quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ao Museu Municipal... (enfim!)


E a voltinha de hoje pós almoço para desanuviar foi… ao Museu Municipal! Isso mesmo. Após ter estado mais de 2 anos fechado (encerrou a 13 de Janeiro de 2013) abriu (finalmente!) portas. 2 anos e 3 meses de portas fechadas são dias a mais. Sobretudo se atendermos ao facto do então vereador da cultura responsável, antes do presidente lhe ter afastado este pelouro que chamou para si, ter afirmado que seriam intervenções que se ficariam por um curto período (de 6 meses).

Não vou entrar pela forma como foram adjudicadas as obras, nem pelo prejuízo direto de bilheteira registado (que se estima considerável, sobretudo se atendermos ao facto do castelo, cuja exploração está a ser gerida pelo Centro Cultural de Marvão ter uma média de 200 visitantes por dia… é só fazer as contas…), nem dos dois recursos humanos afetos à estrutura que estiveram dois longos anos em stand by, nem da péssima imagem de inoperância que passou para o exterior. Nada disso que isso são miudezas.

No fundo, tanto… para nada. Não houve uma grande obra de profundidade, uma grande remodelação, um depois que justificasse um tão longo antes.    



Mas pude, e fui ver. “E porquê abrir agora? Hoje?”, perguntei?

“Ah… a televisão veio cá filmar e já passou no TV Regiões… A abertura oficial é só a 10 de Junho mas…”

Sim, pensei, realmente assim, mesmo sem a pompa e a circunstância que certamente se seguirão, sempre é melhor que nada. Pelo menos já o pude visitar.

E está bonito. Foi um lifting demorado, uma plástica que levou o tempo de uma gestação quadriplicada mas está bem. Está digno, está bonito e orgulha quem é de cá, como eu, por exemplo.




Já vai longe aquele museu que estudei peça a peça e sabia praticamente todo de cor, com datas e tudo, quando recém-licenciado à procura de emprego meti a minha vontade em regressar à terra acima de toda a aspiração jornalística do segundo melhor classificado no curso de Comunicação Social do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Técnica de Lisboa. Em vez da cidade e da luta à porta das redações, decidi, muito por culpa do amor e para poder regressar aos braços da paixão da minha vida que consegui recuperar entretanto depois de um longo desvaneio meu por um amor da cidade que teve consequências suas e nos afastou tanto, decidi procurar uma âncora que me fixasse ao meu concelho e foi ali, pela vaga como auxiliar técnico de museografia que tentei ancorar-me a Marvão.



Na altura fiquei para trás porque, quem tinha o poder de decisão, tão importante nas entrevistas seletivas, achou que o lugar era pequeno para as minhas capacidades. Como foi o destino trágico (e feliz) quando anos depois lhe tomei o lugar da vereação em eleições livres. Lugar que decidi abandonar pelo meu pé, pela minha própria vontade, desiludido com o casamento político que muito me magoou e queimou por dentro por ter sido tão infeliz na camaradagem que nunca tive dos congéneres. Saí, sempre a cabeça erguida! Como às árvores: de pé!

Mas o passado já lá vai, está resolvido (muito bem resolvido na minha cabeça), muita água passou debaixo das pontes e hoje, orgulhoso de mim e do meu posto na Autoridade Tributária à qual retornei entretanto, regressei àquele lugar tão especial e de tantas memórias para mim, onde tenho amigos verdadeiros que cumprimentei feliz por os ver tão felizes pela sua satisfação “até qu’enfim!”


O espaço está elegante, está bonito e cuidado, tem um balanço feliz entre as novas tecnologias, as pedras e os outros bocados da nossa história e até nos envaidece de saber que está lá.








E digo eu que agora que não hão-de faltar as felicitações e os foguetes de energúmenos como o palerma que no outro dia veio aqui para o facebook a elogiar o presidente, colando-se à sua vitória expressiva nas últimas eleições (sem nada falar da forma ardilosa como foi conseguida e nada dizendo a custo do quê), certamente esperando que esse cair em graça lhe garantisse o ser engraçado um dia.






Podem atirar a terra para a cara de que quem quiserem mas é bom que saibam, ou melhor que se recordem que em Marvão, terra livre, num país livre onde se respira um Estado de Direito pleno, feliz e saudável, há quem não goste, não concorde, não se cale e alinhe sempre pela sua consciência, pelo que está correto e por MARVÃO!

E não é um, não são dois, nem três.

Mas eu, Pedro Sobreiro, sou!



De resto, longa vida a(o Museu de) Marvão! 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O rouxinol dos Outeiros



Esta é a banda sonora das minhas noites. O trabalho de um doce artista que regressou com o calor primaveril, quando o frio do Inverno, que o mandou emigrar, abalou. O seu é o canto doce, sempre diferente e inebriante que parece não ter fim e enche as noites de poesia. Por acaso, geralmente, quando o dia chega ao fim, estou cansado. Depois de um dia de trabalho e de muito ter andado a bater desde as 7h a que sempre acordo sem despertador, chego a esta hora e descanso. Por minha vontade, e é assim que adormeço, faço força enquanto o ouço para que as pálpebras não se fechem. Só mais um bocadinho, penso. Se de noite acordo para verter urinas, lá continua ele, na sua extensa e encantatória lamúria poética, polvilhando a noite de pós de fadas encantadas, dando vontade de o ficar a ouvir, nunca ficando cansado de tanta beleza. Este canto é como o bailado das ondas do mar. É como as vistas de Marvão, para a paisagem, para os campos, sempre diferente, nunca igual.

Pela manhã, quando acordo, venho sempre ouvi-lo à varanda. Para ver se ainda está vivo. Ver se ainda cá está.

Este é o rouxinol dos Outeiros, que nunca pode ser agrilhoado, nem viver numa gaiola.

Ouçam-no…

Lá continua ele…

Que lindo que é.

E é nosso…



quarta-feira, 6 de maio de 2015

Messiânico

Mûto boas nôtes, fála o vosse tasquêro, agora à fina e em bom prtgueis: 
Os frequentadores desta taberna virtual do vosso Tio Sabi  vão poder ver uma montagem fotográfica inédita, uma compilação de imagens recolhidas em separado, cada uma de seu lado, de diversos sites de futebol de aquém e além fronteiras que não se pode encontrar noutro sítio algum. A sequência é original. Bom proveito.


Mourinho, como sempre, tem toda a razão: 

“Ronaldo pode ser, nos dias de hoje, o melhor jogador de futebol do mundo. O mais completo, o mais forte fisicamente, o mais potente. O azar é que no momento em que ele é o melhor jogador do mundo, nesse mesmo mundo, joga um de outra galáxia!”

Hoje isso viu-se bem. Bastou um metro de terreno para sentar uma viga de quase dois metros com uma finta diabólica e para encontrar o buraco da agulha por onde trocou os olhos do que é considerado um dos melhores guarda-redes da atualidade. Não uma, mas duas vezes e para além disso, ter tempo para estender a passadeira para o terceiro num passe meteórico.






Lindo!


Para a história do futebol!

Joder Luis! Los mios puden ser muy grandes pero el tuyo, el pequeño extraterrestre me caga en la leche!
De puta madre, chico!

Con el a jugar asi: sin duda los futuros campeones de Europa del año 2015

terça-feira, 5 de maio de 2015

LAUVE MI LAIKIUDJÚ, LAUVE MI, LAUVE MI LAIKIUDJÚ!!!!!





SR. PINTO BALSEMÃO!!! PARA QUANDO UM ÍDOLOS INFANTIL????

É que eu tenho cá um fenómeno em casa que canta um dos hits do momento num inglês perfeito!

Amanhã meto-me no carro e vou para Lisboa!!!

Têm de me fazer uma audição! Ou duas! É que ela sabe mais…


Se não… METO OUTRO SACO PRETO NA PONTE E BORRO O FAVAL TODO!


E o original para comparar como é perfeita a interpretação... É que é mesmo tal e qual!



GRUPO DESPORTIVO ARENENSE VENCE FINAL DISTRITAL DE FUTSAL SÉNIOR

Equipa época 2014-2015


O Grupo Desportivo Arenense viveu no passado dia 1 de Maio, o dia do sócio em que prestou homenagem aos Campeões Distritais e Vencedores da Taça de Futebol Sénior na época 2004/2005. Esse evento moralizou o clube e a equipa que no dia seguinte venceu pela primeira vez a Taça da AFP de Futsal Sénior na Final de Arronches. A viver um projeto recente, iniciado em 2012, este agrega muitos dos jovens da aldeia de Santo António da Areias, bem como de todo o concelho de Marvão e oriundos de concelhos vizinhos. Movido por valores como a humildade, a sinceridade e a amizade, este grupo muito unido procura afirmar uma liderança forte que quer sempre tornar possível o sucesso deste projeto pelo amor da camisola do Grupo Desportivo Arenense.

Equipa técnica
A cumplicidade entre o Diretor do Futsal eTreinador, um dos sucessos da equipa

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A Mãe (feliz dia teu)

Foto icónica retirada dos arquivos digitais Sabi. Todos três tão bem apessoados que deveríamos ir de viagem. Eu com um look muito 80, camisolinha aos quadrados, calça com virola e sapatinho carrinhos de choque creio que comprados na Covilhã, se a memória não me atraiçoa. Tu, aquela mulheraça que a gente sabe, alta, bem espadaúda, de RayBantes e com o visual de governanta. Mr. Mike, que aqui era bem mais pequeno qu’a mim, com a carinha de travesso lagarto que ainda hoje tem, mas disfarçado de homem sério. Mas a mim, não me engana. É sempre este que vejo. ;)

Nestas coisas, cada um puxa sempre ao seu. Neste caso e desta vez, à sua. Pois a minha, de todas, por tantas razões, é a melhor. Porque me fiz gente dentro dela. Porque saí de dentro dela, para a vida. Que maior motivo poderia haver para ser tão única para mim?
Sempre tivemos uma convivência nada pacífica, bem longe daquela visão bucólica mãe-filho que a todos encanta nos livros. Na minha opinião, porque provavelmente é a pessoa mais igual a mim, ou melhor, aquela com que me pareço mais. Por vezes, basta olhar. E sei que é recíproco. 

Apesar de já não ser capaz de chorar há muito, acho que desde que ia indo de canoa, comove-me a alma ver o sofrimento que sabe-se lá porquê, tem carregado às costas nestes últimos 20 anos, desde que perdeu o emprego, o companheiro de vida e ultimamente, a saúde.

Que posso dizer eu, o Pedro que desde pequeno te tratava sempre por Alzira (Sobreiro), pelo teu nome próprio? Que tenho um orgulho enorme em ti, que sofro muito por dentro quando te vejo menos bem (às vezes por coisas simples como as que me contaste há pouco, à porta de casa) e que quero que saibas que vou cá estar sempre. Sempre.

Graças a Deus, tens muita vida pela frente. Tens quatro grandes filhos para ajudar a criar (eu com as meninas; D. Mike dels Algarbs com os cachopos) e ainda há-de haver tanto, tanto de bom por viver. Já no próximo sábado, em Idanha-a-Nova, na Senhora do Almortão vamos ter uma dessas!

Estamos por ti.

Beijo grande,


Do teu filho Pedro

sexta-feira, 1 de maio de 2015

As obras (de Santa Engrácia?)

O aparato foi, de facto, grande, mas...

Quer-se dizer... o branquinho está a ficar bonito mas... convém não olhar nem para o granito, nem para o estado das janelas, se faz favor.

Prontos, eu não estou a olhar!

Tão pitoresco! O ferro também está magnífico e num avançado estado de deterioração, a fazer lembrar o ferro forjado das janelas da casa do governador. :P

E as janelas? Parecem tão antigas...
Olha, como Marvão!
A minha “casa” está a ficar bonita. Com um “novo” telhado (de telhas demoradamente limpas, uma a uma), no qual trabalham há coisa de 1 ano (se não está lá, anda lá muito perto, incluindo o tempo das chuvas com longas e demoradas paragens, uma vez que começou para aí em Outubro/Novembro) está agora numa fase de pinturas e acabamentos.(?)
Como o edifício foi mandado contruir (recuperar) pela câmara para dar guarita aos serviços públicos no tempo do presidente Andrade; é à autarquia que cabe a sua gestão. O piso superior, onde se localiza o quartel da Autoridade Tributária, na qual me incluo, diz respeito ao Estado Português mas há sempre uma supervisão do espaço pela autarquia, até pelas habitações que tem alugadas no espaço das águas furtadas (3º Piso) a particulares.
Como perguntar não mesmo custa nadinha, quis saber qual era a empresa que estava a executar os ditos trabalhos.
- “Ah… é da empresa do rapaz que era sócio do vereador mas teve de fundar uma nova porque senão não se podia candidatar aos concursos.”
- “Ah… Estou a ver…
E então não acha que antes de pintar se deveria recuperar o símbolo do Brasão que dá nome à casa, por exemplo? Nem que fosse uma lavagem, porque embelezava muito e dava uma dignidade que assim não tem?”
- “Pois… mas isso era antes de ser pintado”.
- “Ah… pois bem.
E as janelas não poderiam ser também recuperadas? Desempenadas? Lixadas? Pintadas?
E o granito das varandas não poderia ser tratado, limpo, recuperado?”
- “Epá… sim, mas a empresa já está a fazer assim… Isso era antes de se pintar.”
“??? Pois… se calhar tem constrangimentos financeiros/logísticos que a gente não domina não é? E assim vai…”

Coisas que se estranham aqui em Marvão… Há tempos, antes e para o 25 de Abril, os funcionários do município pintaram e recuperaram os mastros das bandeiras, que foram lixados e pintadinhos da melhor forma que sabem fazer, mas deixaram as grades que estão à sua volta no mesmo mísero estado em que estavam. Como tal? Sem supervisão, só pode!

A tinta pintou o mastro,
Mas não chegou para a grade,
A tinta pensou para consigo:
Vamos embora que se faz tarde!

(Poesia inspirada na lírica condomíniana de mestre Hélio Lobato, a.k.a. sempre brilhante Ricardo Araújo Pereira aqui.
)
Coisas que fazem lembrar aquela anedota que o meu santo sogro com graça conta por vezes, quando calha:
 “Ó mãe: tomo banho ou meto perfume?”

Isto mais me parece que é um vestido “lindo” que se quer vestir à menina, com as orelhas cheias de cera e encardidas.

Não poderia tudo ser tão mais simples, tão mais liso, tão mais tudo às claras, como se não nos tomassem por uns tansos que comem e calam?

Pensando bem, os fungos e o verbete no brasão dão-lhe um ar mais antigo ainda. Muito Marvão!


Tá bom!

Eu, Pedro Sobreiro, cidadão do mundo que vive num estado de direito democrático, sem cadastro e com telhados que bem podem ser de vidro porque em nada me envergonho de passear como vim ao mundo, aqui me confesso e questiono porque a palavra é uma arma e a cidadania deve ser vivida de pleno direito.