segunda-feira, 29 de maio de 2017

Época de sonho = Supertaça + QuatriLiga + Taça de Portugal = Tio Sabi feliz






Xina pá... c'a granda merda. Estes gajos outra vez!!!! Estes f.d.p. dos lampiões, neste ano, levam tudo: ele é campeonato (já levam 4 de empreitada, os brutos, os garganeiros), ele é, hoje, a taça, e já devem de estar a fazer olhinhos à próxima Supertaça. Pariu!

Olhem... só colinho, colinho, colinho. Do vídeo árbitro, que deixou passar dois pénaltes contra o Vitória em claro, foi o que se viu. De resto, o Benfica teve a caganeira que tão bem o carateriza, em 3 lances ao fechar do tempo: falhas escandalosas do Pizzi, e do Jiménez, (num chapéu mal medido, no primeiro; num remate ao lado com a baliza toda aberta, no 2°); e uma cabeçada bombarra, de Seu Jonas no travessão.
2 chegaram. São Jiménez e São Sálvio em apontamentos de classe. Isto na segunda metade. Porque na 1°, devemos ter estado na mata, a assar franganitos.
Como é que é? #carregabenfica!

A equipa de sonho, que me acompanhou neste triunfo (esq. Shôtor Baltazar; dir. santo sogro; ao centro, a dizer adeus: menino Augusto Forte! O próprio! Vivinho da Silva, e como lagarto que é... a torcer pelos​ brancos. O meu santo, o meu amore... Se não gostasse tanto dele e não o venerasse tanto, (nunca Marvão conheceu tão grande poeta/filósofo/crítico social deste gabarito etílico), tinha-lhe dado uma malha! Largou tanta verborreia... Benza-o Deus. Lindo!


Ficou linda!

Aqui sou o mais alto. Estou mascarado.A ver se adivinham.

Ai vais lá para casa, vais!

Numa faceta minha que adoro:#armadoemmetenojo!!!!
Isto é: um gajo que é do maior, e pensa que também ele... é o maior.
Eu podia ser doutro clube. Podia ter dado a mão à palmatória ao pai, e ser lagartão, como ele, como o Júnior e descendentes.
Mas não era a mesma coisa. E nunca poderia ser tão feliz.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O principal que a política tem para nos dar


Para a grande maioria das pessoas, a política é uma coisa má, uma coisa ruim, de mal, de se fugir dela. Seja mais ou menos instruído, a opinião é… geral. Os políticos pagam assim por serem todos… farinha do mesmo saco. Corruptos, sem escrúpulos, disfarçudos, mentirosos, interesseiros… esbanjadores. A maior parte das pessoas desliga, e abstrai-se deste mundo. E é por aqui se explicam também, os assustadores níveis de abstenção.

Mas para mim, que vejo a política como uma atitude necessária, que todos temos de realizar ao longo da nossa vida, no dia a dia (a escolha de um, entre vários caminhos; a escolha do melhor, para nós), tenho a política, pelo menos a nível local, que é a que conheço melhor, como um fenómeno necessário. Estar perto da fonte, do voto; dar cara a cara com aqueles a quem podemos melhorar a vida, é profundamente inspirador, e recompensador também. Para quem veste o cargo de alma e coração, como eu o fiz, quando ganhei a vice-presidência do meu concelho, entre 2005 e 2009, deve ser assim. Apesar das tantas limitações e desconfianças, que me afunilaram o caminho para o bem, para o que eu queria fazer na realidade, foram tempos, por momentos, muitos felizes, da minha vida.

Mas a política, para além desta sua essência elementar, é também, para mim, profundamente reveladora, da real natureza das pessoas, que nela se envolvem. Essa é talvez, numa perspetiva muito pessoal, a maior revelação e benesse da política. Claro que isto numa visão muito minha, muito íntima, muito centrado nos meus olhos. Voltemos ao meu ponto local, ao universo onde me movo, Marvão, que tinha a veleidade de pensar conhecer bem.

A quantidade de pessoas que eu considerava amigas, ou pelo menos próximas, com quem me dei bem durante toda a minha vida, há décadas, e agora, pura e simplesmente, de sua livre e espontânea iniciativa, deixaram de me considerar enquanto Pedro Sobreiro...
Como não é uma, nem duas, é claro que já meditei sobre isso. É claro que já me interroguei, já retrospetivei, já tentei encontrar um porquê e… não o encontrei. Porque não existe! Tenho a minha consciência tranquila. Nunca quis na minha vida, prejudicar deliberadamente ninguém. Haja a primeira pessoa que mo diga, cara a cara, olhos nos olhos, como adultos, e eu, aí, caso tenha falhado, não terei qualquer dificuldade em pedir perdão. Em pedir perdão, e em prometer que tudo farei para que não se repita.

Agora… o que tem acontecido, e irá sempre acontecer até ao meu último suspiro, é que o Pedro dirá sempre em público e seja onde for, aquilo em que acredita. Um homem que preza a liberdade como o maior dos direitos, a maior das grandezas da vida humana, jamais poderá ser emudecido, seja por que poder for. O que eu apenas faço, em público, e aqui nesta minha taberna virtual, é dizer o que penso. Comigo não há jogos de bastidores, não há nabos em sacos, não há manobras por trás. Para mim é tudo às claras, pela frente, de peito aberto e coração nas mãos. Os meus amigos e amigas sabem que os quero e amo, como os irmãos que escolhi nesta caminhada da vida. Os meus amigos têm tudo. Sei que sabem que por eles, tudo farei. Como eu sei que eles o farão por mim.

Analisemos o conceito que eu tenho de amizade. Amigo que é amigo, mesmo, de verdade, aceita, perdoa, e compreende. Tomemos o caso, em abstrato, de dois amigos que querem comprar a mesma casa. Vão falar com o vendedor, e esgrimem os seus motivos. Cada um alega os seus argumentos, e chegam a um determinado ponto em que os dois, amigos, percebem que só um deles consegue suplantar a oferta monetária do outro. O derrotado, se é mesmo amigo, lamenta, compreende, e vai à procura de outra casa, quem sabe, se ainda melhor que a primeira.

O mesmo se poderá passar, com uma mulher. Imaginemos que ambos gostam da mesma, ambos se esforçam para lhe agradar. Ela, depois de muito pensar, decide-se por um deles. Ora o outro, se é verdadeiramente amigo do eleito, se não o quer perder, decide não ter uma atitude revanchista, vingadora, e opta por partir para outra mulher. Quem sabe se será essa a companheira da sua vida com que sempre sonhou.

Ora eu sou sempre o mesmo. O Pedro. Aquele que à primeira vista, quando se olha ao espelho, vê o puto da Beirã, com as oportunidades todas da vida pela frente. Não me vejo com quarenta e tal anos, não me vejo como um homem, vejo-me assim. Depois de alguns momentos a fitar-me ao espelho, vem a minha vida, as minhas filhas, a minha mulher, os meus trabalhos, aquilo que tenho conseguido contruir. Eu sou sempre o mesmo. E serei sempre assim.

Não sei, de verdade que não sei, o que é que estas pessoas, que se tornaram neste últimos meses “políticas” comigo, pensam da vida, ou pensavam que eu era. Não que fossemos amigos do peito, mas certamente também não éramos desconhecidos. Haveria ali uma familiaridade, uma empatia, uma proximidade que… com esta sua atitude, se esvaiu. E nisso aí, sou muito cruel, como as crianças. Meto dentro quem amo, mas a quem vejo o cú, nunca mais me ganha. Está morto/morta. E nem um pedido de desculpas, o poderá remediar. Ardeu.

Da minha parte, não houve uma ofensa, um ato mau, deliberado, com a intenção de ferir. Disse o que eu penso, como sempre, sem nunca ofender ninguém, e se por acaso fossem meus amigos, como eu pensava ser deles, viriam ter comigo, pessoalmente, não por conversas de putos, mensagens privadas de merda, nas redes sociais. Chegar-se-iam ao pé de mim, e perguntariam: Pedro, qual é?
E o Pedro explicaria, como sempre, qual a sua cena.
Mas qual foi o mal?

Assim não foi, assim não quiseram, preferiram deitar para trás das costas, tantos anos de contato, até profissional, e amuaram. Pois a mim, de mim, garanto que já não me verão o branco dos dentes outra vez. Amigo da família, que continuo; próximo de familiares, como antes estava deles, não misturarei as águas, saberei separar o trigo do joio. Eles fora. Continuará tudo igual, exceto na relação que tenho com eles, que se perdeu irremediavelmente. Agora té podem vir carregados de ouros e oportunidades, que para mim, não valem mais que nada. Somos adultos ou quê?

Não sei, de verdade, o que é que esta gente pensa desta vida. Não sei que raio de ideia farão das outras pessoas, dos valores que devem existir, para deitarem tudo abaixo, a um simples virar de cara.

Será isto por eu fazer, de há dois anos até agora, parte de um movimento cívico com amigos, pessoas de bem, do concelho, preocupados com a forma como a câmara tem sido conduzida, que sempre sonharam com uma alternativa sólida, democrática, e agora propõe uma hipótese? Será por agora andarem vestidos com as opas políticas, e já eles, a exemplo daquilo que lá está em cima, defenderem que quem não concorda com eles, está contra si?

Tão engraçados… Eu gostava era de os ver escrever um texto, fazer um discurso em público (já que até ler é tão difícil…), ser naturais.

E até eles sabem, que  não estou a ser mau. Estou, como sempre, a dizer a verdade.

“Ai mas essas pessoas, preocuparam-se muito contigo, quando tu estavas no hospital, Pedro. Pensa bem…”, aconselham-me.
Eu agradeço os conselhos, porque nunca ninguém sabe tudo, e eu serei dono apenas da minha opinião. Mas… essa preocupação, para mim, é algo em que não consigo acreditar. Não bate a bota com a perdigota. Então era assim… e… por nada… isto?

O que as pessoas, a grande maioria das pessoas gosta é… de ter pena. Fazer o filme para fora, dar a impressão de que. Chamar coitadinho. Mas se há coisa que a Dona Alzira Sobreiro me ensinou, entre muitas, quase todas, é que os coitadinhos, pedem a Deus que os levem.

Azares na vida, todos temos. Como eu sempre defendo, grande homem não é aquele a quem tudo correu sempre bem. Grande, é o que cai, se levanta por si, não esquece por onde passou, e tenta ser melhor, a cada dia que passa.

Eu agradeço sempre a Deus, todos os dias, todas as noites, esta nova oportunidade que me deu de viver. Como agradeço a todos e todas os que me apoiaram, visitaram, ajudaram, porque sem eles não conseguiria chegar onde estou, e da forma que estou hoje.

Mas no meio deste rebanho de almas caridosas, é bem fácil de ver, os lobos disfarçados com peles de cordeiro que, poderiam querer muita coisa, mas não estavam verdadeiramente preocupados com o Pedro.

Eu imagino, se o desfecho tivesse sido outro, o enorme folclore de flores, coroas, de lágrimas e gritos… não por mim, pela minha companheira, pelas minhas filhas, pela minha família, pelos meus amigos que, pela minha insensatez, quase se viram privados da minha presença, mas… para o espetáculo, que tanto comove e tem tanta gente a chorar.

Eu sou uma pessoa de bem. Eu sou um homem de bem. Eu sou um seguidor de Jesus Cristo, o meu exemplo enquanto homem, mas eu sou humano. Eu erro. E não perdoo.   

E não estou minimamente preocupado com as pessoas que possam ir ao meu funeral, quando Deus entender que devo partir. Já cá não estarei, nesse então, mas gostaria de ter nesse adeus terreno, as pessoas que me amaram durante a vida, as pessoas que eu amei, familiares e amigos próximos. Dispenso, como é óbvio, o ter que se ir porque… para depois se dar um enorme burburinho de conversas cruzadas, e os homens cá fora a falarem de tudo e de nada, menos de quem, a partir desse dia faltou.

Respeito. É o que peço, e exijo. Depois destas eleições, em que concorrerei a membro da assembleia municipal, e em que pretendo nesse órgão, caso seja eleito, defender a minha terra e as suas gentes; nada ficará como dantes. Espero que em termos políticos, mas sobretudo pessoais.

Quem comigo reagiu assim, irá sentir o mal que esteve. Nem sequer me devolver as boas noites, quando passo no café de bairro? Virar a cara num aniversário de um amigo comum?
Passa muito bem.

Para mim não serves. Cresce.

domingo, 21 de maio de 2017

Have you seen the black hole sun, Chris?


Porra... um mito da minha juventude... ido.
 
Um dos pais do grunge...


Já me andava a habituar à partida dos meus crooners (Bowie, Reed, Cohen), mas a gaja está cada vez mais perto... (Prince, Cornell...)


Com mais 9 anos que eu? Súbita? Quando andava em digressão, e tinha publicado sobre isso nas 

redes sociais, horas antes?

Pariu!


http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/morreu-chris-cornell-vocalista-dos-soundgarden-e-audioslave


A notícia já confirmada, de que cometeu suicídio


Atã posso pagáre a décema pla internêti?



Estes gajos, os meus chefes, lá os da capital, fecham—me o serviço! Aquele para o qual tanto estudei, para conseguir ingressar. Lembro—me de me ter esfalfado a marrar, para não ficar mal numa turma de economistas, contabilistas; e não ser o bicho raro do jornalismo, gozado em público por não ser da área. Marquei as distâncias num mapa, com os sítios onde poderia calhar. Tocou-me (e bem, senão não saberia onde estaria hoje, Nisa). De 18 candidatos, fiquei em 2°. 

Uso este cargo no quadro, com o orgulho indisfarçado, do dever cumprido. Todos os dias. 

Assisto, com mágoa, ao afunilamento do futuro.

Será o futuro assim? (por telemóvel? sem cara? Descartável?)

Um universo vindo do... nada (com António Gonçalves)

Maaaaannnnn... isto é que é um almoço!!!!!

O maior poeta vivo da minha terra, António Manuel Vaz Gonçalves, deu—me a alegria de, mais uma vez, me visitar, nesta manhã. Precisava da minha ajuda. Comprou o Office e precisava que fosse a sua casa, para que lhe criasse um mail, a fim de o registar.

— E se fizéssemos isso, já cá em cima, Tó? Criar um mail é fácil, e grátis!

— Fixe, meu! Ouve, agora tenho de ir para baixo, até à Beirã. Orientas—me só para comprar uma cena para comer em Santo António... Corri para o autocarro, estou aqui sentado desde as 7h, à tua espera, e já tenho a barriga a dar horas...

—Amigo!!! Estás em fraqueza, crooner? Vamos mas é já ali ao café da esquina, para te arranjarem uma bruta torrada em pão caseiro, e um galão de litro!

— Eina man... Fixe!


Vê—lo alimentar—se com tanta vontade, era um regalo....


— E que tal?

— Man, tu fazes—me sentir bem.

— A minha vontade, Amigo, é mesmo essa. Ajudar quem gosto. Só me interessam esses. E são tudo. Não tenho tempo para os amar a todos.


— Estou mesmo fixe. Agora, depois deste pequeno—almoço, do café e do cigarrinho... estou almoçado!!!!!! Eheheheh Trouxe um pacote de batatas fritas médio, para comer ao pequeno almoço, enquanto ia no caminho, mas assim já estou bem. Como só uma sopa ao meio—dia, lancho às 4h tarde, e às 6h estou pronto para ir para a caminha.
Toma, ofereço—te o livro que comprei há dias, para o qual me emprestas—te os 10 euros que já te paguei, quando recebi.


— Tó...obrigado mas... guarda—o. Eu não tenho tempo para o ler... Por mais que queira, não consigo ter hábitos de leitura. Só produzo. Só escrevo. Prefiro assim.

— NÃO! NÃO!!! É para ti. Já o li, absorvi, tirei notas. Agora é para ti. Como agradecimento.

— Mas onde estão as notas?

— Nele!

— Onde? Que eu não as vejo!!!!

— Aqui! (Pontos pretos, ao final das linhas, marcando trechos)


— Ehhhh man, quando a gente se encontra, magia acontece. É Deus que é grande. No outro dia... quando é que foi?

— Domingo, Tó!

— Isso! Eu estava à boleia, levaste—me a Santo António para eu levantar dinheiro, levaste—me a comprar tabaco para a semana, não me deixaste voltar à boleia e levaste—me casa...


— Fui cumprimentar os teus pais, dei—te uma lição de youtube, onde podes curtir todos os discos que gostas..
.
— E concertos!!!! Tenho visto montes dos Xutos!

— Fixe, meu! Não quero que te falte nada, Amigo. Do que eu puder...


Ele lá vai...

Olhaaaaaaaaa a ga-so-saaaaaaaaaaa



Ehhhhhhh... um gajo aprender a ser pai, com quarenta quase e meio, de uma piquena de 7 anos dos tempos modernos,... tem que se lhe diga... 

Ninguém quer ligar a televisão. Ninguém liga peva ao que dantes era, o nosso "ai jesus", quando eu era puto.

Entretido ao serão, a sacar-lhe músicas do youtube, para o telemóvel velho da mana (sem cartão para chamadas), até me passo, a ver a cena nova musical, que ela e os colequinhas curtem.

- Pai: saca a da gasosa!

- Desculpa?

- É muita fixe! Escreve lá... olha! É essa! Mete alto!

- Alice... olha que eu não te quero a armar cenas dentro da escola, e muito menos nas aulas, ãh? Dá direito a castigo bravo e ficas sem esta aparelhagem, capicce?

- Okayyyyyyy. E, olha lá este. Eu gostava muito era de ter umas coisas destas nas pernas como as da Shakira.

- (É que é já! ... a seguir)

Quando eu quis mudar de operadora!





Eu quero ser destes que dão televisão. Olaré!

domingo, 14 de maio de 2017

O pastorinho... Salvador... tetracampeão







(nota prévia explicativa, de aviso para os meus leitores, que me dizem muitas vezes que os meus textos são grandes demais: meus queridos e queridas, não há forma de determinar o tamanho da coisa. Eu tenho vontade, eu sento-me ao teclado e… chego-lhe obra! As ideias seguem umas atrás das outras e eu… escarrapacho-as no ecrã, para não fugirem. Depois ajeito-as e… já está.
Quando um tem vontade de se sentar na pedra (casa de banho), ninguém consegue saber ao certo, quanto tempo lá vai estar. Senta quando quer, levanta quando acha que o serviço está feito. Aqui, embora o assunto seja, creio eu, melhor, o processo é o mesmo: descarregar.
Pode ser lido a prestações, em diversos dias, ou fases do dia. É quando vos apetecer. Obrigado. Se todos deixassem uma moeda de 50 cêntimos (menos que 1 café) na caixinha… isso é que era! Só vivia disto. É o que eu gosto mesmo.) 


Epá… que dia (no rescaldo da visita papal)! Que noite!

Se todos têm os mesmos minutos, as mesmas horas… lá vem aquela estória do tempo ser um valor relativo: há vezes em que passa a correr, e parece que voa (um gelado prazenteiro, numa boa esplanada à beira-mar, vendo as gatas, de vestes reduzidas, desfilando), outras parece que se arrasta, como se cada segundo caísse com estrondo, pesado (quando estamos a aturar quem não nos apetece e nunca mais se cala).

Ontem foi um dia histórico para o meu país. Comecemos pelo que é, para o tio Sabi, mais importante: o meu Benfica sagrou-se TETRACAMPEÃO NACIONAL DE FUTEBOL. Uma coisa que eu ainda nunca tinha visto acontecer, o que também não é de estranhar muito, porque… nunca tinha acontecido! Eh pá… tão bom! Vencemos 4 campeonatos de empreitada! Que cena!


Issu daqui pesa qui nem cornus! Vixe Maria!

Um campeonato… é muito sofrimento, pá. Muitos jogos em que se ganha à rasquinha, muitos jogos em que se está a sofrer, até mesmo quase ao fim, para conseguirmos marcar; alguns jogos em que se perdem pontos… Mas também muitos jogos como o de ontem, com um Benfica implacável aos comandos do tetravião, capaz de espetar 4 morteiradas de rajada que desfez o inimigo em fanicos, logo na 1ª parte. Mas um campeonato são também muitos jogos de alegria, de perfume brasileiro, de balanço, de bailarico.

Atentem nos festejos das outras equipas. Eles são trejeitos de raivo, gestos de tomem! para as bancadas, maldade! No Benfica são sorrisos, camaradagem, festa e alegria. O ambiente que a nossa televisão, leia-se BTV, nos deixou espreitar depois do fim do jogo… O nosso grande presidente a dizer: calma rapaziada, que o dinheirinho, amanhã já estará depositado na conta! Epá… muito bom! (e eu não vou receber nada daqui… Mas é muito bom, na mesma)

Jonas-. Cara grandalhão: não deixa cair meu amor piquinino, não!
Jiménez: AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Soy Godzilla!
Cervi: El autobus es cómodo.

5-0 ao Guimarães, a sua anterior equipa, liderada hoje pelo grande Pedro Martins, que tem tanto de raçudo como treinador, condutor de homens e orientador de jogadas; quanto era como jogador. Sobre o jogo disse que tinha sido o melhor Benfica da época e o pior Guimarães. É capaz de ter tido razão. Só espero é que quando se apresente perante nós, a fim de disputar a Taça de Portugal, que eu tanto amo e quero, não consiga fazer melhor que nós. Este, foi um jogo de encher as medidas. Assim, já vamos ao norte, disputar os últimos 3 pontos com os axedrezados, sem a corda no pescoço. Podem jogar juniores, outros talentos da equipa B e o suplente dos guarda-redes, Paulo Lopes, que o outro senhor que treinava o Benfica deixou sentado no banco e lhe negou assim, a possibilidade de se sagrar campeão. Agora temos um condutor com outro nível, o nosso, à Benfica, que certamente nunca nos deixará ficar mal. Nem atirará pastilhas para o chão, nem mascará de boca aberta, nem será mal educado com a imprensa e adversários, nem se porá feita histérica, aos gritos para dentro do campo; nem pensará que é o melhor treinador português, o que faz a diferença entre o plantel de um ano para outro, como se jogasse, ele também, à bola. (Viram como nem sequer nomeei o Voldemort?)





Não reconhecia o Vitória como treinador, lembram-se? Agora é capaz de… já…

Tive outros convites para assistir ao partido (bem hajam), mas com o nosso Cheers pastelaria São Marcos fechado, por motivos de batizado (que ideia a de batizarem crianças, num dia em que decorre um partido desta importância. Ele há gente…), optei pelo… meu Cantinho do Miradouro, o tal mesmo ao pé de minha casa, um mimo de amor e bem servir, num espaço obsoleto que tinha ficado esquecido do projeto inicial da piscina municipal de Santo António das Areias. A Luzia e o Tiaguinho nos deram o de sempre: bebidas bem fresquinhas, bom tremoço, carnudo e fresco; amendoim torradinho e… pratinhos de orelha de porco que estavam… uma delícia! A 1 euro, cada um, eram? Do melhor! Sorte e saúde, mas agora, mesmo que de cá queiram abalar, a gente já não deixa! Eu sou capaz de me agarrar a vossas calças e ir de rojo. Fiquem!
Ai não se vão embora? Então está bem! :)

Palco de sonhos... <3

Os meus NN Outeiros, que me acompanhatam nesta tarde.

Defesa prós lagartos
  

O tempo estava assim… e chegou a chover. Mas quando a vontade é maior, a gente resiste. Deixámos chover, puxámos dos muros de plástico da coisa, e ficou um mimo. A gente se ajeitou, por forma a que os que estavam à chuva, apenas protegidos pelo guarda sol, pudessem estar abrigados também e… tudo se fez.

Do jogo em si… epá, aquilo foi um espelho do que tem sido toda a temporada. Uma sessão de colinho, só colinho, só colinho e nem sequer faltou uma grande penalidade forçada, para os encarnados, em vez de 5 a ZERO, terem ganho só por 4 e aí (como eu adoro esta…) o jogo era outro!

Olhem, só por acaso, o Jonas, o grande Jonas que veio empurrado do Valência onde mal jogava (alô Nuno Espírito Santo, estás aí? Eu sou a Baleia Azul. Corta os pulsos com ligeira suavidade, no sentido do coração para o exterior, dentro de uma banheira meia de água morna), para chegar à Luz, brilhar, e já estar na seleção canarinha!

Isto vem de encontro a algo muito maior, que se traduz em campeonatos, por exemplo, mas que é aquilo que é o Benfica, hoje em dia. O Benfica de hoje tem uma estrutura, uma ordem e uma organização, de bem, que deixa os adversários, a anos-luz. Liderado por aquele que é, para mim, o maior presidente de todos os tempos, todas as equipas desenhadas à sua volta, pretendem o mesmo: vencer. Mas um vencer deontológico, com carisma, com perfil, sem atropelos ou manigâncias. Assim dá prazer pensar que somos deste clube.


Os jogadores estiveram todos ao mais alto nível, e como bem diz o nosso treinador, são todos campeões!

Depois do apito final: festa!!! Como os tempos da tradicional e, mais que merecida hecatombe cervejística já lá vão (para nunca mais voltarem), a festa fez-se caseira, no Cantinho. Nem Rotunda da Portagem, nem Portalegre, nem nada. Casa só. Enfiei-me no banco de trás, do carro do meu vizinho Mário Carteiro, acompanhado dos meus amigos Martim (4 anos, a conhecer sempre o sabor da Vitória), e Maria Leonor (vizinha da frente). Fartámo-nos de gritar VVVVVVVVVVVVVVVVVIIIIIIIIIIIVVVVVVVVVVVVVVVVVVAAAAAAAAA OOOOOOOOOOOOOOO BBBBBBBBBBBBEEEEEEEEEEEEEENNNNNNNNNNNNNNNFFFFFIIICCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. 


Demos a volta à terra, não vimos carros para a festa, só dois ou três, alguns falaram que a caravana já tinha seguido para longe, mas nós ficamos por cá. Foi caseira. Entrámos na Velhaca (O Adro), mais para eu me meter com ela, que por outra coisa qualquer, porque ela é do Porto e muy ranhosa. Chiguei-me ao pé da piquena, toquei-lhe uma corneta daquelas de se dar à manivela, do meu pequeno vizinhança Coelho, ela deixou-se rir para mim (que aquilo nem dava muito alto, só um Fon-Fon-Fon), mas estava lá um sujeito sentado a ler o Correio da Manhã, que se sentiu importunado, me mandou um empurrão na zambona, a fez saltar logo da mão, e saiu porta fora, sem dizer ai, nem ui.

Eu fiquei assim: ?

Não percebi. Os meus companheiros ficaram logo todos chocados, e alterados, a dizerem que se tivesse sido com eles, tinham logo feito isto, e aquilo, e o outro, mas eu… fiquei… estupefato. E algo espantado, também. Então, mas afinal?

O meu pai ensinou-me que a nossa liberdade acaba, onde começa a dos outros. Pensei que, mas o sítio é público, certo? E a haver alguém que me pudesse chamar à atenção, seria a mesma pessoa que me poderia meter na rua. É que tudo fala no 25 de Abril, nas coisas da liberdade, e um gajo ainda é levado a pensar que estamos num país livre. Se somos livres, pois, que sejamos!

Ainda bem que fiquei sem reação. Porque a ter tido uma, seria gravosa. E má. O homem tem idade para ser meu pai (penso que era da mesma idade dele, e supostamente seriam amigos, como eu pensava ser dele), tem filhos da minha idade, que são meus amigos, enfim.

Então mas o senhor não saberá que aquele local é público, que as pessoas vão para lá conversar em alta voz? (o que pelos vistos, também o incomoda, e lhe merece reparos)
É que se ele queria ler o jornal em sossego, o melhor seria comprá-lo, e fazer esse serviço em casa, não é verdade? Ou então, sempre pode beber o café, e pedir à dona, para lho emprestar, devolvendo-o logo assim que tivesse feito o serviço. Para o bar, até seria mais produtivo. É que o jornal do sítio, a partir da hora de jantar, está sempre sob a sua guarida. Lê-o afincadamente, com toda a calma do mundo, e ninguém lhe pode chegar. Assim, só se calaria uma casa. Dava jeito.

Ele saiu muito rápido, sem que sequer lhe pudesse desejar os maiores auspícios para o seu clube, na próxima época. O que… sendo mentira, também não resultou em grande perda.

Ontem, isto a nível de clube, foi um festim:

- qualificámo-nos para a final da Taça de Portugal de futsal, ao vencer o Sporting, detentor do troféu, por 3-2, no desempate por grandes penalidades, após um 3-3 no tempo regulamentar.



- Sagrámo-nos pela sétima vez campeões portugueses de voleibol, ao vencer em casa o Sporting de Espinho, por 3-0, no quinto e último jogo da final.

E já hoje, operámos uma reviravolta e ganhámos a taça de futsal feminino.

Porra! Eu, que não ligo sobremaneira às modalidades, e me costumo rir dos estados de alma do meu sogro com os feitos/desfeitos dos juniores/juvenis/modalidades amadoras, fiquei cheio de benfiquismo e a rebentar de alegria.

Pois andei eu nas curtições do tetracampeonato, com minis para os meus parceiros, minis sem chumbo pró tio Sabi, copos de sumo para a garotagem, e cheguei a casa quando já passava bem das 22h. Jantei, tranquilo, e só depois me lembrei do festival da eurovisão!

Não é que eu ligasse muito áquilo, já há bastantes anos, mas como gerei algum fuzz de comentários, sobre a minha opinião do concorrente, quis saber. Quando me cheguei ao pé da televisão, estava o gajo a cantar.
Olha, boa! Porreiro, pá!
Nisto, vi que estava com a mana, a fanhosa Luísa Sobral.
Mau.
Mas isto não era o gajo, sozinho?
Uma grande festa à volta, tudo de bandeirinhas e confetis, e… tu queres ver?!?!?!?

Isso mesmo: Portugal ganhou a Eurovisão!





Eina pá! Que cena!  Foi por minha culpa! Foi só para me chatear. Mas… ganhar é bom!

Então, comecei a pensar… aqueles que me apedrejaram pela minha estranheza ao rapaz… agora vão-me matar, arrancar o fígado e comê-lo grelhado, num churrasco comunitário de bairro. Hoje já comecei a lidar com as pressões:

- Não queiras lá ir pedir desculpa, não! Já te estrepaste!
- Tás a ver, drocas? Tens a mania que és esperto… mais espertinho que os outros… e depois lixas-te!
- Eu só cantava na vitória, pensava em ti e… chupa!!!!

Belezas, acalmem as passarinhas. O vosso tio Sabi explica:
Eu só estranhei a tremenda sensação que se estava a gerar à volta de um cachopo… esquisito… e uma música… não tão arrebatadora quanto isso. É bonita, sim; e liricamente valiosa, vá. Mas para a Eurovisão, que quer é alegrias, boas melodias e festa… achei que não me parecia que pudesse ter muita sorte.

Vejamos o aspeto que o benzinho aquele, levou a tão notável altar do showbizz. Se a minha filha me aparecesse cá a casa, a dizer que este era o seu namorado… eu sorriria, educadamente, claro está, mas na minha cabeça, há perguntas que certamente martelariam: olááá´… gilette, já ouviste falar? E um jeitinho no cabelo, uma escova, um pentinho? E banhinho, achas legal?


Sim, eu sei, lá vem esse coro imenso de gente que pensa aquilo que eu penso, que quer é que ela seja feliz com ele, e que se entendam. Claro que sim. Isso nem sequer se questiona. Tenho isso como uma base de garantia. Mas, cá o vosso tio Sabi, prefere um puto penteadinho, com ar de lavadinho, arranjadote a nível de roupas, do que um jovem com t-shirts a pedir ajuda para os refugiados.

Ohhhh… lá vêem eles outra vez, que os refugiados são perseguidos, que estou a ser frio, distante, mau? Ai que chatos e chatas. Se me metesse a pensar nessas merdas todas, não tinha um blogue onde vinha mandar as minhas bujardas, e dizer o que me vai na venta. Que camandro! Ser livre é isto! Olhem, o que eu tenho é sorte de ter a graça, de quem me venha aqui ler. Deixa cá ver, o que é que aquele maluco, tem para ali de novo.

A vitória do Sobral que ama pelos dois, é já um mito moderno, para mim. Já me lembro dele ter concorrido ao “Ídolos”; como já me lembro de não ter ficado com pena nenhuma, dele nunca mais não ter aparecido. Reconheço que após algumas audições, reconhecer que a música é bonita e tem muito sentido; mas continuo a opinar que… ou melhor, vou ter que rever qual é que é o tipo de música ideal para concorrer à Eurovisão porque esta… ganhou!

Uma coisa nunca vista! Eu acreditava quase mais, que me poderia sair o Euromilhões, ao qual quase nunca jogo; do que enquanto país, teríamos força suficiente para ganhar uma coisa destas. Que caraças. Mesmo inédito!



Cantou em português… bravissímo! Mas… pergunto eu, quem é que, dos que votaram, percebeu o que o rapaz disse? Tinham tradutor de serviço? Uma página oficial no Google Translator? Como é que na Ucrânia, em Israel, na Bulgária, ou na Bielorússia, perceberam o que o cachopo imberbe, de cabelinho mal esgalhado, para ali cantava?

Olhem, das duas: três. Ou estou a ficar velho, ou sou mesmo parvo, ou… ela tem razão, tenho a mania que sou esperto e sou só um parvalhão.
(Podem mostrar a língua, fazer manguitos ou caras feias. Não vale cuspir que eu sou muito asseadinho e ando sempre muito cuidado com a apresentação, ok? Bem hajam!
Também não vale chamarem nomes aos meus pais. O meu paizinho já é falecido, e a minha mãezinha, é uma excelente senhora que todos quantos a conhecem, gabam. Por isso, centrem-se em mim)

Para terminar e porque o blogue é meu:

BBBBBBBBBBBBBBBBBEEEEEEEEEEEEEEEEEENNNNNNNNFFFFFFFFIIIIIIIICCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

SEMPREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

Um último pensamento: eu se fossa o nosso rui Vitória, começava era já a pensar (se é que não está já), o que é que o Fernandinho Santos, selecionador nacional, descobriu no Porto para que lhe chamassem o engenheiro do Penta?
Vai Ruizinho, meu cochinho favorito, tu também consegues. Vale uma aposta?


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Teresa Simão corre à câmara, com, e para Marvão (ser) para Todos

Neste momento, já devem conhecer a foto. Mas amanhã será escamoteada e dissecada em horário de expediente.
Eu ajudo, sou o último ao centro, duas cabeças à direita da nossa cabeça principal. Prazer.



Ontem, foi um dia importante da minha vida. O dia 6 de Maio de 2017, foi um dia importante para o meu grupo de amigos e companheiros. O movimento político a que pertenço, de que todos fazemos parte, Marvão para Todos, fez a apresentação pública da sua candidatura às eleições autárquicas do concelho de Marvão. Foi um marco conseguido e atingido que me dá, a mim e aos meus companheiros, certamente, uma paz e uma serenidade que necessitávamos.

O que conseguimos fazer foi ter a honra de fechar um ciclo, que muito nos orgulha, para agora deixarmos que se abra um novo. Mas se o que ontem se fechou, era um ciclo de comprometimento, de responsabilidade, que tínhamos de ser capazes de conseguir fechar, pelo tanto que demos para chegar até aqui; o novo que ora se abre à nossa frente, é como um maravilhoso campo aberto de esperanças, onde se estará sempre a somar, num aumento de convições, apoios, de conselhos e ânimos.

Falando por mim, (que se foi coisa que nunca abdicámos, foi de cada um ser aquilo que é. Tal e qual como será no futuro), tenho de confessar que o que mais me encheu e deixou feliz, nem foi ter o auditório da Câmara Velha/Casa da Cultura (num local simbólico, cheio de história e pleno de significado na nossa terra) completamente cheio, com a presença de muitos rostos das nossas listas, que já deram a cara por esta força que vem de todos e se quer cada vez maior. Nada conseguiu vencer, o enorme prazer pessoal de pensar: fomos capazes! Se conseguimos chegar aqui, sempre unidos e trabalhando uns com os outros, uns com todos, poderemos chegar onde Deus quiser!

Claramente que não foi o que me impulsionou, porque não há nada que possa vencer o poder fazer o bem, pelas nossas gentes e também pela nossa terra (por muita poeira que tenha de se lhe conseguir tirar dos olhos, por muita cera malvada que se lhe deva desentupir dos ouvidos) mas o poder pensar nas mentes mesquinhas, sórdidas, pequeninas, malvadas, que tanto torceram para que isto nunca desse em nada, que tanto aspiraram pelo nosso fiasco, e vê-las, a elas, falhar… deixou-me regalado.

O prazer que me dá em saber que figuras de proa do grande partido da oposição de Marvão (que hoje falam em público no grande dia da liberdade, proclamando ao vento a nobreza do sangue democrático que lhes corre nas veias, há duas gerações; que agora defendem a bandeira socialista como única e redentora) já estiveram entre as hostes de apoiantes do “Marvão para Todos”, na sua génese, na primeiríssima reunião que alguma vez tivemos, em Castelo de Vide, em casa da sua família (vejam como tudo o que digo atrás é tão verdade, que eu sou incapaz de mentir. Não me está no ADN), deixa-me regalado.

Essas figuras e algumas outras que por lá andam, sorrateiras (como é seu hábito, de resto), a congeminarem nos bastidores, a desejarem que corra tudo pelo pior aos outros, para que lhes corra bem a eles (a perfídia e a maldade chegam aí, a poder pensar que está o mundo todo contra eles; e são, ou eles, ou os outros todos), ontem perderam.

Mas eu, o vosso tio Sabi, o dROCAS, já vi esse filme todo. É que eu, para o bem e para o mal, não sou propriamente novo. Já quase passo 4 dos 40, e já vi e vivi muita coisa.

As voltas que a vida dá. Eles parece que sempre defenderam só, e exclusivamente aquilo. Mas ambos queriam ter entrado para o movimento a que pertenço, ainda não sei muito bem porquê. Talvez para conseguirem surfar sobre as cabeças pensantes que por lá (aqui) andam, talvez para tentarem obterem aquele poder, aquela vaidade mediática que muitos procuram desenfreadamente.

Mas para alguns deles, vai correr sempre mal. Porque tenham o que tiverem…nunca será suficiente. Quererão sempre mais, e fazer sempre… menos. Será uma luta inglória, até que a quem neles por agora se apoia, se veja obrigada a ter de lhes tirar o tapete. Já foi assim no passado, e assim será no futuro. De Zandinga tenho pouco. Mas acho que isso sei.

Ontem fechou-se um período de cerca de 2 anos das nossas vidas, onde redescobrimos e de alguma forma, reinventámos, pela nossa forma, em Marvão, a essência da política. A visão da política, como ontem referiu a nossa mais ilustre convidada (opinião da qual partilho, em absoluto, há muitos anos) como um ato do dia a dia (a escolha de uma, entre múltiplas opções), por todos praticado, tem sido por nós vivida de uma forma quase em jeito de epopeia. Desde as primeiras reuniões em Portalegre, quase que na clandestinidade, para não conotar nenhum estabelecimento ou instituição do concelho (o clima de medo instalado, que eles juram que não se vive, é assim!); às contribuições financeiras dadas por cada um de nós, para os gastos correntes referentes a despesas de divulgação; aos contatos pessoais, cara a cara, para conseguirmos fazer listas a todos os órgãos (conseguidas!); à recolha de assinaturas que atestem junto do Tribunal competente, que somos pessoas idóneas, que apenas querem o bem (conseguidas!); tudo tem sido viver a política no seu lado mais saudável e autêntico, que é o nosso e o que procuramos.

A presença de todos foi importante. Todos os que estavam àquela hora, entre aquelas 4 paredes, queriam por algum motivo lá estar. E eu acredito, piamente, que o motivo era o mesmo: mudar! Todos importaram mas obviamente tenho de destacar a honrosa presença da excelentíssima senhora Presidente da Câmara de Portalegre, Dra. Adelaide Teixeira (que nos desarmou a todos com a sua simplicidade, naturalidade e dotes de oratória), que muito nos incentivou com a sua experiência em movimentos independentes. Dando-nos a mão, mostrando-nos o caminho, ajudando-nos a continuar a crer. Sempre bem haja.

Dra. Adelaide Teixeira, Presidente da maior câmara municipal do distrito, falando da sua experiência

Para além do seu enriquecedor testemunho, foi também lido o do nosso mandatário sénior, Sr. Manuel Dias, que não pôde estar presente por motivos familiares; mas também tivemos o testemunho do Sr. João Manuel Lança, mandatário para os adultos, que falou sem folha, com o seu jeito tão próprio e tão nosso, fundamentado pela sua longa carreira autárquica, desde os tempos de vereador para o desporto do presidente António Moura Andrade; e o da nossa mandatária para o juventude, Ana Margarida Garção, que o leu… do telemóvel! Sinal dos tempos…

Sr. João Manuel Lança, um histórico destas andanças no concelho, nosso mandatário para os adultos

A bela Ana Maria Garção, dizendo algumas palavras, olhando para o ecrã :)

Quem falou… falou para a nossa gente. Como comentei com alguns companheiros no rescaldo da apresentação, aquilo era um público da nossa cor. E muito mais não teria de ser dito. Contudo, outros opinaram, compreendo e até concordo, que houve coisas que teriam mesmo de ser ditas ali. Por isso, discursou o candidato à Assembleia Municipal, Fernando Dias, mais conhecido por Bonito, apelido materno, o que lhe assenta melhor enquanto espécime masculino. O Fernando tem uma experiência considerável e segura na Assembleia Municipal, que deixou marca pela forma cerebral, vincada e persistente com que defendia os interesses da terra que o viu nascer. Todos os que tiveram oportunidade de conhecer a sua prestação no primeiro mandato de Vítor Frutuoso, reconhecem que deixou marca e compreendem a intenção de dar continuidade a essa vontade pelo bem comum.

Fernando Bonito Dias, candidato à Assembleia Municipal

Apresentou a sua equipa, desta grande equipa que somos todos, e os nomes irão em breve ser dados a conhecer do público, porque é com eles que queremos que a vossa vós seja ouvida.

Por último, discursou aquela que é a candidata do Marvão para Todos, para ser a próxima presidente da Câmara de Marvão: a professora doutora Teresa Simão.

A candidata Teresa Simão, do Marvão para Todos

Dois anos… é muito tempo.
Estes dois anos representam muitas horas de reunião, muitas horas de trabalho… que muitas  vezes parecem que não contribuíram para nada, para depois se perceber que ajudaram, e muito. Se comparava eu este processo a uma epopeia, há versos enormes que pretendem narrar a escolha do cabeça de lista. O cabeça de lista tinha de ser isto, aquilo, assim, assado e faziam-me enormes sessões de brainstorming, de trovoada entre cérebros (em bom português), para se saber por onde se poderia caminhar.

Foi tentada a constituição de uma força unilateral para combater o governo em vigência, mas por motivos que por ora não interessa aqui escamotear, que o que já lá vai… lá vai, isso não se conseguiu. Fosse pela forma (intempestiva?) de agir do outro lado, ou pelo nosso apego à carta de princípios interna (que funciona como uma constituição), o que interessa é que correremos em paralelo. Não lado a lado, mas em paralelo.

O nosso líder acabou por surgir, da forma que sempre desejámos: insuspeita, inata, natural. Se depois de termos decidido, não unanimemente, mas por maioria, que assim seria, acordámos após a opção que a nossa líder é de todos; e então que teríamos de trilhar o nosso caminho sem rede, por nossa conta e risco. Foi alguém entre as nossas hostes que teve de ter a coragem de dizer presente! E, graças a Deus, esteve lá. E nós estaremos sempre por ela.

A professora Teresa Simão é a candidata do movimento Marvão para Todos à Câmara Municipal de Marvão.

Estamos no domínio público, afinal, no fundo, ondo me movo e sei mover. E aqui há sempre espaço para a maledicência e a inveja. Mas contra factos, não há argumentos: a análise que foi feita pelo nosso candidato à Assembleia Municipal, foi do mais certado que pode haver. Não existirá seguramente um outro candidato, ou candidata, que esteja tão bem preparado do ponto de vista académico para ser o próximo presidente da câmara Municipal de Marvão.

A Teresa é autêntica, genuína, frontal; mas também atenciosa, meiga, e revelou-se de uma forma consistente, agregadora que nos motiva a todos, os de dentro, e chama os de fora para que se juntem a nós. Avançou desde logo com algumas ideias fortes que constituirão o nosso programa eleitoral e servirão de bandeira à campanha, que irão ser conhecidas em breve, estando relacionadas com eixos fortes de desenvolvimento interno do concelho (melhoria das condições de vida para os munícipes, no acesso aos serviços e saneamento básico, por exemplo), e projeção para o exterior (reavivando o estratégico triângulo turístico com Castelo de Vide e Portalegre; golf; património da humanidade).

Só poderemos saber na realidade, qual o potencial peso e força da candidatura do Marvão para Todos, quando pudermos analisar e comparar as outras candidaturas. Mas pelo que nos é dado desde já a conhecer:
- Teremos uma candidatura do PSD que avançará ferida de morte, pelo facto do atual presidente, em cartaz nos últimos 12 anos, não se poder recandidatar, e ter de avançar com um vice-presidente que… por muitos atributos que possa ter (conheço-o desde que me conheço a mim), não encaixa. Pode servir, mas ele, sabê-lo-á melhor que ninguém, se tiver a capacidade de analisar, saberá que não dá. A menos que o fantasma de Rondão de Almeida (Elvas) surja por aqui num dia de nevoeiro, e a coisa passe. Mas se o mal estar já é asfixiante no concelho, assim tornar-se-á irrespirável.
Para compor o ramalhete, fala-se, e vai-se notando, a emergência de um vereador ligado ao desporto, que já concorreu pelo partido socialista e cujo currículo político então... já vai falando por si. Fazer que se toquem extremos quase opostos, direitas e esquerdas, só pode querer dizer alguma coisa… É pelo bem do concelho, diz-se. Nota-€€e! Ou isso, ou a vaidade? Já deixei de acreditar, há muito, no pai natal. Esperemos que os meus concidadãos também.

- Para provar que sempre tivemos razão, quando defendemos que esta era uma câmara que não funcionava e cada um agia deliberadamente por si; da luta fratricida pelo poder entre os dois vereadores eleitos, emergiu uma candidatura disfarçada de independente mas que, pelo que se vai sabendo, baseia-se numa coligação entre o PP e o PPM. Sabe-se pouco ainda, e eu faço pouco por saber, se é que me faço entender, mas isto é o que se sabe.

- Da oposição, reerguer-se-á um Partido Socialista sedimentado numa imagem do passado, que quer regressar para conseguir recuperar um tempo que… já foi… e não voltará mais. O que já foi… já foi.
E,
nem indo buscar jovens a outros movimentos, que deixaram tudo o que tinham dito há poucos meses atrás, e, embargados pela juventude e ambição, vestiram a camisola PS com uma força que parece que sempre aquela foi a sua, e não outra (perdendo todo o valor que aparentavam ter, que se desvaneceu atrás da busca incessante da vã glória);
ou indo recrutar outras mulheres a instituições de cá da terra que, pela sua implacável forma de agir, conseguiram afastar tantas pessoas que as tinham apoiado no início e agora já nem dela podem ouvir falar,
conseguirão.

Aconteça o que acontecer, nós estamos cá, e vamos a jogo. O movimento Marvão para Todos é de todos. Não é exclusivo de quem pensa que pensa, não é exclusivo de nada, nem ninguém. É um movimento independente, o ÚNICO que concorre a estas eleições autárquicas (atenção que há por aí uns lobos tresmalhados disfarçados de cordeiros, a quererem VIVER em MARVÃO), e o Marvão para Todos concorrerá a estas eleições com o seu símbolo único, devidamente registado, criado por homens e mulheres de bem que não precisam da política para subirem na vida, nem quererem ser mais do que aquilo que são, e apenas querem o melhor para a sua terra e as suas gentes.

Iremos com um homem, uma menina criança, um idoso, o castelo que nos identifica, o formato de uma castanha, no enquadramento de um coração. Um símbolo desenhado por um amigo, com a ajuda de todos, o contributo de todos, o trabalho de todos, em equipa, como queremos que a nossa câmara seja gerida.

Agora abre-se uma nova etapa, como disse, que queremos que seja sempre a somar. Faremos uma candidatura baseada no contato pessoal, sem grandes publicidades, sem grandes alarvidades, cara a cara, mão na mão, genuínos, como nós somos. Financiada pelos nossos próprios bolsos, levando a autenticidade e a genuinidade até aí.

A visão avançada pelo nosso candidato à Assembleia é coerente e é a nossa, pois viveremos com os dois cenários possíveis:
- Os marvanenses não depositam quaisquer esperanças em nós e aí, ficaremos obviamente tristes, mas reconfortados, porque não nos limitámos a dizer o que estava mal. Mexemo-nos para dizer que conseguíamos fazer diferente. Ficaremos de bem com a nossa consciência, e isso vale tanto. Quase tudo;
- Os marvanenses atribuir-nos-ão algumas responsabilidades em órgãos a que concorrermos (todos: Assembleia, Câmara, Juntas), e aí tudo faremos para:
- ou na oposição à força maioritária, fazer valer e ouvir a voz dos que acreditaram em nós; dando seguimento aos anseios e vontades das populações. O Marvão para Todos tem a marca registada por 10 anos, e quer dar continuidade a este projeto. Não nos queremos, de todo, esvair como todas as outras listas independentes, que morrem ao não serem eleitas;
- ou teremos a alegria de sermos eleitos, e aí, daremos seguimento ao programa com que concorrermos, e tudo faremos para que o bem estar das populações seja efetivo e se possa finalmente respirar um ar de 25 de abril em Marvão, onde a meritocracia funcione. Deve mandar quem sabe, quem quer, quem é bom e não o amigo, o conhecido, o que é nosso.

O sol quando nasce… é para todos!

Que MARVÃO SEJA PARA TODOS, OUTRA VEZ!


Marvão MERECE. Marvão é para todos. Vivam os que cá estão, vivam os que cá vivem, vivam os que aqui nasceram, vivam os que amam isto! Viva Marvão! Vivam os Marvanenes!