A
minha alma fica parva,
a ver
as notícias na televisão.
Que
isto está mal já se sabe,
Mas
tanto assim nunca pensei, não.
Os
estranjas compram o país,
Ou
tudo o que resta dele,
O
saque é total e varre tudo,
Ficamos
sem alma e sem pele.
Andou D.
Afonso Henriques a bater na velha,
E os
navegantes a correr mundo,
Para
chegarmos a esta altura,
E
perdermos tudo num segundo. (ou nuns anitos, vá!)
10 mil
milhões vale a venda,
Que
entra para estourar,
Mais
dia, menos dia,
Estamos
(outra vez) de mãos a abanar.
Os
chineses querem tudo,
A
Espírito Santo Saúde e a EDP,
A REN e
mais que sobre,
Vá-se
lá saber porquê. (só querem guito)
Qualquer
dia acordamos todos,
Com os
nossos olhinhos em bico,
E se
assim não for,
Falaremos esbeleleu como o Chico.
Se não
amarelos, serão pretos,
Que já
controlam bancos e jornais (BCP, BPI) + (Controlinveste)
Gasolineiras
(GALP) e Saúde (HPP Saúde)
Mas
também telemóveis e que tais. (NOS)
Os
amaricanos querem os Correios (CTT),
Os
espanhóis, os jornais (Media Capital que inclui a TVI) pra meter no saco,
Os
Brazucas, a PT (para juntar à CIMPOR)
E quem
sabe o Novo Banco.
Se nos
resta a TAP,
A nossa
querida e mui estimada companhia de aviação
Que tem…
um brasileiro.
à
frente do concelho de administração!!!
Eu volto
a dizer,
Volta
velhinho Salazar,
Tu
metias-nos na guerra
Tu não
nos deixavas falar.
Tu
fazias-nos ser pobrezinhos,
Mas com
muito orgulho neste lar à beira mar plantado.
O
orgulho em ser português, naquilo que é nosso,
Morreu
contigo e foi-se de vez, p'ra não mais ser encontrado.
De
tudo isto só vai sobrando,
A CGD
da minha patroa Maria Luís,
Que
diz que é lá cliente,
Me dá
confiança e deixa feliz.
Uma
pena ver isto tudo assim,
A ser
desbaratado,
Os
outros povos tudo arrasam e desmancham,
Nesta
tática do quadrado (como em Aljubarota).
É pena
que isto acabe assim.
Isto
até estava a ser bonito.
Acaba
com o Zé Povinho,
a ser
vendido com um manguito.
Um dia
explico às minhas filhas,
Que nasceram
num país com grande historial,
Mas que
acabou vendido aos bochechos,
E se
chamava Portugal.
Tanto
andou, tanto andou,
Que
para tudo fazer sentido,
Acabou
em desgraça,
Para
dar razão ao destino.
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