George Floyd 14 de outubro de 1973 – Minneapolis, 25 de maio de 2020 Same age as me Meu quinto Um mártir |
A forma como o genial e desconhecido Banksy viu toda esta tragédia... O motim a pegar fogo à Union Flag (Stars and Stripes) |
Desta
semana que passou, o Professor Martelo Savimbi (ao melhor estilo Marcelo Presidente,
ou mesmo Marques Pendes) seleciona dois acontecimentos para comentar, um a
nível internacional e outro, ocorrido entre as fronteiras cá do burgo.
O
primeiro é a terrível morte de George Floyd em Minneapolis, Minnesota, a 25 de
Maio, captada em primeiro lugar pelas câmaras de segurança da rua onde
aconteceu, e pelos smartphones de muitos transeuntes que chocados com a cena de
verem quatro gorilas azuis, em cima de um homem no chão que não oferecia
qualquer resistência, não conseguiram resistir a captar.
Esta
excelente reportagem do New York Times explica que tudo começou porque um homem
negro de proporções avantajadas, com um estado de embriaguez notório, pretendeu
adquirir tabaco com notas que pretensamente seriam pouco credíveis, e fizeram
despertar a desconfiança do proprietário que chamou as forças de segurança.
Houve um primeiro contato deste quando se deslocou à viatura, voltando ao
relacionamento com o suspeito, e logo após… todo o circo se foi montando.
Tudo
isto é incrivelmente difícil de explicar a uma filha de 10 anos, ainda para
mais num mundo tão avançado como nosso,
onde a tecnologia chega praticamente a todo o lado, e o homem continua a
investir na conquista espacial…
É
importante que se frise que Foyd nunca teve qualquer atitude mais agressiva, de
revolta, ou que revelasse que seria difícil de domar. Houve ali uma falha de
cobertura, em que as câmaras não captam muito bem, mas houve uma queda do
visado, provavelmente provocada pelo seu estado de alcoolemia, e depois, como
diz a reportagem, há ali fortes pressões nas pernas, no dorso, e sobretudo no
pescoço, com um joelho a fazer pressão durante tempo a mais… (8 minutos e 46 segundos) enquanto, Floyd diz que
não consegue respirar, chama pela mãe, nem gritar consegue… até que o sangue
deixa de oxigenar o cérebro convenientemente, e o fim dramático ocorre. Na fase
final começa a espumar pela boca, deixa de oferecer qualquer resistência, e tem
uma paragem cardíaca frente às câmaras, tornando-se numa verdadeira pietá
moderna.
Tão
duro de ver, mesmo em imagens já tratadas, mas ainda assim, verdade. A triste
verdade.
(Toda a reportagem com imagens reais)
Claro
que a reação foi do mais violento que se pode imaginar, e não se viam
manifestações de revolta tão fortes desde o assassinato de Martin Luther King
Jr., a 4 de Abril de 1968. Negros e brancos inteligentes deram as mãos e saíram
à rua, um pouco pelo mundo inteiro, manifestando a sua revolta pelo sucedido.
O louco orangotango de esfregona na cabeça do Trump ameaçou pôr “milhares e milhares de soldados fortemente armados” na rua para travar protestos, e a verdade é que a coisa esteve feia. À exceção de cenas de filmes de ação, nunca esperei ver prédios a arderem nas zonas circundantes à casa branca, por fogo posto pelos civis revoltados, e os serviços secretos não tiveram outra solução que o enfiar no buraco subterrâneo da casa branca, porque os cerca de mil manifestantes que se concentraram de frente à sua residência, gritando palavras de ordem e ateando fogos, numa altura em que Washington registava confrontos violentos noutras partes da cidade, estavam desertos de mais.
O que se passa é que dos 328 milhões de habitantes dos Estados Unidos, apenas
12% são negros, abaixo dos 15% dos hispânicos, e estão muito longe da
supremacia branca descendente de europeus, que anda na ordem dos 70%, e é, de
longe, a raça/etnia dominante, responsável por manifestações menos KKK felizes
por aquelas paragens. Ou seja… muito pode dar em nada.
Agora que o mundo já viu, e confirmou tudo aquilo
que já sabia de cor e salteado; internamente, tudo poderá mudar.
Os efeitos desastrosos do Covid 19, aliados e
potenciados na forma absolutamente displicente como a pandemia foi tratada nas
terras do Tio Sam pelo seu presidente, juntamente com esta agravante mediática,
podem comprometer a recandidatura de Trump à Casa Branca e oxalá!
O grande problema é que do lado democrata em vez de haver um candidato forte, jovem, galvanizador, temos um avozinho Joe Biden que… soa sempre a segundo do Barak Obama.
O acontecimento por cá, embora de
muito menor importância e quase que de rodapé, surge porque não quero deixar
passar o assunto, e tem a ver com a brutal incompetência do meu Benfica, que
mostrou com estrondo a sua incapacidade de aproveitar a derrota inesperada do
Porto frente ao Famalicão, por 2-1 para os que jogavam em casa, na quarta, dia
3 do 6.
Completamente aparvalhados, sem
fio de jogo, sem rasgo de génio algum, os meus foram capazes de desperdiçar as 2
ou 3 oportunidades flagrantes para marcar, e assim ficaram pelo nulo frente ao Tondela,
em casa! que… tudo compromete e nos volta a colocar dependentes dos resultados dos
azuis e brancos, coisa que antigamente seria impensável, porque até seriam certamente
capazes de comerem a relva!
Se tirarmos o facto de todos
terem a natural falta de ritmo de jogo devido à recente pandemia, e de haverem
ali jogadores que não têm qualidade para vestiram aquela camisola (quanto mais para
correrem com ela e serem pagos para tal!!! Esfero quê?!?!? Dyego quê?!?!?),
também é por demais óbvio que o Bruno Lage está a mais, por não lhes conseguir
já falar para o coração, e sobretudo para a cabeça.
Os episódios que se seguiram dos apedrejamentos são mais uma prova mais do que evidente que merda... há em todo o lado e aqueles energúmenos gostam tanto do Benfica como eu de levar porrada. Senão, quem é que lhes diz a eles que é batendo à mulher que se faz com que goste muito mais deles?
E porque é que nos metem em 1º... se se acabasse agora, ficaríamos era em segundo? |
Se bem que... alguém já conseguiu provar que os homens eram mesmo dos nossos?!? Estava aí uma bela partida...
Ainda falta muito campeonato e
nós, de certezinha, que ainda vamos perder mais pontos, por isso, coração ao
largo e que seja o que o tal quiser.
Carrrrrrrrrrrreeeeeggggaaaaaaaaaaaaaaa…
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