Se
eu tivesse assim vagar, tempo para me dedicar a coisas verdadeiramente
importantes, embrenhava-me a estudar o monumento que o Cutileiro criou para
honrar a memória dos estudantes que morreram no Meco. Aquilo para um leigo, assim
para um cepo à arte, como eu, são dois blocos de calhau que querem dizer… nada.
Mas o escultor, o bom do homem, ofereceu o seu prestimoso trabalho e não cobrou
um chavelho. Mais faltaria. Os pais, coitados, tiveram de contribuir com o
material e a câmara de Sesimbra forneceu a maquinaria para ajeitar a… “obra de
arte”.
“A
morte não escolhe idades. Basta respirar e… Por isso é que fiz este monumento
assim rude”, justificou o velhinho.
Epá... podem vir praí uns parvos a dizerem que isto são canchos mas isto é obra bruta a lembrar tragédia!!! Que diabo! Darem-se pérolas a porcos... dá nisto! |
Quem
não ficou nada a favor da coisa e teve tomates para o dizer, foi o bom do
surfista que defendeu que a praia é sagrada e se se fosse erigir um monumento a
cada um que morre naquele cenário, matava-se a praia; e por isso se manifestou
por estarem a associar o seu santuário natural à desgraça e à morte. Certo.
Compreende-se. Ainda por cima, o cachopo é arquiteto e não percebe como é que é
possível fazerem-se mamarrachos destes em dunas protegidas. “Um gajo piso uma
área qualquer em risco ou traz para aqui uma mota e mama com uma multa de 2 mil
e quinhentos euros ou coisa que o valha e agora anda aqui uma retroescavadora a
esburacar isto tudo.”
Realmente,
opá… Ele há coisas…
Mas
o Sr. Presidente diz que é ali mesmo que vai sair a coisa e que opinar o
contrário é “um absurdo”. Bem podem pensar em abaixo assinados para levar dali
os trabucos que o Augusto Pólvora, mete a dita cuja no enredo e diz que isso é “impensável.”
Enquanto ele estiver no poiso… vai ter de ser assim.
1 comentário:
Não sou artista, não percebo patavina de arte, deve ser por isso que vejo neste monumento/memorial simplesmente dois grandes blocos de pedra, nada mais.
Um abraço
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