segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Daddy cool(‘s gone)


Nestes dias não tenho dito nada porque estou de luto pela morte do Bobby Farrell, o neguinho dos Boney M que anda a abrasar as pistas de dança do além desde o passado dia 30 de Dezembro.
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Uma classe, este homem... O gajo mais cool do planeta e um dos meus ídolos de sempre… Só ele batia o Tony Manero, a inesquecível personagem criada por Travolta no Saturday Night Fever.
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Eu sei que pode não parecer. Mas sempre que piso uma pista de dança… são eles que quero imitar. Não se nota?
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Bobby Farrell não era cantor, mas ganhou o seu lugar na história da música pop enquanto tal. Natural de ilha caribenha de Aruba, viajou aos 15 anos para a Europa. Queria ser marinheiro. Falhou os propósitos iniciais, mas ganhou uma carreira quando, em 1975, se juntou aos Boney M de Rivers of Babylon ou Daddy cool. O "Rei do Disco" morreu ontem, com 61 anos, no seu quarto de hotel em São Petersburgo, onde actuara na noite anterior. Antes e depois do concerto, queixara-se de dificuldades respiratórias, mas as causas da morte não são ainda conhecidas.
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Nascido Roberto Alfonso Farrell em 1949, não gravou nenhum dos êxitos que tornaram os Boney M um fenómeno na segunda metade da década de 1970. No disco sound, música feita de artifício e exuberância, o extravagante Farrell, dançarino em fatos brilhantes onde abundavam as plumas e lantejoulas, surgiu como o seu representante perfeito para as massas. Que não fosse ele o cantor em estúdio (fazia-o apenas em concerto), algo assumido desde o início, era insignificante. Interessava a imagem que projectava: "Quero que a minha música faça as pessoas sentirem-se bem e quero deixar memórias felizes. A energia na minha música não tem limites", lemos na biografia do seu site oficial.
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Os Boney M foram uma criação do produtor alemão Frank Farian. Em 1974, gravou Baby do you wanna bump, a que deu voz e o sucesso da canção levou-o a procurar quem pudesse dar corpo à banda. Bobby Farrell, descoberto quando trabalhava en- quanto DJ numa discoteca, tornar-se-ia o único elemento masculino de um quarteto que estabilizaria com as jamaicanas Liz Mitchell e Marcia Barrett e com Maizie Williams, nascida em Montserrat. Deles, Daddy cool, em 1976, foi o primeiro grande êxito da banda. Nos anos seguintes, Sunny, Rivers of Babylon ou Rasputin mantiveram-nos em lugar de destaque nas tabelas de vendas europeias. Ao final de carreira, em 1986, seguir-se-iam reuniões e novas separações, com a banda a dividir-se por fim em várias ramificações.
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Desde Amesterdão, Bobby Farrell continuava a levar o revivalismo disco sound dos seus Boney M aos quatro cantos do mundo. Morreu em São Petersburgo. Hoje, tinha na agenda o réveillon de Rimini, Itália.
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E porque não resisto... Nível!



1 comentário:

Helena Barreta disse...

Esta é a música da minha adolescência. Agora oiço-a enquanto estou no ginásio.

Um abraço