Este
post contém também… completamente grátis, a fórmula mágica do tio Sabi para
desmontar a trama que está montada, ou o tratado para terminar com este
reinado, de vez.
Nota prévia, mesmo
a primeiramente prévia: Todos os que se colocam à votação, passam a ser figuras
públicas e, como tal, sujeitos a apreciação por terceiros, onde me incluo. Quem
expõe o rosto em praça pública, e se submete a votos, não pode ter apenas a
ambição de poder estar à frente dos destinos da terra, de ser melhor remunerado
por isso. Está aberto. E aqui, o Drocas, não fala nas costas, não diz por trás,
não conspira em silêncio. Dá a cara, abre o peito às balas, nada teme porque,
fala a sua verdade. É certo que é a sua. Mas quem é que quer andar a dizer a
verdade dos outros, em praça pública? Eu cá, não!.
Nota prévia 2: Antes
de mais, quero parabenizar os vencedores, e desejar-lhes as maiores felicidades.
Naquilo que achem que eu possa ajudar, contem comigo. A falar, tudo se faz.
Intróito:
Não é que eu tenha de o fazer. Provavelmente, quase com toda a certeza, era
preferível estar a ver um dos meus programas favoritos na televisão; um filme,
que adoro; ou a ler uma das muitas revistas que tenho para ali, com olhos de
ver (algumas compradas, e colecionadas, à espera de tempo para o fazer), mas…
não era a mesma coisa.
Muito
provavelmente, pela minha forma de pensar e, de escrever, estarei longe de
gerar consensos, e de ser uma pena fácil, mas… é a minha maneira de ser, e
quanto a isso…
“Possa
Pedro! Bates em todos! Qualquer dia ninguém te topa…”, diz quem está intitulada
porque me quer bem. Eu penso nisso, e deveria arrear, mas não consigo. É mais
forte que eu. Antes prefiro viver com toda a força, e como acho que o devo de
fazer, do que viver aprisionado de conceitos e lugares comuns. Eu sou é livre!
Já
deixei há muito tempo de me preocupar, se terei um funeral cheio, daqueles
grandiosos, com as ruas repletas de gente. Para já, nessa altura, já cá não
estou. Depois, é em vida, por vida e para a vida, que se devem fazer as coisas.
E eu nunca quero deixar nada por dizer.
Não
quero que este Pedro fique como o meu antecessor, o cruel, que mandou arrancar
o coração à sua “amada” Inês. Mas gostaria que fosse sempre recordado, quando
um dia já cá não estiver, como aquele que nunca quis crescer, porque, sempre
transbordou a sinceridade, e a pureza de uma criança. Quando gostava, chegava a
adorar. Quando não gostava… não era agradável de se estar próximo.
Já
olhei, li e reli; equacionei e calculei, os resultados eleitorais. Como sei que
jamais hei-de conseguir agradar a gregos e troianos, e como jamais farei
concessões a mim mesmo, digo, com verdade, com sinceridade, e com clareza,
aquilo que se me parece.
A
história, a minha história, a nossa história, no “Marvão para Todos” já foi por
aqui, pela internet (http://marvaoparatodosmovimentoindependente.blogspot.pt/http://marvaoparatodosmovimentoindependente.blogspot.pt/,
diversas vezes, explicada, escamoteada, exposta.
Sempre
fiz parte deste movimento com grande consciência, e envolvência, embora com
menos convicção desde que os meus pares, por maioria, através de votação
interna, decidiram seguir um rumo isolado, em direção ao nosso propósito maior:
a Câmara Municipal. Creio que tenho um conhecimento considerável sobre a forma
de muitos marvanenses pensam, formada muito pelos já largos anos em que os
conheço, e perante eles trabalho. Sempre soube da força como se movem, os
partidos neste nosso tecido. Sei que muitos marvanenses são de uma cor
partidária, como são da cor clubística, sem saberem muito bem porquê, de uma
forma dogmática e absoluta. Sempre
defendi que a oposição espatilhada, só serviria quem lá estava já. Creio que
não sou um idiota, um iluminado com uma forma de pensar situada a anos-luz dos
demais, nem é preciso. Não é necessário um gajo ir daqui a Nova Iorque tirar um
mestrado numa merda qualquer, nem ir a Londres aprofundar algo já adquirido,
para se saber isto. Também nunca tive laivos de Zandinga, mas isto sempre me
pareceu, que ia cair nisto, onde caiu.
Gostaria
de antemão, felicitar todos os que ganharam. É meu dever, enquanto cidadão
consciente, fazê-lo. Felicito… (e aqui entra a minha veia Peter Pan), desde que
o mereçam. Se se portaram mal comigo, segundo os padrões que eu acho que
deveriam ser os corretos, não sei se felicito. E se o fizer, terei obviamente
de me explicar, que eu gosto muito de comunicação. É o meu forte, aliás, e por
isso andei 4 anos a caminho de Lisboa.
Ainda
hoje, casualmente, chamei o nosso Presidente de Câmara, o Sr. Eng. Luís
Vitorino, por esse mesmo cargo que agora desempenha. Sei que ainda não tomou
posse, mas isso são minhoquices, miudezas, enfim.
“Sr.
Presidente! (Aperto de mão, com olhos, nos olhos) Tenho de o tratar por este
cargo, uma vez que de ora em diante, será o meu presidente, também”, disse-lhe.
“Desejo-lhe que tenha as maiores felicidades, porque as suas, serão as nossas.”
Ele
agradeceu e disse algo como, “desde que haja bom senso, vai tudo correr bem”.
Eu,
respondi com uma que aprendi agora nas missas: “Assim seja!” Boa!
Antes
de começar a partir na chicha, digo, aliás, recordo, porque creio que já disse
isto aqui montes de vezes, que para aqui o vosso tio Sabi, a democracia está
muito longe de ser o melhor dos regimes políticos. É o menos mau, digamos
assim. Quando eu assisto ao voto metido na urna, por uma funcionária de uma
instituição de apoio à terceira idade, que acompanha uma idosa, ou um idoso
mesmo atrás do guichet, e lhe aponta o sítio; não o posso considerar tão livre
quanto o meu. Ela, coitadinha da cachopa, estava tão compenetrada em fazer bem
aquilo que estava mal feito, que se via logo que estava a prevaricar. Ora diz a
legislação:
VIII.VOTO
ACOMPANHADO: VOTO DOS DEFICIENTES
Excecionalmente, os
cidadãos eleitores afetados por doença ou deficiência física notórias que a
mesa (nota do tio Sabi, a vermelho: a mesa tem, em
primeiro lugar, legitimidade para julgar) verifique não poderem praticar
os atos materiais inerentes ao exercício pessoal do direito de sufrágio podem
votar acompanhados de outro eleitor por si escolhido, que garanta a fidelidade
de expressão do seu voto e que fica obrigado a absoluto sigilo.
Se a mesa deliberar
que não pode verificar a notoriedade da doença ou da deficiência física, deve
ser apresentado no ato da votação atestado comprovativo da impossibilidade de
votar sozinho, emitido pelo delegado de saúde municipal ou seu substituto legal
e autenticado com o selo do respetivo serviço (artigo 116.º).
Nestes casos os
acompanhantes devem limitar-se a conduzir o eleitor até ao local de voto e depois
de ele ter recebido o boletim de voto devem deixá-lo, sozinho, praticar os atos
de votação, podendo, finalmente, levá-lo até à mesa para que ele proceda à entrega
do boletim ao presidente. (nota do tio Sabi:MENTIRA AQUI!!!!!
TÃO MENTIRA!!! SE EU VI, COM ESTES MEUS DOIS OLHOS, QUE A TERRA HÁ-DE COMER, AS
“MENINAS” LIGADAS A UMA INSTITUIÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DA MINHA TERRA IREM
AO GUICHET, LÁ ESTAREM A CONFIDENCIAR COM OS UTENTES, IMAGINO QUE A ACERTAREM
NO QUADRADINHO!!! Isto até causou estranheza a alguns populares que aguardavam
a sua vez para exercerem o seu direito e dever de cidadania, e enfleumou os
delgados dos outros partidos, incluindo o meu, que é minha testemunha, mas… deu
em nada. A mesa, com a legislação, abafou mas, teria de ser ela a decidir se
sim, ou se não.)
Ora
nos casos que presenciei, os acompanhantes iam já documentadíssimos, com
atestados médicos que lhe estendiam a passadeira para o voto. Felizes
certamente, terão ficado esses lacaios, por terem visto cumprido o seu dever,
de terem sugado o voto precioso aos utentes. Pobres miseráveis, pensei eu,
vampiros sem escrúpulos que esmifram que já nada tem para dar. Pessoas que não os
conhecem de lado nenhum. Levavam-lhe o voto, como se fosse a alma. É preciso
ter descaramento! Deus m’a mim live de ter coragem de fazer uma coisa dessas!
Alguma vez eu era capaz de levar a votar a minha Caly, por exemplo, no seu
sobrinho?!?! Ela, a pobre, que sempre idolatrou o Sá Carneiro e o PSD…
Nesse
aspeto, sempre pensei que as coisas teriam de ficar divididas, pelos grandes.
Beirã, Santo António das Areias, Marvão, São Salvador da Aramenha, Porto da
Espada, todas têm dirigentes que tinham, ou têm interesses diretos nesta, ou
naquela lista. Como é que hei-de conseguir dizer isto com elegância, sem meter
o coro das bruxas aos gritos? Ora cá vai: aposto
que nenhum desses partidos que apoiavam, era o único movimento independente de
Marvão, ou seja, aquele de que faço parte. Outro seria. E isso viu-se.
A
sensação que eu tinha perante estas eleições, era, à partida, a de satisfação.
Entre muitas outras coisas, a primeira, foi a de, eu e o meu grupo de cidadãos,
capazes de se mexerem, para mudarem o ritmo das coisas, termos conseguido
chegar até aqui. Fizemo-lo, rapaziada!
A
segunda era muito similar, à que tenho quando olho para as prestações das
grandes duas equipas de futebol, candidatas a conquistar o títalo nacional de futebol
neste ano, o Puorto e o Szeborten: APENAS UMA PODERÁ VENCER! A OUTRA…
irremediavelmente… PERDERÁ. Jamais haverá vencedores incólumes. Só dá para um!
O
meu voto nada tem de secreto, e por isso, estou absolutamente à vontade para
falar. As mega candidaturas, PSD-PS, tinham ambas virtudes e defeitos. Coisas
boas, coisas más, coisas boas e muito, mas muito más.
Ao
olharmos para os resultados eleitorais, há grandes conclusões que saltam à
nossa vista.
Para
a Câmara Municipal, o PSD, dividido
pelo grito do Ipiranga do vereador que se sentiu ultrapassado (pela ganância
dos que já deveria muito bem de conhecer, que ousou fazer valer a sua palavra) ganhou ao partido socialista por 17 votos.
17 votos são… 9 +
8.
Ou
seja, são duas carrinhas daquelas da câmara cheias de gente dos arrabaldes, ou de
uma qualquer instituição de solidariedade social, controlada por eles. É muito
pouca gente para definir o futuro de um concelho. Mas serve. Não conhecem
aquela anedota de: por um bocadinho, é um homem corno? Basta a beldade da
mulher, cair no colo do garanhão que a cobiça num qualquer serviço público,
dá-se um jeito à saia, um puxão ao calção, e já está! Resultado: novo corno!
Ora,
o movimento independente Marvão Para Todos, que para a magnânima estrutura do
todo poderoso PARTIDO SOCIALISTA, era apenas coisa de meia dúzia de pseudo-intelectuais,
de uma mão cheia de tontos, tão manientos, que nem sequer seriam capazes de
formar uma candidatura… valeu um bocadinho mais: 274! Faziam-vos falta, não faziam? Foi como aquela velha anedota do
garoto, que ia à loja fazer um furinho no ovo que estava à venda numa cesta, à
porta, para beber a gema e a clara. O merceeiro, sabido, fintou-o, e meteu lá no
meio dos outros, um ovo já com um pinto meio chocado. Escondido, riu-se pela
surpresa que causou e, ao ver o pequeno atrapalhado, pelo que sentiu a passar-lhe
na garganta, disse-lhe: TARDE PIASTE!
Agora,
não culpem os outros, não ostracizem, não apontem, não castiguem, não rotulem.
Analizem antes onde é que falharam, onde é que se pode fazer diferente, pensem,
caso consigam, e leiam o final deste artigo. Podem saltar o resto, que isto é capaz
de ser maçudo.
Mas
não passem sem ler esta parte que vos diz que a culpa, foi muito vossa, também. Dormem agora, na cama que fizeram. Quando vos foi apontado um nome de um dos nossos, que poderia avançar para uma
coligação, isto faria sentido… no caso dela acontecer. Quando foi retirado do
bouquet de flores onde estava, para ser colocado à força num vaso de cravos, isso
nunca foi sinónimo de mais-valia para vós. As pessoas parecem tontas, para quem
os olha de cima, mas não são! Quando chega a hora do seu veredito… castigam, o
que deve ser castigado. Tanta mobilização, tanto sorrisinho falso, tanta
gargalhada forçada e, afinal entre 2013, numa candidatura que se presumia morta
à nascença, e esta maravilha maravilhosa dos tempos modernos, diferiram 42
votos! Só vales isso, rapaz?
As
más escolhas foram muitas. Não da candidata, de quem sou amigo, e por quem
nutro grande respeito e carinho, mas porque a partir do momento, em que o seu
nome deixou de ser o chapéu de união, entre as forças antagónicas ao mal que
estava instalado, a sua candidatura foi ruindo internamente, e perdendo força.
Deixou de ser o elo de união entre a expressão independente, e o maior partido
da oposição, para ser uma pessoa que esteve fora, saiu, se afastou, e agora regressou
para isto, para as eleições.
As
más escolhas foram mais pelos seus braços direitos, pelos peões que a ladearam.
Mas quem é que disse que só por uma pessoa estar à frente de uma grande
instituição de terra, era querida? Pelos funcionários, pelos utentes, pelos
concidadãos? Quem? O azeite, quando misturado com a água, vem sempre ao de
cima. A verdade das pessoas transparece, aos demais. Que provas, que gestos,
que posições, que feitos, que virtudes podem ser apontadas? É nisso que as
pessoas pensam, ou não.
A verdade é só uma, e ainda por cima, absoluta: sem o nosso movimento, isto tinha mudado. Tanto trabalho...
Mas, não se riam de troça. A nós, o têm de agradecer... E o contrário também é verdade.
Mas, não se riam de troça. A nós, o têm de agradecer... E o contrário também é verdade.
Desiludido
fico eu também, embora não tenha de assim ficar, porque é uma verdade da qual
tenho conhecimento há muito tempo, da realidade do nosso concelho de Marvão. Se
a génese comum a todas as pessoas humanas, é a de que é mais fácil invejar que
louvar, é mais simples denegrir que enaltecer, é menos complexo deitar abaixo
que bater palmas; essa realidade, é mais sentida no meu concelho. Porque o meu
concelho está envelhecido, tem uma taxa de escolaridade muito baixa, pouco
sentido comunitário, pouca união sem interesse por trás.
Será
assim em todos os concelhos, por certo dirão, mas este é o meu! Como se se
dissesse, todas as crianças são assim! Mas esta, ESTA, é minha filha, saiu de
mim, dar-me-á continuidade, e é com ela que tenho de me preocupar
O
meu concelho não mudou, o que para mim, jamais pode ser bom. Continuaremos a
ficar estagnados, pequeninos quando poderíamos ser grandes, como é o nosso
castelo, sem dúvida alguma, um dos mais bonitos de Portugal, com uma
envolvência absolutamente extraordinária. Marcaremos passo, durante mais 4
anos.
Tenho
pena porque algumas pessoas ligadas ao PS, que sei que elas sabem, que sei quem
são, poderiam, como ainda podem no futuro, dar muito a esta terra que os viu
nascer. Mas mentiria se não confessasse, em surdina, que me deu um certo gozo
pessoal ver como a máquina pérfida socialista contra a qual concorri em 2005,
quando ganhei, se voltava a instalar subitamente, nos carros à noite, à frente
dos gadgets tecnológicos nos cafés, por aí.
Na
assembleia, por seu lado, a divisão foi ainda maior e aí, o PSD levou menos 90
votos, espartilhados pelo CDS, e pelo único movimento independente de Marvão, o
Marvão para todos, que meteu dois deputados. Assim, o Partido Socialista, acabou
mesmo por vencer. 34% contra 28%, metendo 5 deputados cada um, e levando o PS,
três juntas, às costas.
Aqui
o Droquinhas ficou à porta. Ohhhh… Era o 3º da lista e não passou. Olhem, paciência.
Far-se-á o futuro da terra sem mim, mas eu… também ganho, e acreditem que não é
pouco. O meu feitio é temperamental, casa ainda não tenham reparado. Tento usar
a cabeça com frequência, gosto de uma boa discussão, e adoro fazer o bem. Para
a minha terra, ainda tanto melhor. Mas, ali, naquele sítio, tinha de respirar
um ar tão conspurcado, e teria de me dar com algumas alimárias, que eu, nem ao
longe gosto de pensar que existem. Aquilo vai lá meter cá com cada cabeça
grossa… Prefiro chutar para canto. Mais sereno ficarei assim, Senhor. Como
sempre Tu queiras.
A
haver um grande vencedor destas autárquicas, não foi o PSD, mas para mim, sim foi
o Zé Manuel Pires. Venceu na realidade, porque conseguiu provar que é mesmo um
animal político, até a mim, que sempre tive uma ideia de que era capaz de não (a
julgar pela coabitação que tivemos entre 2005 e 2009, em que poderia ter-se
dedicado a muita coisa, como aos negócios e a fazer filhos, mas que à causa
marvanense, à minha causa de Marvão, nunca o vi arregaçar as mangas). Agora
sim. O prémio, é que de futuro, vai ser o fiel da balança. Esta imagem diz do
quadro diz… quase tudo. Não o quiseram? Espicaçaram-no? Agora têm de levar com
ele, à força toda. Ainda por cima, com essa condição revanchista que lhe dá a
oportunidade de… ver os touros de palanque, salvo seja. Ou talvez não.
Para
além disso, teve o mérito de arranjar um partido (dois?) que lhe serviu(ram) de
barriga de aluguer, e teve a capacidade de congregar descontentes com o que
estava estabelecido, unidos à volta desta nova sigla (enjeitados à natural
sucessão do PSD, filhos de testas de ferro daquela força durante décadas; vozes
que se manifestaram disponíveis para concorrerem a juntas por outras forças, mas
que nunca foram consideradas; paraquedistas caídos das grandes urbes, que viram
no Viver Marvão, uma oportunidade única de se promoverem enquanto novos
marvanenses). Naquela bela brochura que os mostrava, tanta gente jovem sorridente,
sempre achei que ele era o que sorria mais, porque de parvo, não tem nada, e
sabia que, quem ri por último… para além de rir melhor, seria ele que o faria.)
A vida provou que o
PSD não precisou dele para ganhar, e que, o PS precisou de nós, do Marvão para
Todos para o ter conseguido. Contra verdades absolutas, insofismáveis, não há
contraditório possível, ou, traduzido em miúdos, em alentejanês marvanense: “contra
isto: batatas!”
Mas
da desagregação interna do PSD, por o presidente ora cessante ter querido
entregar a herança em mão, a um delfim ao qual quase só ele reconhecia mérito, (isto
falando dos seus camaradas de partido, claro está!) o “Viver Marvão” não foi o
único produto, porque muitos outros artistas em Marvão houve, que se mudaram, e
não foi para o CDS, que está logo ali ao lado, e já formou governo com os
laranjas, a nível central. Chegou a haver os que me interpelaram na rua, ao seu
melhor e bem conhecido estilo, com um bem alto “ESTÁ GANHO!!!! ESTÁ GANHO!!!!!
AGORA NO JANTAR DA CANDIDATURA VAI CÁ ESTAR A SECRETÁRIA GERAL ADJUNTA DO
PARTIDO SOCIALISTA, UNS PRESIDENTES DE CÂMARA E ISTO ESTÁ GANHO!!!”
Ao
que respondi: “Olhe, se assim for, ainda bem para vocês”. E já está. Mas não
foi. É por essas e por outras, que diz o povo que pela boca morre o peixe; e
que a vingança, é um prato que se come frio.
Mal
ou bem, agora se calhar já tenho mais que concordam comigo quando digo que de perfeita,
é que a democracia não tem nada. Preferível à tirania e à anarquia, mas nunca o
melhor dos regimes. Será, o menos mau.
Nas
juntas, a situação também foi mais ou menos óbvia, era esperada, e foi reflexo
da cisão que houve. Na Beirã, o meu António Manuel continuou a granjear da sua
sempre presente boa disposição e disponibilidade, o que aliadas ao facto, de no
primeiro mandato em que foi presidente, ter ido em segundo na lista, e ter beneficiado
da desistência do candidato a primeiro, no fim de pouco tempo, lhe deu agora mais
um mandato. O facto do José Pires, não ter arranjado para lá ninguém para
dividir o PSD, ou porque não quis, ou porque não conseguiu, também ajudou. Esmagou.
Abraço
forte ao José Vaz e sua rapaziada. Era difícil, companheiro. Contra estes
meninos… era muito duro. Valeu!
Em
Santo António, a estabilidade da continuidade, também pesou. A junta tem uma
boa equipa, de homens de bem que são prezados, estimados, queridos da
população, e quando assim é, é muito difícil. Ainda assim, a bravura da
jovialidade de nossa Alexandra, deu-lhe um lugar; bem como à coragem do nosso
independente Francisco Nunes, que se bateu com galhardia e ao candidato do PSD.
Assim haverá que trabalhar.
Em
Marvão, quem não estivesse à espera disto, não pode ser de cá, viver lá, ou
estar lá. A Sandra tem feito um trabalho honesto, visível, esmerado, e isso
nota-se e premeia-se, como foi agora feito. A junta de freguesia de Santa Maria
de Marvão, deixou de estar em estado letárgico, encostado como se fosse mais
uma pasta, para ter uma palavra a dizer. Está bonita, esmerada, respira e
comprova que Santa Maria não se esgota na vila, mas se estende por aí abaixo,
em lugares que gostam de ser considerados e queridos. A Sandra está de
parabéns, que lhos dei hoje, quando nos cruzámos.
Um
abraço muito forte, pessoal, sentido, ao nosso Rui Catalão, à nossa Paula
Raposo, ao nosso Rui Cristóvão e demais equipa, extensivo a todos os homens e
todas as mulheres das nossas equipas, no Marvão para Todos. A que ficámos
amigos para a vida? Essa foi outra grande vitória nossa!
Ao
felicitar a Sandra, parabéns dei também, ao mesmo tempo, quando tomava o café
da manhã, ao Sr. António Bonacho, que venceu a Junta da Aramenha. Foi
certamente um bom momento para ele, essa vitória; um episódio feliz, e só lhe
desejo que consiga fazer tudo o que mais quer naquela emblemática e turística
freguesia. Mas eu não consigo imaginar uma melhor convergência de fatores, e
uma situação mais tradutora do ideia “dividir para reinar”. Na verdade, foi mais
a direita que perdeu a junta, embora ele tivesse quase dobrado a votação de
2013. O PSD, forte e seguro ali, desorientou-se com a saída do clã Morgado,
pela via da matriarca, para as hostes centristas. Assim, espartilhou-se,
esbardalhou-se, deixou abalar mais de 400 votos que foram atrás do Tomás, para
o PS, ou para o João Bugalhão, que a haver um heróis, nesta cruzada do Marvão
para Todos, foi ele e mais nenhum outro.
Não
acredito que tenha havido outra pessoa que tenha investido tanto tempo, e dado
tanto de si à causa, quanto ele o fez. A minha vénia. Bem hajas. Fosse a
recolher assinaturas, ao telefone, em reuniões, a definir pontas, a acertar
pormenores, a abdicar quase de si, só tem de se louvar. Eu sei que há muita
gente que não te topa, companheiro. Muitos há que não suportam o teu ar de bem
com a vida, que te interpretam como altivo. Muitos invejam o teu bem estar e a
tua posição no mundo, jovem, bem remunerado, a gozar a reforma. Mas eu sei que
tudo se deveu ao teu trabalho, e tens tido por ti, o Deus em que não acreditas.
Como te sei Amigo, verdadeiro, incansável, capaz de tudo pelos outros. Como te
sei humilde e verdadeiro. Nunca deixes que te toquem. Há os que estarão sempre
cá por ti, como sempre estiveste pelos outros. E dorme descansado. Nada
ganhámos, algo conseguimos, aqui estamos e… fizemos!
Agora,
temos mais 4 anos pela frente. Colocando lado a lado, o Luís e a Madalena, a
estar, a falar, a apresentar-se, a debater uma ideia, a explanar um ponto de
vista, a dar uma opinião, a relatar uma vivência, uma experiência, uma passagem
nesta vida, eu, Pedro Sobreiro, sei que não há comparação sequer possível,
quanto mais. Já nem com isto quero imaginar a sua posição perante os grandes
assuntos do concelho: o património mundial, o golfe, a Ammaia, a fronteira de
Porto Roque, o desemprego, a desertificação, a requalificação da nossa oferta
turística (passeios pedestres, antas, aldeias despovoadas), a ligação a
Espanha, o triângulo turístico com Portalegre e Castelo de Vide. Nem quero
pensar nisso porque… vou pensar na minha vida, na minha mulher, nas minhas
filhas, nos meus familiares, nos meus amigos, no meu emprego, no meu Benfica.
Fechei.
Gostaria
de terminar pelo princípio, que a estas linhas já vou longo e certamente, poucas
corajosas e corajosos ainda me acompanharão. Desde sempre, desde a primeira
reunião a que fui do “Marvão para Todos”, e foi assim como tudo começou, que acredito que só com todos juntos, só com
todos os que estão contra isto, a darmos as mãos, conseguiremos dar a volta.
O
que o vosso tio Sabi, ou Drocas, conforme preferirem, propõe, é uma Junta de salvação Municipal, onde todos os partidos terão o seu assento
e voz, de acordo com a votação que levam em carteira, e só aí se poderá almejar
a dar a volta a este problema. O Luís entra agora, faz o seu primeiro
mandato. A continuar com esta linha de atuação, dele, e da oposição
espartilhada, iremos tê-lo cá mais 8, para além deste. Isto…. se quem lhe deu
agora vez, o deixar avançar outra vez, o que me parece impossível. Fica de fora
4, volta à casa de partida, e pode recomeçar outra vez, não será assim? É pois!
Olhem,
meninos e meninas, pensem nisto. Com muita humildade, com muito coração aberto,
sem muita, ou qualquer voragem por lugares, usura, ou desejo desenfreado.
Pensem.
E ajam. Porque este, Marvão, é o meu lugar de sonho na terra. Esmifrei-me para
conseguir vir para cá trabalhar, empenhei-me a construir a casa dos meus
sonhos, aqui gerei e estou a ajudar a crescer os meus dois amores e projetos de
vida.
Vou
mudar a capa do facebook. Vou tirar o Marvão escuro, do choque. Vou meter o
Marvão de luz, de vida. O Marvão que é o meu.
Um
abraço a todos! Fé! Esperança!
1 comentário:
Amigo Pedro. Eu nem sei por onde começar. Eu nunca fiz muita questão de comentar mas sou um fiel seguidor do teu magnífico Blog. Mas hoje vi-me compelido a fazer um comentário. Este foi sem dúvida alguma o teu melhor post de sempre. Como deves imaginar eu sempre te respeitei e tenho pena que não tenhas tomado a decisão de comandar os desígnios do Marvão para Todos. Ficariam muitíssimo bem entregues contigo à cabeça, sem tirar mérito algum à Prf. Teresa. Com todo o respeito e amizade que nitro por ti, deixo-te um enorme abraço e que possamos tomar uns copos de quando em vez.
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