terça-feira, 7 de outubro de 2014

Portugal: à venda!



A minha alma fica parva,
a ver as notícias na televisão.
Que isto está mal já se sabe,
Mas tanto assim nunca pensei, não.

Os estranjas compram o país,
Ou tudo o que resta dele,
O saque é total e varre tudo,
Ficamos sem alma e sem pele.

Andou D. Afonso Henriques a bater na velha,
E os navegantes a correr mundo,
Para chegarmos a esta altura,
E perdermos tudo num segundo. (ou nuns anitos, vá!)

10 mil milhões vale a venda,
Que entra para estourar,
Mais dia, menos dia,
Estamos (outra vez) de mãos a abanar.

Os chineses querem tudo,
A Espírito Santo Saúde e a EDP,
A REN e mais que sobre,
Vá-se lá saber porquê. (só querem guito)

Qualquer dia acordamos todos,
Com os nossos olhinhos em bico,
E se assim não for,
Falaremos esbeleleu como o Chico.

Se não amarelos, serão pretos,
Que já controlam bancos e jornais (BCP, BPI) + (Controlinveste)
Gasolineiras (GALP) e Saúde (HPP Saúde)
Mas também telemóveis e que tais. (NOS)

Os amaricanos querem os Correios (CTT),
Os espanhóis, os jornais (Media Capital que inclui a TVI) pra meter no saco,
Os Brazucas, a PT (para juntar à CIMPOR)
E quem sabe o Novo Banco.

Se nos resta a TAP,
A nossa querida e mui estimada companhia de aviação
Que tem… um brasileiro.
à frente do concelho de administração!!!

Eu volto a dizer,
Volta velhinho Salazar,
Tu metias-nos na guerra
Tu não nos deixavas falar.

Tu fazias-nos ser pobrezinhos,
Mas com muito orgulho neste lar à beira mar plantado.
O orgulho em ser português, naquilo que é nosso,
Morreu contigo e foi-se de vez, p'ra não mais ser encontrado.

De tudo isto só vai sobrando,
A CGD da minha patroa Maria Luís,
Que diz que é lá cliente,
Me dá confiança e deixa feliz.

Uma pena ver isto tudo assim,
A ser desbaratado,
Os outros povos tudo arrasam e desmancham,
Nesta tática do quadrado (como em Aljubarota).

É pena que isto acabe assim.
Isto até estava a ser bonito.
Acaba com o Zé Povinho,
a ser vendido com um manguito.

Um dia explico às minhas filhas,
Que nasceram num país com grande historial,
Mas que acabou vendido aos bochechos,
E se chamava Portugal.

Tanto andou, tanto andou,
Que para tudo fazer sentido,
Acabou em desgraça,

Para dar razão ao destino.



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