domingo, 24 de novembro de 2019

Na (fantástica) máquina do Tempo (De volta à Cave 2)

 

"Remember 80's - de volta à Cave 2" com as minhas colegas de júri de sonho... Emília Mena e Alexandra Sequeira Ferreira 
"Remember 80's - de volta à Cave 2" com os manos Felizardo de sonho... ❤️  (o mentor, de tudo, José Domingos Felizardo; e o nosso gráfico /designer /decorador de luxo, Hermínio Felizardo)


Aaaaahhhhhhhhhh… pois é, pessoaliii! Foi mais uma noite de sonho, daquelas que estávamos todos a sonhar… há 1 ano!

“A Cave” voltou a abrir as suas portas numa noite temática, totalmente dedicada aos hits dos anos 80, tal e qual foi sonhada pelo grande José Domingos Felizardo, dos Cabeçudos; que quis assim recriar aquele espaço como se fosse uma máquina do tempo capaz de nos catapultar de volta àqueles tempos da nossa juventude. E conseguiu.

Muitos de nós, sobretudo das localidades vizinhas do concelho, passámos ali horas determinantes da nossa juventude, e ali dançámos, conversámos, namorámos, bebemos (como não?), convivemos, num espaço que, com o passar do tempo, se foi tornando mítico.




Aquela boîte, aquele dancing, que foi imaginado pelo visionário João Sequeira, um dos filhos da família mais influente da terra; chegou a ser uma coqueluche plena de novidade que atraiu muitas gentes até de Castelo Branco, e da vizinha Espanha. Apadrinhada e acarinhada pelo Grupo Desportivo Arenense, ali se viveram muitos tempos de glória e noites de forró, animadas pelos jovens DJs naturais da terra que por carolice e amor à causa, lhe iam dando vida.

Nos últimos anos, sobretudo na última década, muito devido às novas formas de socialização (internet), e às novas formas de convívio (redes sociais), aliadas à imigração das novas gerações para outras paragens à procura de estudos e emprego, foi sendo esvaziada de gentes e de conteúdos.

Até que, este sempre jovem entusiasta, se tivesse lembrado de, em jeito de homenagem, fazer tudo outra vez. Nem que fosse por uma noite do ano.





DJ Mr. Reis, aos comandos da nave. WEEEEeeeeeeeee
Com o grande Adelino Miguens a alumiar tudo

Pois vieram propositadamente animadores do Algarve, de Lisboa, de Nisa, de Portalegre, de Espanha, de muitos outros lados para tornar uma noIte verdadeiramente inesquecível.

Como já desde o ano inaugural, voltei a ter a honra de me ter sido confiada a missão de speaker, que nestas coisas tem de ter sempre um discurso diminuto (mas que faz sempre sentido porque há agradecimentos a fazer), porque a malta vem cá para dançar, animar e ser animado, e ninguém está para levar com secas. Já bem basta os que vai havendo na terra onde, antes de se iniciar um espetáculo, se tem de levar com um show absolutamente desnecessário de bajulação e lavagem aos egos diminutos que fazem rir, de soslaio, quem ousa pensar. Foi então momento para agradecer à União da Juventude Arenense pela sua excelente colaboração e apoio, sem os quais nada disto teria sido possível; à cerveja artesanal local “Barona” que atribuiu os prémios para os melhores look anos 80, neste ano atribuídos na versão feminina, ex-aequo, às amigas Paula Santana (estrela 23) e Catarina Guerra (Estrela 24); e na versão masculina ao António Alfaia (Estrela 5), que praticamente não teve concorrentes à altura, e a pena que me deu dos júris não poderem concorrer, porque modéstia aparte, acho que era gajo para ir a jogo (do chapéu ao relógio Casio, da t-shirt aos ténis Nike modelo Darth Vader).
















A entrega terminou com os parabéns a você cantados pela dicóteca inteira ao presidente do clube, meu amigo desde a infância Luís Miguel Trigueiro Barradas, e ao meu amigo e atual chefe Nuno Alexandre Isidoro Frade de Brito, que chegaram a este mundo com a diferença de dois anos, de atraso do primeiro para o segundo.

Bom, foi belíssimo porque revimos amigos, rimos, divertimos, dançámos, e parece que voltámos atrás no tempo. Mas como este, não volta para trás à exceção de nestas datas pontuais, este menino que adorava largar aquela casa à última da hora, e terminar a comer pão acabadinho de sair do forno com manteiga de vaca e muitos amigos; ontem pelas 3 horas teve de arrear, e vir-se a ver da caminha que o acolheu até às inusitadas 11 da manhã!


Com um dos meus emplastros favoritos. Classe!

Jornal no qual vem o casamento dos pais (e dos pais da minha cunhada)... Ele há coincidências... 




Descansado, revigorado, renascido e com o peito mesmo cheio.

A todos, bem hajam! E… até para o ano!  Se não houver surpresas antes!


A-HA – Take on me

Bon Jovi – Livin’ on a prayer 

Gipsy kings – Bamboleo 

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Um espírito inquieto (como já não há...)

José Mário Branco (1942-2019)
Quando a cantiga era uma arma...
No mar de lamentações que transbordou hoje pelas rádios, tvs, e jornais; alguém disse que a nossa música, a nossa cultura, o nosso país, perdeu um pilar fundamental, tal era a sua importância.
Como concordo, pela genialidade, pela persistência, pelo caráter.
E recordei aquela noite, já há bem mais de uma década, ou duas!, em que fui visitar o meu amigo poeta António Vaz Gonçalves, para uma das nossas trocas de livros, cds, ou de palavras, apenas. Ele, de pijama, recolhido no reduto íntimo do seu quarto, disse-me: “tens de ouvir isto!”.
Eu, que tenho a mania de já ter ouvido tudo o que interessava, pasmei. A música, o poema, rezava assim…
É longo, mas vale a pena! É uma obra de arte...
Porra, pensei, quem escreve uma coisa assim, quem é capaz de cantar uma coisa desta forma… não pode ser normal. Tem de ser muito mais que nós todos, e qualquer um de nós.
Fui-o acompanhando, não tanto quanto quereria, que ele próprio fugia das luzes da ribalta, mas nunca mais me esqueci da sua envergadura.
Sempre na sombra, sempre de um lado que não o nosso, dos comuns simples, foi deixando a sua marca, em colaboração com músicos mais jovens que gostava de orientar (Camané, Kátia Guerrreiro), conduzindo a sua carreira sempre desalinhado de tudo quanto estava estabelecido.
Fica uma imensa…
Inquietação...

Até sempre, Zé!

Nota de pé descalço: e que tal uma escolinha, onde as crancinhas, em vez de estudarem coisas que não interessam nem ao menino Jasus, como a porra das "Viagens na minha terra" do Almeida Garret (MEEEDDDOOOOO), estudassem estes autores, as suas letras, a sua intervenção durante o Estado Novo, na construção do Portugal democrático onde vivem? 

Ele há coisas...

Quando as mãos que criámos…

Escrevem as páginas mais douradas do livro das nossas vidas…

Ai se o orgulho matasse...
Leonor Sobreiro, de novo, no Quadro de Excelência 2018/2019 da Escola Secundária de São Lourenço, em Portalegre
Obrigado por me fazeres sentir rico!
Obrigado pela foto, Luis Sancho! Ficou 5 estrelas

Amor de irmãs...
(Ou, o nosso sonho tão lindo, Fernanda Sobreiro...
E tanto que agradeço a Deus poder-me deixar assistir a isto...
Todas as manhãs, todas as noites...) 

Primeiro… a Leonor…

É a primeira e principal (ex-aequo com a Alice) obra das nossas vidas, Cris. Graças a Deus, e a Ela, tem conseguido retribuir-nos todo o carinho, amor, e dedicação que lhe temos dedicado desde o dia em que nasceu, dando o melhor de si, no seu "trabalho", e na sua vida.

Como sempre lhe ensinámos, o que constrói, para si, será.

Peçamos, como sempre, a Deus que a ilumine e proteja, ao longo da sua vida; e que nos dê saúde para que a possamos sempre acompanhar.

A ti, Leonor, agradeço-te do fundo do coração, o dares-me tanta alegria.

Tu sabes que és a minha 5 estrelas...











(3 dias) Depois…

A vez da Alice...



Com a sua adorada Prof. Amália... 

Aqui com o seu colega, amigo, concorrente (tanta falta que fazem um, ao outro), Salvador

Como se não bastasse,
Ter tido uma grande alegria (no sábado!),
Ainda pouco tempo passou,
E já estou a rebentar, noutro dia.

Desta vez, a premiada,
A que entrou para o mérito,
E para a honra foi chamada,
Foi a minha Alice, o nosso mais jovem rebento.

Se esta rede social, do meu tempo,
É na que gosto de participar,
Me pergunta "no que penso?",
Então, tenho de opinar.

Lamento correr o risco,
De em vez de 
um abraço e um sorriso,
Poder semear críticas e invejas,
Mas Deus sabe que não é o que quero e preciso

Há dias, ouvi na rádio
Que os filhos, devem ser a versão dos pais 2.0,
Concordo em absoluto, sei que as minhas vão mais além,
Nisso sou completamente sincero .

A vida de um casal nem sempre é fácil,
Não é um romance, como os filmes,
Sendo que viver bem, a dois,
É das coisas mais difíceis, e felizes!

Ninguém sabe o amanhã,
E o futuro é sempre uma incerteza,
Mas sabemos que o começo, é fundamental,
E permite-nos sonhar com alguma firmeza.

O meu (nosso) orgulho não se mede,
E enche-nos de alegria,
Mas sabemos que estes sucessos são apenas degraus,
Na longa, dura, e sinuosa escadaria da vida.

Princípios, valores, saberes,
Com que têm alimentado as suas inteligências,
São o nosso modesto contributo,
Para enriquecer as suas consciências

Ela, a pobre, estava tristinha (ainda assim),
Por não ter cá a sua adorada mana,
O avô, os padrinhos e a sua prima que tanto venera,
Neste dia de semana (terça).

Mas eu expliquei-lhe, com calma,
Que na dura vida dos crescidos,
Nem sempre podemos estar onde queremos,
Temos de nos sujeitar a outros compromissos.

Ensinei-lhe que, por eles,
Deveria estar feliz com quem está,
Porque, de certo, se pudessem,
De certeza que estariam cá.

Prometi-lhe que assim que possível,
Nós haveremos de juntar,
Para celebrarmos na nossa casa, em família, como adoramos,
A glória escolar de ambas, absolutamente sem par.

Peço que um dia possas ler, com prazer,
Estas palavras que te dedico,
Dando seguimento ao jeito que dizes que tenho para elas,
Quando na ajuda aos TPCs, com elas brinco.

O meu sonho é grande e igual, para ti, e a Leonor,
Que trabalhem sempre com afinco,
E se esforcem para potenciar,
O vosso enorme valor.

Tenho esperança e fé, que um dia,
Nessa senda vos possa ver,
Bem encaminhadas, e felizes,
Com bons empregos, e famílias felizes (cheias de petizes).

Peço desculpa pela vaidade,
Mas é mais forte que eu, não consigo,
Por isso, clamo pela vossa tolerância,
Para este pai embevecido...

Compreendo que vós, meus leitores por aqui.
Até finjam que não vêem,
Para não me parabenizarem,
Que não liguem, e ao lado passem.

Mas aos que nos honram com um gosto!, 
um carinho, ou um comentário,
Quero que saibam que vos agradecemos,
E retribuímos, desejando tudo o que mais mereçam. 

No quadro de Valor e Excelência, do 3° ano do Agrupamento
de Escolas do Concelho de Marvão (1a, à direita, em cima)

Com a avó Jacinta Lança

Com a avó Alzira Sobreiro

<3

Do magnífico lanchinho que se seguiu no fantástico @Tachinho da minha querida vizinhança Susana Martins.

A magnífica encenação orientada pela mágica Prof. Luisa Rodrigues... ♥️

Belíssimo momento de coreografia...