“Portugal não é um país, é um sítio.
Ainda por cima… mal frequentado.”
Eça de Queiroz
Ainda por cima… mal frequentado.”
Eça de Queiroz
A mãe de todas as greves
Por Pedro Sobreiro
Aprendiz de poeta popular
Lírico, boémio e personagem de banda desenhada
Nota do autor: este projecto de poema deve ser lido imitando a voz e a entoação do Manel Alegre, porque senão não resulta. De preferência, deve ser lido de olhos fechados, para enfatizar a emoção. Sim... eu sei que deve ser difícil ler de olhos fechados mas se não tentarem... nunca saberão se conseguem!
Nesta manhã… nem o sol,
Quis trabalhar, é normal…
Afinal hoje é o dia,
Da tão esperada greve geral!
Páram barcos e comboios,
Páram metro e aviões,
Não saem os autocarros,
Não há quaisquer opções.
Páram todos os serviços,
Páram escolas e hospitais,
E até mesmo as morgues,
Não aceitam funerais.
Páram finanças e conservatórias,
Cartórios e tribunais,
Pára a Segurança Social,
Manicómios e outros que tais.
Até as centrais sindicais,
Decidiram dar as mãos,
Meter de lado as divergências,
Trabalharem em cooperação.
O país está fartinho,
Do governo que tanto tem roubado,
Que nos vai ao bolso a toda a hora,
Que deixa o povo empenhado.
O Sócrates tira as reformas,
Corta subsídios e o ordenado,
“Pinta-nos” o “nosso” ao fim do mês,
E até o pouco que temos de lado.
Andamos muito descontentes,
Com toda esta situação,
Por isso gritamos bem alto,
E em coro dizemos que “não!”
O país está na última,
Endividado, sem solução,
Está sem rumo e sem futuro,
Está com as calças na mão.
Na tardará muito e a Europa,
A Merkel ou o FMI,
Virão puxar-nos as orelhas,
Tentar tirar-nos daqui. (Onde estamos há quase 10 séculos...)
Por tudo isto eu concordo,
Com os outros camaradas,
Que dão o corpo ao manifesto,
Que lutam com bandeiras desfraldadas.
Como estou doentinho,
Nesta cama aprisionado,
Decidi juntar-me a eles,
Fazendo um protesto adaptado.
Vou fazer greve de fome,
Hoje não me irei alimentar,
Nada comerei em todo o dia,
Excepto ao almoço e ao jantar.
-
Vou dispensar os remédios,
Vejam bem como me sinto…
Decidi trocar os comprimidos,
Por uns “martelos” do tinto.
Por cada antibiótico,
Mamarei dois ou três,
E por cada supositório,
Um jarro de cada vez.
Oxalá o protesto ajude,
O Governo a pensar melhor,
A respeitar mais quem trabalha,
Quem tem brio e valor.
Em vez de defenderem,
Os “barões” que os financiam, (Com aeroportos, TGVs e afins…)
Que pensem mais no dia-a-dia,
Das famílias que atrofiam.
Camaradas, o dia é de luta,
Uma luta sem igual,
Viva a greve, viva a gente,
Viva o nosso Portugal!
Vejam bem como me sinto…
Decidi trocar os comprimidos,
Por uns “martelos” do tinto.
Por cada antibiótico,
Mamarei dois ou três,
E por cada supositório,
Um jarro de cada vez.
Oxalá o protesto ajude,
O Governo a pensar melhor,
A respeitar mais quem trabalha,
Quem tem brio e valor.
Em vez de defenderem,
Os “barões” que os financiam, (Com aeroportos, TGVs e afins…)
Que pensem mais no dia-a-dia,
Das famílias que atrofiam.
Camaradas, o dia é de luta,
Uma luta sem igual,
Viva a greve, viva a gente,
Viva o nosso Portugal!
4 comentários:
És grande, as melhoras e espero que esteja a correr bem essa recuperação... desculpa não ter ligado, mas deve ser tanta gente a ligar que deves estar cheio de atender telefones... lol.. Se precisares de algo numa das tuas vindas a Lisboa não te evites em dizer.. Ajudo no que puder, abraço, Joãozinho..
Caro Amigo Pedro
Um grande Abraço e o Desejo sincero de Rápidas Melhoras e cá te espero um dia destes.
Fiquei Feliz por ver que voltaste
Até Já
João Junceiro
Rest. Regata Alpalhão
Fica bem de revolucionário, sim senhor e na linha da frente, sempre.
Palavras certeiras, como sempre.
Continuação das melhoras.
Um abraço.
Uma rápida recuperação amigo Pedro! Aquilo que fizeram ao Benfica em Tel Aviv foi uma judiaria...
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