domingo, 31 de janeiro de 2021

A pen azul

( aka. A versão moderna do lápis azul, ou a censura dos nossos dias)



Prontos, agora estou mesmo completamente recontra-f@dIdº!!!!!!!

 

Só porque quero, e para quem ainda não perdeu o hábito de vir por estas paragens (o que é cada vez mais difícil, atendendo à oferta digital massificada que surgiu com o facebook… sim porque este blogue é anterior a esse boom, quando essa rede ainda não era conhecida!), vou contar o que me aconteceu, que foi, no meu entender, nada demais, mas que acabou por ter repercussões terríveis.

 

O Facebook, expulsou-me!!!!!!!!







É certo que foi temporariamente, é verdade que foi apenas… primeiro por dois dias, pena à qual não liguei, mas depois por mais 5!!!!! E isso já me está cá a deixar com os nervos em franja!!!!

 

Não sei se vocês estão a ver bem o que isso implica, e a força que esta rede tem nos nossos dias mas… estando nesta condição, eu deixo de ter o mundo todo, os amigos com quem costumo me relacionar, que ficam assim longe daquilo que eu penso, digo ou faço. Perante isto um gajo mirra, condenado a uma ostracização inexplicável e dantesca.

 

Meia volta, volta e meia, o Pedro vai ver de uma coisa qualquer ao telefone (até pode ser as horas, uma mensagem, ou quem sabe, fazer ou receber uma chamada (que é afinal, aquilo para aquilo que servem, que quase já nem nos lembramos), que quase que de forma inata… os dedos fogem para o f a azul, vê uma publicação qualquer de um amigo que quer comentar, esquece-se… vai disto e PIMBA!!!!!! Leva uma tapa nas fuças a dizer:

“NÃO PODES PUBLICAR OU COMENTAR, DURANTE (a última foi por) 5 DIAS, PORQUE 3 DAS TUAS PUBLICAÇÕES ANTERIORES NÃO RESPEITAVAM OS NOSSOS PADRÕES DA COMUNIDADE:

19/12/2020

17/01/2020

28/01/2020

 

Porra!!!!!!

 

Quem acompanha a minha pegada digital, neste blogue, ou por lá, no facebook, sabe bem que não sou de utilizar o vernáculo na minha linguagem, nem de publicar imagens sórdidas que não se coadunem com o meu papel na sociedade de marido, pai de duas mulheres, e funcionário da Autoridade Tributária. Posso ter a minha panca, que sei que tenho, mas é sempre tida dentro dos limites do aceitável pelos outros, sobretudo quando me mexo em circuitos públicos.

 

Esta pena é estranha sobretudo, porque não utilizo vernáculo algum, enquanto estrelas como o J.J. Bóce, enchem as suas publicações de fdps, crlhes, fdsssss a torto e a direito! Não é justo! Só porque os americanos não conseguem perceber onde é que está a asneira aqui, mas percebem logo num rabo tapado que é um cú, mesmo com uma tira a tapar e apenas sugerido!!!!) Estou chateado, prontos! Marco Zucas, vaitó crlhes!!!!! (dissimulado como diz o Jota. Vá, mete lá os teus revisores linguísticos a dar a volta a isto tudo, vá! Tadinho…)

 

E o que é que fiz de mal, perguntam vocês em coro?

 

Publiquei, nem sequer foi num post meu, mas no comentário a um amigo (o Monsieur Roldão, tinha de ser) sobre as recém realizadas eleições presidenciais, a capa e contracapa (duas imagens em trabalho artístico do magnânimo vocalista) de um disco que comprei na saudosa Flock, do Fontedeira, em Portalegre, da banda “Ena pá 2000” liderada por aquele que é o meu eterno candidato às presidenciais: o músico, pensador, artista plástico, filósofo Manuel João Vieira, também conhecido por Lello Marmelo, ou Lello Minsk.






Pois são imagens relacionadas com a capa e contracapa deste disco cuja descrição está aqui, que é absolutamente bestial, e que ouvi inúmeras vezes, como vocês podem fazer  aqui na íntegra. Delicioso! 

  

As imagens podem ser sugestivas (embora isso dependa do imaginário de cada um) mas não mostram um seio, uma vulva, um falo, um ânus, ou seja que parte íntima do corpo humano for! Essa é que ele é essa!

Mas ainda assim, os sacanas dos novos PIDESCOS DIGITAIS DO FACEBOOK, meteram o vosso tio Sabi de castigo, apesar desta arte gráfica da obra ter passado na Sociedade Portuguesa de Autores, e ter estado à venda na montra, como ainda está, das melhores discotecas deste país.

  

Pois apesar disto tudo, deixaram cá o mangas a prender o burro, e não pôde comentar… olhem, por exemplo que me lembre, a feliz e até inesperadamente tranquila passagem do Benfica às meias finais da taça de Portugal, a entrada na reforma da minha jovem e bonita prima Fátima Mota (que sei leitora deste pasquim, porque já mo confessou, para grande gáudio meu), manifestar o meu pesar pelo óbitos inesperados do Sr. Oliveira (sempre muito cordato e afável comigo) ou do Prof. Mascarenhas que recordo do tempo de liceu; comentar o desempenho desportivo deste ou daquele amigo, a brincadeira deste ou daquele outro, um ou outro aniversário…

 

Poder ver e não poder comentar coloca-nos assim numa espécie de redoma de vidro asfixiante, onde podemos ver o que está à nossa volta… mas não interagir, o que se torna extremamente desagradável e penoso, mesmo.

 

Se é bem verdade que a internet tornou o mundo numa aldeia global, o facebook potenciou essa proximidade de relações e transformou-o no nosso bairro virtual, onde assim que lhe acedemos, temos à nossa frente senão todas, claro está, pelo menos muitas das pessoas de que gostamos, mesmo que estejam separadas de nós em muitos quilómetros, e mesmo que não as vejamos há anos. Desde que se globalizou e chegou aos telefones, a dimensão digital e virtual ganhou uma força assombrosa nas nossas vidas. Pelo menos até onde a deixamos chegar.

Eu utilizo-a maioritariamente ao final do dia, sempre para passar um bom bocado, e me relacionar com quem gosto; já a minha mãe, por exemplo, que vive só, recorre muito a ela para combater a solidão e se sentir sempre acompanhada, quando não está a viver a vida real, e a fazer as suas coisas.

A verdade é que seja de que forma for, o facebook faz falta. Pelo menos, a mim faz. Até que surja uma rede substituta melhor, esta é a minha, à qual pude regressar há minutos.

 

Ora pois, como no facebook mandam os P.I.D.E.S. do Mr. Zuckerberg, que ainda por cima nem sequer me deram direito de alegar fosse o que fosse em minha defesa; no blogger onde habitualmente escrevo, mando eu!!!! Aqui sou responsável, e respondo por aquilo que publico! Posso pois dar larga a tudo o que queira sem o bafo sórdido dos censores virtuais à minha volta, que me penalizaram por publicar fotos que até as autoridades nacionais deixaram sair!!! Assim para os fintar, irei aqui publicar as tão lesivas imagens que me amolaram, de facto, para que vejam como tenho razão.

 

Vamos ver se os cabrões têm a navalha tão afiada que me perseguem até aqui. Se assim for… MEDO!!!!!! Que sociedade é esta que estamos a criar? Até onde podem estes gajos e estas forças chegar?

 

O vosso tio, está, como sempre, de consciência tranquila. Siga!




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