As
mais velhinhas já tinham saído de casa muito cedo, para o estudo e uma ação
benemérita de dádiva de sangue / despiste de compatibilidade de medula óssea.
Quando a ajuda é preciosa e a nós, não nos custa nada, é nosso dever ajudar.
Eu
tinha à minha responsabilidade, a entrega do catraio mais novo, fardada, a
tempo e horas na escola.
Acordou
bem cedo, contente e a todos cumprimentou, deixando antever o melhor cenário.
Lavou—se, escovou os dentes, vestiu—se, só não calçou os sapatos porque "a
mãe dá cá cada nózorro!!!". A culpa é sempre dos outros. É minha filha.
Desatei,
calcei, apertei, não sem antes engraxar de branco, que o esmero é de ir aos
pormenores. É mesmo minha filha.
Com
os minutos a avançarem e as coisas que ainda faltavam fazer, o complicómetro ia
apertando. O andar sempre tareca, a perguntar tudo, e a mexer em tudo, não
ajudavam nada.
"Mas
onde é que está o raio do spray para te meter no cabelo, por causa dos
caracóis?!?!?! Sem isso não fica nada de jeito. :(
A
mãe diz que já não é preciso. É só dar um jeitinho e meter este gancho aqui.
Só
bebe leite e leva um lanchinho. Não dá para lhe conseguir dar mais.
Lavou
os dentes e apresentou—se na cozinha, de lábios pintados de vermelho vivo.
—
O quê?!?!?!?! É que nem penses!!!!! Achas que te vou deixar, com 7 anos, ir
para a escola de lábios pintados? Nem sonhes...
—
A MÃE DEEEEEIIIIXXXXXAAAAAAAAA!!!
—
Deixa como?!?!
—
Eu já lhe pedi e ela deixa—me.
—
Mas eu não deixo!!!
Aí
começou a dar—se um choro triste, fundo, de incompreensão que eu tive de mandar
parar!
—
Vou acreditar em ti, pequena. Vou falar com a professora Vina e perguntar—lhe o
que é que ela...
—
Ela gosta!!!! Ela adora...
—
E ela diz...
—
Que fico linda!
Deixa
cá tirar uma fotografia para mandar à tua mãe.
Sem comentários:
Enviar um comentário