E eles pensam: Moreira: "Vá, tu consegues!" Pésses: "Ai, tu queres vere?!?!?!?" Enquanto ela diz: "PO-PO-PO-PO-OIS CLARO QUE CONSIGO! PORTUGALEEEEEE" |
Já
estou mesmo a ver que este, é daqueles textos em que irei ser cruxificado por
uma nata determinada dos meus leitores… epá, mas tenho mesmo de fazer isto.
Quando
me sento no alto de Marvão onde costumo contemplar o mundo de binóculos, vejo
um grande sururu em Portugal por causa desta questão, e palavra que me dá mesmo
vontade de opinar sobre. A minha posição não deixa de ser apenas isso, e vale o
que vale, mas é a minha.
Meu
Deus, há tanta coisa que não sei, tanto que ainda tenho de aprender, do quase
nada que sei, mas alguma coisa saberei e é disso que me valho para achar.
A
Joacine é uma força da natureza, destemida, inteligente, culta, capaz,
aguerrida, muito Kinky Afro, no fundo, um assombro. O Livre, a esquerda verde
europeísta em Portugal, fundado por Rui Tavares, conseguiu reunir os votos
suficientes para sentar um deputado entre os 230, e a Joacine foi assim eleita com 1,09%, ou seja 55.660 votos (quase a Catedral da Luz cheia).
A
questão começa a dar-se porque a Joacine tem uma gaguez muito acentuada e fica
com muita frequência, com o discurso interrompido por esta limitação. Ora esta
situação faz dividir os que sobre ela opinam porque a grande maioria, goza o
prato, e brinca com ele (temos de ter consciência do país em que vivemos). Do outro
bloco, sentam-se os que toleram, os que acham que tem todo o direito, que
defendem que ninguém tem nada a ver com isso, apoiam, batem palmas, e dizem que
sim. Esta franja libertinária causa-me assim algum… prurido.
Ora
eu, não concordo que seja ela e tenho de dizer porquê, porque isto mexe comigo.
A Joacine até pode ser a política mais brilhante, e ter dentro do seu espaço
craniano as soluções que mais nos fazem falta mas… tem um problema grave de comunicação.
Quando
era puto, aprendi logo na primária, que para haver comunicação verbal tem de
haver um comunicador, uma mensagem, um canal, e um recetor. Aqui, há tudo isso,
mas o comunicador tem dificuldades óbvias de expressão que fazem com que tudo o
restante ciclo comunicacional, fique enfermo.
Esperei
por assistir em direto na Antena 1, ao debate sobre o programa do governo, e
ter um contato com esta nova realidade, que é retratada em parte nos vídeos anexos,
num cenário de tal forma confrangedor, que o próprio partido já solicitou uma
"tolerância de tempo" relativamente às intervenções da deputada.
Se a eloquência de discurso, e clareza na forma como se esgrimem
argumentos, são vetores fundamentais para o êxito do debate na casa da democracia,
não consigo perceber onde está a inteligência da visada e até mesmo do seu
próprio partido, ao promoverem uma porta-voz… diminuída por algum aspeto.
Obviamente que tudo isto não se colocaria se o deputado escolhido fosse
invisual, paraplégico, ou mesmo tetraplégico, porque não interferiria com a
capacidade de raciocinar, ou se expressar, mas… seria sempre um tiro nos pés.
A Joacine fica obviamente afetada de cada vez que está num ambiente
atroz, agressivo, e sente os olhares todos em cima de si. Nesse então, a
fluidez das palavras não aumenta e fica claramente alterada.
Como se não tivesse bastado, arranjaram-me um peão de brega para a jovem,
um moço de espadas, um assessor que me vai para a assembleia trajado de… saias!
Ai que ó valha-me Deus comoéqueistoéimpossível?!?!?!?
Eu vou, eu vou, brincar aos políticos e à gaijas, eu vou |
E as pessoas dividem-se logo entre os grupos de que falei em cima: os que
se espaparretam a rir, e os esclarecidos que acham que não existe problema
algum.
Também aqui eu, Pedro Sobreiro, me coloco do outro lado, ou seja, o meu. Não
é o certo, e acho que nem é o errado, mas é o meu!
Bem sei que o modo de trajar dos deputados, sendo aquela uma casa solene,
é sempre marcado pelo dress code “fato e gravata”. Não se vê ninguém de jeans,
de gangas, ou de havaianas, era o que mais faltava! As pessoas que ali estão,
estão a representar a população que neles votou, e como tal, em consciência, trajam-se
de forma solene. Quando muito, o João Cotrim Figueiredo do esclarecido e
arrojado “Iniciativa Liberal”, que optou por dispensar a gravata, usa um estilo
muito mais informal, mas, ainda assim, q. b. formal.
Assim, pelo que vejo, já vou tendo a certeza que o Livre chegou mesmo para
fazer mossa, mas cá estarei para analisar se chega mesmo a deixar marca, ou se este
agitar de águas, se fica pelas inusitadas inovações.
De realçar, será sempre o ar dos deputados enquanto a sua jovem colega
brilha, que se divide entre aqueles que ficam de ar sorumbático a fitar o abismo,
aqueles que se vê mesmo que estão atentar abstrair-se do que ouvem e a pensar
numa coisa qualquer terrivel que lhe aconteceu para não se rirem; e os outros
que estão no limiar de se espaparretar mesmo a rir.
O meu comentário final é: “se tivessem pensado bem, veriam que tudo isto
não teria sido necessário”.
E tenho dito. Bem hajam pelo tempo de antena do canal SABI TV.
1 comentário:
A gagueira, o tipo da saia e e o fulanito a falar mal da badeira, foi tudo orquestrado inteligentemente e fonciona ser coitadito não caucasiano é uma mais valia na nossa Grande Nação... É preciso é que o Benfica ganhe... o resto não importa... Abraços a todas a Raças e "orientações" sexuais. (Todos fazemos falta)
Enviar um comentário