sábado, 4 de dezembro de 2010

O inimigo público

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Eu não sei se já viram este magnífico thriller do Tony Scott que me apanhou completamente de surpresa, quando nada dava por ele, numa tarde de “sofá surfing” há já uns anos atrás. Eu sei que o termo “electrizante” é muitas vezes utilizado em vão na promoção de filmes do género mas, acreditem, não há caso em que tenha sido mais bem empregue. É de cortar a respiração do princípio ao fim e nos deixar a pensar… muito!

Nos últimos dias, sempre que ouço falar no caso “Wikileaks” e neste rapazinho…


Lembro-me do “Enemy of the State” e da alhada em que o Will Smith se meteu, por mero acaso, e lhe fez a vida (ainda mais) negra. Então não é que a este jovem australiano lhe deu na bolha, mandado sabe-se lá por quem ou se por pura loucura, de criar um site que divulgou centenas de milhares de documentos “top secret” da diplomacia americana relacionados com temas tão “inócuos” como as guerras do Iraque e do Afeganistão? Assuntos tão “privados”, do foro tão interno como juízos de valor acerca de outros países com os quais se relacionam, alcunhas com que tratam outros líderes mundiais, planos e projectos de manipulação ficaram assim à distância de um clique e o Tio Sam (e não só… que a Portugal também tocou…) “com as cuecas na mão”.

Ouvi há dias um “testa de ferro” do “establishment” catalogar o episódio como “a mais terrível acção de espionagem contra a nossa nação em toda a história”.

Têm mau perder, estes yankees… Coisa para já terem fechado o site e instigado os cães da Interpol que por esta altura devem andar a esvoltear cada caixote de lixo dos becos deste planeta à procura do rapagão. Muito maus lençóis… Até já lhe arranjaram uma acusação por uma suposta violação na Suécia…

Não imagino como deve ter sido a vida de Julian Assange até aqui mas tenho a certeza que daqui para a frente é capaz de complicar. Se tiverem duas horinhas disponíveis… agarrem-se a esta pérola. São capazes de ficar com uma ideia mais clara do que vos digo.

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