Como se
esta terrível época que ‘ora cessou,
Não
fosse já suficientemente má que chegasse,
Ainda
precisávamos de uma notícia destas,
Para que
o meu coração rebentasse.
Depois
do bom, íntegro, coerente, bem falante Vitória,
E da inesperada
lufada de ar fresco (que vingou) do Lage,
Eu nem
queria acreditar nas notícias,
Que davam
como certo, o regresso deste Bocage.
De tanto
treinador no mundo,
Até com valioso
passado benfiquista, que poderiam ir buscar,
Voltaram
a meter as mãos na merda,
Para um
machado de guerra irem desenterrar.
Eu já
fui muito do Jesus, confesso,
Quando o
fomos buscar ao Braga, no final de década passada,
E montou
um “rolo compressor”,
Que levava
tudo à frente, e cilindrava “com nota artística”.
Mas os
anos foram passando,
Os erros
na bola, nos gestos, no pretuguês,
Foram
destruindo a imagem,
E o
fascínio que tinha pelo maltêz.
Nesses 6
anos (2009-2015), para as super equipas que tiveste,
Apenas 3
campeonatos, uma taça, uma supertaça, e as tacinhas da liga,
Não são
motivos suficientes, quanto a mim,
para te
idolatrarem e irem buscar, outra vez.
Saviolas,
Aimares, Javi Garcias, Davides Luízes,
Luisões,
Preud Hommes, Micolis,
Com a
melhor fruta pudeste contar,
Mas nem
mesmo assim nos conseguiste levar ao altar.
O sonho
da tal prova europeia,
Que nos
faria voltar a ser respeitados (no continente do futebol),
Caiu
perante Chelsea (12/13) e Sevilha (13/14),
Deixou-nos
antes tristes, adormecidos, esquecidos.
E repara
bem que já nem falo,
Nos
valores das nossas escolas, que deixaste voar (Bernardos Silvas e afins),
Para
incentivares grande contratações,
Onde
certamente deves ter estado a mamar.
Os
outros, os pobres, antes de ti,
Tiveram
de jogar com o que tinham,
Inventando
laterais e avançados,
Desenrascando-se,
e mesmo assim… venciam.
Mas para
ti, o bom do Vieira,
Sonhando
já com as eleições,
Promete
equipas de sonho,
Para
arrasar todas as competições.
Pois eu
cá não me esqueço,
Que de
ti, nunca gostei, apenas aceitei,
E se na
brinca, reinava,
Era
porque cumprias, e eu aí, tolerava.
Mas de tudo
nunca jamais hei-de esquecer,
Quando
no final do contrato,
Aceitaste
ir para o Szeborten,
Só para
gozares o prato.
Se és
profissional e te pagavam,
Apesar da
coerência não o aconselhar,
Que
poderíamos nós fazer, senão aceitarmos,
O futuro
que o Deus Mendes te iria reservar.
Mas a
imagem de ti a cantares,
o hino,
no estádio, para a bancada cheia de lagartos,
É uma visão
de horror, que me há-de sempre acompanhar,
Nos anos
mais próximos, estou certo.
Essa
imagem, e a de joelhos, em pleno estádio do dragão,
Depois
de perderes o jogo, o tino, e o campeonato,
Hão-de
sempre acompanhar-me,
Por mais
que viva, estou bem certo.
Hoje, entre
o Kadafi e o maestro,
Chamaste
a pedir união,
Mas
sabes bem que isso é coisa impossível,
Porque
há outros, como eu, que ainda têm coração.
Com o
que te pagam e o que te darão,
Quero
que metas a equipa a jogar, e possamos ter prazer,
Mas já
sabes que de amor por ti,
Nunca me
hás-de ver morrer.
Gostava
muito de ti,
Enquanto
humorista do facebook (JJ Bóce)
Mas espero
que me faças agora rir mais,
De
prazer, e não de outra coisa que fosse.
O
Benfica é a grande paixão futebolística, de toda a minha vida,
Dali não
mudo, esteja quem estiver,
Mesmo apesar
que regressos tão maus quanto o teu,
Possam
eventualmente acontecer.
O teu
maior mérito recentemente,
é teres calado
com bofetada de luva branca,
Quem
sempre apostou que se saísses daqui,
Nada
irias conseguir, de certeza.
Pelo
contrário, foste ensinar os brasileiros,
A jogarem
à bola na terra do seu coração,
Ajudaste
o flamengo a vencer copa,
E saíste
de andôr sobre a multidão.
Boa
sorte para nós,
Espero
que cumpras o que prometeste,
Faz-me
calar, dobrar, torcer,
Afinal, foi
para isso que vieste.
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