quinta-feira, 23 de novembro de 2017

E hoje é dia do SABI



E a minha rádio de sempre (passei com o Ribeiro e o Markl, da Antena 3 para ali), deu-me os parabéns porque hoje é o dia das alcunhas, logo... dia do Sabi!!!! Um nome algo popular mas cuja razão etimológica, apenas expliquei na lanchonete do calçadão (facebook), no ano passado e vem desde os 10 anos, dos bancos da escola preparatória Garcia de Orta, em Castelo de Vide.



O Pedrocas era um puto todo mexido e vivaço, muito mimado pelas tias e espevitado pelos pais, que sempre puxaram muito por ele. A cada pergunta que os profes faziam, o gajo respondia e não muitas vezes falhava, pelo que os colegas, algo fustigados com o saber na ponta da língua, o começaram a chamar de Sabichão.
Uma alcunha que tinha tanto de elogiosa, como de crítica.
- Lá vai o Sabichão. :(

Mas o Pedro sempre foi um puto boa onda, que todos foi conseguindo conquistar porque sempre foi companheiro, solidário, com um grande e muito apreciado sentido de humor, que caía bem às piquenas e divertia os gajos. Por esse motivo, o Sabichão deu lugar a Sabiá, como o nome dos geladinhos que existiam nessa altura. O Sabiá durou pouco tempo e no 9º, quando venceu o prémio de melhor aluno da escola, já era mais respeitado que outra coisa qualquer. Assim deu entrada no Liceu de Portalegre, com uma chapa com a alcunha, gravada na lapela.


Duma vez, não sei quem foi o engraçado... colaram uma destas à porta do liceu de Portalegre, com a legenda SABI
Quando ia a entrar... vi tudo a rir à porta... e era só isto.

Na cidade, com os HB com quem foi fazendo amizade, muito por herança, e com a cunha do primo Carita; foi mantendo o cognome e conseguiu fugir às colagens ao Woody Allen e ao Roy Orbinson, muito pelos óculos de massa preta que ainda hoje enverga em nova versão. Bem sucedido entre as miúdas e invejado pelos mancebos dos Assentos, que sempre o quiseram malhar, foi trilhando o seu percurso, nunca querendo ser mais que aquilo que merecia, e sabia que seria seu por natureza. Sabendo e tendo consciência desde essa altura, que (frase lapidar sua) "Cristo que foi Cristo, que tinha a cunha de quem tinha (do pai de tudo), aos 33 anos já estava cravado no barrote"... não se pode agradar a todos.

Ainda os uso!!!

O Sabi já vive em mim há mais de 30 anos e para os amigos de sempre, ainda continua a ser esse o meu nome, sempre e em todo o lado.

Na faculdade foi substituído por "Alentejano" porque não havia por lá muitos e com este nome "Sobreiro", a colagem era fácil.

As gerações mais novas de Portalegre, quando me conheciam, diziam: "Ah! Que engraçado.  :) Tu és irmão do Sabi! (Miguel Sobreiro)". Ao que eu respondia: "não, bebé! EU SOU O SABI! O verdadeiro, o autêntico, agora não dou autógrafos porque não tenho aqui caneta, e vagar também não. Esse que tu dizes é uma réplica, muito bem feitinha, autêntica, mas que sabe bem de onde vem a origem. Agora está há um bom par de anos no Algarve (lá casou, com cachopa daqui, e teve filhos), mas nunca mais consegue inaugurar a sucursal, que o mandei para lá para abrir no bar do Zezé Camarinha, um colega com estilo, e de estilo.



De Sabi, para TI:


Hoje é o meu dia também. ;)

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