Nestas
coisas, cada um puxa sempre ao seu. Neste caso e desta vez, à sua. Pois a
minha, de todas, por tantas razões, é a melhor. Porque me fiz gente dentro
dela. Porque saí de dentro dela, para a vida. Que maior motivo poderia haver
para ser tão única para mim?
Sempre
tivemos uma convivência nada pacífica, bem longe daquela visão bucólica
mãe-filho que a todos encanta nos livros. Na minha opinião, porque
provavelmente é a pessoa mais igual a mim, ou melhor, aquela com que me pareço
mais. Por vezes, basta olhar. E sei que é recíproco.
Apesar
de já não ser capaz de chorar há muito, acho que desde que ia indo de canoa,
comove-me a alma ver o sofrimento que sabe-se lá porquê, tem carregado às
costas nestes últimos 20 anos, desde que perdeu o emprego, o companheiro de
vida e ultimamente, a saúde.
Que
posso dizer eu, o Pedro que desde pequeno te tratava sempre por Alzira
(Sobreiro), pelo teu nome próprio? Que tenho um orgulho enorme em ti, que sofro
muito por dentro quando te vejo menos bem (às vezes por coisas simples como as
que me contaste há pouco, à porta de casa) e que quero que saibas que vou cá
estar sempre. Sempre.
Graças
a Deus, tens muita vida pela frente. Tens quatro grandes filhos para ajudar a
criar (eu com as meninas; D. Mike dels Algarbs com os cachopos) e ainda há-de
haver tanto, tanto de bom por viver. Já no próximo sábado, em Idanha-a-Nova, na
Senhora do Almortão vamos ter uma dessas!
Estamos
por ti.
Beijo
grande,
Do
teu filho Pedro
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