Vamos arrancar o arame farpado desta paisagem tão linda, tão única, tão nossa. O Marvão para Todos foi criado para devolver a terra às suas gentes. Ajudem-nos para que Marvão, seja nosso, outra vez. |
Este projeto que nasceu de um sonho, foi crescendo, e se passou a chamar Marvão para Todos (porque assim o queremos e idealizamos), já conta com mais de dois anos de existência, e sempre foi sendo alimentado com a prerrogativa de que cada um de nós, só dava aquilo que poderia dar. Foi com o denominador comum com a nossa máxima “quem dá o que tem, a mais não é obrigado”, que aceitei de bom grado as limitações que as minhas obrigações profissionais, me impuseram nesta reta final da campanha, à boca das urnas.
Não é que não pudesse ter metido os dias
de férias, que a lei me atribui, dedicados a esta causa, enquanto candidato à
Assembleia Municipal, que sou. Para além de outras contingências internas, fui
eu que achei que não o deveria fazer. Para além de ter uma dádiva de gratidão,
que durará tanto enquanto eu durar, para com Deus, a minha família, os meus
verdadeiros amigos e amigas; também terei sempre um agradecimento sentido para
com a minha entidade patronal, que hoje se chama Autoridade Tributária e
Aduaneira, e o meu nicho laboral, o Serviço de Finanças de Marvão. Só Deus e
quem sempre me esteve mais próximo, conhecem a enorme batalha e odisseia que
tive comigo mesmo, com as minhas aspirações frustradas de poder fazer da
escrita de jornalista, uma vida; e o tanto que tive de trabalhar, desde a
primeira hora em que soube que este concurso público estava aberto (sempre
obrigado, madrinha Carminda Silvério), para poder nele entrar. Poder vir a
trabalhar num serviço sólido, fixo, bem remunerado, se comparado com a mediania
local, na minha terra, Marvão; passou a ser um sonho para um jovem credenciado,
consciente da sua capacitação, mas incapaz de se colocar num mercado de
trabalho sobrelotado na cidade, e mal remunerado, refém de caciques, na
província.
Desta vez, poder, podia ter metido os
dias de férias, e sei que isso teria ajudado os meus companheiros nesta luta,
com a minha natural alegria de viver, a minha capacidade inata em interagir com
os outros, sobretudo se são gente da minha terra; o meu poder de comunicar, que
sei que a ter um forte, esse será. Mas isso traria certamente dificuldades, na
gestão de pessoal à entidade que nunca me disse não, que nunca me privou de
nada, que sempre me respeitou no meu processo de recuperação, do grave e
trágico acidente que sofri, que sempre esteve lá. Eu sei que faço, e fiz falta
ali, mais do que eu outro lado qualquer. Por isso, fiquei.
Mas sempre que pude, estive na luta lado
a lado com os meus companheiros, e vivi, em dois dias que se presumem de
descanso, no fim-de-semana passado, depois de 5 de trabalho intenso; trabalho
no duro também, com um programa de 10 horas diárias (9h -19h). Nesse percurso,
muito se ouviu, algo se falou, muito se calcorreou e o balanço, que só se
poderá fazer no dia 1 próximo, espera-se positivo. Consciente, mas positivo,
sobretudo.
Dizem que vai haver projeto. Tudo muito bem. Mas entretanto, pelo menos este imóvel que é o átrio da aldeia, merecia uma lateral mais digna... Tarrafal? |
Nesses dois dias, vivi um trabalho, que
eles e elas continuaram durante o resto da semana, que teve uma tónica comum
desde a nossa primeiríssima reunião neste movimento: honesto. HONESTO! Não
houve ali qualquer tentativa de lubridiar, levar no engano, ser um simpático
artificial, um querido fingido, como alguns que por aí andam, que querem fazer
um lifting ao modus operandi do que lá está… há já uma eternidade. Há por aí
tantos jovens maçudos… uns tão refinados e óbvios, que até custam.
Dele, Deus nos livre de ter que viver
com a sua sombra permanente num governo municipal, que por ele será indubitavelmente
gerido, nas costas, com aquele sorriso amarelo que luz nos cartazes… que nos
deixa sempre a pensar… se se estará a rir para nós, ou de nós.
Não sou um homem de ódios. O ódio não
vive no meu coração. Não tenho rancor, não quero mal a ninguém. O que eu quero
é que todos sejam felizes, desde que… (e este desde… tinha mesmo de vir), a sua
felicidade não seja construída sem respeito pelo outro, pelo seu igual. Todo
aquele que quer ser feliz, ao meter-se às cavalitas do mais fraco, do menos instruído,
do menos pensante, tem em mim… não um inimigo, mas um adversário acérrimo.
Vivo, sempre vivi, e viverei sempre contra esta forma abusadora de viver.
Eu sei, há muitos anos, que a política
faz falta. Nesta sociedade de animais pensantes em que vivemos, faltam líderes
que orientem, que organizem, que façam a vida mais fácil, mais agradável aos
outros. O problema do nosso mundo, é que os erros da política tendem a apagar
tudo o que há de bom nela. Basta ver as notícias e isto compreende-se
facilmente. A corrupção, os jogos sujos, são uma constante e ultrapassam todas
as fronteiras. Mas quem é que é o tonto que olha para os políticos e é capaz de
ver neles, gente de bem? Gente que só quer fazer o bem ao próximo, gente que se
mete a ela própria em segundo plano, gente que puxa pelo seu (pelo que tem nos
bolsos) para pagar a propaganda com que anuncia a sua visão; gente com provas
dadas na vida, mas que ainda assim, se decide submeter ao sufrágio de todos,
para saber se merece a sua confiança? Eu não sei se haverá muitos por esse país
fora, mas no Marvão Para Todos, somos todos desses. Apostamos todos nessa
equipa, a nossa.
Não queremos dizer mal de ninguém.
Todos, inclusivamente os que lá estão, fizeram coisas bem feitas. O que nós
achamos, é que poderiam ter sido feitas de forma diferente, e por isso, damos o
corpo às balas. Não ficamos sentados nos ferros a dizer mal, não criticamos nas
tascas e cafés por aí, saímos da nossa zona de conforto, e avançamos.
Podem ter uma certeza, todas as pessoas
e todos os nossos adversários: VAMOS
FAZER-NOS OUVIR, SENTIR E RESPEITAR, onde quer que sejamos eleitos. Jamais
iremos em carneiradas, em dizer que sim com a cabeça… só porque sim. Nas
Juntas, na nossa Câmara Municipal, na Assembleia seremos os porta-vozes dos que
não costumam ser ouvidos. SEM MEDOS!
Quero terminar, como bom cristão que
creio que sou, que há uma diferença gigantesca entre dar… por dar, e dar… por
interesse, que eu considero quase roubar. Quem dá, como eu penso que deve ser
dado, dá de boa fé, para que o outro se sinta bem, para que o outro seja mais
feliz.
Quem dá, a querer algo em troca, nem que
seja um X, ou sobretudo a ser um X no boletim de voto, é um
interesseiro, um aldrabão, um escumalha.
Bem sei que disse que não tenho ódio,
mas ele há gente… que não merece o ar que respira. E isto é apenas uma constatação…
A política, para quem nela só vê
defeitos, tem muitas vantagens, para mim. Algumas que aqui já enunciei, mas a
principal, é que graças a ela, conseguimos conhecer a verdade da pessoa. Quando
estudava em Antropologia, aprendi que o homem é um animal, banhado num verniz
cultural. Quando este estala, sai a besta.
A política tem o mesmo efeito. Seja por
ganância pelo poder, seja por vaidade, seja por ali se conseguirem os pergaminhos,
que nunca se conseguiram alcançar na vida académica, as pessoas
transfiguram-se. Ficam fora de si. Eu tinha por hábito, sempre que entrava em
sítios públicos, como conheço toda a gente, a todos cumprimentar com mão, olhar
nos olhos, saber se estava bem. Agora… tornei-me mais seletivo, digo apenas uma
saudação geral, cumprimento quem me merece mesmo esse tratamento, e depois,
muitas vezes a boa educação, faz-me prolongar o saúdo.
Muitos me perguntam quais são os meus
prognósticos. Até para mim, que creio que percebo algo disto, do concelho onde
me movo e onde sempre vivi, a dúvida é enorme. As pessoas são muito
imprevisíveis e há muita variável a considerar. É difícil poder avançar com
hipóteses.
O
que eu posso é assegurar, são duas certezas que tenho desde já: orgulho e
esperança.
Orgulho
porque
conseguimos chegar ao fim da caminhada, e apresentar um trabalho, ainda por
cima, bem feito. Aquele caderno de propostas e candidatos, com aquele nível, nunca
eu sequer sonhei. Orgulho porque
conseguimos encontrar pessoas válidas em todas as freguesias, que nos ajudam a
valorizar esta nossa convição. Orgulho
porque do nada, com muito apoio de muitos amigos que nem pensávamos que
tínhamos, conseguimos construir, com os nosso contributos financeiros, um
programa eleitoral que só nos pode encher a alma. Orgulho porque aquela caminhada, que começámos a trilhar há já 2
anos atrás, quase que na clandestinidade, chegou ao altar. Veremos se o povo de
Marvão quer casar connosco.
Quis tanto fazer campanha, a minha querida. E o pai deixou-a juntar, por momentos, a nós. Para que ela fosse a criança do símbolo, de carne e osso. Ao vivo. Estava tão feliz... |
Esperança
porque
é essa a nossa mensagem, e é a mensagem que temos recebido da grande maioria
dos marvanenses com quem temos falado. Todas as outras opções, são de pessoas
que já estiveram ligadas ao poder. Ou há 12 anos (PSD e quem se camufla de
independente, ao concorrer pelo CDS), ou há 8 anos (quem já esteve na vereação
do PS). O Marvão para Todos é o único
mensageiro da novidade, e é isso que quer ser, para todos os lugares onde
tivermos a benesse de sermos eleitos.
Tal
como o nosso símbolo, e o nosso nome indicam, quem colocar o X no 1º
quadradinho, coloca-o no que há de melhor em Marvão: o património (o castelo) e
as pessoas (um idoso, um homem, uma criança).
Que Marvão seja para Todos! Que assim
seja!