terça-feira, 13 de outubro de 2015

E a esquerda, não pode mandar?

Todos em coro: "Ai pode, pode!"
Por esta é que ninguém esperava,
Quando se pensava que a aliança ia ter continuação,
Que fosse esquerda a tomar posse,
Agarrada à boa da constituição.

Já fomos?


O segredo não tem mistério,
E já aconteceu no passado,
O Paulinho explicou-o bem ao Coelho,
Como tudo se passaria e assim foi televisionado.


O tio Cavaco não tem de escolher pra formar governo,
Quem ganhou na votação,
Mas sim quem consegue ter mais lugares unidos,
Lá dentro do barracão.

Vai daqui e está o baile armado,
Com socialistas de cravo na mão,
A cantarem "esquerda unida",
Dançando kizomba no hemiciclão.


O Cavaco diz que ficou sereno,
Que o que queria era estabilidade,
Que não quer é que a Troika venha,
Apertar de novo com a mocidade.

O tio Costa garantiu-lhe,
Que com ele, podia descansar,
Que ia cumprir todas as regras,
Pra não ter de os voltar a deixar entrar.


A minha dúvida agora,
E penso que a de todos os portugueses,
É que se isto assim funciona,
E não acordamos amanhã, chineses.

Será que assim tudo o que passámos,
De dureza e mal estar,
Não voltará outra vez a assustar-nos,
E a deixar-nos a penar?

à venda em t-shirts, sweat shirts e edredões
Será que tantos galos a cantarem,
Dentro da mesma capoeira,
Não acaba em grande bulha,
E a Europa a apagar a fogueira?

Tenho esperança, lá isso tenho,
Que se consigam tolerar,
Que se aturem uns aos outros,
E não nos mandem mais apertar.

Vamo nessa, Catarinessa?
Este Costa é sabido,
Teve de trepar pelo Seguro,
E não ganhando nas urnas,
Levou a secretaria à frente e tudo.

Só espero que a mandar,
À frente desta orquestra desalinhada,
Consiga levar o nosso país a bom porto,
E dar a obra concretizada.

O espertalhão, apelou para não votar nos comunas,
Que era tirar ao PS e dar à maioria,
Mas agora teve de ir a correr,
Fazer o que disse que nunca faria.

Este é que é o Carlos! Vá lá uma mãozada!

Epá, ó Jirome: não fiques com essa carantonha que mais pareces o Fidel!
Para a próxima ganhas tu à moeda!

Pra quem se fartou de chamar aos outros,
De mentirosos e a todos enganar,
Está a começar bem a coisa,
Que é bem diferente, como já está a mostrar.

Há quem passe o serão a ver novelas,
E outros filmes e enredos,
Mas é às 20h que começa,
O maior enleio de bruxedos.

Desculpa aí!
Eu gosto e sempre me fascina,
Este fantástico cozinhado,
Que hoje foi de tal forma bem servido,
Que é bem capaz de me tirar o sono e deixar acordado.

Amanhã às 13h,
Há cenas de novos capítulos,
Deste insólito e soberbo romance chamado Portugal,
À venda perto de si, em colecionáveis fascículos.

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