domingo, 13 de outubro de 2019

Planeta: Terra / Lugar: Marvão / Ano: 1973

Marvanenses de 1973 em 2019
(Custou mas a foto oficial ficou bem, pois ficou?)

Em cima; Emíla Dias, Maria João Batista, Ana Gavancha, Sónia Carlos, Célia Silva, Helena Pinadas, Maria João Rodrigues, Paula MIlho;
Em baixo: Pedro Sobreiro, João Neto, João Miguel, José Rodrigues, Mário Sérvolo, Joaquim Agostinho, Fracisco Batista.

Palavra de honra que há ideias tão boas que até me custa não as ter tido! Mas tendo havido alguém que as teve; eu aqui, agora e sempre, por tal parabenizo, e a elas aderirei com todas as minhas forças! Não tendo comparecido no ano transato, o da estreia absoluta, por apenas ter dela tido conhecimento após já estar combinado com um compromisso qualquer inadiável, tentarei não mais falhar.

Mas que quer o gajo dizer com isto, que nunca mais desenvolve (estarão vocês, legitimamente, a pensar)? Pois bem, a Ana Gavancha, a Célia Siva e o Francisco Batista, todos nascidos em Marvão nesse lindo ano de 1973, tiveram a brilhante ideia de fazer um almoço/convívio, onde conseguissem reunir à mesma mesa, rapazes e raparigas que tivessem igual data e lugar, no seu cartão do cidadão, onde indica a naturalidade. Não é lindo? É lindo, sim!

A Ana Gavancha, o Francisco Batista, e  a Célia Silva
Os 3 ideólogos da coisa, portanto.
Honra lhes seja feita 
Ora, este rapaz que vos escreve, tendo sido um dos principais responsáveis por se ter conseguido saber quem eram os quintos do seu ano, que são os mesmos de 72 por naquele então ter havido excesso de contingente, e terem ido todos às sortes a Coimbra (a pena que eu tenho de não ter lá ido, com tantas coisas fantabulásticas que se contam dessas noites de… vida boémia); claro que vê isto tudo com os melhores olhos! Pois esse documento com os nomes todos elencados, que me foi fornecido pelo Sr. Bonacho da Câmara Municipal de Marvão, e nos permitiu sermos dos quintos mais antigos em Marvão a fazermos o “Encontro anual de Quintos”; é agora, segundo aquilo que me disseram eles ontem, que para se chegar a este elenco, basearam-se numa listagem de 80(?!?!?!) meninos e meninas nascidos nesse ano. Puxa! É obra, ah? Bem, eu já sabia, e ainda melhor imaginava; que a malta estava farta do cabrão do velho Salazar, da guerra colonial, da falta de desenvolvimento, liberdade, e que andava com a Primavera Marcelista já pelos cabelos, mas 80 nascidos?!?!?!?!? Livra!!! Isso é que foi libertinagem!!!!! A malta queria era mesmo muita revolução! Fixe!!!!

Pois neste diz 12 de Outubro compareceu no local combinado, o bonito número de 15 almas, 8 Senhoras e 7 mancebos, que todos temos de trabalhar para que cresça, e nesse sentido realizei logo uma série de chamadas a convocar alguns meus mais próximos que tinha na cabeça (e no coração), tendo-me quase todos ele atendido ou devolvido a chamada, com a indicação que para o ano, a 10 de Outubro de 2020, no segundo sábado do mês, tudo farão para estarem presentes. Oxalá assim seja.

Olhando a foto percebo que todas elas, claro!, estão muito mais bonitas que nós que, a bem dizer, mais parecemos ser os pais, que esta porra da calvíce, tira muito trabalho e ajuda a poupar muito em água, champô, e eletricidade do secador, mas faz-nos muito mais velhos. Verdade? Verdade!

Todos juntados à espera da landoca


Ao pé de gente gira até pareço menos feio, não é?
Por isso é que a bem ver, deveria andar sempre bem rodeado.

O local escolhido pela organização foi o distinto restaurante “O Sever”, e tivemos a graça de estar um tempo de Verão (em que fui como podem ver, de calções e pólo de manga curta), e pudemos desfrutar do belíssimo espaço debaixo das tileiras, onde nos deixámos estar à conversa, uns com os outros, a rir e a desfrutar-mos, até por volta das 6h da tarde
Para nos entretermos, abrimos com queijo de Nisa, salada de pimentos com bacalhau, e ovinhos mexidos com farinheira; seguidos de uma belíssima sopinha de hortaliça para fazer a cama. De prato de peixe: bacalhau à casa (frito em azeite) com cebolada, e batata frita aos cubos, seguidos de um típico misto de carne de porco alentejano grelhado com batata frita (com carninha de primeira linha!), legumes salteados e salada mista. Fechámos tudo com uma sobremesa onde se poderia optar por pudim da casa, mousse de chocolate ou serradura. Tudo isto com bebidas incluídas, água, sumos, vinhos e cerveja, o cafézinho da praxe, e a tal ginjinha de estalo que já merecia ser património de uma cena qualquer; tudo por 24,50€ já com uma lembrancinha do evento (fitinha colorida com dizer a relembrar o evento, para pendurar… coisas). É barato? Epá… deve de haver sítios onde se come por menos mas não é tanto, tão bom, e ademais, isto é uma vez no ano, porra! Foi bem bom! Olhem, eu só bebi um yogurtezinho líquido antes de dormir… por isso. (Anda brrruto!!! Hin-Hon, Hin-Hon…)

Com  o nosso Sérginho, o meu amor, que estava a trabalhar. Para o ano, tens mesmo de vir, que tu és da gente!

Aqui com o nosso João Miguel dos Barretos (ao centro), que é o cómico de serviço e uma pedra, este bacano! Ao pé dele, um gajo está sempre a rir-se. 





E depois, epá… estar ali com a nossa malta, do nosso tempo, a falar da vida, para onde fomos, onde estamos, e as cambalhotas que já demos, é sempre algo muito impatante, e isto vai mesmo de encontro com a ideia que eu sempre defendi que a vida, é para ser vivida… na vida! E eu explico para saberem que não é redundância: para mim, não há nada mais triste que a alegria de amigos que se reencontram com felicidade disfarçada e envergonhada, no funeral de um outro, comum. Quer isto dizer, nunca tiveram tempo para aparecer, para saber deles, para se perguntarem, mas agora que morre um, deixam tudo para virem estar presentes no momento me que os seus restos mortais são devolvidos à terra, e ELE JÁ NÃO OS VÊ NESTA DIMENSÃO! Irónico, não é?
Isto faz-me lembrar sempre “Os amigos de Alex” que saiu quando eu tinha 10 anos, e mexeu tanto comigo…


Este almoço é pois motivo de grande alegria e felicidade, embora aqueles que compareceram, estão e sempre estiveram mais ou menos por aqui. Quase todos moramos cá no concelho, vamos sabendo uns dos outros, e só o Mário dos Barretos (que é um 5 estrelas, que vem sempre a todos os encontros, mesmo os dos quintos), e a Emília Silva, vieram de fora.

Vamos todos começar a trabalhar para, no ano que vem, conseguirmos cá ter os 80 e termos de alugar o pavilhão de Santo António, ou, como neste fim de semana é a festa do idoso, imos para o da Anta que na matança do porco consegue sempre meter lá… autocarros e autocarros e autocarros de gente do Entroncamento.

Como já disse, eu ADORO a festa dos quintos, que é sempre bestial, mas ESTA por ter exclusividade do meu ano, e ser extensiva às raparigas, é… MAIS MINHA.

Pois quiseram eles que a direção fosse mudando, para haver mais democraticidade, e assim sendo, é natural que o local de pouso vá mudando, também. Creio que para o ano, a Emília Silva faz parte dos organizadores e aqui, eu só pedi que seja em Marvão, porque faz todo o sentido, não é? E aqui, que me desculpem mas sendo o querido JJ Videira nosso quinto, e tendo um restaurante, também, deve sempre ser considerado como hipótese.

Olhem, eu adorei tudo! Adorei todos, e o sítio e nisto gostaria de fazer duas notas que me impressionaram:

Nota 1 - As avós! Pois é! Já temos, entre nós, duas avós! Isto está tudo a mudar, e nós estamos a aproximar-mo-nos de sermos velhos, mas avós assim?!?!?!? Com este visual, este look, esta aparência e apresentação?!?!? Tão bonitas?!?!?!? No meu tempo, eu fazia assim mais a imagem de uma ser como a minha, que me ajudou a criar: viúva, sempre de preto, de poupinho nos cabelos brancos, com muitas rugas e já dificuldade a andar. Estas agora… nível!!! Olha, pelo menos aproveitem melhor a vida, que se Deus quiser, ainda as vou ver nesta festa de… bisavós!


Nota 2 – Tive oportunidade de ir parabenizar a D. Julieta Garraio pelo sucesso do restaurante, tendo-lhe dito que se o seu paizinho, o fundador, tivesse oportunidade de vir cá abaixo ver o que ela conseguiu fazer de um restaurante grande mas pequeno, que eu conhecia de ir com a minha família, habitualmente aos domingos, e até tinha uma lojinha de venda de produtos típicos; meteria as mãos na cabeça, de felicidade. Como a sua mãe tem oportunidade de poder fazer!
Pois aquilo é gente, e mais gente, e autocarros de gente que chegam aos magotes, despejados de buses daqueles que vêm repletos de malta da América latina, da China, e eu sei lá de onde mais, par ali, por um valor combinado com a agência de viagens, comerem do bom, do melhor, num preço em conta, e seguirem. Epá, dá gosto estar ali sentado e ver aquela malta. Palavra! Aquilo é demais! Depois estão divertidos, riem, e cantam os parabéns como uns fizeram ontem lá, é muito fixe. Eu cá gramei muito.


E o dia, gramei MILHÕES! Malta, bem hajam… Vamos já começar a trabalhar para o ano, ok? Vamos pensar em grande!!!  Muitos beijinhos!!!

(nota do redator: o simpático João Miguel Ramos, que anda por lá a bolir às mesas, fez o favor de nos sacar A Foto e fez mais do que isso, foi tirando instantâneos que espelham bem o esforço enorme deste vosso amigo enquanto consultor de imagem, para conseguir a foto perfeita, que encabeça este post! Não estava à espera mas...é de ver... é de ver... Obrigado, companheiro!)


Espera lá...

Tu vens mais para aqui, amore...

Tu deixa-te estar aqui...

Tu vais mais lá para trás, está bem? Não me leves a mal...

Assim...

Deixa cá ver...

Assim...

QUIETOS!!!!!

Agora não mexe!!!

Agora eu vou gritar pata ficarmos firmes e hirtos, ok?

Do que é que andas a ver, Zé?!?!?!?

Ao meu grito, quietos!!!!





5 estrelas! Faltas cá tu! Anda já!!! Em 2020, quero ver-te cá! Valeu?

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