quinta-feira, 10 de abril de 2014

(Vitória na) Eurovisão

Rodrigo foi grande, mas Sálvio, o recém regressado de uma baixa demorada e inesperada, ainda à procura da plena forma foi GIGANTESCO!
Foi uma noite europeia de glória para mim, que Benfiquista e anti-portista me assumo.(ainda mais? Outra vez?!?!?)

A vitória (incontestável e tranquila) por 2 na Luz selou a nossa supremacia nesta fase da Liga Europa.

A derrota (humilhante para eles) do Porto em Sevilha foi também motivo de regozijo. Sabem como eu sou: claro e direto. O que é, é! E não há como fugir às realidades. Eu sei que é mau para o futebol português por causa dos rankings, do prestígio e dessas merdas todas. Mas dá prazer a mim. Eu gosto que o Porto perca. E porquê? Será que sou refundido? Será que não consigo lidar com o triunfo de um outro clube nacional? Será que penso que o sol quando nasce é só para o Benfica?

Nada disso e quem me conhece (bem) sabe que não gosto da maneira do Porto estar no futebol e na vida. Tenho amigos que são do Porto, é um facto, mas ninguém é perfeito e todos temos de ter algum defeito.

Tomemos o caso Quaresma que penso que ilustra bem aquilo que digo (e penso). Foi um jogador criado no Sporting Clube de Portugal onde se estreou com 17 anos e brilhou ainda antes de Cristiano Ronaldo. Ali se formou, ali aprendeu quase tudo e desenvolveu a sua técnica primorosa. Entrou para o Porto em 2004, mas renega por completo o seu passado sportinguista e refere-se sempre ao Porto como sendo a sua paixão (bem ao contrário do Futre). Teve uma atitude absolutamente lamentável no final do jogo em que o Nacional venceu o Porto e perdeu a cabeça sobretudo com Marçal que não afiambrou porque os colegas (de profissão) se meteram ao barulho. Reação do clube? O Papa do norte acusa os outros de xenófobos, defendendo o menino. Mesmo que lhe tenha dado uma reprimenda interna (o que eu não acredito), tudo isto é um comportamento do tipo camorra, do mais requintado estilo cosa nostra.

Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ê vô chamá mê pai, mês primes e mês irmões e te façu a fôlha...

Isto não é salutar, isto não faz bem, isto não causa bom impacto nos outros. O que me choca no Porto e com o que não posso de todo concordar é com a arrogância, o ar de supremacia.  

Podem ter ganho a Liga dos Campeões há 10 anos com o Mourinho que foram buscar ao Benfica. Nada a dizer. Ninguém tem culpa das preferências etílicas do Vilarinho pelo Toni. Tudo legal, portanto. Mas a altivez que se seguiu é o que me enoja. Não há ali um pingo de humanismo. Vê-los agora cair… é bom.

O Benfica segue glorioso e merecedor do que vier amanhã no sorteio às 11h. Vamos lutar pela final que esperamos não perder de forma inglória como a do ano passado. Sei que eles nos desejam o pior. Eu compreendo. Sou um espelho, aqui.

A fratura de tíbia do Sílvio foi o único (grande) senão numa noite que tinha tudo para ser grande. É (tão) lamentável que o lance fortuito com um colega de equipa tenha colocado fatidicamente termo a época e rasgado os bilhetes de avião para o Brasil. Mas o futebol é tão imprevisível como a vida e há que aceitar que as coisas nem sempre são como queremos.   

Hoje, para mim, foram.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Parabéns.

Bom fim de semana. Um abraço