Eu pensei que jamais voltaria a amar um programa da RTP mas a verdade é que aconteceu.
“Portugueses pelo mundo” (serões de quartas, RTP1) é aquilo a que eu chamo um regalo para os olhos. É uma reposição? Não faz mal. Agora bateu ainda com mais força já que a inoportuna estreia durante os meses de estio de 2010 não permitiu mais que uns relances fortuitos. No Verão há coisas melhores para fazer do que ver televisão.
O conceito é do mais simples que pode haver e o nome diz quase tudo. A surpresa é perceber que há malta nova portuguesa espalhada por esse globo fora com um nível do caraças. Um nível… mas com um nível! Bem…
E são eles os anfitriões que nos apresentam as “suas” novas cidades, onde vivem e são felizes. Esqueçam a imagem do emigrante desgraçado que ao fugir do país, fugia da miséria, com uma mão à frente e outra atrás. O emigrante apequenado, poucochinho, submisso aqui não tem lugar que isto é gente sem complexos, isto é gente das nossas idades que partiu porque este país subitamente lhes pareceu pequeno demais para os seus sonhos e voaram. Buscam o seu lugar ao sol de igual para igual com qualquer um. Sem medos!
E assim percebemos que hoje em dia, por incrível que pareça, há contos de fadas que se tornam realidade. O rapaz de brinco que podia estar num centro de emprego qualquer a mendigar por umas horas, vive agora na Cidade do México, onde montou uma empresa de marketing e publicidade. Ficamos desarmados com a sua simpatia, o saber estar, cultura e formação mas só ficamos verdadeiramente a arfar quando nos abre as portas da gigantesca mansão dos sogros (ligeiramente mais pequena que a sua), uns magnatas proprietários de uma marca de Tequilla, e nos mostra a sua inebriante esposa, uma garbosa professora do flamenco, one hundred per cent mexican. Tão jovem… tão pura sangre… Ai andele!
Eu sei que não passo de um “small town boy” como cantava o Mellencamp que nunca chegou verdadeiramente a soltar amarras, que nunca se chegou a dar fora da estufa, que nunca chegou a cortar o cordão tão forte que o une a esta terra que o viu nascer e se calhar… é por isso que me espanto e comovo com o arrojo desta gente.
Um gajo com a minha idade pode ter heróis?
Dass… então não pode?!?! Ei-los!
“Portugueses pelo mundo” (serões de quartas, RTP1) é aquilo a que eu chamo um regalo para os olhos. É uma reposição? Não faz mal. Agora bateu ainda com mais força já que a inoportuna estreia durante os meses de estio de 2010 não permitiu mais que uns relances fortuitos. No Verão há coisas melhores para fazer do que ver televisão.
O conceito é do mais simples que pode haver e o nome diz quase tudo. A surpresa é perceber que há malta nova portuguesa espalhada por esse globo fora com um nível do caraças. Um nível… mas com um nível! Bem…
E são eles os anfitriões que nos apresentam as “suas” novas cidades, onde vivem e são felizes. Esqueçam a imagem do emigrante desgraçado que ao fugir do país, fugia da miséria, com uma mão à frente e outra atrás. O emigrante apequenado, poucochinho, submisso aqui não tem lugar que isto é gente sem complexos, isto é gente das nossas idades que partiu porque este país subitamente lhes pareceu pequeno demais para os seus sonhos e voaram. Buscam o seu lugar ao sol de igual para igual com qualquer um. Sem medos!
E assim percebemos que hoje em dia, por incrível que pareça, há contos de fadas que se tornam realidade. O rapaz de brinco que podia estar num centro de emprego qualquer a mendigar por umas horas, vive agora na Cidade do México, onde montou uma empresa de marketing e publicidade. Ficamos desarmados com a sua simpatia, o saber estar, cultura e formação mas só ficamos verdadeiramente a arfar quando nos abre as portas da gigantesca mansão dos sogros (ligeiramente mais pequena que a sua), uns magnatas proprietários de uma marca de Tequilla, e nos mostra a sua inebriante esposa, uma garbosa professora do flamenco, one hundred per cent mexican. Tão jovem… tão pura sangre… Ai andele!
Eu sei que não passo de um “small town boy” como cantava o Mellencamp que nunca chegou verdadeiramente a soltar amarras, que nunca se chegou a dar fora da estufa, que nunca chegou a cortar o cordão tão forte que o une a esta terra que o viu nascer e se calhar… é por isso que me espanto e comovo com o arrojo desta gente.
Um gajo com a minha idade pode ter heróis?
Dass… então não pode?!?! Ei-los!
4 comentários:
Vizinhança, desde o primeiríssimo episódio que sou completamente fã deste programa. E estão todos gravadinhos na "ZON BOX" para de quando em vez me deliciar com uma voltinha ao mundo...
Forte Abraço
Também não perco um. Mas olha que não é só ás quartas feiras. Ainda ontem deu de Moçambique. Abraço
Também gosto e tento ver sempre que posso. Vai estrear, não sei em que canal, mais um programa do género deste feito pela Laurinda Alves.
Admiro as pessoas que em vez de se lamentarem, "arregaçam as mangas" e vão à luta. Se o futuro passa por irem para fora do país vão, integram-se e vivem felizes
Bom fim de semana
Um abraço
Eu estou contigo: aquilo é uma verdadeira inspiração, especialmente nos tempos que correm. Malta que arregaça as mangas e se faz à vida merece o meu respeito e admiração :D
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