Quando
acordei, despertei com dores.
Sei
lá sei foi por causa da idade, se da posição em que me tinha deixado dormir,
mas as costas pesavam. E tinham pontadas. Dormi para aí 7 horas, no máximo 8h,
o habitual, mas as maçadas dificultavam-me até o andar!
“Que
diabo! Nem à casa de banho consigo ir?!?!?!!”, pensei.
Vindo
de lá… voltei-me a deitar.
Meio
a acordar, rezei, agradeci, e … pedi.
Que
manhã, de sol, que dia! Fui deixar a pequena nas suas atividades (que tanto me
tinha pedido para ir aos cavalos do Dr. José, e por fim, consegui-a lá levar),
deixei a mais velha a estudar, e saí.
Saí
com aquela sensação absolutamente indescritível, de ter a manhã, para mim. Num
dia destes à disposição, o que fazer, teria de ser desporto, mexer, viver! Nem
sei bem se levado pelo prazer supremo e inexplicável de poder correr, se pela
alegria daquela manhã de sábado, estiquei-me. O que seria para ter sido no
máximo de 1 hora, passou-se um bocadinho. Deu nisto…
17 Km. 2.20h. 1.606 calorias queimadas. Tá bem.
Fui
sempre, mas sempre, com o meu espírito em permanente agradecimento a Deus. Mas
o meu Deus, que é o teu Deus, não é um velhinho de barbas brancas que desce dos
céus, não é um Deus castigador, um Deus todo poderoso que haja a temer. O meu
Deus é uma força, uma luz, uma energia que sem concretiza em TI e em Mim.
Porque cada ser vivo, em milagre da vida. Cada Ser, é o produto de um, em
milhões de espermatozoides, que mergulha num óvulo, e evolui, dando seguimento
ao ADN do pai e da mãe, e concretizando o milagre da vida. Todos somos iguais,
todos somos filhos do mesmo Deus. Seja um soldado, do autoproclamado Estado Islâmico
que só quer matar e morrer, ou um peregrino em busca da verdade, que prescinde
de poder viver a sua vida, para ajudar os outros; todos temos o mesmo pai.
Então
eu fui agradecendo, a esse ímpeto que me fez saltar da cama, em vez de ter
ficado a curtir a lazeira; em vez de ter ficado, como dantes, a destilar os
copos a mais da noite anterior, que me intoxicaram o descanso; em vez de ter
ido para um qualquer café, fazer sala e fumar; ou para uma taberna, beber
branquinhos traçados e comer petiscos.
Fui
agradecendo aquela manhã… o ar… o sol… o esforço.
Conclusão,
deu quase numa meia maratona de Marvão. Hoje, as perninhas ressentem-se, o corpinho
está amolencado, mas tããããooooooooooooo bem… A partir de ontem, esse limite do impossível
dos 21 KM, deixou de ser intangível, para o rapaz que desceu daí, da 1h 40 minutos
em que os percorria; para os 500 metros que eram conseguidos com muito torpor, quase
inatingíveis.
Deus,
ó Deus, o que eu sofri, em tanto silêncio, sem chegar a quem que fosse,
sozinho.
Já
passou. Obrigado, sim.
Agora
já estou na fase, com quem é que quero perder a virgindade? Não sei se com o
André Costa (o gordinho, o loirinho sempre com quilos a mais da minha aldeia,
que fez a 1ª meia maratona comigo em Lisboa, o qual que puxei pela mão, para
cortarmos a meta, os dois, lado a lado; e hoje é um papa maratonas; se com o
meu primo redescoberto Joaquim Carita, que passámos a descobrir-nos melhor
ultimamente, por aqui, meu colega de aventuras por perto da aldeia; ou sozinho,
rumo a Valência de Alcântara, a pensar q cada passo que dou.
Daqui
já não há, mesmo, volta a dar. Quantos dias faltam, Pedro?
Segue-se
o Safari Fotográfico (que ainda deu para isso… <3)
A desolação tem... este visual |
Isto sim, é... Marvão |
Uhhhhhhh MEDO!!!!! Disse--lhe: Rapazinho, vou só a passar... Os teus primos, lá atrás, não dizem nada e tu... também me queres morder?!?! Vai para a fila! Não és o único... |
Até parece que diziam: "Auf... desculpa lá o pequenelho... Há para aí muitos a ladrar, mas, os pobres, são vozes de burro (que jamais chegarão lá acima)" |
AAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Medo!!!!!!!!!!!!!!!!! |
1 comentário:
Boa noite.
Deslumbrei-me ao descobrir as paisagens que o amigo foi descrevendo. Conheço algumas...umas de passagem apressada, outras nem tanto...mas nem era necessário conhecer para se ficar com essa estranha sensação de querer voltar, de querer usufruir dessa paz interior que de si transborda.
Parabéns e obrigado pela partilha.
Fernando Máximo/Avis
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