Num
jantar de domingo do São Marcos 2016, comigo e com a mãe, depois de a ir
apanhar à garraiada a que foi acompanhada com a mãe do amigo António (que eu
ainda tolero touradas a sério, mas não tenho a mais menor paciência para ir ver
meia dúzia de “valentes”? a esgarrarem da vaca), ela insistia em comer o
franguinho assado que fomos buscar à velhaca (D.ª Estrela algarvia do snack bar
“O Adro”) com os talheres trocados:
-
Alice, filha… o pai já te disse muitas vezes que os talheres não se usam assim.
O garfinho fica na mão esquerda e na direita, a faquinha…
De
pé automaticamente, com pose fleumática e intempestiva:
-
TU… OUTRA VEZ COM AS TUAS MANIAS! JÁ VENS COM AS TUAS COISAS!!!
A
mãe Cristina: “Alice, o pai está a ensinar-te! Tu não queres aprender?
-
OLHA! FICAS SABENDO QUE EU COMO SEMPRE ASSIM!!! DESDE OS MEUS 3 ANOS!!!!
E
sai-me porta fora para a sala, a abanar os caracóis…
Eu
boquiaberto, olho sem ação para a mãe. Fico sem força…
A
Alice regressa escassos minutos depois.
(Vem
pedir desculpa, por certo!)
Com
ar zangado, enche a mão com um punhado de bayatas fritas e sai para a sala. A
comer como se fosse um pequeno animal selvagem.
Aí
desliguei o fusível e já foi a mãe, que trata da roupa e da lavagem dos pijamas
e das nódoas, a gritar.
Alice,
este cavalinho selvagem com apenas 6 anos. E com mais 10?
Medo!
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