Centros lúdicos de grande espetacularidade transformados, de um dia para o outro... em hospitais e... morgues gigantes |
Essa dor dilacerante de um nem sequer poder abraçar os seus entes queridos, na partida de outro que já foi |
Tenho
de começar por dizer que estamos todos, repito, todos a viver um pesadelo
tremendo, que revira por completo tudo aquilo que tomávamos por certo,
garantido, intocável, e… encharcado de suor nos lençóis, exaspero porque nunca mais
toca a porra da campainha para que possa ir mijar!
Nunca
tinha visto isto e pensava que nunca haveria de o viver. Parece que o mundo
está em suspenso e foi tirado do seu eixo habitual! Só dá isto nas notícias,
não se vê ninguém nas ruas, tudo parou.
Bem
sei, e insistem que não é um vírus criado por mão terrorista, num bunker
qualquer escondido nessas zonas do globo, que vivem numa paranóia de exterminar
o nosso modo de vida, ocidental, civilizado, mas de verdade que é só o que
parece. Só falta o vírus transmitir-se mesmo pelo dinheiro para… isto ser tudo de
certeza, uma obra maquiavélica para exterminar a nossa forma de viver.
Nem
os fins de semana antes deste verdadeiro tsunami de medo, que eram
habitualmente dias tranquilos, desafogados, para se estar com a família e os amigos,
a fazer aquilo que mais gostamos (desporto, imperiais e futebol, escrever e ver
filmes, séries e documentários); deixamos de ter esta nuvem de suspeição
invisível que paira sobre nós, que nos ameaça, nos sufoca, pesa sobre a
passagem dos minutos. Já devo ter “ouvido” esta imagem algures, mas a verdade é
que sinto como se estivéssemos, num mergulho forçado num túnel que ninguém sabe
quando terá fim à vista, ou sequer se o terá, um dia.
Falo
com amigos comerciantes cá da terra, e em jeito de abertura de conversa,
deixo-os sempre falar. “E esta merda?”, pergunto eu, seja à porta da sua loja,
ou perto da carrinha onde habitualmente mantêm os seus negócios.
Eles…
carregam a cara, fazem uma careta, metem a língua de fora, deixam cair a cabeça
e dizem que não, enquanto deixam fugir um “isto está a ser terrível!” entre os
dentes. Lamentam que as pessoas deixaram de lhe comprar o seu produto porque
fecharam, outro teve de mandar fechar todas as suas lojas porque… as pessoas,
pura a simplesmente deixaram de ir lá, e as funcionárias estavam amedrontadas,
em stress, sem nada para fazer…
O
mal é geral. Assisto a uma reportagem sobre as estufas do Algarve e… não há
palavras porque… está lá tudo dito.
https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2020-03-22-Dispensados-100-trabalhadores-de-viveiros-de-plantas-no-Algarve |
Nasci em democracia, num mundo de comodidades, e tenho levado a minha vida toda a pensar que poderei chegar a velho. Sempre imaginei isso mesmo, o Sabi idoso, sem cabelos brancos porque já não os tem, mas capaz de se reformar e andar a passear os netos pela mão. Agora, da maneira que as coisas estão, o mais certo é termos de andar de bengala a trabalhar até que caíamos redondos sobre o balcão, e esta do novo corona vírus, vem baralhar tudo. Pergunto mais: e será que poderá ter mutações? Novas vidas? Atrás desta versão, poderão vir mais?!?!?
Se
um indivíduo pratica uma alimentação cuidada e sem excessos, se não os tem
habitualmente, seja de que ordem for, se pratica exercício e leva uma vida
realizada, feliz com a família, pode não ter assim uma segurança tão grande em
que tudo correrá bem.
Do
nada, aparece-me esta barraca e… já foste!
Agora, até mesmo
os que não tinham o hábito de acompanhar diariamente a comunicação social, não perdem
as últimas desta vaga avassaladora, colados ao ecrã, e tremem por constatar que
o que devastou a Itália, lá semeou o medo, o pânico e a morte; continua a vir
pela Europa abaixo, como se de uma mancha de petróleo se tratasse. Neste
momento, esta pandemia arrasa Espanha, e hoje, dia 25 de Março de 2020, registou
ali 3.434 mortes, tendo-se transformado no segundo
país com mais mortes, apenas superado pelo drama vivido em Itália, onde se contabilizam
mais de 6.800. Por cá, no cantinho à beira-mar plantado,
dizem-nos que o pico poderá chegar em Abril. Será?!? E até lá?!?!?
Eu
próprio, que não me considero dos mais desinformados, parece-me muitas vezes
que já não sei bem para onde eu, e os meus, nos havemos de virar. Felizmente, o
Alentejo tem continuado a resistir heroicamente a esta intempérie de desgraça,
quase como os gauleses resistiram aos romanos, mas…
Por
aqui… resguardados, mas sempre preocupado com os meus mais queridos que vivem
em cidades, e estão mais em contato com pessoas, ajuntamentos, e infeções.
Tento
reunir a maior informação possível, muita da qual, difundo aqui (se puderem,
não deixem de ver esta belíssima e muito clarificadora entrevista, a um dos
homens da frente de combate, o Dr. Fernando Maltez, responsável pelas doenças
infeciosas do hospital Curry Cabral. É uma hora que vale muito a pena!), e o
folheto da Direção Geral da Saúde.
Vivi
muito tempo a pensar que para que houvesse contágio, teria de existir contato
direto com gotículas expelidas por uma pessoa infetada através de um espirro,
ou “gafanhotos”, que entrasse no corpo do novo rector pelos olhos, nariz, ou
boca. Pensei por isso que para ficar livre da doença, bastaria a distância
mínima de segurança de uma pessoas infetada (metro e meio/dois metros), evitar
espaços com muita gente, que favorecessem a proliferação do vírus (idas às
praias aos primeiros calores, e grandes saídas noturnas foi mesmo uma
ultra-mega-burrice à tuga); evitar partilhar objetos com sinistrados
(teclados/telemóveis/beijos e apertos de mão… todo o contato físico, afinal),
mas agora… um vírus que aguenta 8 dias num ambiente hostil?!?!? O
grandessíssimo filha da puta!!!
Com
a atual razia em Itália (que guerra desgraçada!!!), em Espanha, na Alemanha, no
Reino Unido, nos Estados Unidos do louco com o cabelo amarelo, nas praias do
maluco do capitão brazuca, enfim, à escala planetária!, e a força que vem a
descer por aí abaixo, que faz com que as previsibilidades apontem para o auge
do flagelo no nosso país em Abril. JÁ NÃO SEI ONDE É QUE ME HEI-DE
ENFIAR!!!!!!!!!!!AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH
Sic - Reportagem - Mortos na Europa por Covid 19 |
É
que o planeta está todo apanhado, e já não há sítios limpos para onde bater
asa!
(Desculpem,
é só um desabafo aqui, que eu tenho filhas pequenas que tenho de acautelar…)
SIC_Reportagem_Mortos no mundo por covid 19 |
Parece que já é muito comum que haja quem não entre em casa com os sapatos que usa na rua, porque pode ser um veículo transmissor. Quem está por dentro da matéria, já me fala em meter a lavar a roupa que se usa lá fora (quando se vai passear o cão, ou trabalhar, como eu faço, ainda que seja de porta fechada, em backoffice) assim que se entra em casa; que, em vez de se tomar banhinho de manhã, se faça assim que se regressa, e POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!
Quando
era mais puto, era muito mais hipocondríaco e abrasado! Estou com medo que esta
fobia me dê um amok e passe a andar
feito queimado, maluquinho das limpezas. Começam-me a falar nisto, e todo eu
sou comichões e formigas imaginárias a andarem em correria nas costas! No outro
dia até me fui despir à casa de banho lá do serviço só para ver ser eram de
verdade! Opá, não se brincam com coisas sérias que o homem... sofre!!!
Se
me ponho a lavar as mãos à vontadinha… quando for renovar o cartão do cidadão
aos colegas da Conservatória… tenho de pedir o dedo emprestado a um, para fazer
a impressão digital.
Dos
líderes do grande mundo, para além do meu amigo Marcelo que ainda é pior que
eu, que certamente já fez uma ronda de inauguração pelos hospitais de campanha,
que foram propositadamente criados, só para fazer um teste em cada um; destaco
o pequanelho Macron que grita “nous sommes en guerre”; o convencido do Trump,
que respondendo aos jornalistas classificou a sua posição perante o infortúnio
com um 10; e sobretudo a Angela Merkel, a Dona da Europa que com um nível
impressionante, catalogou a presente guerra como a maior desde a segunda
mundial, a tal em que o mundo todo se uniu aos americanos e aos russos, para
bater nos seus ascendentes.
Oxalá
esta também a ganhemos!
Tenho
de aqui, publicamente, manifestar TODA A MINHA ADMIRAÇÃO E PROFUNDO
AGRADECIMENTO A TODOS OS SOLDADOS DA FRENTE MÉDICA QUE LUTAM A NOSSO LADO, E
TÊM SIDO VERDADEIRAMENTE IMPRESSIONANTES! Têm feito um esforço sobrenatural,
sobrecarregados de horas e mais horas, colocando a sua própria vida em risco, e
comovendo por nunca baixarem os braços.
Aqueles
e aquelas que regressaram às funções depois de aposentados, os que chegaram a
abandonar os cargos que ocupam atualmente, como o Dr. Varandas, Presidente do
Sporting, dão um exemplo tremendo de força, entreajuda e solidariedade que é
capaz de arrastar montanhas.
Também
a Sra. Dra. Graça Freitas, Diretora Geral da Saúde, tem tido uma, quanto a mim,
extraordinária atuação, conseguido fazer esquecer-nos de pensar qual seria a
postura do seu antecessor, Francisco George, que conseguiu manter sempre um
nível altíssimo.
Uma
pergunta continua a ecoar na minha cabeça, e ainda não consegui reunir
informação sobre isso: os recuperados recuperam mesmo?!? De que forma se
consegue?!?!? E aqueles pulmões.. como ficarão no futuro? Qual será a sua
capacidade de regeneração?
Raro momento de humor, para quebrar o gelo, em que a Diretora Geral da Saúde despediu os tradutores de língua gestual, que só sabem tirar macacos do nariz (ver ligação), e ela própria tentou reproduzir as caretas da ministra da saúde, o meu amor, que para celebrar, fez uma carinha tão engraçada |
Depois,
haverá sempre a tal história da vacina que hoje é o santo graal da saúde, tendo
destronado a cura para o cancro, SIDA, e outras doenças terríveis do nosso
tempo. Era bem positivo, se as grandes potências mundiais corressem todas para
ver qual sairia vencedora, e pudesse assim dar um grande contributo para a
humanidade.
Poderiam
ganhar dinheiro com isso, poderiam fazer jogo branco e jogo sujo, mas que
salvassem caramba! Tantos cientistas no mundo inteiro, tantos
super-computadores, e não haverá uma saída?!? Só daqui a um ano?!?!?
Suspenso.
Em suspenso estará o nosso futuro, e as nossas, outrora, tão programadas vidas.
Um resumo muito bom da pandemia, em 40 fotos legendadas, sempre atualizadas, no link abaixo: https://www.dw.com/pt-br/coronav%C3%ADrus-as-principais-not%C3%ADcias-sobre-a-pandemia-04-04/a-53016139 |
https://www.rtp.pt/play/p6954/e463671/especial-covid-19 |
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