segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Vende-se móvel!

"Olha aí essa meeeeerrrddddaaaaa, pááááááá!"

Dedicado ao morcão Francisco Roldão, essa língua sibilina...

Eu, prudente… nem sequer saí à noite,
Para ir ao Choca ver o partido,
Até parece que adivinhava,
Qual seria o trágico sucedido.

Optei por ficar chez moi,
No harém, com as três mulheres,
A gozar do conforto do lar,
Da lareira e dos talheres.

Mas sem eu estar nada estar à espera,
Vieram-me trazer um móvel a casa.
Mal cabia em porta alguma,
Tiveram que mo meter debaixo d’ asa.

Coisa gigante e sem jeito algum,
Desproporcionado, não medido,
Por força que teve de encaixar na mobília,
Com grane estrondo e alarido!

Bem diz o povo que é sábio,
Que o último a rir é quem ri melhor,
Se mais provas faltassem,
A de hoje, assenta em rigor.

Enchi ontem, todo lampeiro,
Aos gritos que a vantagem tinha aumentado,
Mas quase sem dar por ela,
Minguou, deixou-me apoquentado.

Toda a vida se transforma,
Tudo fica em desgraça,
De um dia para o outro, tudo muda,
Ficamos de rastos na praça.
,
Hoje tive a certeza,
que esse tal de Jesus,
Não é filho de deus
É antes mais a minha cruz.

Se há gajo que personifique,
O  passar de bestial a besta,
Duvido que haja um melhor,
Que este triste, esta moléstia.

Ouvi o relato à moda antiga,
E fiquei com pouca certezas,
Apercebi-me de um penálti falhado
E de algumas aventesmas.

Fica o Pinto e o Fonseca,
A rirem-se da gente,
Mas eles que não se esqueçam,
Que ainda vamos bem na frente.

E se pensam que com este escorregão,
A distância não fica tão grande,
Que se lembrem que sem o estampanço de ontem,
Ficavam apenas a três.


Cagari – Cagaró!


Pfffff... Já tenho o Sabi à pega....

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