O aparato foi, de facto, grande, mas... |
Quer-se dizer... o branquinho está a ficar bonito mas... convém não olhar nem para o granito, nem para o estado das janelas, se faz favor. |
Prontos, eu não estou a olhar! |
Tão pitoresco! O ferro também está magnífico e num avançado estado de deterioração, a fazer lembrar o ferro forjado das janelas da casa do governador. :P |
E as janelas? Parecem tão antigas... Olha, como Marvão! |
A
minha “casa” está a ficar bonita. Com um “novo” telhado (de telhas demoradamente
limpas, uma a uma), no qual trabalham há coisa de 1 ano (se não está lá, anda lá
muito perto, incluindo o tempo das chuvas com longas e demoradas paragens, uma
vez que começou para aí em Outubro/Novembro) está agora numa fase de pinturas e
acabamentos.(?)
Como
o edifício foi mandado contruir (recuperar) pela câmara para dar guarita aos serviços
públicos no tempo do presidente Andrade; é à autarquia que cabe a sua gestão. O
piso superior, onde se localiza o quartel da Autoridade Tributária, na qual me
incluo, diz respeito ao Estado Português mas há sempre uma supervisão do espaço
pela autarquia, até pelas habitações que tem alugadas no espaço das águas
furtadas (3º Piso) a particulares.
Como
perguntar não mesmo custa nadinha, quis saber qual era a empresa que estava a
executar os ditos trabalhos.
-
“Ah… é da empresa do rapaz que era sócio do vereador mas teve de fundar uma
nova porque senão não se podia candidatar aos concursos.”
-
“Ah… Estou a ver…
E
então não acha que antes de pintar se deveria recuperar o símbolo do Brasão que
dá nome à casa, por exemplo? Nem que fosse uma lavagem, porque embelezava muito
e dava uma dignidade que assim não tem?”
-
“Pois… mas isso era antes de ser pintado”.
-
“Ah… pois bem.
E
as janelas não poderiam ser também recuperadas? Desempenadas? Lixadas?
Pintadas?
E
o granito das varandas não poderia ser tratado, limpo, recuperado?”
-
“Epá… sim, mas a empresa já está a fazer assim… Isso era antes de se pintar.”
“???
Pois… se calhar tem constrangimentos financeiros/logísticos que a gente não
domina não é? E assim vai…”
Coisas
que se estranham aqui em Marvão… Há tempos, antes e para o 25 de Abril, os
funcionários do município pintaram e recuperaram os mastros das bandeiras, que foram
lixados e pintadinhos da melhor forma que sabem fazer, mas deixaram as grades
que estão à sua volta no mesmo mísero estado em que estavam. Como tal? Sem
supervisão, só pode!
A tinta pintou o mastro, Mas não chegou para a grade, A tinta pensou para consigo: Vamos embora que se faz tarde! (Poesia inspirada na lírica condomíniana de mestre Hélio Lobato, a.k.a. sempre brilhante Ricardo Araújo Pereira aqui.) |
Coisas
que fazem lembrar aquela anedota que o meu santo sogro com graça conta por
vezes, quando calha:
“Ó mãe: tomo banho ou meto perfume?”
Isto
mais me parece que é um vestido “lindo” que se quer vestir à menina, com as
orelhas cheias de cera e encardidas.
Não
poderia tudo ser tão mais simples, tão mais liso, tão mais tudo às claras, como
se não nos tomassem por uns tansos que comem e calam?
Pensando bem, os fungos e o verbete no brasão dão-lhe um ar mais antigo ainda. Muito Marvão! |
Tá bom! |
Eu,
Pedro Sobreiro, cidadão do mundo que vive num estado de direito democrático,
sem cadastro e com telhados que bem podem ser de vidro porque em nada me
envergonho de passear como vim ao mundo, aqui me confesso e questiono porque a
palavra é uma arma e a cidadania deve ser vivida de pleno direito.
1 comentário:
Caro Pedro
Contactei hoje com o blogue porque andava à procura de informação sobre a designada Casa do Brasão da Rua Dr. Matos Magalhães em Marvão.
Pelo blogue (post de 1 de Maio de 2015) soube que estava lá instalada a repartição da AT e que o Pedro era lá funcionário.
Assim, apesar de saber que anda atarefado com as eleições autárquicas (e o Benfica...) pretendia que, caso tenha conhecimento, me desse alguma informação sobre o passado do edifício nomeadamente a que famílias pertenceu e quais as que se encontram representadas no brasão (onde me parece figurarem as armas dos Vale e dos Coelho, será?...) Outra possibilidade é disponibilizar-me o contacto de alguém que tenha esse conhecimento.
E isto porquê? Porque em 2016 estive em Marvão, no Encontro Nacional dos Sócios Aposentados do STI e, sendo colaborador externo do Sistema de Informação do Património Arquitectónico (SIPA/DGPC), fotografei o edifício e agora, quando iniciei a organização das fotos, não consegui encontrar elementos sobre ele.
Com o meu pedido de desculpa pelo incómodo, aqui vão os melhores cumprimentos.
João Almeida
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