforma-de-camionistas-de-longo-curso


Olha, vou-te dar uma dica. Quando tive uma boa pontuação na prova de cultura geral (Português, História, Geografia, Lógica matemática, etc.) que me permitiu destacar entre os 80.000 que foram a concurso, e abriu a porta de entrada nas Finanças, pensei que estava safo mas… ainda não. Essa foi apenas entrada num mundo, mas o “edifício fiscal” tinha de ser construído com um curso intensivo, ministrado por valores da nossa casa lagóia, que abordaram imposto a imposto, do património ao rendimento, da despesa à justiça. Nesse curso de meses que me deu mais luta que o superior que andei a tirar em Lisboa, por não ser da minha área, ensinaram-me um dia que a Lei Geral Tributária, ou seja, a nossa Constituição dos Impostos, previa no artigo 10º, que todos os rendimentos, incluindo os ilícitos, deveriam ser tributados. Ora isto para um jovem jornalista recém-formado, cheio de sangue na guelra, foi como uma alfinetada em cheio no rabo! Ora… como é que poderia ser tributado, se o que deveria era ser erradicado e combatido à priori, num estado de direito?!?!?


Ora este Estado, que prefere amealhar (até do que não deveria) antes de ajuizar, era uma ideia Dantesca que chocava com o meu código de valores e princípios, me granjeou algumas discussões, outros tantos olhares de lado, mas pelo menos (e o que me vale é sempre isso), libertou-me porque… saiu (de cá de dentro, lá para fora).


Ora pegando nisto, nesta tua postura agora mostrada, eu até tremo de te ver um dia a passear numa rua escura do Intendente, à frente de uma bicha de luzes de câmara ligadas em direto, com uma jeitosa dessa vida agarrada a cada braço, enquanto tiravam selfies e gritavam: “DESGASTE RÁPIDO JÁ!!!!!”





Pessoali, eu já venho!

Tantas...

Ai ó criadore!!!!!!!

Tio Marcelo, segue o conselho do teu Sabizinho: 


VAI PRA DENTRO!!! RESGUARDA-TE!!!!

  
Nota final: depois disto, já sei que não mais me poderei aproximar de ti, da próxima vez que cá venhas! A minha foto vai ser afixada no placard dos procurados pelos teus seguranças, e ao mais menor esboço de abordagem, “amandam-se” a mim como gato ao bofe. Em menos de nada, estou de mergulho em plena barbacã, enquanto tento perceber se bater os braço com muita força… faz voar!

domingo, 13 de janeiro de 2019

The Show must go on (como eu vi a Bohemian Rhapsody)

ler com atenção aos links, para mais conteúdos





Muitos anos depois… regressei ao cinema… a sério. E foi toda uma emoção. Eu nunca deveria permitir-me tão grande afastamento, daquela que considero a arte maior. Mas as contingências, sobretudo a distância da sala, assim o ditam. Contudo, longe de computadores, tablets, ou televisão de casa, dispositivos “menores” para se ter noção de uma obra, voltei a uma sala com todas as condições de som e imagem, para ver um filme que queria.


Quando soube do lançamento do filme autobiográfico sobre Freddie Mercury e os Queen, “Bohemian Raphsody”, comentei com o meu cunhado e Amigo, Fernando Dias, que sabia grande fã da banda, que teria todo o gosto de poder assistir ao seu lado. Como sou de palavra, quando soube pela sua Maria, minha afilhada, que viria a Portalegre, agendei logo para estarmos presentes. Foi, afinal, o melhor que fiz, porque as sessões disponíveis esgotaram, provando que a devoção pela banda ainda está bem viva.




Naquela sala completa, aconteceu a magia do cinema, porque, partindo do pressuposto que aquilo a que assistimos é baseado em factos e acontecimentos reais, fiquei fã do Homem e da banda.


Tenho de confessar que sou um indivíduo que por mais aberto que queira ser, sou preconceituoso, tradicional e limitado. Sempre tive dificuldade em aceitar uma banda com um vocalista e frontman que sempre se assumiu como gay deliberado. Eu sempre o “conheci” assim, e sempre me pareceu que as palavras que cantava eram destinadas a… homens, o que fazia com que não encaixassem em mim. Atenção que uma das minha bandas de eleição são os Smiths, e o seu vocalista Morrissey, é um homossexual assumido mas… sempre me pareceu que dissimulava mais, que não era tão explícito, o que se coaduna com a minha opinião com essa matéria: cada um ama quem quer, devemos compreendê-lo e aceitá-lo por isso. Mas, uma coisa é um homem que gosta de homens, com eles mantém a sua intimidade e sexualidade, em privado; outra coisa é uma bicha cadela histérica, cheia de trejeitos, tiques, e toques. Sempre achei que o Freddy era um desses. Acho que por isso, nunca fui fã, nem nada que se parecesse.




Depois, a minha onda sempre foi muito mais de rock’n’roll. Sempre fui de Rolling Stones, sempre fui de Beatles, sobretudo na fase “Revolver”, embora adorasse a fase ié-ié das gravações da BBC que ouvi até à exautão, onde dissecaram os seus ídolos do rock’n’roll primário (Chuck Berry, Bill Haley and the Comets, Little Richard, Elvis the King, Buddy Holly). Sobretudo, sempre fui dos Doors, a maior banda de sempre, encabeçada pelo maior poeta, cantor, artista, performer da história da música: o Rei Lagarto. Ainda hoje sei que só em pensar em ouvir os vinis todos de empreitada, que redescobri há dias, parece que entro noutra dimensão.


Aconteceu magia porque descobri um Freddie que não conhecia, com características que achei muito interessantes. Descobri um Freddie rebelde, que adorava ir contra convenções e estereótipos (we are misfits, playing for misfits); um Freddie visionário, sobretudo na sua concepção musical (mais visível na integração de elementos sinfónicos na composição, e na forma de gravar instrumentos em estéreo), um Freddie apaixonado pela vida e pelo facto de estar vivo, um Freddie excêntrico (o episódio da festa em sua casa onde manda entrar anões e coxos, padres e loucos, entre outras figuras desalinhadas da sociedade, é emblemático). Descobri um Freddie que… passei a gostar.




Gostei particularmente da crença incrível que sempre teve no seu valor e capacidade. De criança rejeitada chegada da colónia britânica de Zanzibar, hoje parte da Tanzânia, descendente de pais muito conservadores, limitados, e presos à religião que professavam; uma criança/jovem com uma dentição muito estranha e disforme, que chegou a trabalhar a carregando malas no aeroporto, sempre acreditou que um dia, seria capaz. Essa crença que a sua altura haveria de chegar, que deveria conseguir dar o salto, é constante e avassaladora. Só assim se consegue explicar, e entender a forma arrogante como aborda a banda onde tocavam os músicos que haveriam de ser os seus futuros colegas. Depois de conseguir espaço, a sua exuberância enquanto performer (até na roupa que envergava, muito comprada à, e com a mulher da sua vida, que eu desconhecia a existência), a sua extensão vocal, e os seus conhecimentos musicais fizeram o resto (aprendeu piano desde os 7).












Toda a fita mantém o ar um biopic ao melhor estilo road movie, registado com muita competência pelo jovem realizador Bryan Singer (mais especializado em super heróis e ficção), como se de um documentário se tratasse, com recurso a muitas cenas que parecem decalcadas do real (a atuação do Live Aid parece a verdadeira! Eu até comentei com a minha Leonor, que estava a meu lado, que me recordo perfeitamente de estar na minha casa da Beirã, com 12 anos de idade, a assistir àquele concerto, em direto. Ela, nesse então, deixou cair a cabeça sobre o meu ombro, numa das raras manifestações de carinho que a adolescência estranha e rara (como todas, afinal, mas esta é a minha, agora) lhe permite.)





A aclamação da obra nos Globos de Ouro, prémios cinematográficos atribuídos pela Associação da imprensa estrangeira especializada, nos States, que são um excelente indício para os Óscares, foram extremamente favoráveis (melhor filme em 2019), embora ache muito difícil que os membros da academia cedam a uma fita tão popular e… televisiva na forma de filmar. Mas se é difícil ser por aí, para a obra em si, já o protagonista Rami Malek tem, quanto a mim, dependendo sempre da concorrência direta, fortes possibilidades de ser aclamado como melhor ator, porque tem um desempenho… tocante (venceu o Globo de Ouro de melhor ator de drama 2019).




O "Freddy de 2018", com os sobrevivos Queen, Brian May e Roger Taylor 


Rami Malek caminhando para a estátueta dourada

De resto, por tudo o que digo aqui, foram mais que bem empregues as 2 horas e um quarto investidas no escurinho do cinema, numa fita que nos faz voltar atrás no tempo, e reviver toda uma época, a bordo da nave espacial de banda Queen. Um filme com belíssimas interpretações (os atores que representam os restantes membros da banda estão muito, muito bem, chegando mesmo a parecer sósias) que nos ajudam a perceber lados que me escaparam, talvez por não estar muito alinhado com ela. Desconhecia, por exemplo que a atuação apoteótica no Live Aid tinha sido antecedida de um processo de desintegração prévia, ou a forma como os restantes membros straight, ou seja, que gostavam de mulheres, sempre alinharam com as excentricidades do bardo, que mais parecia talhado para uns Village People, ou frequentador permanente do icónico bar gay do cinema, o Blue Oyster das Academias de Policia.  


Pois sim, claro que aconselho. Os fãs… que levem pacotes de lenços de papel. Os outros, que apreciem porque é meritório.


In memoriam, a atuação original...




Diz-me quem és, Alice...


Da árvore genealógica da minha caçulinha, apresentada agora... ❤

(com apoio fotográfico do "El Chato", como elas me tratam, e amanho gráfico da mãe. 
Mas ela é que selecionou tudo. Pessoas, espaços e sítios)
  
Como ela dizia: todos juntados!
 
Os Silva Dias Lança
Os Ereio Afonso Sobreiro

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

E assim fomos... a Portalegre, visitar as Velhas guardas de São Mamede…

A crónica por dROCAS SABIs


Em cima: Capitão Vaz, Keeper Canuto, Gonçalo Monteiro (de amarelo porque era a camiseta do guarda-meta suplente :) não havia mais!), Quinzinho, Pedro Vaz, Artur Costa, El Diablo (Nélson Diabinho), Shôr enfermeiro Meira, Diretor JC Anselmo, Sabigol (o escriba, senão não tinha lugar), Mário Bugalhão, Jorge Rosado, Mister Guapo Dias
De joelhos, a rezar ao Senhor: Paulinho Xalipas, Pedro Jesus, Luís na véspera do dia de Reis, Henrique "El Bomba", grande puto Conchinha, coach físico Mister Nuno Costa

Os nossos queridos amigos adversários, que não conheço todos, e não nomeio, para não ferir suscetibilidades.  Claro que conheço o gigante Kevin, ultra popular, os "nossos" Luís Miguel Rodrigues e Barreto, o Rogério Salgueiro, o Marco Realinho, o Manuel Boto, mas peço que, se puderem, me mandem uma mensagem para o facebook com a legenda dos outros elementos, que agradeço imenso, para atualizar tudo.

Numa tarde fria, com'á córnos, os azuis de Hill Street (quem se lembra da "Balada de Hill Street? 



também conhecidos como os "Grupo Desportivo Arenense - Veteranos" visitaram a nossa capital de distrito, para passarem a tarde a jogar o futebol com as Velhas Guardas de São Mamede, que jogam muito, sempre jogaram, E TREINAM! Por isso, e desta forma, retificaram o empate que lhes conseguimos cobrar em Dezembro, na nossa casa, tendo no sábado, vencido por duas bolas a zero! 

A zero porque... falhámos uma grande penalidade, e eles faturaram sem pestanejar. Um dos quais, pelo artista com ar de surfista, KEVIN, o rei brazuca!, que montou... DE CIMA, PARA BAIXO!

Correu tudo bem, mas há que escalpelizar a derrota, e perceber que falhámos, e onde falhámos! Com os nossos avançados (onde tenho o orgulho de contar), todá gente sabe que ninguém pode estar à espera de nada de bom, e muito menos, de golos!

Quanto aos nossos pandas de mascotes, como alguém lhes chamou, e juro que não fui eu!, destacou-se o meu homónimo Pedro Jesus que fez um jogão de altíssimo nível, talvez o melhor que já lhe vi fazer! Isto... com uma unha encravada, que o levou a ser substituído, quando começou a apertar! De tal forma foi que... ao cruzar-se comigo na cabine, lhe pedi a unha encravada emprestada!

O patrão Filipe Guedelha não pôde comparecer, por moléstias físicas, e o mister inventiu/experimentou duas opções para o meio-campo: Artur na 1a parte, Jorge Rosado na 2a. 
A 1a parte foi aquela em que mais sofremos, incluindo golos, e o chefe do miolo não pode ser culpabizado porque a equipa, em geral, adormeceu, e deixou jogar.

Não sei se terá sido por isso mas... a chicha nunca me chegou! O mais perto que estive dela, segundo me disse o mister Fernando Dias, foi um centro que me passou por cima da cabeça, mas... 🙄 cabecear, nunca foi o meu forte! O meu estilo é mais Néné, que só empurrava em cima da linha de baliza, e nunca sujava os calções!
Eu sujar... até sujava, e no final metia na caixinha para lavar mas... a redondinha é que nunca chega até mim!!!

Ó jogo foi muito animado pela presença sempre constante de um jovem, que esteve numa zona lateral mais de 90 minutos a cantar, e a tocar guitarra elétrica... imaginária! Provavelmente ainda lá está!

Poderíamos ter feito o 1°... Mas o penalty... Nem de ressalto! Fica para a próxima!

Saidos dali, fomos conhecer a belíssima sede das Velhas Guardas de São Mamede, no edifício onde antigamente estava a câmara municipal, onde tem salas cheias de troféus e também... minis geladas!

Às 8h, o fraterno convívio rumou a Caia, ao restaurante leitão, onde passámos um belíssimo serão, e não passámos fome nenhuma! Adorei a Sopa de Pedófilos, (como lhe chamou o nosso Cómico de eleição, Artur Costa), ou seja, de miúdos!

Pois se no campo, não vi a bugalhinha, ali, repeti 2 vezes! Anda, bruto!!!

O melhor de tudo, foi toda a tarde magnífica, e a promessa de, na preparação da época deste ano, eles quererem jogar com a gente, como nós queremos jogar com eles!

Ficaram os votos, os sorrisos, e os abraços sinceros!

Até sempre, rapaziada!

Saem as fotos!






Come bolinho, come, que sobejam...




Xalipas: Mister, está bonzinho? Eu jogo?

FIXE!


 










Para o mister... lenços brancos!

e ele... extremamente comovido...
pesaroso...


E nervoso...

Condescendeu...


Por ter falhado um penalty, as pagas fizeram-se à frente de todá gente!!!



A lembrança tão querida que os deram...





Foi só rire... só rire...