terça-feira, 31 de janeiro de 2017

(Presos) Nas areias movediças da terra do carrrrrrrrapau.




 Epá… aquilo foi muita mau. Para falar em jogar, jogar… não jogámos uma beata, mais propriamente. Vi a 1ª parte do desafio em casa, a cavalo da televisão inventada pelo técnico vencedor da Taça da Liga ontem e tudo corria, impecável… no que diz respeito ao visionamento. Imagem belíssima, com fluência, sem intermitências,16:9, som quase dolby surround.

Quanto ao espetáculo… resumindo, descodificando e traduzindo: os sadinos foram lá uma vez e faturaram. Nós, assim de memória, conto uma do meu Barba da Chibo a rasar o poste, uma do piquinino marrafinhas Cervi a um palmo do mesmo barrote e uma do Pizzi, completamente disparatada, por cima da barra.

Fui para baixo, passear o Sizzle, tomar café na Velhaca do Adro, e sofrer com a minha tribo benfiquista (o meu amigo octagenário Zé Maria do Táxi, o Sr. Jorge, Sr. Lima, João Vitorino e JJ, enquanto lia o Correio da Manhã, com a camisola oficial que lhe dei, envergada, para dar sorte). Ali veria a segunda parte mas… e tanto lamento, tanto lamento, tanta lamúria que “assim de certeza que a gente não vai lá” que tive de dizer, não gritando, mas bem alto: MASQUERAIODEGAJASSÃOVOCÊS?!?!?!? BENFIQUISTAS DE BOLSO, CATANO!!!!!! VAMOS LÁ MAS É PUXAR POR ELES FFOOOOOOOOORRRRRRÇÇÇÇÇAAAAAA BBBEEEEEENNNNNFFFFIIIIIIICCCCCCCCAAAAAAA AAAALLLLLEEEEEZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ…

Mas o jogo não ajudava nada. Eles tinham razão. Mas eu nunca lhes dei parte de fraco! Bola aos bochechos, às mijinhas, aos saltinhos, ora para trás, ora para a frente, ora para fora, ora para o lado E ESTAVA MESMO A VER-SE QUE O CABRÃO IA APITAR FALTA!!!!!!

Epá… que difícil. Porra! Isto não se deseja a ninguém.

Ainda por cima, sem o meu Rui Vitória no banco para eles chorarem no ombro… O Rui é assim um homenzarrão, ribatejano, coxo mas alto, gordo mas espadaúdo, que fica sempre bem. Já o Arnaldo, o seu adjunto, cotadinho, parece assim uma personagem do tipo Mister Bean. Não chega. Só dá vontade de lhe dizer: ”vá, piquenino! Vai lá chamar o teu dono que eles batem-te”.



Os gajos jogaram com o autocarro estacionado em frente à baliza, toda a segunda parte. Não houve mais hipóteses de golo. Nem nós conseguíamos, nem eles lá chegaram. Metade sonsa e aburrida. O meu Barba de Chibo, perdulário, falhou dois ou três bicos que dariam para escavacar a muralha de carapaus. O Jonas… parecia um menino de coro.

E depois… más decisões. O CARRILHO?!?!?!?!?!?!?!?!?!!?!?!?!?!?!?!?!!?!?!?!?!?!? Mas se eu duvido que ele seja sequer capaz de jogar à bola, quanto mais? Mas aquilo de continuar a metê-lo é pirraça, ou não? Alguém já soube de um jogo em que entrasse e conseguisse fazer alguma coisinha de jeito? Ai ca com c****ramelo!



E aquele bebé com cara de Camões chamado Rafa… é muita bom mas… fez um grande chapéu mas… nem garra, nem atitude, nem nada, porra! António Variações dum corno!

Olhem, para mim, o que faltou, foi para além do Vitória no banco, sorte, um Feljsa com rotação, um Jiménez que nos salvasse e o meu Topo Giggio, o Gonçalinho Guedes, que era um furão, um furão, onde quer que se metia mas… foi vendido.

Para finalizar em beleza: mesmo ao terminar do desafio, já no período de compensações, um penálte óbvio sobre o Carrillo, mesmo com a câmara de filmar em cima. Eina ca ganda pinta! Para cúmulo da lagartagem d’’um corno, que devem de estar a abrir garrafinhas de espumante e a exultar de alegria. Eles que passam a vida a ladrar por causa dos males da arbitragem, hão-de ter que enfiar um clíster no olho do rabo para limparem a tripa!

Mas o vosso Tio Sabi tranquiliza-vos: os morcões já nos estão a lamber as botas de cowboys, nós sabemos. Mas continuam a 1 ponto atrás. Ainda têm de jogar connosco e… contra os lagartos! Olha! Já neste fim de semana! E aí, já sabem: o meu terceiro clube a seguir ao Benfica, ao Grupo Desportivo Arenense, é o Sporting Clube de Portugal! E olé!



E eu bem sei que eles… vão ajudar a gente, pois vão? Ò Jasus, meu lindo, tu gostas tante da gente. Vai ser engraçade de ver.

Pois e amanhã, deixem-se de discursos de merda e de conversetas de desgraçadas comigo, quando nos cruzarmos. A minha resposta vai ser sempre: Tricampeões, à frente da Liga Zon Sagres…a viver uma fase menos boa… da qual vamos sair. Fé. Crença! Alma Benfiquista!

ATÉ MORRER!!!!!

De uma reportagem deste blogue em  24 de Outubro de 2009, quando espetámos 5 a zero ao Everton
Um mítico! Um histórico! Mais um incontornável na galeria de cromos benfiquistas: o Grande Máximo, o taxista, que apareceu com a Benfica TV atrás. Diz-lhe alguém de uma das mesas: "Ó Máximo... é Benfica até morrer!". Ele responde, categórico: "Até morrer?!?!? Benfica até depois de morto!". Grande!


domingo, 29 de janeiro de 2017

Eu, bem aventurado, me confesso


Porque é que me levanto a horas de ir trabalhar, quando posso ficar na cama a dormir toda a manhã, aos domingos? Porque é que saio da casa quentinha, à lareira e vou para uma fria, onde a respiração até condensa no ar? Porque é que digo que saio de lá mais cheio?

Porque me vou juntar à minha gente, que acredita como eu. Porque ali ouço palavras como as de hoje, do evangelho. Eu jogo nesta equipa. Eu também sou bem aventurado. E não é pela suposta recompensa, que cá dizem. É porque me sinto bem assim. E sou feliz. Não o podendo ser mais de outra forma.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

E o teu Benfas, pá?!?!?





E foram bem mais de meia dúzia, os interlocutores que, ao longo do dia, ao se cruzarem comigo, perguntavam: então, ó Drocas, ontem não comentaste o teu Benfas? (isto dito, claro está, de forma mais macia e com outro sossego, que eu não dou assim confiança para tanto. A cada entrada duro, meto logo a pata no pescoço, junto ao ouvido, para marcar distância.)

Não comentei antes, mas comento agora.

A verdade é que… não vi o jogo.

Tive uma reunião com os meus camaradas/amigos/colegas/compinchas do movimento Marvão para Todos e valores mais altos se levantaram. Diz o povo, que é sábio, que quando se mistura o azeite com a água, este vem sempre ao de cima. Os que têm uma grande espinha dorsal, forte convicção, querer puro, amor à terra, continuamos lá, sem nos estarmos a deixar iludir por promessas vãs de poder, pelo culto da personalidade. Nunca iremos atrás seja do que for, à exceção de Marvão. Assim continuaremos, em equipa, em espírito gregário e solidário, a continuar a reunir nomes, e fortalecer a nossa falange.

Só para que consigam avaliar, quem quiser, o nosso amor a Marvão, e o nosso apego a esta terra, saibam que prescindimos de um serão caseiro de luxo, para nos metermos à noite fria e irmos falar, acertar, aprimorar detalhes no sentido de chegarmos melhor às nossas gentes.

Prescindi de uma noite, em casa, com as minhas filhas e mulher, à lareira, a assistir ao clube do meu coração, na televisão, em canal aberto; para me fazer à noite escura, molhada, fria. Combater o desconhecido e o infortúnio. Que força é esta?



Chegado ao ponto de encontro, integrei-me, participei mas não resisti a espreitar o resultado no telemóvel e tranquilizei. Mestre Sálvio já nos tinha metido na frente. Dali seria difícil já sair. Depois do que conseguimos fazer com o Boavista em casa (Empatar depois de estar a perder por 3, aos 25m), já nunca desanimo, perante o infortúnio

Mas eles empataram…

“Ah… nem sequer vou dizer nada aos amigos, para não os desanimar. Estamos aqui estamos a marc…! Outro?!?!?!?
Epá… assim é mais complicado…
Estava eu a pensar nisto e… 2-1?!?!? Porra! Então agora foi o quê?!?!?!?
Vou já desligar esta porra.
Só espreitar para se no caso de se conseguir dar a v…
3-1?!?!?!?!?!?!!?!?!?
Caraças! (Para não dizer c*****o!!!!!)

Claro que cheguei a casa e fui logo a correr para ver as imagens. Epá… não se pode ganhar sempre, é um facto. Mas o que me parece, do pouco que vi, é que podemos ter sido um bocadinho displicentes, ou muito displicentes, vá. Depois, os de Moreira de Cónegos agigantaram-se movidos pelos bravos valores que lá têm. Só sei que mereceram ganhar. E ganharam bem.

Duas premissas:
11)      Não deve haver nada mais aborrecido que ganhar sempre. Talvez só… perder sempre.
22)      Uma ou outra derrota (quando não demais), dão ainda mais sabor às vitórias.

A mim custa-me sempre imenso quando o Benfica perde. Não tanto como era antes do acidente, que aí era mesmo doente, mas, no entanto, custa.
Mas se me for dado a escolher, prefiro muito antes perder esta que:
1.       No campeonato
2.       Na Taça de Portugal
3.       Na liga dos Campeões.



Rui, há muito a falar, há muito a acertar, mas nada de fazer fantasminhas, porque eles não existem.

Os gajos foram letais e nós, perdulários. Aquele primeiro golo dos gajos é uma comédia. Os nossos defesas, tadinhos, meteram-se mesmo da maneira a não conseguirem cortar o lance. Pareciam uns bonecos cabeçudos.


Depois os gajos agigantaram-se. Putos do Suporten, um treinador lagarto de toda a vida que foi lá campeão…

Os lagartos ontem que não dormiram de fraldas, podem ter acordado com os chinelos molhados.

Eu consegui dormir. Bem. Dá-me mais lida o jogo se segunda, para a nossa prova mais desejada, em Santa Maria da Feira. CCCCCCCAAAAAAAAAAARRRRRRREEEEEEEEEEGGGGGGGAAAAAAAAA

BBBBBBBEEEEEEEEEEEENNNNNNNNFIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICCCCCCCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA <3


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A restauração, com muita alma e coração

Este texto é da inteira responsabilidade de Pedro Sobreiro, freelancer, cabeça pensante da sua cabeça. Surge não integrado num movimento ao qual pertenço, mas surge aqui porque penso. E sou assim.

Fotomontagem que serviu de cartaz, com as minhas mãos, enquanto vereador responsável pela cultura, em 2006, o meu primeiro ano na câmara. Uma foto minha da vila e duas imagens da época. Tanto amor.

Este amor é velho...
http://vendoomundodebinoculosdoaltodemarvao.blogspot.pt/2008/01/o-meu-concelho-o-meu-heri.html

A data da restauração do concelho, neste dia 24 de Janeiro, é sempre uma data vivida por mim como sendo muito importante. Penso nisso logo desde as primeiras horas da manhã, e a ideia anda sempre comigo, ao longo do dia. Como se alguém muito chegado fizesse anos. Sinto-me feliz ao pensar que recuperámos aquilo que tínhamos perdido. Com a revolução liberal do séc. XIX operaram-se fortes transformações na organização administrativa do território, e no interior do país, sobretudo. Sentia-se uma grande falta de recursos para responder às necessidades das populações, bem como uma enorme dificuldade para encontrar homens com instrução, habilitados para o exercício dos cargos políticos.

Com o país assolado por uma reorganização política e administrativa ao longo de todo o território, Marvão, um concelho com raízes seculares que remontam ao tempo do municipium amaiense, foi, por ser de terceira ordem; por ser assolado por uma enorme taxa de analfabetismo, que resultava em ser muito difícil conseguiu recrutar capazes aptos para participarem nas vereações; e por ser tão difícil o conseguir reunir as verbas necessárias para a gestão corrente, foi anexado ao de Castelo de Vide, a Setembro de 1895.



A racionalização dos parcos recursos financeiros e humanos foi, pois, a grande razão de fundo para esta mudança que nos retirou a ancestral autonomia. Não houve grandes manifestações e revoltas, até porque nesse então, as mudanças a nível nacional eram grandes e frequentes. Então, no início de 1897, o governo caiu, enfraquecido pela oposição e pela sua própria inoperância. Pouco depois, no ano seguinte, novas eleições deram razão às reclamações e o concelho de Marvão regressou ao sítio de onde nunca deveria ter sido retirado. 

Autonomia que recuperámos quando um licenciado em Direito, António de Mattos Magalhães, professor que se dedicou durante muitos anos à instrução (mandou erigir, a seu custo, a escola da Beirã, onde aprendi a ler e escrever), agricultor, visionário (arrematou as termas da Fadagosa em hasta pública, nunca as tendo conseguido impulsionar tanto e da forma que queria) e político (durante mais de 20 anos. Era vereador à data da extinção e quando conseguimos recuperar a câmara, assumiu a presidência da comissão administrativa e mais tarde depois das eleições municipais, a presidência, finalmente.)

É este grande homem que recordo sempre que entro no edifício da Casa do Brasão, o meu local de trabalho, onde funciona o Serviço de Finanças de Marvão, situado numa rua precisamente com o seu nome. E é ali, que sempre que me é solicitado em conversa com os contribuintes, tento recuperar o seu espírito de unidade do meu concelho. Quando me perguntam se poderão fazer o pagamento na internet, ou no multibanco, por exemplo; eu recordo que quem está muitas vezes em lisboa a fazer a planificação territorial ou a analisar os fluxos de fundos e de trabalho, analisa gráficos e quadros, olha para valores e estatísticas e se a nossa tesouraria está às moscas… deixa de fazer falta.

Falo sempre no meu caso, que é o que conheço melhor. Eu faço assim. Quando vou ao Modelo às compras, estranho as filas nas alturas de maior tráfego, nas caixas de pagamento, quando dantes, mais que 2 eram uma multidão e vinha logo mais um operador sabe-se lá de onde, para abrir mais uma caixa para satisfazer o cliente. Agora a malta impa, amontoa-se e não vem ninguém?!?!?!?

Olho para o lado e lá estão elas, todas reluzentes e a piscar, as caixas eletrónicas onde NÓS somos os novos empregados do Belmiro de Azevedo. Olho para lá, mostro a língua e marcho-me caminho do Leclerc ou do Lidl, que apesar de terem nomes estrangeiros, privilegiam os corações portugueses, portalegrenses, que batem atrás da máquina registadora; e as bocas que se alimentam do salário que dali sai.

A restauração vive em mim quando ouço as pessoas que dizem “ah… a gente vai a Castelo de Vide porque vamos ao Pingo Doce e fica ali mesmo à mão de semear” ou “a vila fica mais próxima dos Barretos e desgasta menos o carro que se farta de gastar combustível quando sobe a Marvão” e eu comento “façam isso, façam. O que tratam aqui, podem tratar em qualquer serviço de finanças e lá serão certamente bem atendidos. Mas andem que fazem bem. Andou aquele bravo a bater o pé para nós termos de volta aquilo que vem do tempo dos romanos para agora, terem essa gentileza para com a sua memória.”

E foi por ter esta visão cheia, plena do dia que era, que já tive a honra de viver enquanto vice-presidente de Marvão, que desci amargurado enquanto passava pelo séquito de eleitos que se aproximavam da casa da Cultura, como formigas para o carreiro. Eu poderia ter lá ido, eu poderia tê-los metido de lado e comido só as batatinhas fritas mas… não consegui. Imaginei um Marvão de honra, imaginei aqueles sorrisos, aquelas simpatias, tantas cínicas e achei que nem Marvão me pedia que fizesse isso. Desci para Santo António e não fui lá.

Aqui chegado, apeteceu-me escrever sobre aquilo, que é data importante e ver o que por lá se passaria . Assim dei com a Cerimónia de entrega dos prémios do 3º Concurso Municipal de Ideias de Negócio, que é mais uma ideia absolutamente visionária, creio que do vereador Pires, que era o que mantinha esse pelouro, quando coabitávamos. Se é o 3º, quantas ideias terão sido exequíveis dos outros 2 que lhe antecederam? Seria engraçado, e estimulante, de saber. É que no site, que continua tão navegável e apelativo quanto era no meu tempo (eu não mandava nada nele… era “terreno” de outrem), não encontrei nada de nada. Nem uma foto dos projetos vencedores, nem uma nota informativa, nem uma chamada de atenção. Apenas um cartaz e nada mais. E das duas, uma: ou eu não percebo um cacete de internet e não consegui dar com o óbvio; ou ter lá na câmara um jornalistazeco de serviço do regime, que se ajeitou debaixo de asinha do presidente e ali se deixa estar, cómodo, quentinho, apenas a fazer o bonito e a tirar fotos nos eventos em que vem muita gente, ou a arranjar e produzir o mural do facebook do patrono; não valeu de nada, ali.


Olha... só tinha regras e formulários. Dos trabalhos... nicles


Para selar a época que é tão nobre, tão autêntica e tão nossa, haverá com certeza um evento ao nível, no sábado de tarde, dia 28: um concerto “Obras para voz e piano” com uma soprano e um pianista, que interpretarão obras… clássicas, prontos. Não vale a pena estar a dizer de quem são porque para mim, são todos iguais. E se para mim são assim, presumo que para ti serão iguais, não é verdade? Eu sei lá se aquilo é italiano de jeito ou aquele mianço esganiçado da fulana quer dizer uma tragédia de faca e alguidar, ou o preço de todas as variedades de peixes em exposição na lota de Nápoles. Aquilo tem lota, não tem? Deve ter. Há em todo o lado onde há mar.

Bonito cartaz. Quem fez? Está bom.

Esta cena assim clássica fica sempre bem. Veremos de as damas do regime vêm com um xaile negro às costas… ou uma écharpe de pele. E ele(s) de óculos de massa preta, que sempre dá um ar de intelectual. Por isso é que eu tenho os meus. Claro que não é por serem bonitos. Já não vou lá à oculista há muitos anos, mas eu acho que já nem preciso de óculos. Quanto mais velho, melhor.

E lá irão… sempre os mesmos do costume. Com um frio do catano, quem é que tem cabeça para se meter na tarde fria, na Casa da Cultura, a ouvir um bacano a tocar piano e uma senhora a esgalamir? Pelllu amooorrrrrrrr dji deuuusssssssssssssssss…. Vixe Maria! Qui si dane! Só se for pelos quadradinhos de boleima. Ou pelos Portinhos, lá está.

Serviço cívico bem feito, e já agora municipal também, seria envolver as escolas e os alunos do nosso concelho nesta temática, explicando-lhes a importância do evento e o seu papel na história. Fazendo que fosse deles este degrau da história de Marvão, com nunca me fizeram a mim, quando era aluno. Se há quem ache que este deveria ser o dia do feriado municipal? Eu, que sou muito devoto de Nossa Senhora da Estrela, que me guarda uma menina com oitenta e muitos que lá tenho a dormir no seu regaço, não acho completamente descabida a ideia.

Se da parte da autarquia e dos PSD eleitos que a representam, a prestação não foi seguramente a mais condigna, quanto a mim, tirando uns tintos, uns vinhos do Porto, uns salgados e uns docinhos; já a oposição da parte do Partido Socialista, deu um passo de gigante na sua afirmação perante o sufrágio que se anuncia, lá para os fins de 2017.

Alguém me falou nisso nos entrementes, mas foi a minha amiga Velhaca do Adro, tasqueira mor de Santo António das Areias, neta da Tia Cavaca, uma das maiores tasqueiras algarvias de Vila Real de Santo António, que me mostrou no seu telemóvel, o vídeo de que se fala. Que é este:

Ora a minha amiga Madalena Tavares, vereadora do partido Socialista no tempo profícuo do Dr. Manuel Bugalho (Centro de Lazer da Portagem, Casa da Cultura, Piscina Municipal de Santo António das Areias), que deixou tantas marcas únicas na história do nosso concelho (é verdade que os apoios e os tempos eram outros), a Madalena apresenta-se agora como alternativa ao que está.

Num vídeo muito produzido, bem enquadrado, numa produção já de um nível elevado, usa todo o seu carisma e inegável charme para marcar posição. Para quem não a conheça, que não devem ser assim tantos, a Madalena é uma querida e a sua imagem parece que se cola a nós. Foi um primeiro bom avanço. Escolheram uma altura simbólica para o fazer e creio que já têm estado a ter algum natural impacto. Diz que Marvão merece mais. Certamente.

Eu, que estou integrado no Movimento Marvão para Todos, que estou nele de alma e coração, já de há dois anos a esta parte, não vejo esta candidatura como inimiga. Não posso ver. Porque isso não vai bem com a minha consciência e não está de bem comigo. Esta candidatura é minha adversária, o que é bem diferente. Quer o que eu quero com a minha: mexer na parcimónia de favorzinhos, palmadinhas nas costas, jogadas de bastidores que toda a gente sabe que há.

O que se passa, e a verdade, é que acho que o meu movimento, o meu Marvão para Todos, é um sonho lindo de um Marvão melhor, mais justo, mais solidário, mais competente, mais unido. Com muito mais trabalho de equipa, muito mais planificações entre todos, muito mais contatos com a população. Esta candidatura do partido socialista, que já deu um passo em frente, quer o mesmo que nós queremos: trabalhar por um Marvão melhor. Mais feliz. Onde seja melhor viver. Veremos como vai tudo. Nós, os meus, continuaremos a trabalhar. Nós, achamos que podemos fazer melhor.

A começar pela estrutura. A história e o tempo, que limpa e apura tudo, acabou por fazer uma seleção natural dos membros do meu grupo. Só continuam aqueles e aquelas que querem mesmo, que estão puros e decidios.

A Madalena pode ter as melhores intenções, mas já fez algumas opções de braços direitos e colegas dos quais ainda não se falou (o vídeo é unilateral), e eu também não irei falar. Ainda. Há gestos que dizem tudo sobre a pessoa. Não tenho de andar com um cartaz A3 por cima da cabeça com uma seta para baixo a dizer: “ESTE GAJO É UM FIXE”. Eu sei que sou. O azeite quando se mistura com a água, vem sempre ao de cima. Esquartejaremos essa temática quando for tempo dela. Sem medos. Olhos nos olhos. De peito feito e aberto.

A política nunca servirá para me afastar das pessoas. A política é boa. É uma boa coisa.

Mas a política, quanto mais não seja, tem o poder fantástico de revelar aquilo que existe dentro de nós. Que pessoas somos De que somos feitos. E há por aí umas meninas que já me deixaram ver o “cú”, salvo seja. Borraram a pintura toda e agora, para mim, para o Pedro Sobreiro, só ma fazem uma vez. Até podem vir pintadas de ouro. Nunca mais me vêm o branco dos dentes. Deus manda ser bom, mas não manda ser parvo. Os parvos pedem a Deus que os levem,

O que eu peço às pessoas é que abram os olhos. Que não deixem tudo ficar como está, que isso sim, seria o descalabro. 12 anos de presidência de câmara em folha de papel pardo, sem visão, sem projeção, sem futuro? Não, por favor. Isso mais… não.

Ahhhh… mas eles fizeram a nova Zona Industrial de Santo António, o Ninho de Empresas e…

Sim, sim, Abelha. Olha, abelhinha minha, abelhinha minha:

- E o golfe com as ovelhinhas e as cabrinhas tão engraçadas lá a pastarem? Aquilo já nunca mais anda?

- E o complexo das casinhas tão bonitas que estão lá ao abandono ao pé das caleiras da Escusa. E essas não mereciam uma requalificação e dignificação?

- E o património mundial? Que não descansaram enquanto não meteram de lá a mexer o Dr. Domingos Bucho? Não sabem quem é o Professor Domingos Bucho?!?!? Epá… não percebe nada de património mundial. Teve sorte quando conseguiu recentemente inscrever o nome da cidade de Elvas, centro histórico e as muralhas abaluartadas, nesse quadro de honra do mundo. Ai o património mundial agora já não faz falta? Miudezas, não?

- Olha… e os antigos edifícios da fronteira de Galegos que estão a ser vendidos maioritariamente a espanhóis em hasta pública? Andou o D. Afonso Henriques a espetar surras na mãe para agora a fronteira vir mais uns quilómetros para cá? E aquilo não ficaria ali bem uma unidadezinha de apoio à terceira idade para malta mais abastada, por exemplo?

- E não haveria mesmo forma alguma de negociar, ou renegociar, ou bater o pé à CP, ou à REFER, ou ao que seja para podermos ter aqui um comboio turístico, mesmo para inglês ver, igual áquela motora na qual eu ia para a Torre das Vargens, quando andava a estudar na faculdade?

Mas será que um Presidente de Câmara não tem nada mais importante que fazer do que andar todos os dias, de motorista da primeira dama a caminho de Portalegre, de manhã e de tarde? Leva e trás. 4 viagens por dia? Se andasse à minha velocidade, perdia pelo menos, pelo menos, 2 horas. De suposto trabalho em nosso prol. 30 minutos para cada lado. 4 vezes. Como a rotação do carro anda bem mais lenta, isto a julgar pela fila qua “carrega” sempre atrás, passa bem deste tempo.

Mas a senhora não conduz? É difícil, pois é? Há Papa-Reformas muito bem apetrechados já! E não necessitam licença. Só se deve evitar é dar as rotundas ao contrário, como eu vi um fazer no Navio. Esperteza.

Poder-me-ão dizer: “ah, ó Drocas: lá estás tu com o teu maldito feitio.”

Que nada, malucos! Eu apenas tenho é coragem de dizer aquilo que toda a gente comenta em uníssono nos cafés.

Que nada, bebés: estado democrático, liberdade! O 25 de Abril foi feito para isto também. Com educação, sem calúnias, sem mentiras, tudo pode livremente ser dito. Se estivéssemos no tempo da outra senhora (e há vezes que a vontade certamente será mais que muita) deveria acordar amanhã com a cabeça de um cavalo morto cheio de sangue na cama. Ou o meu corpo apareceria a boiar cabeça abaixo na ribeira da Beirã, onde começou a nossa história de amor. Lembraste?
O senhor é figura pública, pago com dinheiros públicos, é o meu presidente, também. Só gostava que se dedicasse mais a nós.

O bem comum está aqui. Logo ali.

Beijinhos a todos.

A emissão irá encerrar dentro de segundos.

Adeus

Fim


PS: Tiveram azar. Não morri. Sou um estorvo do catano, não sou? Obrigado.


domingo, 22 de janeiro de 2017

Abertura oficial (abençoada) da caça (ao voto) - por Professor Sabi



Os meus runnings, as minhas corridinhas, são mais assunto de mural de facebook, que de blogue. Um assunto para subir ao blogue tem de ter outra estaleca e outro alcance. Os runnings, com uma frequência semanal, são motivos de apontamentos, de desabafos e picanços para a malta que me segue naquela rede e que me estimula. Malta que por ali convive comigo.
Depois, a minha aplicação de registo de corridas, o Runtastic, entra com o perfil do facebook e aquele registo é mais para consumo privado, para histórico da evolução.

O registo de hoje é de relevo, por dois motivos concretos, e por isso não se esgota no facebook.

Um dos grandes fascínios desta minha capacidade de correr pelo concelho que me viu nascer, é não ter um percurso fixo, concreto, limitado. Não se trata de um campo, ao qual dou voltas, ou um circuito fechado. A cada manhã que saio para correr, rezo e nem sei bem por onde vou.

Hoje tinha pensado dar a volta dos Galegos ao contrário do que faço habitualmente, isto é, descer para a ponte Velha, subir até à parte mais baixa dos galegos (não é contrasenso, é mesmo assim), e regressar pela Relva da Asseiceira. Estava uma manhã linda, fria, de sol, com um ar fantástico. Reparei que o fluxo de trânsito era muito avolumado e percebi então, pensando nas horas, que deveria estar para acontecer a missa nos Galegos, em honra de São Sebastião, que era o 1º grande happening político do concelho em 2017, onde todas as forças que estarão a votos, marcariam presença.  



Motivo 1: Abertura da época de caça aberta (deliberada) ao voto
Gente da minha (leia-se Marvão para Todos) passava de carro e tocava a buzina. Eu dizia adeus e sorria, dando alento para o cenário que haveriam de encontrar. E ia pensando, pensando, sozinho, olhando a beleza do mundo à minha volta. Aquela “guerra” não é a minha. É, mas não é.

É a minha guerra porque estou convicto, com força e sei que a minha equipa é um conjunto de homens e mulheres boas, que querem o melhor para a nossa terra e para as suas gentes. Boas, não porque sejam, ou por se considerem melhores que todos os outros, mas sim porque têm um espírito cristão, de ajudar, de tornar possível, mais fácil, de aproximar a câmara aos munícipes.

Não é a minha guerra porque seria incapaz de trocar aquilo que estava a fazer por… uma manhã de falsidade. Supostamente, o que deveria ter ali levado as pessoas seria a fé, que foi a última coisa que ali os levou. Aquilo foi uma passerelle de fachadas, de sorrisos, de abraços, cumprimentos e mãozadas. No fundo, muito… de nada. Os meus não quiseram faltar, quiseram não deixar de marcar presença e eu apoiei-os, tanto que até fiz questão de passar pelos Galegos, para lhes dar um abraço. Nestas coisas, quem não aparece… esquece e todos nós sabemos como é o nosso povo. Envelhecido, pouco alfabetizado, e com tudo aquilo que é muito natural e comum à natureza humana, onde a solidariedade e a entreajuda, caem com estrondo aos pés da inveja e maledicência. Depois, são facilmente levados por festas, conversas mansas, palmadinhas nas costas. Só assim se pode encontrar a explicação para este prolongamento de um executivo onde não há espírito de equipa, de missão.

Contudo, e este contudo é muito importante, eu acredito que os marvanenses (habitantes do concelho de Marvão) são muito diferentes dos habitantes dos concelhos vizinhos. Acredito que são mais genuínos, mais autênticos, mais terra a terra e essa vertente é-me confirmada por colegas que já trabalharam outros sítios, e mesmo por outros profissionais que aqui vêm.  
Ainda há dias um dos carteiristas que por aí andam a distribuir correio, licenciado sem licença para ter o emprego que merece, me disse que “este concelho é demais! Nos outros a gente anda, distribui e as pessoas passam por nós como pelas cartas de publicidade manhosa. Aqui há sempre uma brincadeira, uma atenção, uma boca. Por isso é que a gente gosta de andar aqui.”

O que ali sucedeu nos Galegos hoje, pode ser analisado de diversos prismas, que se resumem maioritariamente a três: o da religião, o da população e, em último mas não por último, da política.


A visão da Igreja não pode ser destrinçada da figura que é o padre Marcelino. É este homem jovem, extremamente dinâmico, sempre a correr de um lado para o outro, (que até cansa só de o ver) que em sagrada hora nos caiu no regaço, que fez com que a relação do concelho com a Igreja, nunca mais seja a mesma. Para ela, para ele, tratava-se uma eucaristia para homenagear um santo daquela localidade, mas também um evento de suposta beneficência, a fim de recolher fundos para a recuperação das madeiras e dos tetos.

A população viu, para além da devoção de quem crê; a oportunidade de conviver, confraternizar, viver um daqueles bocadinhos que se costumam dizer que, são os que se levam de cá (da terra). Muita comida (sempre extraordinário porco assado do mestre Carlinhos), muita bubida (o que convém sempre), e quando assim é: animação e alegria. Não houve baile porque aquilo é… de respeito.

A visão da política tem sido um aviar de facas. Agora nesta fase, já todos saíram da toca e é um fartar de exposição. Os que lá estão, que nunca conseguiram esconder o transparecer da sua desunião, estão, até ver, a viver umas terceiras núpcias de sonho. Curioso estou eu de ver se o que sempre se encostou, se continua a sentir bem, relegado para terceiríssimo plano (recordo-me que não se ganha assim tão mal; trabalho, desde que se queira, não dá assim muito; e não há limites para mandatos de vereação, creio eu); de que forma as pedras se conjugam e para onde entra quem tem mesmo muita força de entrar. A novela Rondão de Almeida terá aqui a sua versão de Marvão? Será que avança mesmo um arlequim manipulado pelo exterior? E como será que conseguirá agir nos diretos? Papelinhos dobrados com respostas, guardados nas mangas do casaco? O cinto já está!

Todos os direitos reservados, da minha querida amiga, supra citada

Pessoalmente, o que me dói mais a mim, Pedro Sobreiro, cidadão que se presume informado e esclarecido (não muito, mas algo. Certamente.), é que as forças antagónicas ao que está (mas não está), não tenham conseguido chegar a um consenso. Juntos seria muito mais fácil, mais tranquilo, mais certeiro. Mas o que aconteceu nas longas negociações que foram prolongadas durante muitos meses, foi que não se conseguiu chegar a um consenso entre as partes.
Houve pessoas, entre nós, que sempre defenderam que estariam no seio do grupo Marvão para Todos até ao último dia, mas que ao primeiro aceno de possibilidade de acesso ao poder, nos viraram costas.
Outras saíram porque as questões de filiação falaram mais alto, e trilharão o seu próprio caminho. Ou não.
Essas pessoas saíram, por si, e deixarão de estar entre nós em aparições futuras. Facilmente serão identificáveis. Já não estão na nossa demanda.


Quem lhe deu guarita, quem está disposta a avançar por essa via sozinha, não falhou ao movimento ao qual pertenço. Fomos nós que requacionámos bem as questões de acordo com a nossa carta de princípios, e optámos por seguir o nosso caminho a sós, como tinha sido previsto desde o início. O Marvão para Todos não é um grupo de garotos, de miúdos e miúdas que querem brincar aos políticos. É feito de homens e mulheres experientes, com provas dadas na sua vida profissional, familiar e política, que não estão contra o que está. Têm sim, uma visão e uma forma diferente de ver, pensar e programar as coisas.


Essa pessoa que veio de fora agitar as águas, não falhou com o grupo, mas falhou-me a mim. Porque tive muito tato na primeira abordagem, muita sensatez na forma como as negociações foram conduzidas e fiquei com a sensação, admito que possa estar errado, que apenas equacionaria regressar e apresentar-se a votos “pelo amor ao concelho e a Marvão”, se as partes oponentes ao que está, se unissem. O que não veio a acontecer. Infelizmente, digo eu, agora. Espero não o lamentar tanto, no futuro.


Existirão assim 3 vias: mais do mesmo (que é fraco e pouco); a alternativa de sempre, da mão, com algumas nuances; e nós, o movimento independente “Marvão para Todos!."

A humildade é a nossa base de trabalho, o saber que nada temos e ainda nada conseguimos é sempre o nosso novo ponto de partida, para cada dia. Mas o nosso fôlego de esperança tem ganho alento e para mim, tem resultado de uma forma absolutamente inesperada e esperançosa, com o calor humano e o alento que nos chegam das pessoas. Apesar das ligações de teia que esta câmara tem com tudo o que é instituição e organização, há muita gente, tanta gente que está a dar-nos a mão, a dizer-nos que sim, que podemos contar com ele, ou com ela, com um sorriso nos lábios.

Lançámos há dias o nosso primeiro comunicado (aqui, no nosso blogue, onde está também toda a nossa informação, e carta de princípios) e vamos sim, sair em força, em breve.


É importante que fique registado que é nossa garantia que este movimento, é um projeto a longo prazo. Isto é, não pretende esgotar-se nestas eleições autárquicas, mas antes tem um período de longevidade que extravasa este espaço temporal.

Temos perfeita consciência que nestes concelhos do interior, sobretudo, quem está no poder pode administrá-lo à sua maneira e só muito dificilmente poderá deixá-lo fugir.
Mas também temos consciência que este presidente não se pode mais candidatar (3 longos mandatos para tão pouca obra concreta e palpável, com tanto de dinheiros comunitários que certamente não foram aproveitados da melhor forma, e fugiram) e esta é uma boa altura para nos apresentarmos. Quaisquer que sejam os resultados que conseguirmos, será por aí que começaremos a esmiuçar os podres do regime, e a clarificar, ouvir, projetar ajudar a construir um amanhã melhor, a todos os órgãos a que nos candidatemos.

O “Marvão para Todos” tem sido, como já referi, o produto de um longo trabalho de mais de 2 anos, a caminho de sítios recônditos para trabalhar na penumbra. Tudo tem sido pensado entre todos, e realizado com o trabalho de todos. Isto é nosso mas para si, para ti também. O “Marvão para Todos” é seu, é teu, é de todos aqueles que estão descontentes, são daqui, gostam disto e se preocupam com Marvão.

Segundo motivo porque este relatório de running não se esgota no facebook: A distância face às meias ou a entrada numa outra dimensão que merece ter lugar de destaque aqui, no blogue. 15 km é obra! Foram feitos com uma facilidade tal (com subidas de arrasar… a da Ponte Velha… mata!), que já posso pensar em fazer uma meia maratona. São só mais 6 km do que o que fiz hoje. Era ir de casa até à Beirã. Era continuar pela autovia em direção a Valência. Dava. Se quisesse… dava. E saber isso é muito bom. E motiva muito. Para outros embates do dia a dia.


Como dizem na missa após as leituras: assim seja.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A veia de jornalista

Há dias, uma querida amiga minha, Emília Mena, fez uma publicação no facebook que me dizia respeito, também. Por isso quis comentar de imediato mas... a tal espuma dos dias, de que aqui falo, fez atrasar o comentário até hoje, dia em que a encontrei e falei sobre ela do assunto. Porque o registei, entre tantos outros. Bateu.

O seu post dizia: A VEIA DE JORNALISTA


“1988 - Era aluna de jornalismo na Escola Mouzinho da Silveira, sendo meu Professor o Padre Fernando Farinha. Um dos trabalhos da disciplina foi fazer um Jornal. Tudo à mão, claro está, que máquinas de escrever e computadores eram para as tipografias. Saiu assim. O título: "DESVIO", é explicado no Editorial e deveu-se à aldeia da Escusa, onde para se lá ir, é preciso desviar da estrada principal. Este post de hoje é dedicado, em especial, a dois amigos, que por acaso são mãe e filho: Alzira Sobreiro e Pedro Sobreiro. Eles saberão porquê. Cumprimentos da Diretora.”






Onde é que já vai o meu, que certamente terei feito. É nisso (também) que é diferente de todos

Como tive oportunidade de, em privado, te dizer hoje, é uma honra poder ser ter amigo (já há, pelo menos, 33 anos) e poder contar com a tua presença na minha vida, quase todos os dias, em pessoa; e aqui na tua fantástica produção no limbo cibernético. Tu, Emília Mena, és uma jornalista (ponto final). Brilham-te os olhos quando levas aos outros, a tua visão das coisas, e a tua interpretação do mundo que nos rodeia. Tu és boa, és um ser bonito por dentro, humilde, trabalhador, autêntico e genuíno. Fazes-nos falta. E essa tua poética interpretação do que é nosso, merece um outro pedestal.

Recordando o que te disse nesta manhã, o facebook democratizou imenso a produção na internet. Qualquer um tem qualquer coisa a dizer sobre qualquer coisa.(sem virgulas de propósito.) Muitos consomem, copiam, partilham os dos outros, mas há uma percentagem mínima, se reparares bem, que produz mais do que consome, e que seja capaz de o fazer, deixando marca. Poucos não se ficam por instantes, por fotos triviais, por desabafos momentâneos, por “ais” e “ses”. Tu és uma produtora. E tu, como o Caldeira Martins, por exemplo (já lho disse tanta vez), deveriam dar o salto, sem medos, como eu fiz (já há 10 anos), e terem o arrojo e a audácia de criar um espaço seu, um blogue, uma guarita na muralha onde vá ficando alinhada a produção.

Não custa nada, é barato e pode dar-vos milhões de momentos de alegria porque é um livro vosso, que está em permanente criação, e poderá, daqui a muitos anos, quem sabe o futuro… ser agarrado por alguém.

O facebook é mágico mas serve para ligar as pessoas, para partilhar, para levar aos outros o que tu fazes. Com um blogue, evitas que se perca na espuma dos dias e na marabunta de comentários e publicações, o que fazes.

Lanço-te o desafio, a ti e ao nosso tio Caldeira, para se chegarem à frente. Eu ajudo na parte gráfica e em dar as dicas necessárias para o que fizer falta. Já sou veterano na coisa...

Para terminar, uma vénia: Nuno Frade, tinhas mesmo razão. ;)

Assim, Porto – 1 Benfas - 0

Grande beijo a todos

Com o mano Tózinho, o meu quintalhaço, meu colega de carteira de sempre em Castelo de Vide (aquelas carinhas não enganam ninguém... todos os manos são tão bons... e o paizinho...); e a grande amiga mútua, comum Teresa Simão

A equipa de escritoras de luxo do nosso concelho, Emília, Teresa e Adelaide Martins, (as comadres), aqui com o mago das publicações cá do burgo, Fernando "Colibri" Mão de Ferro