Mas que raio de história é esta do acordo ortográfico? Onde? Como? Quando? De onde é que isto saiu? Assim sem mais nem menos? Não chega já a falta de açúcar nas prateleiras?
Ao tempo que eu ando para reclamar com isto… Se deixo atrasar muito mais, ainda o corrector ortográfico do meu Word se converte em “corretor”, como mandam agora as leis, e me boicota o texto. Isto é de loucos…
Para chegar onde quero tenho de começar por dizer que adoro jornais. Acho que toda a gente gosta mas eu… é uma coisa irracional. Se pudesse… comprava-os todos, lia-os todos, devorava até os artigos que não eram para ler. Mas como não tenho tempo, nem tampouco dinheiro para tanta literacia, reduzi a voragem à leitura gratuita dos diários na versão html e… claro está… o “Expresso” ao fim-de-semana. Ainda continua a ser… o tal.
E foi por o ter nesta distinta condição de excelência que fiquei, digamos que… arrepiado, para não dizer pior, quando comecei a “esbarrar” com palavras redigidas em versão simplex: “adotar” em vez de adoptar (e notem bem como o “p” dá logo outra dignidade ao gesto); “atores” em vez de actores (que sem o “c” se tornam até mais… banais); e por aí fora… “espetáculo” sem “c” que passa a valer logo menos 5 euros no ingresso;
Ao tempo que eu ando para reclamar com isto… Se deixo atrasar muito mais, ainda o corrector ortográfico do meu Word se converte em “corretor”, como mandam agora as leis, e me boicota o texto. Isto é de loucos…
Para chegar onde quero tenho de começar por dizer que adoro jornais. Acho que toda a gente gosta mas eu… é uma coisa irracional. Se pudesse… comprava-os todos, lia-os todos, devorava até os artigos que não eram para ler. Mas como não tenho tempo, nem tampouco dinheiro para tanta literacia, reduzi a voragem à leitura gratuita dos diários na versão html e… claro está… o “Expresso” ao fim-de-semana. Ainda continua a ser… o tal.
E foi por o ter nesta distinta condição de excelência que fiquei, digamos que… arrepiado, para não dizer pior, quando comecei a “esbarrar” com palavras redigidas em versão simplex: “adotar” em vez de adoptar (e notem bem como o “p” dá logo outra dignidade ao gesto); “atores” em vez de actores (que sem o “c” se tornam até mais… banais); e por aí fora… “espetáculo” sem “c” que passa a valer logo menos 5 euros no ingresso;
“atuação”,
“exatos”,
“ativa”,
“fato histórico”,
“infeção”,
“ativista”,
“exatamente”,
“projeto”,
"receção",
“ato”,
“direto”,
“concessão”…
Mas que raio de merda é esta?
Eu não me quero armar aqui em xenófobo, e muito menos quero ofender os amigos que tenho (e muito estimo!) espalhados por essa lusofonia fora… mas esta história do acordo ortográfico é mesmo uma cena que só nós nos podíamos dar ao luxo de permitir. Então cabe na cabeça de alguém que nós, os portugueses de Portugal como diziam os Heróis do Mar, tenhamos inventado (bem ou mal) uma língua e agora a deixemos “transvestir” com “aparadelas” oriundas de outros povos que a utilizam sem pagar portagem?!?!? Uma idiotice pegada… Se gostam, usem. Se não… que inventem uma melhor só deles. Não é?
O quê? É uma tentativa de aproximação da oralidade? Ah… ok! Então qualquer dia estamos a escrever como os putos fazem agora nos sms: “Kmé ppl? Táss? Bora krtir 1 nva linguagem?”. Um ultraje!
Para andar com parvoeiras destas, mais valia andarmos para trás e voltarmos ao tempo em que "phoda" se escrevia assim… com “ph”. Pelo menos era mais estiloso…
Que comédia!
PS: Honra seja feita ao Sousa Tavares (sempre ele! Pés bem assentes, cabeça no lugar, convicções à prova de bala, tiro certeiro) e ao Cutileiro, que mandaram as opções editoriais às urtigas e se mantiveram fiéis ao “old-fashioned portuguese”. Homens com tomates! Cada vez mais raros…
Mas que raio de merda é esta?
Eu não me quero armar aqui em xenófobo, e muito menos quero ofender os amigos que tenho (e muito estimo!) espalhados por essa lusofonia fora… mas esta história do acordo ortográfico é mesmo uma cena que só nós nos podíamos dar ao luxo de permitir. Então cabe na cabeça de alguém que nós, os portugueses de Portugal como diziam os Heróis do Mar, tenhamos inventado (bem ou mal) uma língua e agora a deixemos “transvestir” com “aparadelas” oriundas de outros povos que a utilizam sem pagar portagem?!?!? Uma idiotice pegada… Se gostam, usem. Se não… que inventem uma melhor só deles. Não é?
O quê? É uma tentativa de aproximação da oralidade? Ah… ok! Então qualquer dia estamos a escrever como os putos fazem agora nos sms: “Kmé ppl? Táss? Bora krtir 1 nva linguagem?”. Um ultraje!
Para andar com parvoeiras destas, mais valia andarmos para trás e voltarmos ao tempo em que "phoda" se escrevia assim… com “ph”. Pelo menos era mais estiloso…
Que comédia!
PS: Honra seja feita ao Sousa Tavares (sempre ele! Pés bem assentes, cabeça no lugar, convicções à prova de bala, tiro certeiro) e ao Cutileiro, que mandaram as opções editoriais às urtigas e se mantiveram fiéis ao “old-fashioned portuguese”. Homens com tomates! Cada vez mais raros…
-~
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Obs: O Acordo Ortográfico de 1990 já está em vigor em Portugal?
Obs: O Acordo Ortográfico de 1990 já está em vigor em Portugal?
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Sim. De acordo com o aviso n.º 255/2010 do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicado em 17 de Setembro de 2010 no Diário da República n.º 182, I Série, pág. 4116, o Acordo Ortográfico de 1990 vigora em Portugal desde 13 de Maio de 2009, data em que foi depositado junto da República Portuguesa o instrumento de ratificação do Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Sim. De acordo com o aviso n.º 255/2010 do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicado em 17 de Setembro de 2010 no Diário da República n.º 182, I Série, pág. 4116, o Acordo Ortográfico de 1990 vigora em Portugal desde 13 de Maio de 2009, data em que foi depositado junto da República Portuguesa o instrumento de ratificação do Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
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É a partir desta data, 13 de Maio de 2009, que começa a ser contado em Portugal o período de transição de 6 anos estipulado por lei, o que significa que 2015 é o prazo limite para a adopção oficial da nova ortografia. O art.º 2º da Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008, de 16 de Maio de 2008, prevê esse período de transição em Portugal, durante o qual "[...] a ortografia constante de novos actos, normas, orientações, documentos ou de bens referidos no número anterior ou que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou de qualquer outra forma de modificação, independentemente do seu suporte, deve conformar-se às disposições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa".
É a partir desta data, 13 de Maio de 2009, que começa a ser contado em Portugal o período de transição de 6 anos estipulado por lei, o que significa que 2015 é o prazo limite para a adopção oficial da nova ortografia. O art.º 2º da Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008, de 16 de Maio de 2008, prevê esse período de transição em Portugal, durante o qual "[...] a ortografia constante de novos actos, normas, orientações, documentos ou de bens referidos no número anterior ou que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou de qualquer outra forma de modificação, independentemente do seu suporte, deve conformar-se às disposições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa".
2 comentários:
Eu vou continuar a escrever em bom português. Acho ridículo ser a língua mãe a adaptar-se e não o contrário.
E sim, também gosto do Miguel Sousa Tavares.
Um abraço
Também não consigo escrever de acordo com o acordo(lol)e o Sousa Tavares claro,óbvio que não podia concordar com este malfadado acordo.
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