domingo, 14 de maio de 2017

O pastorinho... Salvador... tetracampeão







(nota prévia explicativa, de aviso para os meus leitores, que me dizem muitas vezes que os meus textos são grandes demais: meus queridos e queridas, não há forma de determinar o tamanho da coisa. Eu tenho vontade, eu sento-me ao teclado e… chego-lhe obra! As ideias seguem umas atrás das outras e eu… escarrapacho-as no ecrã, para não fugirem. Depois ajeito-as e… já está.
Quando um tem vontade de se sentar na pedra (casa de banho), ninguém consegue saber ao certo, quanto tempo lá vai estar. Senta quando quer, levanta quando acha que o serviço está feito. Aqui, embora o assunto seja, creio eu, melhor, o processo é o mesmo: descarregar.
Pode ser lido a prestações, em diversos dias, ou fases do dia. É quando vos apetecer. Obrigado. Se todos deixassem uma moeda de 50 cêntimos (menos que 1 café) na caixinha… isso é que era! Só vivia disto. É o que eu gosto mesmo.) 


Epá… que dia (no rescaldo da visita papal)! Que noite!

Se todos têm os mesmos minutos, as mesmas horas… lá vem aquela estória do tempo ser um valor relativo: há vezes em que passa a correr, e parece que voa (um gelado prazenteiro, numa boa esplanada à beira-mar, vendo as gatas, de vestes reduzidas, desfilando), outras parece que se arrasta, como se cada segundo caísse com estrondo, pesado (quando estamos a aturar quem não nos apetece e nunca mais se cala).

Ontem foi um dia histórico para o meu país. Comecemos pelo que é, para o tio Sabi, mais importante: o meu Benfica sagrou-se TETRACAMPEÃO NACIONAL DE FUTEBOL. Uma coisa que eu ainda nunca tinha visto acontecer, o que também não é de estranhar muito, porque… nunca tinha acontecido! Eh pá… tão bom! Vencemos 4 campeonatos de empreitada! Que cena!


Issu daqui pesa qui nem cornus! Vixe Maria!

Um campeonato… é muito sofrimento, pá. Muitos jogos em que se ganha à rasquinha, muitos jogos em que se está a sofrer, até mesmo quase ao fim, para conseguirmos marcar; alguns jogos em que se perdem pontos… Mas também muitos jogos como o de ontem, com um Benfica implacável aos comandos do tetravião, capaz de espetar 4 morteiradas de rajada que desfez o inimigo em fanicos, logo na 1ª parte. Mas um campeonato são também muitos jogos de alegria, de perfume brasileiro, de balanço, de bailarico.

Atentem nos festejos das outras equipas. Eles são trejeitos de raivo, gestos de tomem! para as bancadas, maldade! No Benfica são sorrisos, camaradagem, festa e alegria. O ambiente que a nossa televisão, leia-se BTV, nos deixou espreitar depois do fim do jogo… O nosso grande presidente a dizer: calma rapaziada, que o dinheirinho, amanhã já estará depositado na conta! Epá… muito bom! (e eu não vou receber nada daqui… Mas é muito bom, na mesma)

Jonas-. Cara grandalhão: não deixa cair meu amor piquinino, não!
Jiménez: AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Soy Godzilla!
Cervi: El autobus es cómodo.

5-0 ao Guimarães, a sua anterior equipa, liderada hoje pelo grande Pedro Martins, que tem tanto de raçudo como treinador, condutor de homens e orientador de jogadas; quanto era como jogador. Sobre o jogo disse que tinha sido o melhor Benfica da época e o pior Guimarães. É capaz de ter tido razão. Só espero é que quando se apresente perante nós, a fim de disputar a Taça de Portugal, que eu tanto amo e quero, não consiga fazer melhor que nós. Este, foi um jogo de encher as medidas. Assim, já vamos ao norte, disputar os últimos 3 pontos com os axedrezados, sem a corda no pescoço. Podem jogar juniores, outros talentos da equipa B e o suplente dos guarda-redes, Paulo Lopes, que o outro senhor que treinava o Benfica deixou sentado no banco e lhe negou assim, a possibilidade de se sagrar campeão. Agora temos um condutor com outro nível, o nosso, à Benfica, que certamente nunca nos deixará ficar mal. Nem atirará pastilhas para o chão, nem mascará de boca aberta, nem será mal educado com a imprensa e adversários, nem se porá feita histérica, aos gritos para dentro do campo; nem pensará que é o melhor treinador português, o que faz a diferença entre o plantel de um ano para outro, como se jogasse, ele também, à bola. (Viram como nem sequer nomeei o Voldemort?)





Não reconhecia o Vitória como treinador, lembram-se? Agora é capaz de… já…

Tive outros convites para assistir ao partido (bem hajam), mas com o nosso Cheers pastelaria São Marcos fechado, por motivos de batizado (que ideia a de batizarem crianças, num dia em que decorre um partido desta importância. Ele há gente…), optei pelo… meu Cantinho do Miradouro, o tal mesmo ao pé de minha casa, um mimo de amor e bem servir, num espaço obsoleto que tinha ficado esquecido do projeto inicial da piscina municipal de Santo António das Areias. A Luzia e o Tiaguinho nos deram o de sempre: bebidas bem fresquinhas, bom tremoço, carnudo e fresco; amendoim torradinho e… pratinhos de orelha de porco que estavam… uma delícia! A 1 euro, cada um, eram? Do melhor! Sorte e saúde, mas agora, mesmo que de cá queiram abalar, a gente já não deixa! Eu sou capaz de me agarrar a vossas calças e ir de rojo. Fiquem!
Ai não se vão embora? Então está bem! :)

Palco de sonhos... <3

Os meus NN Outeiros, que me acompanhatam nesta tarde.

Defesa prós lagartos
  

O tempo estava assim… e chegou a chover. Mas quando a vontade é maior, a gente resiste. Deixámos chover, puxámos dos muros de plástico da coisa, e ficou um mimo. A gente se ajeitou, por forma a que os que estavam à chuva, apenas protegidos pelo guarda sol, pudessem estar abrigados também e… tudo se fez.

Do jogo em si… epá, aquilo foi um espelho do que tem sido toda a temporada. Uma sessão de colinho, só colinho, só colinho e nem sequer faltou uma grande penalidade forçada, para os encarnados, em vez de 5 a ZERO, terem ganho só por 4 e aí (como eu adoro esta…) o jogo era outro!

Olhem, só por acaso, o Jonas, o grande Jonas que veio empurrado do Valência onde mal jogava (alô Nuno Espírito Santo, estás aí? Eu sou a Baleia Azul. Corta os pulsos com ligeira suavidade, no sentido do coração para o exterior, dentro de uma banheira meia de água morna), para chegar à Luz, brilhar, e já estar na seleção canarinha!

Isto vem de encontro a algo muito maior, que se traduz em campeonatos, por exemplo, mas que é aquilo que é o Benfica, hoje em dia. O Benfica de hoje tem uma estrutura, uma ordem e uma organização, de bem, que deixa os adversários, a anos-luz. Liderado por aquele que é, para mim, o maior presidente de todos os tempos, todas as equipas desenhadas à sua volta, pretendem o mesmo: vencer. Mas um vencer deontológico, com carisma, com perfil, sem atropelos ou manigâncias. Assim dá prazer pensar que somos deste clube.


Os jogadores estiveram todos ao mais alto nível, e como bem diz o nosso treinador, são todos campeões!

Depois do apito final: festa!!! Como os tempos da tradicional e, mais que merecida hecatombe cervejística já lá vão (para nunca mais voltarem), a festa fez-se caseira, no Cantinho. Nem Rotunda da Portagem, nem Portalegre, nem nada. Casa só. Enfiei-me no banco de trás, do carro do meu vizinho Mário Carteiro, acompanhado dos meus amigos Martim (4 anos, a conhecer sempre o sabor da Vitória), e Maria Leonor (vizinha da frente). Fartámo-nos de gritar VVVVVVVVVVVVVVVVVIIIIIIIIIIIVVVVVVVVVVVVVVVVVVAAAAAAAAA OOOOOOOOOOOOOOO BBBBBBBBBBBBEEEEEEEEEEEEEENNNNNNNNNNNNNNNFFFFFIIICCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. 


Demos a volta à terra, não vimos carros para a festa, só dois ou três, alguns falaram que a caravana já tinha seguido para longe, mas nós ficamos por cá. Foi caseira. Entrámos na Velhaca (O Adro), mais para eu me meter com ela, que por outra coisa qualquer, porque ela é do Porto e muy ranhosa. Chiguei-me ao pé da piquena, toquei-lhe uma corneta daquelas de se dar à manivela, do meu pequeno vizinhança Coelho, ela deixou-se rir para mim (que aquilo nem dava muito alto, só um Fon-Fon-Fon), mas estava lá um sujeito sentado a ler o Correio da Manhã, que se sentiu importunado, me mandou um empurrão na zambona, a fez saltar logo da mão, e saiu porta fora, sem dizer ai, nem ui.

Eu fiquei assim: ?

Não percebi. Os meus companheiros ficaram logo todos chocados, e alterados, a dizerem que se tivesse sido com eles, tinham logo feito isto, e aquilo, e o outro, mas eu… fiquei… estupefato. E algo espantado, também. Então, mas afinal?

O meu pai ensinou-me que a nossa liberdade acaba, onde começa a dos outros. Pensei que, mas o sítio é público, certo? E a haver alguém que me pudesse chamar à atenção, seria a mesma pessoa que me poderia meter na rua. É que tudo fala no 25 de Abril, nas coisas da liberdade, e um gajo ainda é levado a pensar que estamos num país livre. Se somos livres, pois, que sejamos!

Ainda bem que fiquei sem reação. Porque a ter tido uma, seria gravosa. E má. O homem tem idade para ser meu pai (penso que era da mesma idade dele, e supostamente seriam amigos, como eu pensava ser dele), tem filhos da minha idade, que são meus amigos, enfim.

Então mas o senhor não saberá que aquele local é público, que as pessoas vão para lá conversar em alta voz? (o que pelos vistos, também o incomoda, e lhe merece reparos)
É que se ele queria ler o jornal em sossego, o melhor seria comprá-lo, e fazer esse serviço em casa, não é verdade? Ou então, sempre pode beber o café, e pedir à dona, para lho emprestar, devolvendo-o logo assim que tivesse feito o serviço. Para o bar, até seria mais produtivo. É que o jornal do sítio, a partir da hora de jantar, está sempre sob a sua guarida. Lê-o afincadamente, com toda a calma do mundo, e ninguém lhe pode chegar. Assim, só se calaria uma casa. Dava jeito.

Ele saiu muito rápido, sem que sequer lhe pudesse desejar os maiores auspícios para o seu clube, na próxima época. O que… sendo mentira, também não resultou em grande perda.

Ontem, isto a nível de clube, foi um festim:

- qualificámo-nos para a final da Taça de Portugal de futsal, ao vencer o Sporting, detentor do troféu, por 3-2, no desempate por grandes penalidades, após um 3-3 no tempo regulamentar.



- Sagrámo-nos pela sétima vez campeões portugueses de voleibol, ao vencer em casa o Sporting de Espinho, por 3-0, no quinto e último jogo da final.

E já hoje, operámos uma reviravolta e ganhámos a taça de futsal feminino.

Porra! Eu, que não ligo sobremaneira às modalidades, e me costumo rir dos estados de alma do meu sogro com os feitos/desfeitos dos juniores/juvenis/modalidades amadoras, fiquei cheio de benfiquismo e a rebentar de alegria.

Pois andei eu nas curtições do tetracampeonato, com minis para os meus parceiros, minis sem chumbo pró tio Sabi, copos de sumo para a garotagem, e cheguei a casa quando já passava bem das 22h. Jantei, tranquilo, e só depois me lembrei do festival da eurovisão!

Não é que eu ligasse muito áquilo, já há bastantes anos, mas como gerei algum fuzz de comentários, sobre a minha opinião do concorrente, quis saber. Quando me cheguei ao pé da televisão, estava o gajo a cantar.
Olha, boa! Porreiro, pá!
Nisto, vi que estava com a mana, a fanhosa Luísa Sobral.
Mau.
Mas isto não era o gajo, sozinho?
Uma grande festa à volta, tudo de bandeirinhas e confetis, e… tu queres ver?!?!?!?

Isso mesmo: Portugal ganhou a Eurovisão!





Eina pá! Que cena!  Foi por minha culpa! Foi só para me chatear. Mas… ganhar é bom!

Então, comecei a pensar… aqueles que me apedrejaram pela minha estranheza ao rapaz… agora vão-me matar, arrancar o fígado e comê-lo grelhado, num churrasco comunitário de bairro. Hoje já comecei a lidar com as pressões:

- Não queiras lá ir pedir desculpa, não! Já te estrepaste!
- Tás a ver, drocas? Tens a mania que és esperto… mais espertinho que os outros… e depois lixas-te!
- Eu só cantava na vitória, pensava em ti e… chupa!!!!

Belezas, acalmem as passarinhas. O vosso tio Sabi explica:
Eu só estranhei a tremenda sensação que se estava a gerar à volta de um cachopo… esquisito… e uma música… não tão arrebatadora quanto isso. É bonita, sim; e liricamente valiosa, vá. Mas para a Eurovisão, que quer é alegrias, boas melodias e festa… achei que não me parecia que pudesse ter muita sorte.

Vejamos o aspeto que o benzinho aquele, levou a tão notável altar do showbizz. Se a minha filha me aparecesse cá a casa, a dizer que este era o seu namorado… eu sorriria, educadamente, claro está, mas na minha cabeça, há perguntas que certamente martelariam: olááá´… gilette, já ouviste falar? E um jeitinho no cabelo, uma escova, um pentinho? E banhinho, achas legal?


Sim, eu sei, lá vem esse coro imenso de gente que pensa aquilo que eu penso, que quer é que ela seja feliz com ele, e que se entendam. Claro que sim. Isso nem sequer se questiona. Tenho isso como uma base de garantia. Mas, cá o vosso tio Sabi, prefere um puto penteadinho, com ar de lavadinho, arranjadote a nível de roupas, do que um jovem com t-shirts a pedir ajuda para os refugiados.

Ohhhh… lá vêem eles outra vez, que os refugiados são perseguidos, que estou a ser frio, distante, mau? Ai que chatos e chatas. Se me metesse a pensar nessas merdas todas, não tinha um blogue onde vinha mandar as minhas bujardas, e dizer o que me vai na venta. Que camandro! Ser livre é isto! Olhem, o que eu tenho é sorte de ter a graça, de quem me venha aqui ler. Deixa cá ver, o que é que aquele maluco, tem para ali de novo.

A vitória do Sobral que ama pelos dois, é já um mito moderno, para mim. Já me lembro dele ter concorrido ao “Ídolos”; como já me lembro de não ter ficado com pena nenhuma, dele nunca mais não ter aparecido. Reconheço que após algumas audições, reconhecer que a música é bonita e tem muito sentido; mas continuo a opinar que… ou melhor, vou ter que rever qual é que é o tipo de música ideal para concorrer à Eurovisão porque esta… ganhou!

Uma coisa nunca vista! Eu acreditava quase mais, que me poderia sair o Euromilhões, ao qual quase nunca jogo; do que enquanto país, teríamos força suficiente para ganhar uma coisa destas. Que caraças. Mesmo inédito!



Cantou em português… bravissímo! Mas… pergunto eu, quem é que, dos que votaram, percebeu o que o rapaz disse? Tinham tradutor de serviço? Uma página oficial no Google Translator? Como é que na Ucrânia, em Israel, na Bulgária, ou na Bielorússia, perceberam o que o cachopo imberbe, de cabelinho mal esgalhado, para ali cantava?

Olhem, das duas: três. Ou estou a ficar velho, ou sou mesmo parvo, ou… ela tem razão, tenho a mania que sou esperto e sou só um parvalhão.
(Podem mostrar a língua, fazer manguitos ou caras feias. Não vale cuspir que eu sou muito asseadinho e ando sempre muito cuidado com a apresentação, ok? Bem hajam!
Também não vale chamarem nomes aos meus pais. O meu paizinho já é falecido, e a minha mãezinha, é uma excelente senhora que todos quantos a conhecem, gabam. Por isso, centrem-se em mim)

Para terminar e porque o blogue é meu:

BBBBBBBBBBBBBBBBBEEEEEEEEEEEEEEEEEENNNNNNNNFFFFFFFFIIIIIIIICCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

SEMPREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

Um último pensamento: eu se fossa o nosso rui Vitória, começava era já a pensar (se é que não está já), o que é que o Fernandinho Santos, selecionador nacional, descobriu no Porto para que lhe chamassem o engenheiro do Penta?
Vai Ruizinho, meu cochinho favorito, tu também consegues. Vale uma aposta?


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