terça-feira, 3 de dezembro de 2019

(Chamando) a cegonha que não tinha GPS

Com o apresentador, o seu primo Petrónio Augusto, que esteve muito bem; ladeada pelo Presidente do Município de Marvão, Engº Luís Vitorino, o Fernando "Colibri" Mão de Ferro, e o seu marido Tiago.
Uma mesa de honra!




A Luzia é uma Senhora que prova bem que o tamanho que tem, não se coaduna, de todo; com a grandeza da alma que vive no seu coração. Neste domingo chuvoso já de Dezembro, muito feliz, viveu um mais que merecido dia da glória, por ter brilhado no lançamento da sua primeira obra literária, “A cegonha que não tinha GPS”. Este motivo, mais que suficiente para se ter abarrotado até às costuras a Casa da Cultura, antiga Câmara Velha de Marvão, esteve na génese de uma memorável tarde cultural em que os artistas da terra, a todos maravilharam.
Eles cantaram (os pequenitos presentes), eles tocaram, e encantaram (a terna Marisa Garção); eles inclusivé, fizeram um pequeno (e emotivo) teatrinho alusivo à obra (utentes da APPACDM de Portalegre).

A Luzia é uma força da natureza e uma prova de tenacidade incrível, que quer sonhar. Tendo nascido numa família muito humilde, mas com grandes princípios e humanismo, de Santo António das Areias; foi capaz de concluir o ensino superior, tendo-se formado como educadora de infância. Sendo apaixonada por crianças, pela sua forma de ver o mundo, apesar de não ter tido a sorte de conseguir uma vaga na sua área por aqui, no regresso ao concelho natal; por aqui se decidiu fixar, e juntamente com o seu marido, teve como ideia abrir um pequeno café, o “Cantinho do Miradouro” num espaço decrépito que esteve fechado… desde que a piscina abriu, sem nunca ninguém ter percebido muito bem para o que seria.

Como no lançamento eram mais que muitos... vim no dia seguinte ao Miradouro!

Obrigado Ana Teresa Silva! Ficou demais!
A verdade é que este pequeno café, que beneficiou com o apoio incrível do benemérito e preocupado com todos, hoje vereador, Jorge Rosado; que conseguiu um avançado com o apoio da Delta Cafés que lhe permite vencer as intempéries, e dar algum conforto aos utentes. Antigamente era apenas um quadradinho com um balcão e a chuva caia mesmo em cima de quem pedia um café. Hoje já não é assim, dá gosto quando se passa por lá, e se vê as vizinhanças a confraternizarem num aquário de paredes baças pelo calor.

O Tiago, que veio dos lados de Lisboa, já trabalhou na fábrica da borracha em Portalegre, já vendeu pão do Porto da Espada pelo concelho (que me viciou nos fabulásticos pãezinhos de leite, a 0,30€ cada um!), e agora está integrado na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Marvão, que é, no fundo, aquilo que sempre quis.
A Luzia cá se vai mantendo no seu cafézinho, onde vai surpreendendo com as suas criações de bolos e snacks, para ir fidelizando a clientela, sempre à espera que lhe apareça no caminho algo melhor.

Ainda bem me lembro quando eles, recém-chegados, vieram meio a medo bater à porta dos vizinho das finanças, a perguntarem como poderiam abrir a atividade; e ele, ou seja, eu, os encaminhei para um vizinho daqui, o Márcio Costa, para os ajudar, como ajudou. Era melhor ter quem lhe tratasse da contabilidade com profissionalismo. Lembram-se?

Sou amicíssimo do seu pai (quem é que não conhece o GRANDE Cárlinhos Falcão?!?!?!?), desde os tempos em que ia de acólito do Sr. Padre João de Deus, que me batizou, e a sua cara a correr para mim sorridente, é das memórias mais queridas e antigas que tenho de infância. Também gosto bastante da sua mãe, a D. Teresa, sempre muito educada e simpática; não descurando a sua avózinha, que já bem passa dos 80, e talvez 90; que cada vez que me vê, se desfaz com o senhor Sobrêra e sempre me lembra do tanto que pediu a Deus por mim, quando tive o acidente.
Pois a Luzia, não tinha outra forma que senão ser mesmo assim, enternecedora como é.

O livro contou com a colaboração de diversas entidades, e teve o toque do condão mágico do editor Fernando “Colibri” Mão de Ferro, um Homem extramente agradável, com quem nunca tive a felicidade de privar a fundo, mas que conheço destas andanças há muitos anos (desde que estive na câmara, já há 14 anos atrás), e que me parece ser um genuinamente bom e transparente.  



E é este tratado de honestidade e de escrita, onde expõe abertamente a luta dos dois contra a infertilidade, ou melhor, a luta pela fertilidade, que agora nos apresenta.

A obra está profusamente ilustrada com belíssimas recriações de cenas de cegonhas feitas por crianças com origem na ligação a este método concepcional, que envolvem a história, que conta com uma belíssima encardenação, e paginação.






Tivemos tempo ainda para ouvir o relato da Susana, uma colega destas lutas e estas andanças que já teve a bênção de ver a sua barriguita brotar frutos que o seu companheiro lá colocou, um enorme estímulo e alento; e ainda, a belíssima, afinada, e certinha nos acordes e compassos, Marisa Garção!!!! (com aqueles pais, tinha mesmo de sair assim!)










Pois eu cá fiquei demais! Fiquei tão cheio, feliz e orgulhoso que nem sabia o que haveria de fazer. Tão bom demais… <3

Parabéns amor! Que tenhas tudo de bom e, se o resto da tua história pudesse ser escrita por Deus, que ele ajudasse a Dona cegonha a vir direitinha para os Outeiros, onde certamente seria muito bem recebida!!!
Tudo bom!!!!

Muitos beijinhos!!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Pedro, lindo como descreves o dia do domingo passado Mágico, desejo que a Cegonha chegue rápido a casa da Luzia e Tiago❤️. E quanto a minha cegonhita Marisa obg, está lhe na alma😉bjs

Petrónio Augusto disse...

Grande Pedro! Foi uma grande tarde de domingo, na Casa da Cultura de Marvão. Foi maravilhoso a reunião de tanta gente, numa tarde de chuva, para ver e falar de cultura: a música, o teatro e claro, o livro: história e ilustrações! E a energia da autora Luzia Maia! Adorei a tua reportagem!! Um grande abraço! Petrónio Augusto