sábado, 1 de agosto de 2020

Ainda (e sempre) o ódio


Lendo as notícias de dia 29, recordo com tristeza que Bruno Candé, ator, de 39 anos, pai de 3 filhos, foi assassinado no sábado, dia 25/7, em Moscavide, por volta das 13 horas, por um homem de 76, que antes o brindou antes com "preto, vai para a tua terra!", "volta para a sanzala!", ou "vou violar a tua mãe!".


Este é o nosso país, em que um homenzinho que combateu por ele no ultramar, nos 60 se início dos 70s, se acha no direito de tratar os de cor diferente da sua, menos homens que ele, e que, achando-se superior, se encontra no direito de ofender a sua mãe, a cadela que o auxiliava após o grave acidente que sofreu de bicicleta (que o deixou com graves sequelas físicas), e ainda por cima, de lhe tirar a sangue frio, o bem mais precioso que tinha, a sua própria vida.


Este é o país que temos, e merecemos!


Certamente passará por lá o resto da vida, mas até acho que consigo imaginar os elogios com que será recebido por uma certa comunidade.


Lá comerá, terá teto, roupa lavada, assistência, e ócio que eu lhe pagarei com os meus impostos.

Às vezes tenho tanta pena de viver numa sociedade que se diz desenvolvida (onde?!?!?), e num Estado de direito (mais torto que isto?)


O medo das más utilizações e aproveitamentos, faz-me temer o regresso da ancestral "Lei de Talião", do "olho por olho, dente por dente". Mas raios! Como me custa pensar que talvez assim, pudéssemos afastar estas mentes criminosas de vez!


O "quem mata, morrerá", pelo menos, seria inibidor, e um travão à loucura reinante.


O Bruno era católico. Paz à sua alma. Que esteja em paz...



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