segunda-feira, 1 de maio de 2023

Peregrinação até Fátima 2023 - Fase 1 - Gáfete - 2023.04.30

Caros irmãos Peregrinos de Marvão, a primeira etapa, até Gáfete, está cumprida! 👍🙏Se no 25 de Abril, quando muitos avançaram, caiu fora da agenda, desta teve de ser: 22,23 Km, em 7h e 35, deu para perceber que uma empreitada destas, não pode ser feita de ânimo leve, e exige muito esforço, e muita fé!

Admito que haja quem possa fazer o percurso com outro ânimo, mas o meu é sempre introspetivo, e a pensar em cada passo dou, e porque é que o dou.

Para mim, ir a Fátima é crer e muito querer, é ter, é acreditar, é como... nascer e morrer, quando por mais acompanhados que estejamos, estaremos sempre sozinhos.

Foi uma feliz incursão, sem problemas nos joelhos e nas artroses, sempre bem, firme e hirto! Oxalá assim continue!!!

Rapaziada... estamos quase lá!!!!! 😉👍🙏💪😎

 
































Para ti, nosso Chico... (com muitas saudades)

O bonito cartaz...


Aqui, os filhos Tiago (esq.) e Nélson (dir.), também eles dois atletas do clube, com os troféus que lhes foram ofertados, tendo ao centro três glórias recentes do nosso GDA: os craques Artur Costa , Joao Carlos Anselmo (o tal responsável por isto tudo... 👑), e o nosso Presidente durante muitos e bons anos Luís Miguel Barradas )



- Os magníficos atletas...BELOS!


Nunca é tarde para se recordar um Amigo.

 

Esta publicação, e estas palavras, surgiram no seguimento de um pedido que me foi feito pelo meu Grande Amigo Joao Carlos Anselmo , dinamizador das Velhas Guardas do Grupo Desportivo Arenense, para contextualizar a homenagem que foi feita no encontro de ontem, ao Sr. Francisco Nunes, o nosso Chico Barril; onde os filhos, e a esposa receberam uma lembrança, uma homenagem a este nosso grande Amigo, infelizmente já desaparecido.

Essas palavras, que apenas me foram pedidas na manhã de ontem, e me deixaram todo o dia a alinhavá-las mentalmente, enquanto ia reagindo ao dia-a-dia, saíram de dentro, foram sentidas e chegaram aos presentes, tendo até familiares pedido se lhas poderia enviar.

 

Foi para o recordar, e para mais uma vez, nem que seja por minutos, o poder voltar a ter vivo entre nós, que o chamo.

 

Com muita saudade, diziam assim...

 

"As velhas guardas do Grupo Desportivo Arenense reúnem-se hoje, dia do 25 de Abril, enorme pela reconquista da liberdade, quando já o era para a nossa freguesia, pelo S. Marcos; para recordar, também ela, uma velha guarda, uma verdadeira glória deste clube. Se disser que essa máquina, que hoje infelizmente já não se encontra entre nós, se chamava Francisco Manuel Gonçalves Nunes, provavelmente poucos o reconhecerão. Contudo, se o recordar como merece ser lembrado, como o nosso Chico Barril, certamente que uma janela de amizade fraterna, e de saudade imensa, se abrirá no vosso coração.

 

Na verdade, o Chico nunca foi atleta, nunca foi presidente, vice, ou figura cimeira dos corpos dirigentes... mas sempre esteve entre eles, entre 85 e 90, e sempre será recordado com muita saudade, por aqui, porque sempre foi uma candeia imensa a iluminar, na frente.

 

Está figura intemporal, foi massagista, foi gerente do bar do nosso GDA nos tempos áureos (onde fui seu subordinado com o Bonito Dias, o Vitor Salsa, ou o saudoso Sérgio Bernardo, mais conhecido por Carroça) com muitas noitadas de gambas fritas, pão torrado, manteiga e minis geladíssimas; mas foi também maravilhoso cozinheiro em eventos do clube, chegou a ser segurança durante as festas da edilidade, e foi sempre um GIGANTE Arenense, a servir o clube, e os seus amigos.

 

Se há Homens com H grande, se há almas que se distinguiram entre as demais, o nosso Chico foi uma delas.

 

Relembra-me o meu querido sogro, João Manuel Lança, o sócio n°2, certa vez em que o Chico, sempre metido em comezainas e petiscos, foi socorrer certo atleta em dificuldades, e... ao debrucar-se, deixou cair do bolso, um enorme navalhão que quase meteu o árbitro histérico!

 

Dá graça? Certamente assim se riria ele, de gargalhada infantil e bem disposta, como a dele, quando me via a mim, regalar-me com as iscas de porco fritas com que me encantava.

Homem corpulento, figura única e manca por um inusitado acidente de motorizada na reta da Vargem, de cabedal maciço e saber estar, era um daqueles que parece que tudo o que fazia... lhe saia bem. Fosse a cortar o cabelo deste escriba, numa altura em que aquele eu tanto tinha, do qual agora nada já nada resta; fosse a atender o telefone do Centro de Saúde, onde impressionava os interlocutores, pela cortesia e amabilidade, o Chico marcou, como muitos sabem que nunca o poderão fazer, mas apenas aos únicos, e predestinados pode acontecer.

 

Partiu vítima do coração, quando apenas um passava dos 60, muito acossado pelos diabetes, e pelas complicações daí vindouras, sobretudo nas pernas... e deixou-nos um vazio... do seu tamanho.

 

Aos queridos filhos Nélson e Tiago, à sua esposa Jesus, damos um fraterno abraço, cheio de vontade de quem quer chegar ao céu, e conseguir fazê-lo sentir esta saudade imensa, este abraço querido de quem queremos beijar para sempre.

 

Até um dia, ENORME AMIGO!!! ISTO HOJE... AQUI, VAI POR TI!!!!!"

Uma dos nossos recentes tempos áureos, na realização das festas do nosso bairro dos Outeiros, associação da qual era presidente, até por ter sido ele o da ideia, aquele que a todos convocou, e infelizmente se desvaneceu depois do seu fim, por sem os seus magnetismo, carisma, e força aglutinadora, se ter desarticulado, pese embora o muito esforço dalguns, nos quais me incluo, tudo ter feito para manter a chama acesa.