Foi
uma final que o Benfica não mereceu ganhar porque não esteve à altura. É certo,
que como eu disse antes das grandes penalidades, não estivemos mal até então e
assim passámos à hora da roleta russa, depois do minuto 120, sem golos. Nas
grandes penalidades, qualquer um pode ganhar. Mas eles mereceram mais a sorte
que nós.
Foi
uma luta desigual porque ao Benfica faltavam pedras fortíssimas que deixaram o
tabuleiro a descair. Sem Enzo Pérez faltou-nos o cérebro no miolo; sem Sálvio,
castigado, ficámos sem a experiência e o rasgo de génio nos arranques do meio
campo; sem Markovic faltou o perfume e a magia de poder mudar tudo num lance.
Muito
desfalcados mas ainda assim, soubemos aguentar a pressão inicial e gerir o jogo
à distância. As melhores oportunidades foram nossas e Maxi não marcou porque o
instinto de Beto falou mais alto. Tivemos 2 ou 3 lances que poderiam ter sido
castigados com a sanção máxima a nosso favor mas o árbitro assim não o
entendeu. O ranking espanhol é um bocadinho mais alto que o nosso.
Nos
penalties fomos… portugueses. Num momento chave, num minuto em que é preciso
dizer presente!, num pico em que não se pode vacilar, trememos. Afundámo-nos.
Faltou-nos a força mental, a inteligência, a impetuosidade que haveremos de
lamentar toda a vida. As que não se conseguem… ficam na história. Perdem-se.
Agora
alguns cómicos que se dizem meus amigos (e até acredito que no fundo sejam mas
nestas alturas é tão difícil perceber isso) gozam o prato e falam na maldição do
Bela Gutman. Pois fiquem sabendo que eu quero é que o Bela Gutman e a sua
maldição vão para a raiz da puta que os pariu e ardam no mais profundo dos
infernos.
Para
mim, o que amolou isto foi a nossa maneira de estar, jogar e pequenina de pensar
aliada a uma Europa do futebol que não apita grandes penalidades a essa potência
do futebol que se sagrou campeã do mundo e da Europa e do raio que os parta.
Markovic foi proibido de jogar porque foi expulso contra a Juventus depois de
já ter abandonado o campo para ser substituído, ao ter protagonizado uma confusão
com Vucinic que veio a dizer que a confusão afinal não era com o sérvio mas com
Artur. A UEFA ilibou o atleta e enriqueceu-se a partida, zelando pelo desporto-rei?
É capaz de não.
Não
durmo com azia. Durmo com pena e desgosto de uma oportunidade perdida e da
maldade dos outros que não compreendo. Compreendo a insignificância. A maldade
não.
Agora
vem aí a Final da Taça de Portugal. É já ao domingo. E é para ganhar! (Coisa
que os nossos rivais diretos não podem porque ficaram pelo caminho).
Unai Emery, um pintas com ar de chulo, dois anos mais velho que eu. Adorei a gravata vermelha e as cotoveleiras a condizer. Um must. Que cabron! |
1 comentário:
Boa sorte para Domingo.
bom fim de semana
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