sábado, 24 de abril de 2021

E ainda... o Carlos (do Carmo)


Ocupado com outros afazeres mundanos muito mais sérios, profissionais, e de cuidado, tenho pena de não passar por aqui a respirar tanto quanto gostaria.


O mais que consigo é ir dando uns sopros ao facebook, até que, pelo menos esta fase mais exigente, assim o queira.


Quando o assunto é mais sério e merecedor de destaque, sobe aqui. Como este.


Nos dias que correm acho que já ninguém corre a comprar discos, pelo menos como era dantes. Quase toda a gente tem forma digital de aceder a eles, seja por subscrição de serviço (que ainda pode ser baratíssimo e com grande qualidade, quanto o meu youtube music), por acesso ao gratuito do Spotify, ou gamando (que isso nunca se há-de acabar, pois é?).


Acabei de ouvir a obra de edição póstuma do Carlos do Carmo, "E ainda...", que partilho legalmente abaixo.


Digo-vos que é assim qualquer coisa: extrema qualidade musical (na composição e execução), sublime leque de letras (com poesia também do nosso tempo! Atente-se ao tema Mariquinhas.com), e a assombrosa voz de sempre .


Nunca fui particular admirador da figura, embora claro que sempre lhe reconheci o enorme e assombroso talento vocal e musical, bem como o papel preponderante que teve na luta contra o fascismo, e o Estado Novo.


Hoje fiquei absolutamente rendido. Quando um disco fecha com o recentemente desaparecido a dizer: "Cantar, dizem, é um afastamento da morte. A voz suspende o passo da morte e em volta, tudo se torna pegada da vida."


Porra! Que forma de terminar um disco, uma carreira, uma vida. Façam um favor ao vosso tio, façam: cliquem abaixo para ouvir este bálsamo... de vida!


Carlos do Carmo - E ainda... (2021)

https://open.spotify.com/album/5TcBz0g04VD8Zhw1ulh8lR?si=TniHjnu7Q5yDOZEdygoy3w


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