Este
texto que enviei através de mensagem a amigos de toda a vida (alguns dos quais já
não vejo há anos) no facebook, comecou a corporizar algo que parecia inimaginável
até agora, de tantas forças que se tinham de conjugar para se tornar possível.
Se há acontecimentos dignos da expressão “um sonho tornado realidade”, não
estou a imaginar melhor caso. Ainda têm coragem para dizer que esta rede social
não presta… Se a internet faz o mundo ser uma aldeia; o facebook faz o mundo ser
uma rua. Está tudo cá dentro!
Amigos e amigas, muito boa noite. É
um sonho meu de há muito tempo a esta parte mas deste ano é que não passa! Vou
reunir pela primeira vez num almoço a juventude que foi feliz na Beirã nos anos
80.
Num Alentejo rural e pobre, a nossa aldeia foi um caso raro que viveu dos serviços (despachantes, alfândegas, guarda fiscal) nasceu com o progresso (caminho-de-ferro) e morreu com o progresso (abertura das fronteiras na CEE). Isto tudo para dizer que fomos crianças e jovens felizes que cresceram sem saber o que era passar fome e o que era o desemprego.
Vamos celebrar
isso!
Não deixemos passar o tempo e vamos reencontrar caras que não vemos há anos. Apenas porque a vida assim o quis. Não vamos deixar que aconteça como com as gerações antes da nossa que vêem os funerais como um fenómeno agridoce, por quem sabem que partiu e por quem sabem que encontram.
O nosso reencontro é o mais próximo possível da data da padroeira da nossa freguesia. Será um almoço no sábado, dia 12 de Julho, no restaurante Sabores de Marvão, na antiga Casa Nicau. Coincidirá com as festas de Verão, organizadas pela UJA, presidida por um filho da terra.
As coisas têm de começar por algum lado. Se neste ano podem vir uns, para o ano vão vir esses e muitos mais. Será todos os anos a 16 de Julho ou no sábado da festa.
Usem as novas tecnologias, o facebook, os mails e as antigas como a conversa e o telefone para trazerem os amigos que se lembram e que gostariam de rever. Chamem todos os amigos de fora, das cidades e de todo o país que não vêem há anos e que provavelmente nunca mais veriam se não fosse assim. Embora seja destinado a este público-alvo, a malta mais velha que já era viva nessa altura, pais e restante família também cabe.
O nosso António Manuel Pereira Mimoso preside a junta! O nosso Tóqué já manda lá! Liguem para a junta 245992314 para dar o nome de quantos vêem da vossa parte: companheiro, companheira, filhos, filhas e amantes. Ou digam-me a mim por aqui mas centralizado é melhor.
Passem palavra!!!!!! Vamo-nos ver!!!!!
PEDRO SOBREIRO
A ideia já vinha a respirar e a dormir comigo há
algum tempo mas foi há dias, quando falei com um amigo dessa altura que não vejo
há anos, o Nuno de Caneças cuja avó morava junto à rua da padaria, que pensei:
deste ano não passa! Ou vai ou racha! Mesmo que sejamos apenas os dois, já vale
a pena. Mas até somos capazes de ser mais… Vai uma aposta?
Falei com ele através do facebook no telefone
porque tinha recebido um pedido de amizade de um Nuno Carrilho… Mas qual
Carrilho?!?!? Sem foto? Com uma foto do Cardoso a beijar a medalha de campeão?
Seria ele? E perguntei ao então desconhecido, sem foto identificadora, se a
soma dos elementos levavam à pessoa que era ele, um dos maiores benfiquistas
que conheço. E não é que era mesmo? Disse-lhe: “Grande Nuno! Que saudades…
Sabias que estive quase a morrer?”
E ele, que sim, que o Tómané o tinha mantido
sempre ao corrente de tudo. Disse-me que o seu primo Tó Zé (que já não vejo há
décadas mas que me que recordo bem do ar tranquilo e da gargalhada surda que
dava das minhas parvoeiras) também sabia e o informava e que esteve quase para
me ir ver a Alcoitão mas… foi ficando.
Nunca perguntou ao meu irmão porque era mais
puto que nós e não sabia se faria bem e foi ficando.
Mas de agora não passará. Daqui para afrente
não podemos deixar que passe. Quero conhecer e beijar os seus dois putos, quero
levar as minhas, quero que esta cena à “Amigos de Alex”, de pessoas tão
próximas que a vida tornou tão distantes e só se reúnem por um acontecimento trágico,
aconteça de verdade. Sem a morte de um, como o Alex. Onde andas?, O que fazes?
O que é feito de ti? E os berlindes que me roubaste? (E não vamos falar nos
livros de BD que te gamei… Pxxxiiiuuuu…)
Nos nossos tempos, tão próximos e tão modernos,
com tantos meios de estarmos ligados temos de evitar a crueldade desta
separação. Inexplicável, injustificável, inadmissível.
Os eventos depois da coragem intrépida que tem
de estar na sua génese, crescem, multiplicam-se, requintam-se, adornam-se,
embelezam-se.
Eu sonho viver a 12 de Julho um dos dias mais
felizes e revigorantes dos últimos tempos. Espero reencontrar uma parte da
minha infância… e de mim.
Ontem falei com a Mena Sacramento que ajudou a
solenizar este evento, colocando ao serviço desta causa a sua enorme expertise
nestas andanças facebookianas. Eu queria criar o que ela criou mas feito bornal
L, criei apenas
uma página. Página que se ela diz que é útil, pois que seja. Ficámos os dois os
anfitriões, (eu nomeei-a a ela, ela nomeou-me a mim) e temos de a alimentar,
pois por isso mesmo já lhe vou deitar esta saca de milho.
2 comentários:
Vizinhança, e os "putos" mais novos, tipo eu, podemos ir sem autorização dos encarregados de educação??? eheheh
Boraaaaaaaaaaaa!!!
Forte Abraço!
Eu e as minhas irmãs também fomos felizes na Beirã nos anos 80. Que boas recordações dessa terrinha que o meu querido pai me ensinou a amar! O meu pai era amigo do teu, o Luis Marques, neto da D. Guiomar.Sou um bocadinho mais nova que tu, mas talvez te lembres de mim (sou afilhada do Joaquim e da Batistinha Um beijinho, Marta Gaivoto
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