segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Cantando ao menino, sob a égide dos reis do oriente, com a força lagóia genuína

A extraordinária manifestação dos "Lagóias", que desconhecia e tanto me encantou

Ontem aconteceu o último concerto de Natal, deste ano que passou, promovido (e aqui, os louros têm de lhe ser entregues) por esse extraordinário impulsionador da fé, e já da nossa terra, Marvão, que é o padre Marcelino, que em graça, nos caiu nos braços.

Cantavam os "Lagóias", e eu sabia que de cante se tratava. Levei a minha tia namorada à missa antes, e estava muito longe de esperar a qualidade do espetáculo temático, mini—espetáculo, segundo eles; com que iria ser brindado. Segundo explicou o seu diretor, prof. Domingos Redondo (soberba voz), com espírito e brilhantismo, parece que esta forma de cantar é um exclusivo do baixo—alentejo e não é nossa. Por suas palavras explicou que: sim, a gente também é de além—tejo, também gostamos de dar à goela e estamos dispostos a ir contra preconceitos e opiniões contrárias. Por isso, enquanto a gente puder, têm de nos gramar.


E que prazer... Dei por mim de olhos fechados, a saborear aquele coro de vozes de machos, vividos, sabidos e... aquilo era o Alentejo ali à minha frente: à planície, a saudade, o sol, o calor, e o Natal do Deus Menino feito gente, personificado no Príncipe da Paz.

Numa palavra... Deus é amor. E eu senti—o tanto ali.

Bem hajam. Foi único. Ganharam um fã.


(Aqui, no hino à minha santa padroeira, Nossa Senhora do Carmo. De arrepiar.)

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Fico sempre emocionada de cada vez que oiço o cante alentejano, gosto mesmo muito.

O meu pai, com toda a certeza, ficaria muito vaidoso de ver o sobrinho - Domingos Redondo - a cantar desta maneira.

Um abraço, que o ano de 2017 lhe traga muitas alegrias e saúde.