segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Em espera...


Esta parte da fisioterapia é… para mim, particularmente difícil e dolorosa. Não em termos físicos, entenda-se bem, mas em termos mentais e psicológicos. O retorno, o retrocesso ao que nós queremos parece tão difícil que por vezes mais parece impossível. Eu explico… calma! Na quinta-feira, à tarde, dei uma caminhada de 9 quilómetros. Na sexta, seguiu-se outra caminhada de 9 quilómetros que por sua vez foi repetida ao sábado com mais 9 quilómetros. Estamos a falar de uma distância que não é coisa despicienda e que custa muito a fazer, sobretudo a mim, neste estado que sinto e me apercebo de cada passo que dou. Mas bem, como parado nunca fui e não quero ficar, lá fui a ver de forças para levar a água ao moinho, pensando que estava a fazer bem. Não foi isso que eu ouvi hoje da boca de quem me treina o físico e me disse que por aquilo que lhe era dado hoje a ver, o fim-de-semana me tinha feito mal porque eu vinha num estado em que “trancava” muito as pernas cá atrás para me dar segurança a nível de equilíbrio. Difícil de ouvir, não é? Um gajo esforça-se, faz tudo aquilo que é capaz para ficar melhor mas é levado a concluir que nem sempre a vontade e a força de querer se compreendem e se explicam. Ou seja, nem sempre o que se investe e aposta tem tradução no papel. Duro… Eu acredito piamente no que me foi dito e compreendo mas lá que custa a quem tanto fez… custa! Eu vou continuar na minha, continuando a fazer a minha recuperação e caminhadas, tentando voltar a sentir-me fisicamente como estava, nunca baixando os braços nem deitando as coisas a perder. Ficar em casa a ver programas do Baião não faz (nem nunca fez!) parte dos meus planos, de forma que não me resta outra alternativa que mexer-me e aplicar tudo aquilo que me ensinam. Com muita dedicação e muito esforço eu tenho mesmo de lá chegar. Tem de ser!

(Faz parte da mesma crónica mas não tem nada a ver. Não comecem a pensar e a teorizar coisas. Faz parte porque sim, porque aconteceu assim).

A minha mãe, Alzira Sobreiro, regressou hoje ao hospital de Montemor para voltar a ser operada à perna pelo último médico que tinha operado. Esta que é a sua ladainha, parece ser uma caminhada difícil demais para uma pessoa só. Caiu num domingo de manhã quando se encaminhava para a missa na igreja da Beirã e desde então tem sido um suplício ao ponto de nunca mais ter ficado com a perna como a tinha, apesar das muitas operações. Foi operada logo aqui em Portalegre quando se pensava que a cirurgia resolveria logo tudo mas voltou a ser operada diversas vezes (já nem sei precisar quantas…) depois disso. O resultado é que a perna continua a não funcionar, a prótese continua a não estar bem, continua a coxear, continua a sentir-se mal, continua a ter dificuldades. Espero que desta vez fique com o problema resolvido e consiga retomar a sua vida que bem merece. Por muito já passou ela.

Eu sou católico mesmo. Eu acredito em Cristo, nas suas palavras e ensinamentos. Já não acredito tanto na igreja católica e muito menos nas atrocidades que se têm cometido à sua luz ao longo dos tempos. Mas como católico que sou, há uma série de perguntas que gostaria de formular a quem de direito e ver respondidas. Oxalá que ainda falte muito tempo porque a minha ideia é só vê-las respondidas no dia final, mas ainda assim gostaria de lhas fazer porque me parecem da mais elementar justiça. Eu sei que temos de dar graças pela nossa vida e existência (eu faço-o todos os dias), mas parece que há vezes em que tanto azar é demais, tanta coisa má também chateia e deixa tudo por compreender. Não concordam? Gratos por estar vivos (é um facto inquestionável do qual ninguém duvida), mas com tanto azar porquê? Já merecíamos outra sorte…

2 comentários:

Helena Barreta disse...

As melhoras para si e para a sua Mãe.

Um abraço

NEZOCA de Galegos Marvão disse...

gostava de ser como tu, com essa força, eu precisava muito mas a nível de força interior e exterior, não tenho essa força interior k tu tens e k eu precisava tanto.bj
sou prima do luis