domingo, 26 de março de 2017

O demónio de Barcelos




Um casal, um homem e uma mulher, que viveu junto mais de 80 anos e agora viu assim os seus dias terminarem de forma abrupta; uma mulher com 62 anos, e uma grávida de 7 meses de gestação, com apenas 37 anos de idade.

Dificilmente me consigo recordar de um crime de tal forma hediondo.

Esta notícia, que encheu as televisões anteontem, ontem, hoje e amanhã passará à história, depois de bailar na espuma dos dias, faz-me pensar, muito.



Este ser, que estava já a cumprir 3 anos e dois meses de pena suspensa, por ter espetado uma surra na sogra e na filha grávida, era um problema adiado, que estava à espera de rebentar.

Foi ontem presente no Tribunal de Braga para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação. Fica em prisão preventiva. Também, mal feito fora.

Uma sociedade na qual vigora a lei de Talião do ”olho por olho, dente por dente”, é uma sociedade primária, básica, injusta e perigosa. Não é democrática e digna de um estado de direito.

Mas a nossa sociedade, não é menos atrasada. Uma sociedade que deixa um homem mal resolvido, que bate na sogra e espanca a filha grávida porque não o apoiou no divórcio, à solta e não o mete de quarentena... Um< sociedade que o deixa andar assim, por onde quer, a fazer e a comprar tudo o que quer, a ter liberdade para matar desta forma… terrível... não é de bem.

Agora, vai para a cadeia às nossas expensas, a dormir à pala, vestir e dormir sem lhe cair água em cima, vai viver. Vai à biblioteca, fumar um cigarrinho e, quem sabe, fazer um jogging no recreio da prisão, como o outro. Pode ler livros na biblioteca, jogar xadrez, apenas não é livre. Vive ali intramuros mas não lhe falta nada.



Pois eu, (e vocês podem dizer o que quiserem, que eu também venho para aqui botar a boca no trombone, dizer o que me dá na bolha), resolvia bem a coisa de outra maneira.

Sem qualquer tipo de perdão católico (que eu sou cristão novo e sei que falho muito, em muita coisa. Sou humano, afinal.), arranjava assim um sítio em praça pública, onde toda a gente visse, e fazia-lhe precisamente o mesmo! Agarrava-o pela pouca penugem que tem na cabeça, peles incluídas, e com um granda facalhão, muita bem afiado, cortava-lhe lentamente o pescoço, para que os seus gritos aflitos ensurdecessem a minha raiva, e os da menina mulher que sucumbiu às suas mãos, com a barriga cheia de esperanças, que, por ele, nunca se materializarão.

Nem mais um cêntimo contigo, desgraçado. Nem sonhar com os dois ordenados mínimos, que é o que dizem que custa um preso por mês.

“Epá… isso era desumano. Era primitivo”, dizem.

Tudo bem, mas para grandes males, grandes remédios

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Ficaria a esvair-se em sangue. Depois, deixava os animais famintos, comerem-no todo.

Não gastaria nem mais um cêntimo contigo, desgraçado.

“Epá… isso era desumano. Era primitivo… Mas que raio de tipo és tu, ó Sabi?”

Tudo bem. Aceito. Mas… para grandes males, grandes remédios.

Eu sou a favor que existam tipos que defendam o bem comum, espertos em leis que ajudem quem precisa. Mas não sou nada a favor de advogados que, a troco do dinheiro que lhe pagam, defendam quem se vê que não tem razão nenhuma. Este gajo pode lá ter safa nalgum lado? Prá puta que o pariu!

Se houver gente que me acha grotesco, só lhes pergunto, e se uma dessas pessoas que foi degolada fosse a sua mulher, que estava grávida de si? Se fosse a sua mãe, ou o seu pai, pensaria da mesma forma?  

Degolado vem do verbo degolar. É o mesmo que: decapitado, guilhotinado. Para se cortar a cabeça a uma pessoa, tem que se lhe ter muita raiva e é preciso muita força. O pescoço tem muitos nervos, músculos e a coluna vertebral. Tem de se cortar com força, com uma faca bem afiada. Fez isso a quatro.

O demónio este, era problemático, dava estrilho e sinais óbvios de destempero. Porquê nunca, ninguém, lhe deitou a mão e o engavetou? Quantos assassinos destes haverá por aí? Gajos que se vê mesmo que estão, na beirinha de saltar o precipício da sanidade para o outro lado?




Quanto vale isso?

Quem remedeia essa falta e essa desgraça?

Se fosse a minha justiça que mandasse, pelo menos, da próxima vez, pensariam duas vezes se era isso que queriam para si. Ao menos isso.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Tenho a mesma opinião, há quem não mereça nem o ar que respira, este senhor é um deles. Era dá-lo ao marido e pais da grávida e familiares dos outros desgraçados, de certo saberiam o que fazer.

O meu pai costumava dizer e desculpe a expressão: "queimados pelos cornos ainda era pouco".

Um abraço