quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Formas de estar. No futebol e na vida...

Sem esperar, deparei-me desde ontem com duas formas absolutamente díspares de estar no futebol e na vida.

Quando ao final do dia de ontem, fui ao facebook divulgar a última publicação que tinha acabado de fazer no blogue, deparei-me com este vídeo apaixonante de adeptos apaixonados do clube do meu (apaixonado e apaixonante) irmão Miguel. Comovente de ver. Mesmo para um benfiquista que já foi doente. Mas já não é…


Hoje, ao folhear o Correio da Manhã, vi o Futebol Clube do Porto no seu esplendor, com o Papa do Norte, reeleito para mais um mandato (depois de sei lá quantos...), a branquear as fotografias com o papa real para apagar a incómoda Carolina Salgado. Como faz com os árbitros...



O ANTES
O verdadeiro PAPA a ser incomodado pelo emplastro do norte 
que lhe quer vender uma imagem de Fátima



O DEPOIS 
O maravilhoso photoshop meteu um cabeçudo ao lado do 
colega não menos cabeçudo Menezes


Ficou lindo, não ficou? Como se nunca tivesse existido. Que democrático é este clube...

As imagens foram retiradas deste blogue benfiquista 


Não digo que estejamos ao nível dos primeiros, infelizmente. Não estou a ver que a cena seja passível na Luz. De momento, não. Não há abertura. Nem de cima, nem de baixo. Nem dos cumes, nem das bases.

Mas também não estaremos, seguramente, na profunda baixeza dos segundos.

Valha-nos ao menos isso. Olhemos para os bons exemplos. E sejamos humildes para aprender.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Ammaia redescoberta hoje aqui, no meu blogue. Qualidade...


5 mil ?!?!?
Já então tinha muitos mais habitantes que hoje.
Realmente, aqueles romanos eram espertos e nós é que somos loucos, não eles, como dizia o Astérix

Ontem a lua já ia alta quando publiquei aqui a peça sobre o senhor FIFA que se tinha excedido e espalhado ao comprido quando disse que preferia o Messi ao Ronaldo. Até podia fazê-lo, como disse o amigo Hermínio nos comentários, num ambiente privado mas com câmaras a filmar…

Como eu expliquei, aquela publicação tinha sido uma “finta” porque o que eu queria mesmo era a reportagem fabulosa sobre a Ammaia. Procurei, procurei e nada… Fui à SIC, à SIC Notícias, andei às voltas e até acabei por comentar na página do facebook do repórter Lourenço de Medeiros que a fez e estava online no momento.

Disse que tentaria hoje arranjá-la e poderia ser que uma alma caridosa me soprasse onde estava.

E não é que essa alma caridosa foi o meu querido Joaquim Carvalho, mais arqueólogo que o Indiana Jones, o arqueólogo responsável, a estrela da peça e de quem eu disse tanto bem?

Tão bonito... tão bem parecido... Com um tee-shirt tão bela e tão da moda... o mê amigue Jakim...

Olha, bem hajas Joaquim. A César o que é de César. Se este blogue ganhar um Óscar, ofereço-te uma coroa de louros.

Muito merci

Tius Petrus Sabis
  
Ora cliquem lá no botão de ligar a televisão para verem a reportagem:


São 10 minutos do mais puro prazer...

Futebol Hoje

Nota do redactor: o título desta crónica mistura o que era para ser (“Futuro Hoje”) com o que realmente foi (Futebol). É uma invenção assim mal esgalhada mas quem manda neste pasquim sou eu, por isso… se não gostam deitem fora ou leiam a Nova Gente que sempre é bem mais bonita.



O grande repórter Lourenço de Medeiros passou na sua rubrica desta noite “Futuro Hoje” da SIC, um trabalho fabuloso sobre o imenso potencial da cidade romana da Ammaia, aqui bem perto de nós. Um impressionante mundo soterrado do qual apenas 1% está a descoberto!

O impacto desta notícia teve em mim uma força enorme e surpreendente porque não estava nada à espera da peça. É óbvio que assim que me apercebi parei logo o baile das duas infantas e refugiei-me em sítio seguro (leia-se sossegado, onde pudesse ouvir comodamente) e cancelei logo a ordem de trabalhos de publicação no blogue. Afinal já não saía o que era para sair. E era tanta coisa boa e boa coisa mas há mais dias que chouriços. Sendo assim, gostei de ver a peça e fiquei feliz. Gostei de ver o meu amigo Joaquim Carvalho bem falante e tão bem posto, e o eng.º Carlos Melancia, que achei algo cansado e menos jovem, vá. Descontente com este Estado Português que deixa que estradas nacionais atravessem as ruínas e adia constantemente o apoio ao que é realmente de apoiar. Gastaram-se fortunas a construir estádios para o Europeu, para queimar na feira das vaidades e agora deixam-se apodrecer vazios. L


Como não consegui a reportagem para publicar aqui (e se eu a procurei… Pode ser que apareça e alguém ma sopre… J ) Deixo-vos outro assunto também inesperado e que podem analisar clicando na ligação que coloco abaixo.



Apercebi-me nas notícias que o homem forte da FIFA foi burro ao ponto de com câmaras de televisão a filmarem, tecer comentários acerca de dois dos melhores jogadores de futebol do mundo candidatos à eleição do melhor em Janeiro. Pois disse o senhor que um jogador é muito bom rapazinho e não disse que era o Messi (ou disse?) e o outro… bem… o outro era só show-off. Claro que o Cristiano aproveitou logo para marcar posição e se afastar da baixeza dos comentários. Disse apenas que assim, muito está explicado, como o melhor jogador ser sempre o minorca fabuloso que mais parece de outra galáxia em vez dele, robusto e atlético e ultra-profissional…

O presidente da nossa Federação também se distanciou do sucedido e desculpou o ato pouco cerebral do órgão máximo. Ancelotti, treinador do Real também deu uma colherada… enfim, se clicarem no link  aqui encontram toda a novela:


Eu, se fosse o Cristiano Ronaldo, na próxima gala de entrega do galardão no dia 13 de Janeiro, em Zurique, pedia o microfone para dizer como me sentia por ter sido mais uma vez derrotado pelo Messi ou por outro matraquilho qualquer para disfarçar. Agradecia publicamente o voto de confiança do sr. Blatter, mandava-o para a puta que o pariu em português e oferecia-lhe uma loiça muito bonita de artesanato das Caldas da Rainha. Um daqueles de 5 litros deve de chegar. Para se sentar em descanso. Isto há cada cabrão mais sem vergonha que só visto…


Já que o consideram mal-criado… Se tem a fama… o proveito deve saber tããão bem.

domingo, 27 de outubro de 2013

Adeus ao poeta do rock



Lou Reed
2 de Março de 1942 - 27 de Outubro de 2013

No dia em que um músico extraordinário e sempre visionário desde os tempos dos mágicos e exuberantes Velvet Underground, decidiu mesmo dar o “Walk on the Wild Side” que tão bem cantava, é tempo de o recordar e guardar para nós, enquanto durarmos…

A voz, o som e sempre, sempre as palavras. Por isso, o título não podia ser melhor: “morreu o poeta do rock”.


O clássico eterno:


Waiting for my man


Podiam ser de tantos outros que guardo, mas os eleitos saem do fabuloso e seminal “New York” que ouvi até à exaustão, tantas vezes, tantas tardes, tantas noites...



Também do fabuloso trabalho “Songs for Drella” em que cantou com o amigo John Cale para o amigo Andy Warhol que os apadrinhou nos Velvet Underground.



Tomorrow, it will be a perfect day.Thanks Lou... ;)

sábado, 26 de outubro de 2013

Adenda a "Tudo de mim"

Adenda no facebook ao texto que divulguei aqui ontem, depois de andar na minha cabeça todo o dia enquanto fazia tantas outras coisas:

“E foi um jovem, 5 anos mais novo que eu, que me cantou a mais perfeita definição de amor que conheço: “amo as tuas perfeitas imperfeições”. Imperfeições perfeitas. Quando se ama, até os defeitos parecem perfeitos. Traduzi-o por gosto, por mim e ganhei com isso. Quando se ama de verdade como eu amo a minha companheira há já 20 anos, metade da minha vida, até os seus defeitos me parecem perfeitos. Mais ou menos difíceis, mas uma parte sem a qual não era igual. Há que aceitar os defeitos porque nós também temos os nossos defeitos. Reconhece-los é avançar. De mão dada. Pela vida fora. A sorrir.”


Tudo de mim


John Legend quando o rapaz se chama na realidade John Stephens. É caso para dizer que há alcunhas muita bem postas. Há anexins que assentam como uma luva. Não sei se será o meu caso que vem do tempo do ciclo em Castelo de Vide quando os colegas me começaram a chamar sabichão porque respondia sempre certo ao que me perguntavam e levantava sempre o dedo para responder. Depois passou a sabiá por causa de ser mais fácil e menos comprido e parecido com uns gelados dessa marca que existiam na vila e quando cheguei a Portalegre já era só o Sabi.

Pois este rapaz chama-se de nome John Stephens mas alguém o apelidou de Legend e corre sérios riscos de se tornar numa. Numa lenda moderna.

Há dias dei por mim a prestar atenção à letra e à voz, ao tema na rádio e fiquei de imediato apaixonado. Como disse o locutor, é realmente uma obra de arte.

Vim depois a descobrir o vídeo que é deslumbrante de tão simples e belo. Pouco depois dei comigo a fazer aquilo que andei a chatear a minha filha Leonor para aprender a fazer, a traduzir a língua inglesa que como canta a Manuela Azevedo dos Clã no Problema de expressão, “fica sempre bem e não atraiçoa ninguém”.

Publico só porque sim. Porque me dei ao trabalho e para que possam olhar também para a letra, para além das imagens.

Absolutamente magistral. Video a preto e branco soberbo. Música e letra a condizerem. Beleza em Estado puro. Gratuita. Com o selo de qualidade do vosso Tio Sabi 



John Legend
Tudo de mim

[Estrofe:]
Que faria eu sem a tua sabedoria
Desenhando-me para dentro e chutando-me para fora
Com a minha cabeça a rodopiar, sem brincar, sem te conseguir fixar
Que se passará nessa bela mente
Estou na tua viagem mágica e misteriosa
E estou tão confuso, não sei o que me bateu, mas ficarei bem.

[Ponte:]
A minha cabeça está submersa
Mas respiro bem
Estás louca e eu, de cabeça perdida

[Refrão:]
Porque tudo em mim
Ama tudo em ti
Ama as tuas curvas e os teus altos
Todas as tuas perfeitas imperfeições
Entrega-te toda a mim
Entrego-me todo a ti
És o meu fim e o meu princípio
Mesmo quando perco, estou a ganhar
Porque dou-te a ti, tudo de mim
E tu dás-me a mim, tudo de ti.

[Estrofe:]
Quantas vezes terei de te dizer
Que és linda até mesmo quando choras. 
O mundo está a tentar deitar-te abaixo, mas eu estarei sempre aqui.
És a minha ruína, a minha musa.
A minha pior distração, o meu ritmo, a minha melancolia
Não consigo parar de cantar, está sempre a tocar, na minha cabeça, por ti.

Dá-me tudo de ti
As cartas estão em cima da mesa, estamos os dois a mostrar corações
Arriscando tudo, apesar de ser duro.


"All Of Me"

[Verse 1:]
What would I do without your smart mouth
Drawing me in, and you kicking me out
Got my head spinning, no kidding, I can't pin you down
What's going on in that beautiful mind
I'm on your magical mystery ride
And I'm so dizzy, don't know what hit me, but I'll be alright

[Bridge:]
My head's under water
But I'm breathing fine
You're crazy and I'm out of my mind

[Chorus:]
'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose I'm winning
'Cause I give you all, all of me
And you give me all, all of you, oh

[Verse 2:]
How many times do I have to tell you
Even when you're crying you're beautiful too
The world is beating you down, I'm around through every mood
You're my downfall, you're my muse
My worst distraction, my rhythm and blues
I can't stop singing, it's ringing, in my head for you

[Bridge:]

[Chorus:]

Give me all of you
Cards on the table, we're both showing hearts
Risking it all, though it's hard

[Chorus:]

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um blogue é fácil! Há tanta matéria...



Vivemos num país em que é fácil ter um blogue. Um blogue de política, de moda, de fait divers, de bibelots, de mulas, de carros, de tudo e mais alguma coisa. Somos livres e prontos. Prontos, portantos. A gente pode dizer o que quer, sem apanhar na cabeça. Sem correr o risco de amanhã não ter amanhã. É bom assim.

Aprendi que existem 3 poderes absolutos que são independentes e nunca se misturam: o legislativo (que faz as leis), o executivo (que as aplica) e o judicial que entra em cena quando há adultério entre os dois primeiros. Fácil, simples, bom, barato e funcional.

O azar é quando aparecem papagaios como o homem que tutela os negócios estrangeiros, a blasfemar, a meter o nariz e a cabeçorra onde não é chamado. Angolanos e procuradoria geral da República são capazes de ser uma cena de um filme que nunca mais vamos querer alugar deste videoclube de bairro. É um mau filme…

Mas há filmes interessantes. Meio comédia, meio suspense, com uns pozinhos de terror como o filme do nosso mais alto magistrado que disse que não manda logo as normas do orçamento de Estado para o Tribunal Constitucional porque podem azedar. Nem é entornarem o caldo. É azedarem-no mesmo. “Epá… a gente não quer suspender a legalidade, nada disso!, mas se eles souberem só passado algum tempo e o orçamento passar, a gente pede para fiscalizarem depois. A missa por alma de alguém é melhor rezada se tivermos certeza que o gajo está no céu, não sei se estão bem a ver.” Engraçadíssimo. E coerente, claro está!

Mas há outros filmes bem reais que ainda me fazer acreditar na política, nos homens que se metem nestas andanças não porque querem ser servidos mas porque querem servir a população que os elege. Sempre gostei do Rui Moreira. Da forma como escreve, como se expressa mas hoje pude apreciar em entrevista à Clara de Sousa no Jornal da Noite da SIC, traços da sua visão e qual vai a sua postura em pontos chave da capital do norte.

Comedido, calculista, apaziguador, visionário, sensato, deixa antever um mandato proveitoso. Para ambos. Para ele e para a sua cidade. Mas para o país também. Fazem falta vultos destes.

Falou no Rui Rio. Falou no António Costa. De homens seus contemporâneos e igualmente marcantes. Eu tenho orgulho em ter nascido no país deles, no país destes homens. Noutra área, também tenho orgulho em ser do país do Cristiano Ronaldo. Não tenho tanto orgulho no seu nome, (coitadinho, onde é que a Dona Dolores teria a cabeça?) mas tenho mais vaidade nele (porque  trepou a pulso), do que no Duarte Lima ou no Isaltino Morais. Vai uma aposta?

domingo, 20 de outubro de 2013

Week end



E assim se passa o fim de semana de um bandido. A correr.

O tempo voa, como a vida.

Tantos planos, tanta coisa programada para fazer e… já passou.

Para provar que sou metódico e aplicado a viver, até tirei notas numa folhinha em branco, para não deixar escapar nada. Para que nada ficasse esquecido, para que nada ficasse para trás. Mas ficou tudo, ou quase tudo porque houve muita, muita coisa que foi feita.

A patroa trabalhou e quando falta um dos dois marinheiros, dos quatro que habitam o navio 20 do bairro Dom Manuel Pedro da Paz, sobra quase tudo o que ficou no convés para o marujo “Pedro Penedo da Rocha Calhau, olho de vidro, cara de mau”, como o batizou o Sr. Joaquim Ventura na minha Beirã natal.

Banhos às infantas, vestiário, tratamento e secagem de roupas, aspirações, respirações, refeições, mimos, zangas e visitas pelas capelinhas. Para arrematar, uma noite de fecho, de descanso do guerreiro ao pc deambulando, divagando e deitando cá para fora, em silêncio, o tanto que lhe vai sempre por dentro.

Não apetece televisão pastilha elástico, não me apetece a televisão muito a sério sempre imperdível do Eixo do Mal (SIC notícias) e do Governo Sombra (TVI24). Não apetece música, nem filmes e ainda não é desta que tenho tempo para ver o tal filme. Eu, cinéfilo confesso, me confesso passando a redundância que devo estar quase a ser expulso da confraria cinematográfica. Por falta de tempo, abandonei a lista que tinha de filmes a não perder quando ainda estava de baixa. E não é que os perdi mesmo?

Andei semanas a sonhar com o Django, o novo Tarantino. Nunca o vi. Sábado passado, de peito feito e cheio de esperanças do tanto tempo que tinha livre pela frente no fim de semana, apaixonei-me pelo trailer do Grande Gatsby do mágico Baz Luhrman . Tinha mesmo de o ver. Viram-no vocês? Ao pois é, assim o vi eu.

Agora, se Deus quiser e dentro de momentos, vou ver se não me fica nenhum carneirinho aos berros no alto da cerca sem a pular.

Bons sonhos e até amanhã, do vosso Tio Sabi.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

That's how we ro-o-oll

Eu sei que tenho andado afastado disto. E custa-me.

Realmente, a coisa mais fácil na vida de uma pessoa é banalizar-se. Deixar-se ir. Para quê dar-se ao trabalho de ler, de pensar, de escrever se o Fernando Mendes no Preço Certo é tão engraçado e faz a gente rir e esquecer-se deste buraco no abismo em que vivemos que se chama Portugal? Se esse não presta há outros, dependendo do tipo de humor que se gosta e até há filmes eróticos no canal do Correio da Manhã ou o You tube ou o You Porn, dependendo como se quer passar o tempo. 

Ser diferente dá trabalho. Afasta-nos do comodismo e faz-nos optar. Eu podia estar a dormir com uma das pequenas, mas não quero e elas também não. A mais piquena quis alugar o porto habitual e a mais crescida já não tá práqui virada. Tass?

Ontem ouvi numa conversa informal e familiar que o blogue de não sei quem tinha não sei o quê. E eu pensei: “hum… blogues? Eu também tenho um. Já lá não escrevo há algum tempo mas tenho de por lá passar. Aquilo faz-me falta. Os últimos posts têm tido uma aceitação algo difícil e tenho-lhe dado espaço. Mas já é hora de voltar à vaca fria que deve estar a tremer e bater dente.

Um regresso musical é o mais adequado. Este vai como os discos pedidos: dedicado à minha filha Leonor. Eu explico.


Uma avaria interna técnica a que somos alheios, obrigou à colocação desta JukeBox do vosso Tio Sabi. Ora metam lá aqui a moedinha no buraco, ou seja, clicando aqui em baixo na ligação: 

A criança, a pré adolescente, a flausina, a coisinha, vá, não me tem dado descanso com esta música. Apanha-me um bocadinho distraído e pumba! lá vem ela a cantar isto. A mania da perseguição é de tal ordem que já lhe fiz uma espécie de exorcismo caseiro, um “sai mal!, sai mal!”  da cabeça e tenho reclamado em voz alta aos médicos que me tragam a minha querida filha Leonor de volta porque esta criatura é uma aventesma que vive no corpinho dela. Até já achei que com esta história da operação à apêndice lhe devem ter ligado o intestino grosso aos miolos (perdoem-me a brutidade). Mas a jovem não dá tréguas…

Hoje, para provar que até sou um cota fixe, vimos o vídeo os dois e gostei do que vi. Afinal, este Richie é português e faz um som muito fixe e aceitável. Até tem um vídeo porreirinho com uns pretinhos que têm mais pinta de jamaicanos que de blacks da Amadora, se é que me faço entender. É de Lisboa e porta-se bem. Ora ouçam lá e cantem comigo em coro como a minha filha costuma fazer comigo… Digam “that’s how we ro-o-oll”.



Falta é o baseado que já marchava mas faz de conta… J

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Al Mossassa (A fundação de Marvão)




I
Numa noite em que a minha filha Leonor estava internada no hospital, recém operada, saí para jantar uma sandes no bar do hospital que arrematei com um gelado. Não são só as grávidas que têm desejos destes e pensei que um gelado era mesmo o indicado para me dar a alegria que precisava naquela noite de desaconchego quando tinha o meu lar todo espartilhado pelo hospital, pela casa dos sogros e pela minha casa, vazia como nunca antes. Sabia bem que a cidade estava quase desertificada, mas bati a 3 ou 4 portas e nada. Só no largo atrás dos correios consegui arranjar o Fizz desejado. Um jornalista conhecido da nossa praça, se é que os há, conversava com amigos ligados à política, presumo que falando sobre as eleições que se avizinhavam e disse algo como: “aí vem quem foi um dos melhores vereadores da cultura do distrito. O melhor de Marvão.”
“Epá, não me venhas com essa que ainda pensam que é verdade e eu fico vaidoso…”
“Mas se é verdade… A tua obra ficou! Os eventos em que apostaste: o Rockfest, a Al Mossassa, tantos…”
“Bem… Trabalhei para os outros, trabalhando também para Marvão. Sempre tive a consciência que desempenhava um cargo público porque tinham acreditado em mim. Escolheram-me para eu fazer. Depois, não concordando com o que via, saí de minha própria vontade. Com a consciência tranquila. Do trabalho realizado.”



II
Isto vem a propósito da Al Mossassa. Uma festa que ajudei muito a criar e que me deu muitíssimo prazer de visitar. Deu-me prazer porque revi amigos. Muitos amigos. Tantos amigos que não nos esquecem e isso sim é que vale. Amigos de Marrocos, de Espanha, do Egito. Amigos de todas as partes e de todo o mundo. Como a mãe estava de assistência à Leonor, marchei-me com a dona Alice. Afinal não havia burros para ela andar e apanhei logo uma desilusão. Mas o homem que organizava o Al Mossassa no terreno não era o Félix da Cabalburr?!?!? Empresa de burros em Espanha como indica o nome?
- Ah… Se calhar era para trazerem os do Dr. José, que tem os Caballos de Marvão.
- Mas se era, porque não os trouxeram? E ficaram bem assim de organizar um Al Mossassa sem burros, sem essa peça fundamental para a ambiência histórica?!?!? Bem, se assim foi, burros por ali em Marvão não faltavam. Mas de duas patas!



III
Partimos às duas da tarde. Depois de almoço e imaginei que deveria de haver muita gente a subir naquela altura. Imaginei filas e autocarros e confusão. Nada. Tudo limpo. Subi até ao alto e levava-a estudada. Como carregava comigo uma criança de 3 anos, se fosse mandado parar pela guarda, responderia que tinha de ir ao serviço onde trabalho buscar uns documentos e subiria. Sem importunar, sem incomodar. Se nós não nos sabemos valer a nós próprios, quem poderá fazê-lo? Não foi necessário e o guarda que eu não conhecia até foi simpático “ai desculpe, não via que era você senão nem o tinha mandado parar aqui.”



IV
Nesta edição não me pareceu haver menos gente. Até houve muita gente. As edições anteriores ajudaram (as últimas quatro já sem mim) mas as primeiras foram tão fortes e bem sucedidas que pegou de estaca. Essas sim foram trabalhadas para pegarem de estaca. Desta vez o tempo esteve fabuloso. Este “Verão de São Martinho” parecia mesmo o Verão. O que eu sempre disse a falar com alguns amigos e vendedores: um evento cultural demora muito a fazer. Anos a criar. Eu apanhei anos de tempo terrível e vento que tudo voou, mas ajudei a criar uma família do Al Mossassa. O ambiente pessoal, a envolvente humana eram preciosos. Como alguns deles me confessaram, dava prazer vir fechar o ano e o Verão com a família de Marvão. Nem importava o negócio mas era o Al Mossassa era cereja no cimo do bolo. Enquanto estive lá apostei sempre muito nesta componente humana. Amigos. Éramos sobretudo amigos e assim continuamos. Amigos. Com muito prazer, muita alegria e o coração ainda mais transbordante que o da minha pequena que me ia confessando (como no insuflável) “ó pai, estou tão feliz.”



V
Os eventos que duram anos a criar rebentam-se num ápice. Basta começarem a correr mal. O economista que gere agora a cultura pode perceber muito de dinheiro mas de cultura… Diz quem ouviu que comentou que a feira funciona e se faz com menos dinheiro. Será realmente assim? A feira islâmica foi um legado deixado como uma mais-valia, feita com a prata da casa, com o Hernâni, o Barradas e o Félix, o grande Félix que me chamou na segunda-feira “el padre de Al Mossassa”. Não disse mentira e eu sei que é verdade. Fui guerreiro aqui e sucedi-me bem. Feira cara seria com a companhia Vivarte que brilhava em Portugal no meu tempo e chegou a atuar em Marvão no tempo da Madalena. As pessoas que vinham ao Al Mossassa estavam habituadas a andar num Ferrarri cultural. Agora resta um bólide que mal se segura com o que foi. E no futuro?


VI
A Al Mossassa era uma festa muito popular em Badajoz. Badajoz vive muito melhor com a sua herança islâmica que nós. Todos se vestiam de sultões, de árabes, de dançarinas, era como se fosse um Carnaval temático e fora de tempo. Consegui conquistar esta festa para Marvão porque a minha querida Consuelo, então consejal de cultura e Don Miguel Celdrán Matute, o alcalde, emprestaram e deixaram perpetuar a vontade e a memória de Ibn Maruan, o filho dos Marwan, da dinastia de cristãos islamizados que deram nome à nossa vila. Quando ainda não existiam países, não havia Portugal nem Espanha, este era o território de Ibn Marwan. Um homem rebelde que vivia em Batalyaws, Badajoz actual e se rebelava contra o emir de Córdoba que dominava a região. Quando as tropas do emir o apertavam, refugiava-se em Marvão, uma vila cimeira com possibilidade de avistar as tropas inimigas a larga distância, com uma escarpa ingreme e de difícil acesso para quem a atacava. Ponto fácil de defender que já antes fora um castro pré-romano ou visigótico.

Quando eu era vereador da cultura percebi a dimensão das grandes câmaras organizadoras nacionais e sabia que esse era um campeonato de entrada difícil. Perto dos grandes centros, com bons acessos e com homens que entendiam a força da cultura como o Telmo Faria de Óbidos, homem novo e da área da história, era difícil de competir. Mértola, Santa Maria da Feira, Silves poderiam ser estudados e eu fazia-o e visitava-os com o meu pessoal da cultura (lembram-se? Que bonito que era… que bons tempos!) para aprender a fazer bem mas eram casos inatingíveis por um interior desertificado onde se contava cada tostão gasto em cultura como perdido.

Para que a Al Mossassa funcionasse não poderíamos concorrer com eles. A nós bastava-nos que os espanhóis de Badajoz compreendessem esta mesma origem histórica e se deixassem conquistar pela beleza, pela organização, pela nossa gastronomia excelsa e se rendessem.

Pela beleza é fácil compreender. Marvão é muito, muito, muito mais bonito que Badajoz. A envolvente ambiental, a água, o estado de conservação, a limpeza.

A organização da feira sempre foi muito cuidada por mim. Era eu, pessoalmente, sozinho quando ia representar o Município na inauguração, quem visitava Badajoz (cuja feira se realizava sempre uma semana antes) e selecionava os pontos de artesanato. Atestava na qualidade, atendia a possibilidade de vinda e escolhia o melhor de cada tipo. A melhor joalharia, as melhores peles, os incensos, os perfumes, as tapeçarias, a alimentação... As coisas em Espanha eram muito aciganadas. Aquilo era um bocado tudo ao monte e fé em Alá. O nosso espaço era muito mais reduzido e por dificuldades logísticas, limitei a festa à parte alta da vila. Mandei então fazer nas oficinas da câmara umas portas árabes que ainda lá continuam para justificar o pagamento da entrada, num mergulho no tempo, no século IX, na fundação. O visitante pagava 1 euro ou euro e meio e assim ficava possibilitado a usufruir do trabalho de tantas pessoas para lhe proporcionarem um mundo para descobrir. A Câmara não era feita só para cobrar dinheiro mas era importante e é importante que os portugueses se habituem a pagar para terem acesso às coisas. Nada é de borla.

Para não sobrecarregar os funcionários do município estabeleci uma parceria com o Motoclube de Marvão e entreguei-lhe parte do dinheiro cobrado ficando eles a cargo de supervisionarem esse trabalho. Sinergias.



VII

Alguns amigos perguntaram-me agora o que achava. “Não acho. Estou a ver. A desfrutar. A descansar”

Alguns dos meus braços direitos reclamavam: “então mas tu não vês nada bem?”

Eu, que fui educado não a apontarem-me o bom que era mas, a indicarem-me o que tinha de melhorar, respondia:

“Se eu fosse vereador da cultura, aquela parede onde está o palco tinha de estar pintada. É certo que é de uma propriedade privada mas o que nós estamos aqui a vender é Marvão e ali sai mal visto, com as paredes sujas e sem pintura.”

“Se eu fosse vereador da cultura, o palco nunca estaria ali naquela praça. Era uma área nobre, própria para artesanato e quando muito poderia estar no centro mas muito mas pequeno porque o espaço não aumenta. Não há terreno e pessoas para mais.”

“Se eu fosse vereador da cultura, preocupava-me mais com o bem comum e de Marvão e nunca deixaria que o dinheiro no Multibanco acabasse. Houve imensas pessoas que quiseram comprar, apesar da crise, e não tinham onde levantar dinheiro. Como os postos não tinham multibanco, uns ficaram sem comprar e outros sem vender. Quem perdeu? Marvão.”

“Se eu fosse vereador da cultura, mandava vir uns sanitários móveis para as pessoas pudessem ir à casa de banho como fazia na minha altura. Assim entopem as instalações do Café Castelo Lounge e reclamam. Castigam o proprietário que não tem culpa nenhuma, é boa gente e deixa que funcionem como casas de banho públicas quando não são.”

Se eu fosse vereador, mas não sou. Não pactuei e saí por pé próprio. Agora vão ser mais 4 anos para as pessoas inteligentes e pensantes em Marvão viverem na idade das trevas, no feudalismo. Pode parecer que estamos calados e consentimos, mas respeitamos as regras do jogo. Consentimos mas não calamos. Daqui a 4 anos tem que terminar. A lei não deixa mais mandatos a quem lá está e vai ter de terminar.

Agora temos não uma mas duas lanças em África: Santo António e Marvão. Marvão para grande surpresa minha que tinha apostado que assim não seria. Disse-me o neto de um grande arquitecto português (Nuno Teotónio Pereira) que reside em Marvão, o Tiago, que se sentia feliz porque a junta que era do PSD há mais tempo que o que ele tem de vida, tinha mudado. Por um voto que era claramente na Sandra, no Partido Socialista.

É bom que se distingam as coisas, porque têm de se distinguir. Eu sou amigo do vencido, do Manuel Joaquim Gaio e tenho admiração pelo percurso e pela sua carreira profissional. É um empresário de sucesso e deve-o a si. Gosto muito da sua esposa que muito considero e do seu filho que me parece uma jóia de rapaz e um sério candidato a um futuro em Marvão. Tem subido graças a si e vai longe. Não tenho grande proximidade com a Sandra. Sou muito amigo da irmã e conheço a mãe e o pai mas não somos muito próximos. Mas isso não invalida que eu deixe de considerar que esta é uma vitória da liberdade e do povo e da justiça que lhe atribuiu um voto que era mais que óbvio. Fico feliz por ser assim e não o escondo. O Pedro é este. Doa a quem doer. Amigo quando faz falta mas sempre verdeiro e a dizer aquilo em que pensa realmente. As pessoas, se forem realmente minhas amigas, sei que não ficarão magoadas comigo como eu não fiquei magoado com elas por não terem falado comigo quando abandonei o barco por sentir falte de apoio de todo o lado. Menos da minha família. Essa sim, esteve cá sempre.

Já vai tarde e já vou longo mas uma folha em branco é o meu território.

Despeço-me com as palavras que o Hoceín da tenda do chá me disse quando se despediu de mim, no domingo. “Eu vengo sempre a Marvão. Negócio es fraco e mal. Mas os amigos muy fuertes e me gusta mucho. Viengo sempre”. E ofereceu uma espada de brincar à minha filha Alice. O Hoceín foi-me visitar ao hospital de Portalegre quando eu quase não recebia visitas. Recordo-me mal desse tempo depois do coma mas lembro-me desse episódio, dele, do amigo dos doces e do Manuel Ventura.

Coisas que ficam. O tempo passa e elas ficam. Os valores.


Inshalah




domingo, 6 de outubro de 2013

Meter a cruz




Não foi uma semana fácil. Entrou mal com as eleições autárquicas. Para colocar uma cereja no cimo do bolo, a minha Alice, do alto dos seus 3 anos, fez uma birra. Prendendo o burro, disse: “Os meninos lá na escola dizem que eu sou canhota.”

“Sério, filha?! E porque dizem eles isso? Se tu és destra em quase tudo e utilizas sempre a mão direita?”

(continuando a prender o asno…)

“Canhota (fazendo uma careta) quer dizer parva!”, avançou ela.

“ó filha… dizem isso a brincar contigo. Tu que és tão bonita, não te chateies que isso é o que eles querem.”

Toda a gente que vem aqui ler o que eu penso quer saber a minha opinião sobre as eleições. E eu quero-a dar. Sou livre e exerço essa liberdade. Este texto levou uma semana a ser cozinhado na minha cabeça. Aprimorado, aveludado, saboreado e só hoje, sábado, quando tenho as tropas todas acantonadas e a descansar de um dia em cheio da família em compras e passeio, posso sentar-me ao pc e ver as faúlhas desta fogueira virtual subirem pela noite fora.

Depressa e bem, não há quem. Ainda bem que nos primeiros dias desta semana não me precipitei e fiz como dizia sempre o meu velho que partiu antes de o ser: “deixa-os pousar.” Naquela noite de domingo, vi os primeiros resultados na cama porque ainda esperava abraçar um amigo que concorreu à câmara como eleito. Imaginava que a vitória seria muito difícil ou quase impossível mas jamais uma hecatombe desta profusão. Foi uma derrota difícil de digerir. Apostei num homem, num projeto e senti-me defraudado pela vontade de todos. Foi esmagador.

Contra isto, nada a fazer. Também ninguém me convence que a democracia, inventada na Grécia Antiga, é o mais justo dos sistemas políticos. Calma! Eu explico! O meu voto vale o mesmo que a cruz de uma pessoa que depende da câmara, que depende dos seus interesses e das suas decisões. Pois eu opino que os homens pensantes e bons, livres e independentes, solidários e coerentes deveriam valer mais votos como valem os votos dos sócios mais antigos nas Assembleias do Benfica. Não sei se estou a dizer uma alarvidade mas é aquilo em que acredito e quem fala a sua verdade, não merece castigo. Podem-me apelidar de xenófobo, ou o que queiram mas eu acho realmente isto.

Não me considero melhor que ninguém. Quem me conhece sabe que é assim. Acho-me eu. Para o melhor e pior.

A imagem que escolhi para ilustrar este desabafo é de um herói. Um homem que fez  o que me apetecia fazer naquela noite das eleições. Pegar na casa e fugir daqui. Esquecer que este concelho é o meu. Esquecer que aqui tenho casa, o emprego e a minha gente. Sair! Como fez o Carl do filme “Up” da Pixar que me comoveu às lágrimas numa sessão em Lisboa quando estreou.

Se tivesse escrito este texto próximo do epicentro do terremoto, perto do fim de Setembro, tinha soltado a bílis. Estava muito agastado e afetado pelos resultados. Ainda bem que não o fiz.

Custou-me mas o povo decidiu assim, está decidido. Nada a apontar. Sou mais democrata que o Luís Filipe Menezes que se arrastou na conferência da derrota a dizer que não está habituado a perder. No dia seguinte tive de ir à Câmara Municipal, cruzei-me como presidente vencedor e felicitei-o. Nos próximos 4 anos é o meu presidente também. O que passou, passou. Foi uma felicitação exclusiva porque é o chefe da equipa. Não há mais felicitações a fazer. A César, o que é de César.

Quero enterrar o passado e não lhe deixar nenhum braço de fora da terra. São apenas mais 4 anos mas que têm de representar um fim de ciclo de 12 anos. A lei assim o dita.

Temos de acreditar nas vitórias que a democracia nos traz. O Rui Moreira foi grande no Porto. A Adelaide Teixeira foi grande em Portalegre. Ajudaram a desmistificar a força dos partidos. Trouxeram ar fresco e um respirar.

Como me ensinou a minha treinadora de cabeças, temos de tirar das situações e das pessoas o mais importante, o que é realmente bom nelas. Alguns amigos ganharam, outros perderam mas continuámos a considerar-nos.
  
Quem ama o concelho, quem o quer bem como eu sabe que há que ter esperança no futuro porque há dois ou três ou quatro miúdos muito bons e com vontade de ajudar a crescer o concelho. Temos de os ajudar porque têm de ser eles a pegar-lhe. Eu sei que há muita gente que ainda fala comigo de soslaio e me incentiva mas já não estou para aí virado. O tempo de vida é muito curto. Sei-o melhor que ninguém. O tempo precioso é para mim e para os meus. Menos solidário e mais fechado na concha. Amando a envolvente mas o núcleo também.


E assim vamos vivendo, respirando. Um dia de cada vez. Não pedindo muito mais que isso. Para não nos sentirmos defraudados.