sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Santo António das Areias: Regresso ao futuro XXI


Bem a hora... já começavas





O Município de Marvão apresentou há dias, na sede do GDA, as propostas de intervenção urbana previstas para Santo António das Areias e Marvão.

O vosso Tio Sabi... não podia faltar, claro está!

Se mexe com a minha terra, mexe com a minha vida e a dos meus, e eu quero estar dentro.

Este projeto urbano de acessibilidade e inclusão social da aldeia tem como principal objetivo melhorar a mobilidade pedonal do “espaço” constituído pela Av. 25 de Abril, Av. Dr. Manuel Magro Machado, Praça de S. Marcos, Largo Ricardo Vaz Monteiro, ao abrigo do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) e ainda, a intervenção ao abrigo do Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU), do Largo D. João da Câmara.

Com este projeto urbano de acessibilidade da vila de Marvão, diz o Município que pretende criar também percursos pedonais acessíveis, marcar meios auxiliares de deslocação para deficientes visuais, melhorar a acessibilidade aos miradouros e Castelo, requalificar os Largos do Pelourinho, Calvário e de Santa Maria, construir um elevador de acesso à Torre de Menagem, e reformular a rede de painéis/ mupis informativos, ao abrigo dos planos PAMUS e PARU.

O homem até brincou com o nome do projeto -"Marvão para Todos", gracejando que foi pioneiro e os que vieram a seguir lhe deveriam pagar direitos de autor. Brincalhão...

Mas eu, assim que vi a engenheira responsável pelo projeto falar, dei logo a minha iniciativa por feliz e o tempo por bem empregue. Ligada a projetos de sucesso no norte do país, quis trazer até nós a sua visão de mudança.

Aqui, permitam—me que vos traduza a minha visão, será um luta entre os velhos do Restelo, de Santo António dos anos 60, quando João Sequeira estava em estado de graça, e a SAA do Século XXI. Menos carros, sentido único, mais passeios, mais mobilidade, mais esplanadas, mais espaços verdes, menos alcatrão, menos monos e lixo urbano. Numa só palavra: melhor.

Os meus parabéns ao Município de Marvão, por ter tido a inteligência (!) de se ter rodeado dos, está mais que visto, melhores.

Faz—se assim um liffting à nossa aldeia, por mãos experientes e espíritos argutos que sabem tornar tudo mais habitável, sustentável a nível do desenvolvimento e assim, candidatável.

Vocês conhecem o vosso Tio Sabi, o pistoleiro insolente que elogia tudo o que acha bem, mas dispara sobretudo o que está mal; sem medos, sem pejos, de peito aberto!

Se a Câmara fez bem em pensar nisto, em quase tudo o resto de hoje... só fez asneira. Tiros nos pés que só me fizeram rir por dentro e dar graças a Deus por me ter dado o discernimento para abandonar a jangada conduzida por este sujeito, pelo meu próprio pé.

Não mandou colocar em teste os equipamentos de projeção a tempo (manhã/toda a tarde) e a equipa que agora o leva ao colo (Fortificar Marvão com a total anuência da Casa Do Povo Saa) teve de estar a ultimar tudo em cima da hora. Cima da hora não! Muito passada da meia hora...

Disse ele que o atraso era de meia hora académica, "muito usual nos acontecimentos por aqui", segundo avançou. Não sei se cursou a engenharia que diz que tem, na Universidade do Relvas e do Sócrates, mas a estes timings eu chamo... suicídio, displicência, bandalheira.

Marcar uma apresentação para as 6 e meia, deixar derrapar com os computadores e outros atrasos para as 7h, e depois dar largas ao seu natural discurso verborreico sobre tudo e sobre nada, como sempre de cada vez que tem umas dezenas de pares de olhos em cima dele... é obra!

E eu só pensava... que bem fiz! Já não aturava este tom monocórdico, sonolento, irritante, há anos! Por isso é que não frequento as assembleias municipais, que até me interessam muito e tanto lamento isso. 

Pensei para comigo que para se ser capaz de lidar com esta forma de viver e fazer política na equipa deste senhor, para se ser pactuante com toda esta forma tão desarticulada de comandar, um tem de ser:

a) um grande amante do € que lhe cai de mão beijada, sem suar muito para isso;

b) igual ou pior, porque isto deve envergonhar. E muito.

Por isso há os uns... e os outros.

Como dizia o bom do Orwell... os animais são todos iguais mas uns... são mais iguais que outros.

E como defendia sempre o meu jovem velho Dai: cada um... é como cada qual. 

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