Estes gajos, os meus chefes, lá os da capital, fecham—me o serviço! Aquele para o qual tanto estudei, para conseguir ingressar. Lembro—me de me ter esfalfado a marrar, para não ficar mal numa turma de economistas, contabilistas; e não ser o bicho raro do jornalismo, gozado em público por não ser da área. Marquei as distâncias num mapa, com os sítios onde poderia calhar. Tocou-me (e bem, senão não saberia onde estaria hoje, Nisa). De 18 candidatos, fiquei em 2°.
Uso este cargo no quadro, com o orgulho indisfarçado, do dever cumprido. Todos os dias.
Assisto, com mágoa, ao afunilamento do futuro.
Será o futuro assim? (por telemóvel? sem cara? Descartável?)
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