I SAY... DO I LOOK FINE?!?!?!?! I´LL BE BACK!!! |
Pegando no meu blogue, como se de
uma cápsula de informação do país e do planeta se tratasse, a vogar pelos
confins do universo (espaço sideral incluído), constato o momento:
Vivo com uma necessidade
premente, e um apetite algo voraz em consumir tudo o que é notícia. Não
conseguindo bem discernir se se trata de uma necessidade natural, ou de um
defeito/feitio de formação, a verdade é que não consigo bem situar-me, e saber
as quantas ando, sem saber como está tudo o que se passa no globo, e no
retângulo onde existo.
Mas as notícias, as novidades que
tantas vezes nos entram pela vida adentro, sem pedir licença, por um televis… melhor
dizendo, um ecrã qualquer, podendo ser de um telemóvel, um tablet, ou de um pc,
que esteja mais à mão; não carecem de mais atenção do que aquela que deve ser
dada áquela música de fundo da nossa vida, sem a qual não podemos viver.
Isto porque caso arrisquemos a
debruçar-nos sobre elas, e a tentar cogitar, na tentativa de conseguirmos encontrar
um sentido, uma orientação… o mais natural é que nos passemos de vez, e sejamos
surpreendidos por meia dúzia de maduros, com a intenção de nos vestirem uma
camisola daquelas que aperta com um fecho nas costas, e depois nos enfiarem num
quarto almofadado, para que não nos desgracemos num bico qualquer.
FLASH 1 - O morto ainda está? Podemos levar? A gente traz já…
Digam-me o que quiserem, as
sumidades que o quiserem, mas para mim,
que sou leigo na matéria, esta merda das mortes por legionella, têm a ver com a
pouca qualidade da inspeção que se faz dos equipamentos. Seja numa fábrica,
numa empresa, ou num hospital (um foco de doenças temendo), quem fiscaliza a
segurança dos equipamentos é, na maior parte das vezes, uma empresa que se
submeteu a um concurso público. Para conseguirem fazer preços competitivos,
baixam em todos os custos de produção/manutenção, incluindo na mão de obra que,
em vez de ser certificada, qualificada, bem remunerada; é constituída por um
grupo de pé descalços, que se estão pouco a cagar se aquilo fica bem ou mal
feito.
http://observador.pt/2017/11/16/fonte-do-surto-de-legionela-nas-torres-de-arrefecimento-do-hospital/
Tanto baixas, tanto baixas… até que
se fica a ver o cú.
Por este motivo, uma doença que
tem um nome absolutamente terrível (parece que vem das legiões romanas), e uns
efeitos ainda piores; deu no que todos sabem
O filme já é tão mau, que não precisava de piorar.
Mas aconteceu. E aqui,
Isto é cena para um filme dos
Monty Python, os génios do humor britânico:
- Desculpe, dá licença que
levemos o seu paizinho?
- ?
- É que como sabe, o senhor está
falecido, não é verdade? Uma chatice! Apesar de já algo idoso, ainda era novo,
ó a poça! Ainda poderia beber muitos tintos, fumar uns cigarrinhos, e quem
sabe, ainda dar alegrias à mãezinha, se a senhora ainda o deixasse chegar ao pé
dela. Se não… Há aquelas vizinhas venezuelanas que moram lá ao pé de casa, e
para isso, desde que se queira… arranja-se sempre, não é verdade? Olhe, mas já
está. Prontos, prontos… não pense mais nisso, deixe lá! Daqui a um mês já não
se lembra dele. Agora… a gente vai ter que o levar. Sabe como é estas merdas.
As televisões são umas chatas, anda tudo a meter o nariz em todo o lado. Por
isso, agora temos de serrar o papá ao meio, e dar-lhe volta às entranhas, para
ter a certeza daquilo que o vitimou. Paciência. Mas agora, faça-me o favor de
não arranjar grande banzé, e deixar-nos trabalhar, porque isto… é aborrecido. Pode ser assim? Ficamos a dever-lhe uma.
(batendo-lhe no ombro).
FLASH 2 - (Prostituir) A morte… em direto
Ó Paddy, canta lá com o padrinho (enquanto danças): dançando lambada eh, dançando lambada lah, dançando lambada, eh, d a n ç a n d o l a m b a d aaaaaaaaaa |
- Olá cibernéticos: Mim, ser Marcelus |
- E sou eu que mando aqui nesta brincadeira toda! Na política, na justiça, nos exércitos e nas polícias. I AM THE MAYOR |
- Também mando no telemóvel aqui do Bombaim. O chefe manda sacar mais uma selfe! Fogo! |
A web summit foi um dos eventos
do ano, aclamado dentro e fora de fronteiras. Durante 4 dias, passaram do
milhar, os que deram conselhos aos empreendedores presentes, em busca de novas
oportunidades de negócio, de futuro, e muito dinheiro.
Os políticos do burgo
vergaram-se, tio Marcelo desfez-se em “selfes” (dito mesmo assim, à tuga), e o
tio Costa disse que sim. Para fechar? Nada de churrascadas no espaço adjacente
ao jamor, nem jantaradas num qualquer ristorante de barrio. O sítio? Panteão
Nacional, claro, está! Não faço a mais menos ideia de quem foi o pai da
brilhante ideia, mas é algo que ao ser possível, só demonstra o nosso perfeito
provincianismo, e esta brutal saloiice, que não tem forma de nos largar.
Paddy Cosgrave, o ideólogo da
coisa, presidente executivo (CEO) da Web Summit, pediu “desculpa por qualquer ofensa causada. Referiu que “foi um jantar organizado segundo as regras
do Panteão Nacional, e conduzido com respeito”.
Nota do redator: Nada de hackers
embezanados, a dançarem todos descascados em cima das tumbas, portanto. Até
acredito no rapazinho, e parece- me bem intencionado mas… porra, pá! Dá vontade
de lhe dizer: “ó menino! E não podiam ter ido brincar para outro sítio, que
mexesse menos connosco? OLHÓ MEU!!!!!!!
Permitir que este momento lúdico,
que encerra um certame de carater internacional, dedicado maioritariamente às camadas
mais jovens; aconteça no local onde se honra a memória dos mais nobres desta
nação, não me parece, de todo, apropriado. Uma patuscada destas é, para além de
completamente absurda, terrivelmente tétrica. Sousa Tavares, que ali visita os
restos mortais da sua mãe, a poetisa Sophia de Mello Breynner, tem (e escrevi
isto sem antes o ter lido, palavra) uma opinião muito parecida com a mi
nha. Ou eu
com a dele, que cada besta, deve ser metida no seu lugar, e eu… no meu…
pequenino.
Ver nas notícias, os vídeos
feitos por alguns dos nerds de serviço, abismados com a circunstância do
momento, é absolutamente transtornante.
“Olha ali o túmulo do
não-sei-das-quantas!!!”
“Uhhhhh… olha quem aqui está…”
“Wanna a Selfie with me?”
Por mais desculpas que se peçam,
ele há casos que… não se explicam. O terrível mau gosto, de alugar aquilo que
deve ser preservado a todo o custo, sob pena de se perder a nossa identidade,
não faz sentido, e tem de ser extinto.
Bem sei que ninguém deve ser julgado
pelo seu aspeto, por aquilo que aparenta, mas este Xavier Barreto, tem-me um ar
de anormal, de Mr. Bean, que só podia ter estado metido nesta arraia!
Notícia: (O evento exclusivo (e polémico) da Web Summit no Corpo Central do
Panteão Nacional não foi o primeiro que lá decorreu. Antes, também a Associação
de Turismo de Lisboa e a NAV (empresa pública) ali organizaram jantares e
eventos. Era possível? Era. Um despacho aprovado pelo Governo de Pedro Passos
Coelho, a 24 de junho de 2014, quando a pasta da Cultura estava nas mãos de Jorge Barreto Xavier, permitia-o.
Mas há mais…
Vá lá, vá lá, que casa roubada, trancas
à porta e nesta terça-feira, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes,
disse que a utilização do Panteão Nacional, à semelhança de outros monumentos
que “honrem a memória da nação”, será “fortemente restringida”.
FLASH 3 - Crime sem castigo
A notícia passou quase
despercebida, e daqui a amanhã, já ninguém a lembrará. Tudo se passou assim (As
vírgulas são minhas. Estes gajos do CM não sabem escrever):
A PSP abriu fogo contra um carro em fuga, por pensar que era o mesmo
onde seguiam, dois assaltantes que tinham acabado de fazer explodir um
multibanco em Almada. Uma mulher morreu. Os ladrões fugiram.
Tinham acabado de fazer explodir, uma caixa multibanco no centro de
Almada, quando seguiam na Segunda Circular, em direção a Sacavém num Seat Leon,
de cor preta. Quando os suspeitos, pelo menos dois, perceberam que tinham a
polícia atrás, carregaram no acelerador. Fintaram vários carros que seguiam
naquela estrada, até chegarem à Rotunda do Relógio. A PSP foi chamar reforços
e, já no terminal 2 do aeroporto, quase os barrou. Mas os assaltantes abriram
fogo e, na troca de tiros, conseguiram escapar. Minutos depois, uma outra
equipa da PSP pensou tê-los novamente na mão. Deu-lhes ordens para parar, mas o
condutor desobedeceu e fugiu. Nova perseguição, e mais tiros. Só quando o carro
ficou finalmente imobilizado é que a PSP percebeu o erro: ao volante, estava um
homem sem carta de condução, ao lado uma mulher ferida pelas balas disparadas.
A vítima acabou por morrer.
Quem ouve, divide-se entre os que
acham que foi um mal menor; os que defendem que foi mais do que justificado; os
que acham que tanto rouba o que vai ao quintal, como o que fica a guardar o
portão e por isso foi mais que merecido; e os que pensam como eu, que não sei
se haverá assim tantos.
Para mim, trata-se de um crime
hediondo, gravíssimo, que mancha por completo quer a PSP, quer o nosso país (a
cidadã morta era brasileira). Mas isto agora é assim? Confunde-se um carro e
pimba!?!?!? Atira-se a matar?!?!?!?!?
Imaginem a cena:
- “Estou sim. Boas noites. Fala
da Polícia da Segurança Pública. É da casa da senhora Dona Clarisse?”
- “É sim.”
- “Pois… mas já não é mais.”
- “Como assim?!?!?”
- “Quem está ao telefone?”
- “É o filho.”
- “Lamentamos informá-lo que a
sua mãezinha faleceu. Olhe, foi um azar, é o que é! Está a ver aquele carro que
ela tinha?
- “…”
- “Um azar do camandro! O que se
passou, foi que haviam uns meliantes de um Multibanco, que fugiram a uns
senhores agentes, montados numa viatura igual à da mamã. Trocaram-lhe os olhos,
e eles, já um pouco zonzos das voltas, arrimaram uns barrenos para uma viatura
igualzinha, da mesma cor, que não parou (a sua mãezinha, deve ter estado a
beber uns vinhos do Porto, nos anos de uma amiga, teve medo de ir soprar o
balão, e acelerou, em vez de travar…), maneira que os senhores agentes disseram
um para o outro (de certeza absoluta!): “ai não para a bem? Então… TARÚS!
Nem tiros para o ar, nem tiros
para os pneus (se rebentassem, já não eram capazes de fugir), foi mesmo logo
para o habitáculo. Foi a rasgar. E assim, vai país. Olhe… que descanse em paz.
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