E
prontos, vivemos dias em que a grande merda está armada, e não foi preciso uma
invasão extraterrestre, com montes de naves a aterrarem em todo o globo, a vomitarem
homenzinhos verdes com olhos no sítio onde supostamente deveria ser a testa,
com muitos braços a saírem de todo o lado, ou aventesmas gigantes a babarem-se
de um verde tóxico radiativo que furava o globo daqui à Austrália, que fica
dizem que fica do outro lado, abaixo de nós.
Dizem
que é uma merda de um vírus, ainda por cima com um nome de poucas letras, começado
com a letra c e terminado em ona, dando azo à vil verborreia de quem nada sabe
dele, mas que o odeia cada vez mais, pelos danos… irreparáveis, digo eu, que
está a provocar na nossa maneira de ser.
Desde
pequenino que sempre me ensinaram… ó Pedro, dá um beijinho! Ó Pedro… dá um
passou-bem ao senhor… e o Pedro, bem educadinho como sempre foi, dava.
Hoje…
se fosse hoje, FOGE-TE! É que esta manigância é de tal forma perniciosa que
quase sem nos darmos conta, passámos a viver com medo uns dos outros, e já ninguém
consegue falar para quem está à sua frente, aos dois metros de distância de
segurança, claro!, sem no subconsciente estar a magicar se estará perante um
destes novos leprosos, que até podem ter um aspeto do mais natural possível,
mas que têm já o mal a minar-lhe todo o interior, como se de um cancro se
tratasse.
E
“obrigam” entre aspas a gente a ficar em casa, a estar em casa, a permanecer em
casa, e mesmo quando vivemos com as pessoas que mais amamos no mundo, a que
escolhemos, ou nos escolheu a nós, e as que gerámos, o ar começa a ficar… tão
pesado que se torna quase irrespirável, ó valha-me Deus!
Como
o meu pai sempre dizia, “cada um é como cada qual”, e eu só depois vim
descobrir que o resto da frase que ele tantas vezes proferia e nunca terminava,
é: “e cada qual é como a p*** que o pariu”, as pessoas, por mais que se amem,
precisam de espaço.
Espaço.
Essssspaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaçoooooooooooooooooooooooooooooooooo,
percebem?
Espaço
para ter a sua área de existência, para respirarem, para serem elas. Eu tenho a
sorte de viver com 3 mulheres e… tenho a sorte (ou não!) de perceber que a
forma como os cérebros masculino e feminino funcionam, é de maneira diferente,
não me venha cá com porras!
A
qualquer coisa, qualquer ínfima divergência que surja nesta contingência
completamente contra-natura em que vivemos, o dROCAS fica de um lado, e as 3
fêmeas agrupam-se todas do outro lado, como se fossem gladiadoras em fileira
perante a fera que as quer devorar no circo de Roma, com uma naturalidade
estonteante, e impossível de contestar.
Ahhhhh…
coitadinho…
AHAHAHAH…
eu (ou nós) vi(mos) logo que iria ser assim…
Opá,
pai/ou marido, tu não estás a ver bem… (em coro)
São
muitas das lapidares com que tenho de me habituar a viver, para que não hajam
muitas ondas. Por isso, aprendi a tolerar a quase sempre presente SIC Mulher no
ecrã principal cá de casa, ou o programa de casamentos às cegas nos States, em
que as donzelas escolhem o marido de entre diversos candidatos, e vice-versa;
ou a paixão pelo futebol da mais pequena, que me passa a tarde a ver jogos do
Benfica (menos mal) como por exemplo este que dá agora, contra o PSV, para as
competições europeias há 10 (!!!) anos atrás, ainda com o Gaitán, o Saviola, o
Luisão, e o J.J…. MEDO!!!!
Por
falar em bola, se me dissessem a mim, ou a qualquer um do vocês, há 1 ano atrás,
que haveria de haver uma cena qualquer que faria parar o campeonato nacional, assim do nada, semanas
sem fim à vista, eu diria logo que só poderia ser uma guerra nuclear
despoletada por um míssil qualquer marado daqueles que atravessam o globo e
caem do outro lado com uma margem de centímetros, mandado pelo maluco do coreano,
ou pelos barbaças iraquianos que prometem a morte do abrasado do amaricano, que
responderia de imediato.
Semanas
sem futebol?!?!? Semanas sem aquele pica constante do ganha/não ganha, sem a
picardia de que eram feitos os nossos dias, sem aquela bulha diária os jornais,
sem as nossas tardes/noites no nosso Chocolate (a.k.a. Pastelaria Caldeira) a
saborearmos as nossas babosinhas sempre a escorrerem espuma branquinha pelo copo
e depois balcão abaixo até ao pratinho de tremoços, ou amendoins? NUUUUUUUUUNNNCCAAAA
TAL!
Depois,
eu que vou vendo as notícias nos meus pequenos aparelhos, evitando que as
pequenas se apercebam da gravidade e da monstruosidade deste tsunami, fico
sempre boquiaberto e agoniado com as autênticas guerras civis em Itália,
primeiro; e agora em Espanha, que me fazem sempre temer que esta avalanche,
mais tarde ou mais cedo, virá desembocar neste ponto mais baixo da Europa.
Se
pensar nas Américas, no bronco do presidente de raposa morta na cabeça que só
se lhe vê o rabo, que manda meter máscaras mas que diz logo a seguir que ele próprio
não o fará, e no indescritível Capitão Resfriadozinho… piora!
Cada
vez mais me convenço que as teorias da conspiração, a aparecerem, fazem agora
mais sentido que nunca. Todos já sabemos que para o mundo, esta nova pneumonia
surgiu em Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China,
num daqueles mercados de animais vivos em que os gajos comem tudo aquilo que
mexe. Mas cá para mim, essa teoria que envolve um pangolim a fornicar com um
morcego, ou vice-versa, que originou esta desgraça à escala mundial… não cola!
Opá… pelu amôr dji
DDDDEEEEEEUUUUUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS…
Os
chinocas duram que se fartam, comem muito pouco, só coisas que não fazem mal, e
esses bacanais inter-espécies, devem ser coisas usuais há milénios.
Um panglim é isto... |
Este sabem o que é. É pichalhudo mas...naaaaa |
Já
vos falei naquele médico com idade avançada que trabalha numa das frentes de
batalha em território nacional, no Porto, e sobre aquilo que ele disse, creio
que na RTP? Pois o Sr. que lida, e sempre fez toda a sua carreira, com as
doenças infeciosas, e as lesões por elas provocadas no corpo humano disse que
já lutou contra a gripe A (que me levou o meu Chefe e querido Amigo António
José Correia, de Nisa, paz à sua alma boa!), com a gripe das aves (barraca da
China e tudo aquilo que eles comem, outra vez), com o Ébola (em que os manos
rebentam todos por dentro e deitam sangue fora, das orelhas ao olho do cú), e
nunca viu nada com o poder disto. Para ele, o Corona Vírus, É O Vírus.
Muita
coisa pode dali nascer, podem existir mutações, os medicamentos que amortecem o
efeito e a vacina podem tardar, e uma coisa está a ficar certa: nunca mais nada
vai ser igual! Como disse, se o vírus pode ficar sei lá quantos dias nas
estradas, também pode ficar perfeitamente numa nota, ou numa moeda se um
contaminado lhe tossir para cima. E aí, todo este nosso mundo vai ruir e… não
faço ideia do que poderá vir depois.
Agora
acordo sempre sozinho porque falo alto de noite, a pequena assusta-se, e a mãe
vai fazer-lhe companhia. Como não falar de noite?!?!?
Porra,
onde é que eu me imaginei metido numa destas?!?!?
Eu
sonho é com uma tarde das nossas, com o meu pessoal, no nosso sítio… mas depois
penso naqueles que estão de barriga para baixo, ligados aos ventiladores, sem
verem ninguém… penso naqueles que já foram… e nos seus familiares que nem
sequer se puderam abraçar uns aos outros, e só me apetece chorar. Se ao menos conseguisse…
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