O
Município de Marvão, amabilíssimo, convidou a população para participar, neste
dia 13 de Março (segunda-feira), na discussão pública do projeto para execução,
da obra de reabilitação do Largo Ricardo Vaz Monteiro, em Santo António das
Areias. A mesma estava marcada para as 6h da tarde, no salão principal da
aldeia, a sala nº 1 do Grupo Desportivo Arenense.
O shôr Sobreiro estava esquecido.
Quando ela, a parceria perguntou: "então não vais à reunião?".
Ele, ou seja, eu, respondi:
"Ai… mas é que podes mesmo crer!”
Passei lá à porta, junto dela, e vi poucas movimentações, ou
nenhumas. Estava aberta, mas vi tão pouca gente que ainda pensei em bater asa
dali. Peguei na estrada para regressar a casa, e a meio dei comigo conversar:
"ai, totó, volta mas é lá para trás, que é o futuro do coração da tua
terra que está a ser estudado, e, se és convidado a participar... participa,
pois".
Lá chegado, o prazer de rever
alguns amigos, companheiros de luta presentes, e o gozo que me dá virar a cara,
a quem… nem o meu cumprimento merece.
O senhor edil do concelho,
acompanhado da senhora engenheira do município, estavam prontos a tentarem
esmiuçar as alterações, que foram feitas ao projeto inicial, já ali discutido
em sessão pública, com as sugestões que lhes foram transmitidas pelo senhor
presidente da junta de freguesia. Todas corretíssimas, segundo me pareceram.
— A "caixa/área" de jogos tradicionais, descontinuada por sua sugestão, seria uma zona de pouco sucesso;
— A manutenção de aparelhos de parque infantil, capazes de atrair os mais pequenos, evitando que o único espaço lúdico do gênero, permanecesse junto à piscina, pareceu—me também muito razoável
E falou—se de pisos a utilizar,
das áreas a manter, e das águas pluviais.
Para aqui o Ti Drocas, a grande
cena continua a ser, que passamos a parecer uma aldeia da Playmobil, onde não
há carros que circulam e pessoas de verdade que vivem.
Uma grande falha da autarquia
foi, a meu ver, não ter conseguido que a planta proposta, pudesse ter sido
exposta, num cartaz alto, ou num projetor, para que pudesse ter sido analisada
por todos, em conjunto, ao mesmo tempo. Como se fosse uma sessão pública de
esclarecimento. No fundo, o que era, afinal.
Como quando cheguei, estava todo
o mundo sentado cá atrás, a boneca do Tio Sabi, foi logo para a fila da frente,
para ver as estrelas de perto. Por isso, quando foi chamado o primeiro grupo de
meninos e meninas que podiam chegar—se adiante para conhecer a obra, meteu—se logo
em bicos dos pés. Ahhhh pois é, bebés.
E vi. Olhem, parece—me bem. Tenho
muita pena que não tenha ido mais gente. Aquilo, no fundo, é a nossa terra,
verdade?
Destes todos “candidatos” que já se
perfilam, nem todos se sairão bem, por certo.
Veremos se as pessoas têm
discernimento, para realmente perceberem quem as pode ajudar, desabnegadamente,
sem interesse, porque têm vida própria e se orientam por si.
Vi, ouvi, saí, dei a vez.
Contou—me por telefone um amigo,
que perdi a cena da noite. Disse—me ele que Shôtor Baltazar, com a sua classe e o seu nível, deu
uma de luva branca a um jovem de Marvão, com idade para ser seu filho, que
agora se julga o paladino da democracia, e veio para ali alvitrar comentários,
a um realidade que não é a sua.
Na verdade, presunção e água
benta... cada um toma a que quer.
— “Então e os da sua brigada, não
o defenderam? Não se levantaram?”, perguntei.
— "Nada!", disse—me.
— "Realmente, para se falar
e fazer boa figura... convém saber. Fica bem, aos outros. E a nós também".
Para se abrirem as bocarras, convém ter algum substrato.
A pergunta do Drocas foi só uma,
dirigida à senhora engenheira:
— E as casas de banho? Não vão
ser intervencionadas? É que isto vai haver tanto luxo em tudo, mas ninguém fala
das WCs, que são absolutamente terceiro—mundistas. Urinois à princípios de
século passado, se dá prisão de ventre... as cagadeiras são rasteiras e estão
sempre que metem nojo aos cães. Tá bem que a malta é muita porca mas os meninos
precisam de brincar em condições. Pelo menos isso.
Recebi um "ah, isso vai ser
contemplado", mas muito vago, muito no ar. Vi que tiraram notas, mas falta
o resto.
Tem que haver cuidado porque a malta está atenta, tem
meios e mecanismos ao seu dispor e nisso aí, é como Deus: não dorme em serviço.
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