sexta-feira, 24 de julho de 2015

O 2º Voltar a Casa em 2015 (e foi tão bom...)

Foto de família 2015

E em 2015, voltámos todos a casa. O segundo encontro dos miúdos(as) que nasceram na Beirã foi um sucesso ainda maior do que eu sonhei. Se no ano passado foram 28 os que acorreram à chamada e tive uma alegria tão grande, neste ano, que tanto temi que caísse e tantas noites de sono tranquilo perdi, tive um pleno de alegria e emoção  com os 34 lobitos que acorreram à alcateia (do Agrupamento 659 da Beirã). Tão bom voltar à nossa casa, aquela que há-de sempre ser a nossa aldeia. Se os humanos pudessem ser como os elefantes e fossem morrer de idade no seu sítio, era aqui que cairia.

Tudo nasceu de uma conversa informal no facebook com o amigo Nuno Carrilho, que não via há muitos anos e da vontade imensa de voltar a reunir, nem que fosse por um dia, os miúdos que viveram juntos os tempos de infância naquela aldeia única (ainda que fosse apenas nas férias). O propósito decorreu de uma conversa sobre o meu acidente e de como não fazia nenhum sentido deixarmos que as vidas nos afastassem quando temos as novas tecnologias para tanto nos aproximar. Nós, jovens que não somos embrutecidos e sabemos utilizar a internet e os smartphones, não nos podemos permitir ficar décadas sem vermos pessoas que foram tão importantes para nós e com as quais partilhámos tanto. Apadrinhados pela fada madrinha do facebook, a nossa Mena Sacramento, decidimos meter mãos à obra.

A conversa deu em desafio, contatos foram feitos e de uma forma muito amadora e em jeito informal, foram-se apontando agulhas para o dia 12 de Julho de 2014. Como se pode ver aqui.

Mas a vida foi madrasta e na véspera do evento acontecer, levou-me a Ti Bia, o que me fez equacionar não comparecer. No entanto, pensando melhor, revi a alegria que ela punha no que eu tinha ajudado a acontecer, na esperança em rever tanta daquela gente que, à última da hora, decidi estar presente. Fui de preto por dentro e nunca com a alegria que esperava ter mas fui e vi, e toquei, abracei e cheirei. Vivi.

O primeiro a chegar. Com o meu maior património.

Compareci mas arquei com muita da responsabilidade das inscrições, das comparências, dos contatos com o restaurante Sabores de Marvão. Muita ansiedade, muita indefinição de quem ia, onde se inscrevia e prometi-me que no futuro, porque queria que continuasse e crescesse, muita coisa teria de mudar. A começar pela definição de antemão da data para 2016, certa a 18 de Julho (sábado da festa da Beirã) e do pedido claro de colaboração da Junta de Freguesia a nível de operacionalização no terreno, logo assumido na pessoa do seu presidente, Tómané. Se o Nuno e eu fomos os pais, e a Mena o anjo da guarda em 2014, o grande responsável para que tudo acontecesse em 2015 foi o nosso presidente Tómané. Na semana antes, telefonei-lhe todo descorçoado porque as inscrições na net estavam muito fracas e se as inscrições na Junta fossem poucas, menos de 20, o melhor era deixar-se cair a coisa, para grande pena minha. Respondeu-me, ligando, que nem pensar!, que tinha muitas inscrições e que não podíamos deixar morrer uma coisa tão bonita que tinha acabado de nascer. E assim, muito graças a ele e ao apoio que prestou, dos 28 do ano passado, passámos para 34!

Dos presentes tiro o chapéu ao Nuno que veio de longe sem pestanejar e à nossa Mena que disse logo que não perderia isto por nada! Depois tiro também o chapéu aos repetentes, a todos os que gostaram e voltaram e faço um agradecimento muito especial às minhas 3 mulheres que desta vez me deram a honra de me acompanhar pela primeira vez. Um agradecimento também muito afetuoso ao meu irmão que me provou que afinal a casa dele não é em Portimão como me respondeu quando lhe perguntei se vinha ao “Voltar a casa” (Qual voltar a casa?!?!?!? A minha é em Portimão! Palerma!) e aos Felinos que compareceram em toda a linha e em todas as frentes, com uma tripla de luxo. Poucos mais irmãos compareceram assim em bloco e é pena. Para o ano será melhor.




A Maria João almoçou ao lado. Na do pai. Mas foi tão feliz neste reencontro que já me prometeu que para o ano não faltará! Não a via há décadas. 

Máquinas infernais: o Joaquim Manuel que foi pescado mesmo à beirinha, o pai Tó Manel (de 2015) e o Nuno,fundador. (resistente e sempre presente. Com'a mim.)

Barriga?!?!? Qual barriga?

Vá lá uma minizinha para a abater!

Ora bem!


Muita gente se desculpou e disse que não podia por causa disto ou aquilo. Não sou ninguém para dar sainetes, nem isto é lugar para lavar roupa. Mas é importante que as pessoas metam a mão na consciência e pensem que é uma vez no ano. 1 dia em 365. Convém aqui recordar as palavras do presidente Kennedy quando dizia aos americanos para não perguntaram o que é que a América podia fazer por eles mas sim o que eles podiam fazer pela América. A roda está iniciada e vai crescendo à medida que lhe formos dando calor e afeto. Ou morre, se fizermos todos como eles, ou avança. Depende de nós. Eu sonho que este evento venha a ser grande e que em vez da sala do restaurante Sabores de Marvão, possamos ter de fazer num sítio bem maior para albergar todos, sempre em parceria com o Jorge, nosso companheiro desde o primeiro momento. O sonho comanda a vida.



Quanto não vale?


Dos presentes todos tiveram o mesmo papel e o mesmo relevo mas permitam-me que enalteça a presença do Vítor Correia, por dois motivos. O primeiro é porque marca a viragem a uma “nova” geração, de uma faixa etária algo acima da minha e porque abre o leque de abrangência do público alvo desta iniciativa. “Quem são os líderes aqui?”, perguntou. “Não há!”, respondi-lhe e, justificando, expliquei-lhe a informalidade com que tudo começou e os propósitos tão puros e genuínos das raízes do ajuntamento.  Depois o Vítor é uma pessoa muito dinâmica e inteligente que só pode aportar coisas boas. Disse-lhe que cada vez que passo no antigo prédio a alfândega e vejo a nova UAI da Anta, o vejo também a ele, como força motriz que despoletou aquela vitamina que mantém hoje viva a Beirã, a aldeia que nasceu com o progresso (abertura do ramal de Cáceres - caminhos de ferro) e morreu com o progresso (abertura do mercado económico comum e a livre circulação de pessoas e bens), tendo sempre vivido uma sociedade de serviços (sem fome, sem desemprego) num Alentejo que sempre foi o buraco negro de Portugal (seco, sem água, sem solos férteis, sem pessoas) depois de lhe ter matado a fome durante o Estado Novo.

“Tu também foste um dos sócios fundadores  da Anta, não foste Vítor?”, (antes de ser manietada por muitos dos crápulas que hoje quase mandam no concelho. Coisa que pensei mas não disse.)

“Fui. Sou o sócio número 1 da Anta”.

Já me respondeste.

Pois o Vítor pode ser a mola que pode chamar a esta alcateia muitos e muitas mais velhos que nos podem ajudar a conseguir dar o salto deste almoço para o recinto de festas ou para o pavilhão da Anta. Um passo de cada vez. Grão a grão.

O facto que se revelou decisivo no ano passado de definirmos à priori a data de realização para este ano, por forma a nortear o evento e para que todos pudessem contar com a data e antecipar a vinda, foi mantido. Em 2016 atingiremos o pleno: o Voltar a Casa 3 - 2016 será no sábado, 16 de Julho, dia da nossa padroeira, Nossa Senhora do Carmo. Será no dia da missa, da procissão, da festa. Será num dia em cheio, em que muitos poderemos voltar a experimentar sensações de outros tempos!


Quanto não vale? 2


O futuro

O futuro (2)


Quanto não vale? (3) Não via esta almas juntas há...

Ah lateiro!
Quem comeu mais?

Foste tu! (as migas estavam tão boas...)

Ora bem!



Sala de chuto
E da cabeça do Sr. Vítor Felino saíram estes nomes em catadupa para chegar aos quais peço a colaboração de todos. Seja por telefone, por mail, por facebook, há que chegar a eles porque era mesmo bom tê-los entre nós (para além dos que estiveram em 2014 e não apareceram neste ano (ver foto abaixo), gostaríamos ter também: Paulo Varela, Fernando Belo, Regina Ribeiro de Castelo de Vide, Dulce Beatriz Silva, Paulo Agapito; Bela, Quim e Xana Carita; Vítor Salsa, Glória e Fátima Ferro, Luís Grilo, Vítor Nicau, Paulo Galacho, Zé Luís e Luís Murta, Maria João e manas Graça, Zé Fernandes, João e Nuno Carita.

Foram estes em 2014
E estes em 2015. É só comparar...

O que foi um sonho lindo, voltou a acontecer. Depois de muitas indefinições, concretizou-se. Para o ano, com as pessoas que já se acoplaram e o apoio fundamental da junta que encarregar-se-á de divulgar tudo no cartaz e na internet num grupo aberto no facebook, acreditamos que só cresceremos. Para que a Beirã, nem que seja por um dia, volte a ser a aldeia de sonho que era.

O melhor balanço que ouvi foi no dia de hoje, ao Rui Felino, que se mostrou agradavelmente surpreendido por ter visto tanta gente que não via há tantos, tantos anos e disse: “para o ano farei mesmo tudo para vir. Foi muito bom.”

Podes crer. E ainda há-de ser melhor! ;)

Sempre nossa. Sempre única!

Vai uma sandocha para a tarde? Ai eu cá sim!





Tríptico era mesmo isto que se queria I (primas mas sempre antes tão distantes)

Tríptico era mesmo isto que se queria II

Tríptico era mesmo isto que se queria III

Era mesmo isto que se queria também! :)

E as gaijas que me tinhas prometido, ó Pedro?

Gaijas?!?!? Onde?





Foto sem emplastro

Foto já com o gajo!




Foto com a rainha da festa, pelo segundo ano desaparecida.
Ana... para o ano não me falhas!
Foto da dupla do TIRITICUM
Andamos nos mesmo drunfos!



E para fechar da tarde: o recuperar de um mito parado há 35 anos. Praia da Rocha: AÍ VOU EU!




Atropelarem um homem!!!!!
( e os traunseuntes ficarem em pânico, como se pode ver)

Vames fugir!!!!!!!!!!!