O homem, já com filhos bem mais velhos que eu, um cristão
convicto, daqueles que não tem vergonha de dizer que segue o exemplo de Cristo,
em quem acredita como eu, habituado a comentar consigo o seu Sporting e o meu
Benfica, cordato, interessado, calmo, perguntou-me ontem à noite, à hora do
café:
- Então o que é que me diz disto do Guterres na ONU?
- O que lhe digo disto? Epá… que é uma honra enorme. Uma
honra para o meu país como nunca me lembro de ter tido na minha vida. Uma coisa
grandiosa e tenho nele uma vaidade enorme. Se pensarmos que desde os anos 70
que o cargo não é desempenhado por um europeu, na forma limpa como foi eleito e
na lição de democracia que podemos daqui extrair… é um orgulho. Todo um
orgulho.
O mundo está perigoso de se viver. Oxalá Deus o acompanhe e
ajude a ajudar os oprimidos e os que vivem sob o medo que paira sobre o nosso
mundo, os nossos dias.
- É muito bom, não é?, perguntou.
- Bom?!?! É demais! Isto é como se… o papa fosse um bispo
português eleito pelos seus pares, ou se fossemos campeões do mundo. Isto é
Portugal a jogar na Liga dos Campeões.
“ À sexta votação, o
candidato português recebeu 13 votos favoráveis e duas abstenções dos 15
membros do Conselho de Segurança da ONU.
António Guterres
aclamado como novo secretário-geral da ONU
O português vai
suceder a Ban Ki-moon e entra em funções a 1 de Janeiro.
Guterres foi indicado
por unanimidade
“O Conselho de Segurança das Nações Unidas indicou formalmente o nome
de António Guterres para o cargo de secretário-geral da ONU. O anúncio foi
feito nesta quinta-feira, em Nova Iorque.
Depois da conferência de imprensa de quarta-feira, em que os membros do
conselho demonstraram o seu apoio unânime à candidatura do português, não é
propriamente uma novidade, mas é certamente um momento histórico.
A Assembleia Geral da ONU deverá, segundo a Reuters, reunir-se na
próxima semana para ratificar o nome do português.
No encontro com a imprensa a seguir à reunião à porta fechada desta
quinta-feira em que o Conselho de Segurança da ONU formalizou a escolha de
António Guterres, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, quis
destacar “o processo muito claro de unanimidade” dentro daquele órgão.
“O mais importante é este sentido de unanimidade e unidade do conselho,
que espero que seja também veiculado pela Assembleia Geral da ONU”, afirmou o
responsável russo, que ocupa neste momento a presidência do conselho.
Questionado pela imprensa sobre qual espera que seja o eixo da actuação
de António Guterres, Churkin foi taxativo: “Trata-se de um homem muito
empenhado e inteligente, não posso falar por ele.”
Sem querer adiantar qual o impulso que espera de Guterres em dossiers
específicos como a Síria ou a Ucrânia, o embaixador russo prosseguiu no elogio
ao novo líder da ONU, um homem de “muitas qualidades”: “Tem grandes credenciais
ao nível da ONU, viajou por todo o mundo, e viu as coisas mais horríveis; é um
político de alto nível, que fala com toda a gente e escuta toda a gente e
expressa francamente a sua opinião, é uma excelente escolha.” Momentos antes
desta votação decisiva já o embaixador da França nas Nações Unidas, François
Delattre, tinha afirmado que Guterres era “o líder certo” e o homem capaz de
“juntar a comunidade de nações”.
Mas desde quarta-feira que os elogios e felicitações a António Guterres
vinham surgindo de dentro do Conselho de Segurança.
Guterres vai trazer “a liderança, a visão e o sentido de missão de que
as Nações Unidas precisam”, afirmou na quarta-feira no Twitter o embaixador do
Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft. O Reino Unido, tal como a China, França,
Rússia e Estados Unidos fazem parte do grupo de cinco membros permanentes do
Conselho de Segurança da ONU. Nenhum destes países vetou a candidatura de
António Guterres.
“Foi um dia de união, um dia em que nos unimos em torno de alguém que
se apresentou como o mais qualificado, o mais experiente e a melhor pessoa para
o cargo”, afirmou, por seu turno, a embaixadora norte-americana nas Nações
Unidas, Samantha Power, a seguir ao anúncio da recomendação de Guterres pela
voz do embaixador russo, Vitaly Churkin.
À sexta votação, o candidato português recebeu 13 votos favoráveis e
duas abstenções dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
“Conheço muito bem Guterres e considero-o uma escolha excelente”,
afirmou esta quinta-feira o actual secretário-geral, Ban Ki-moon, depois de um
encontro em Roma com o Presidente italiano. “A sua experiência como
primeiro-ministro português, o seu vasto conhecimento do mundo e o seu
intelecto brilhante vão servi-lo bem na liderança das Nações Unidas neste
período decisivo”, realçou o sul-coreano, citado pela Reuters.
Qual é o PIB?!?!?! Miudezas... EPÁ É SÓ FAZEREM A PORRA DAS CONTAS! |
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